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NOVA1-Entrada CGD no Millennium polaco depende Administração CGD
02/02/2004 12:11
(Acrescenta com mais citações do primeiro-ministro e do presidente do BCP)
LISBOA, 2 Fev (Reuters) - Uma eventual entrada da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no capital do Millennium polaco do Banco Comercial Português (BCP) dependerá, em primeiro lugar, da administração da CGD e Governo não costuma interferir neste tipo de decisões, disse José Manuel Durão Barroso.
O primeiro-ministro adiantou que o Governo dá "uma grande autonomia às decisões dessa instituição, que é uma instituição do Estado", adiantando: "eu não conheço, neste momento, nenhuma proposta nesse sentido".
Em 2000, o BCP e a CGD estabeleceram um acordo de parceria que previa a possibilidade de actuação conjunta em mercados da Europa Central e de Leste, que, até ao momento, ainda não deu nenhuns frutos.
O BCP controla cerca de 50 pct do Millennium, tendo alguma imprensa e analistas admitido que a CGD poderia tomar uma posição accionista neste banco polaco, no âmbito daquela parceria.
"Essa é uma decisão que compete, em primeiro lugar, ao Conselho de Administração (CA) da Caixa Geral de Depósitos", disse o primeiro-ministro aos jornalistas, à margem do Bankers Seminar, organizado pelo BCP.
"Concerteza, em última análise, pode ser o Governo a decidir, mas, por via de regra o Governo não interfere nas decisões das empresas e instituições empresariais do sector público", acrescentou.
Jorge Jardim Gonçalves, presidente do BCP, referiu que "não há nenhum esboço de alteração da parceria", estabelecida em 2000, e que "o acordo feito está válido".
Jardim Gonçalves escusou-se a fazer mais quaisquer comentários, nomeadamente sobre se há negociações em curso com a CGD e o seu accionista Estado sobre este assunto.
"Não há novidades, logo que haja, nós anunciaremos as novidades", disse, adiantando que o acordo "tem exactamente a mesma" actualidade que quando foi feito.
O primeiro-ministro, discursando neste seminário, vincou que "a nível político já foram dados passos importantes no sentido de aproximação" entre Portugal e os Estados candidatos à UE, havendo "um diálogo excelente com todos".
"(...) este é também o caminho que vai ser prosseguido pelas empresas, em particular pela banca, que aliás já começou também, e que vai ser reforçado", disse o primeiro-ministro, sem fazer qualquer referência específica a investimentos de bancos portugueses nessa zona.
No discurso de abertura deste seminário, o presidente do BCP frisou que a entrada do BCP no mercado financeiro polaco "constitui um exemplo de aproveitamento de uma oportunidade criada pelo alargamento da União Europeia e da atracção de investimento estrangeiro e know-how por um Estado candidato".
"A convicção de que as economias dos novos Estados membros irão experimentar um processo de desenvolvimento assinalável levou-nos a entrar em 1998 no mercado financeiro polaco, inicialmente através do lançamento de um banco de raiz e posteriormente integrada no Bank Millennium", afirmou
((---Sérgio Gonçalves, Lisboa Editorial, 351-21-3113122
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