Não sou o ovos moles mas penso que posso responder...
A alavancagem, no caso dos warrants, resulta de diversos factores e é variável ao longo do tempo (na realidade, na minha opinião não se devía falar em alavancagem mas em elasticidade, termo que também é utilizado de qq modo).
A paridade é um dos parametros que tem implicações directas no nível de alavancagem do warrant (por exemplo, o valor intrínseco do warrant é a diferença entre o subjacente e o strike a multiplicar pela paridade).
Exemplificando, por exemplo na EDP, para um warrant com strike a 2.20€, se a EDP se encontrar a 2.21€ e a paridade do warrant for 1/1 então o valor intrínseco do warrant (independentemente da data) é de 0.01€, mas se a paridade for de 2/1 então o valor intrínseco será de 0.02€. Se a EDP subir um centimo, a componente intrínseca do valor do warrant cresce no primeiro caso um centimo e no segundo caso 2 centimos.
Como se vê a componente intrínseca é perfeitamente alavancada, no que só depende da paridade (e só para valores positivos, ou seja, para lá do strike, caso contrário o valor intrínseco é zero, nunca negativo).
No entanto, o warrant tem ainda valor temporal e a alavancagem acaba por não ter uma relação directa com a paridade na globalidade do valor do warrant, pelo que se torna mais conveniente falar em elasticidade do warrant (elasticidade essa que é variável dependendo, não só da paridade mas também da maturidade, do strike, da volatilidade, etc).
A paridade é no entanto sempre um valor determinante e na data de exercício o único relavante (dado que nessa altura o valor temporal é então zero).
Espero ter ajudado a esclarecer...