Jerónimo Martins atinge dívida inferior a 800 milhões no final de 2003
A dívida líquida da Jerónimo Martins ficou abaixo dos 800 milhões de euros, no final de 2003, com este valor a representar 2,5 vezes o «cash flow» operacional, ou EBITDA atingido, disse Luís Palha da Silva, administrador financeiro da distribuidora.
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Bárbara Leite
bl@mediafin.pt
A dívida líquida da Jerónimo Martins ficou abaixo dos 800 milhões de euros, no final de 2003, com este valor a representar 2,5 vezes o «cash flow» operacional, ou EBITDA atingido, disse Luís Palha da Silva, administrador financeiro da distribuidora.
Com isto a Jerónimo Martins atinge o compromisso assumido em 2001, ano a partir do qual efectuou a reestruturação dos negócios da empresa, redução da dívida para níveis do sector e reposicionamento da actividade estratégicas sem perder rentabilidade.
Palha da Silva, à margem da conferência da Cosec, referiu que a meta de dívida foi alcançada, «não apenas pela venda de activos, mas também com a anulação de negócios com "cash flow" negativo», lembrando que em Março de 2001 a dívida da JM atingia 1,7 mil milhões de euros.
Este responsável atribui ainda «à prudência de novos investimentos e à optimização do fundo de maneio» a redução da dívida da segunda maior distribuidora nacional. Desde 2001 a JM vendeu 24 companhias e oito negócios, na sua maioria que não faziam parte do «core business», ou que num horizonte de três anos não criavam valor.
Além deste redimensionamento da companhia, a Jerónimo Martins enveredou ainda pela redução dos preços na Cadeia Pingo Doce e o abandono das vendas por grosso nos hipermercados Feira Nova.
Jerónimo poupa 250 milhões de euros em três anos
A Jerónimo Martins poupou no prazo de três anos, 250 milhões de euros, disse ainda a mesma fonte. Estas poupanças foram criadas na distribuição em Portugal e na Polónia.
As acções da Jerónimo Martins fecharam a subir 2% para 10,20 euros