Our Money
Enviado: 1/2/2004 13:56Na passada 4ª. feira, muitos terão considerado determinante para a evolução dos mercados em 2004, uma pequena frase do comunicado do FED em que foi substituído o termo “manteremos a política de juros baixos por tempo considerável” por “teremos a devida paciência em alterar a actual política de juros baixos” (a tradução está adaptada). No próximo fim de semana, iremos analisar o que vão dizer os países do G-7, mais propriamente que frases chave irão introduzir no respectivo comunicado final, que será redigido num contexto de políticas cambiais contraditórias, o que diga-se de passagem até é uma situação normal.
Quanto a mim, a tendência ascendente do Euro em relação ao USD não vai ser posta em causa, por várias razões:
1. A subida das taxas de juro nos EUA, a acontecer nos próximos meses, poderá ser seguida pelo BCE;
2. A continuação dos elevadíssimos défices comercial e orçamental dos EUA;
3. Grande dificuldade dos EUA em criar novos empregos, após a perda, nos últimos 3 anos, de mais de 2 milhões de postos de trabalho nas indústrias manufactureiras e de serviços.
A intervenção verbal do BCE, “executada” nas últimas semanas, foi bem sucedida e poderá haver agora uma valorização mais lenta do Euro em relação ao USD, sem prejuízo de esticões maiores ou menores (nos dois sentidos).
Mas é bom não esquecer que as taxas de câmbio das moedas variam com muita facilidade: qualquer facto, notícia ou mesmo boato, faz imediatamente mover os preços para cima ou para baixo, muitas vezes de forma acentuada e inesperada, podendo depois seguir o caminho inverso, para inflectir novamente, dando a impressão de cumprirem um plano diabólico para destroçar o maior número de posições.
No entanto, numa análise mais de médio prazo, observaremos que as tendências se mantêm por muito tempo, a calma é muito maior, sem prejuízo de frequentes correcções que às vezes podem ser de grande amplitude. Desde o final de Janeiro de 2002, quando foi iniciado o bull market do Euro em relação ao USD, a tendência de subida tem sido muito nítida e, provavelmente, até serão bem vindas mais correcções.
Um abraço e boa semana
Comentador
PS: Como neste post não havia lugar para falar no US Dollar Index, farei no final do dia um pequeno texto sobre o DX, especialmente dedicado ao meu amigo djovarius.
Quanto a mim, a tendência ascendente do Euro em relação ao USD não vai ser posta em causa, por várias razões:
1. A subida das taxas de juro nos EUA, a acontecer nos próximos meses, poderá ser seguida pelo BCE;
2. A continuação dos elevadíssimos défices comercial e orçamental dos EUA;
3. Grande dificuldade dos EUA em criar novos empregos, após a perda, nos últimos 3 anos, de mais de 2 milhões de postos de trabalho nas indústrias manufactureiras e de serviços.
A intervenção verbal do BCE, “executada” nas últimas semanas, foi bem sucedida e poderá haver agora uma valorização mais lenta do Euro em relação ao USD, sem prejuízo de esticões maiores ou menores (nos dois sentidos).
Mas é bom não esquecer que as taxas de câmbio das moedas variam com muita facilidade: qualquer facto, notícia ou mesmo boato, faz imediatamente mover os preços para cima ou para baixo, muitas vezes de forma acentuada e inesperada, podendo depois seguir o caminho inverso, para inflectir novamente, dando a impressão de cumprirem um plano diabólico para destroçar o maior número de posições.
No entanto, numa análise mais de médio prazo, observaremos que as tendências se mantêm por muito tempo, a calma é muito maior, sem prejuízo de frequentes correcções que às vezes podem ser de grande amplitude. Desde o final de Janeiro de 2002, quando foi iniciado o bull market do Euro em relação ao USD, a tendência de subida tem sido muito nítida e, provavelmente, até serão bem vindas mais correcções.
Um abraço e boa semana
Comentador
PS: Como neste post não havia lugar para falar no US Dollar Index, farei no final do dia um pequeno texto sobre o DX, especialmente dedicado ao meu amigo djovarius.