As melhores apostas

Merrill Lynch recomenda PMEs europeias
Pequenas no tamanho, grandes no valor
30-01-2004, André Veríssimo, averissimo@economica.iol.pt
O banco de investimento americano afirma que as pequenas e médias empresas europeias têm maior potencial de valorização que as grandes. As melhores oportunidades estão em Espanha, no Reino Unido e na Alemanha. Consumo cíclico e banca são os sectores preferidos.
As pequenas empresas são, regra geral, as mais penalizadas quando as bolsas entram em queda, com os investidores a procurarem refúgio nas maiores. Mas são também as que mais sobem quando surge a expectativa de que o ciclo se está a inverter. Mais rápidas a reagir ao ambiente económico, as pequenas empresas colhem mais depressa os benefícios da recuperação. A recente retoma dos mercados accionistas não foi excepção, com as pequenas empresas a registarem valorizações superiores às grandes. Uma tendência que, de acordo com uma nota de investimento para a Europa divulgada esta semana pela Merrill Lynch, não está esgotada.
No estudo, os analistas do banco de investimento voltam a afirmar o que muitos colegas de profissão também têm dito: que o recente disparo das acções retirou-lhes grande parte do potencial de ganhos, inclusive nas pequenas empresas. Que é o mesmo que dizer que a recuperação económica já está em boa parte incorporada nas cotações e que este ano dificilmente vamos assistir a uma repetição dos ganhos verificados em 2003.
Ainda assim, com o ciclo de recuperação económica em marcha, as bolsas vão subir. E a Merrill Lynch acredita que, tal como no ano passado, serão as pequenas e médias empresas a liderar as valorizações. Por isso, aconselha os investidores a aumentarem o peso das acções de pequenas e médias empresas na sua carteira.
Argumentam os analistas do banco americano que um ambiente de recuperação cíclica e crescimento dos lucros, como o que agora se vive, favorece o desempenho das pequenas e médias empresas. Isto porque, neste contexto, as pequenas empresas oferecem um potencial de crescimento dos lucros superior às grandes, pelo que as suas valorizações podem ir mais longe. A equipa de research da Merrill Lynch nota que assim se passou no início da década de 90. E acredita estarmos num cenário idêntico.
As pequenas e médias empresas que proporcionaram maiores ganhos no ano passado não deverão ser as mesmas nos próximos meses. Em 2003, foram as empresas de pior qualidade e mais arriscadas, com uma situação financeira débil, que mais ganharam terreno. Daqui para a frente, serão as empresas com balanços mais equilibrados e perspectivas de crescimento sólidas no longo prazo a proporcionarem mais-valias.
Onde estão as melhores apostas
As fortes valorizações já registadas levam os analistas da Merrill Lynch a recomendar uma aposta criteriosa, procurando oportunidades nos países e sectores certos. Reino Unido, Espanha e Alemanha são os mercados aconselhados. Consumo cíclico, sobretudo empresas de construção civil, e banca são os sectores preferidos. O banco americano considera que é aqui que se podem encontram as empresas com melhores perspectivas de aumento dos seus resultados.
Atenção às taxas de juro
Este ciclo de melhor desempenho das pequenas empresas em relação às grandes deverá terminar quando os bancos centrais reiniciarem a subida das taxas de juro. O que, de acordo com as estimativas da Merrill Lynch só deverá acontecer no último trimestre de 2004, no caso do Banco Central Europeu, e mais tarde ainda no caso da Reserva Federal americana.
Pequenas no tamanho, grandes no valor
30-01-2004, André Veríssimo, averissimo@economica.iol.pt
O banco de investimento americano afirma que as pequenas e médias empresas europeias têm maior potencial de valorização que as grandes. As melhores oportunidades estão em Espanha, no Reino Unido e na Alemanha. Consumo cíclico e banca são os sectores preferidos.
As pequenas empresas são, regra geral, as mais penalizadas quando as bolsas entram em queda, com os investidores a procurarem refúgio nas maiores. Mas são também as que mais sobem quando surge a expectativa de que o ciclo se está a inverter. Mais rápidas a reagir ao ambiente económico, as pequenas empresas colhem mais depressa os benefícios da recuperação. A recente retoma dos mercados accionistas não foi excepção, com as pequenas empresas a registarem valorizações superiores às grandes. Uma tendência que, de acordo com uma nota de investimento para a Europa divulgada esta semana pela Merrill Lynch, não está esgotada.
No estudo, os analistas do banco de investimento voltam a afirmar o que muitos colegas de profissão também têm dito: que o recente disparo das acções retirou-lhes grande parte do potencial de ganhos, inclusive nas pequenas empresas. Que é o mesmo que dizer que a recuperação económica já está em boa parte incorporada nas cotações e que este ano dificilmente vamos assistir a uma repetição dos ganhos verificados em 2003.
Ainda assim, com o ciclo de recuperação económica em marcha, as bolsas vão subir. E a Merrill Lynch acredita que, tal como no ano passado, serão as pequenas e médias empresas a liderar as valorizações. Por isso, aconselha os investidores a aumentarem o peso das acções de pequenas e médias empresas na sua carteira.
Argumentam os analistas do banco americano que um ambiente de recuperação cíclica e crescimento dos lucros, como o que agora se vive, favorece o desempenho das pequenas e médias empresas. Isto porque, neste contexto, as pequenas empresas oferecem um potencial de crescimento dos lucros superior às grandes, pelo que as suas valorizações podem ir mais longe. A equipa de research da Merrill Lynch nota que assim se passou no início da década de 90. E acredita estarmos num cenário idêntico.
As pequenas e médias empresas que proporcionaram maiores ganhos no ano passado não deverão ser as mesmas nos próximos meses. Em 2003, foram as empresas de pior qualidade e mais arriscadas, com uma situação financeira débil, que mais ganharam terreno. Daqui para a frente, serão as empresas com balanços mais equilibrados e perspectivas de crescimento sólidas no longo prazo a proporcionarem mais-valias.
Onde estão as melhores apostas
As fortes valorizações já registadas levam os analistas da Merrill Lynch a recomendar uma aposta criteriosa, procurando oportunidades nos países e sectores certos. Reino Unido, Espanha e Alemanha são os mercados aconselhados. Consumo cíclico, sobretudo empresas de construção civil, e banca são os sectores preferidos. O banco americano considera que é aqui que se podem encontram as empresas com melhores perspectivas de aumento dos seus resultados.
Atenção às taxas de juro
Este ciclo de melhor desempenho das pequenas empresas em relação às grandes deverá terminar quando os bancos centrais reiniciarem a subida das taxas de juro. O que, de acordo com as estimativas da Merrill Lynch só deverá acontecer no último trimestre de 2004, no caso do Banco Central Europeu, e mais tarde ainda no caso da Reserva Federal americana.