Mais liberdade maior responsabilidade
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No fim do dia, teremos sempre que verificar que vivemos mesmo numa selva darwinista.
No topo da pirâmide, dominando os outros, temos os políticos e os seus amigos.
Depois temos os bem instalados na estrutura de poder do estado, e na estrutura de poder das empresas privadas.
Mais abaixo temos os restantes habitantes, entre os quais os taxistas, os produtores de pão, os especuladores bolsistas, etc....

No topo da pirâmide, dominando os outros, temos os políticos e os seus amigos.

Depois temos os bem instalados na estrutura de poder do estado, e na estrutura de poder das empresas privadas.

Mais abaixo temos os restantes habitantes, entre os quais os taxistas, os produtores de pão, os especuladores bolsistas, etc....

Earthlings? Bah!
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- Registado: 20/11/2003 11:37
Mais liberdade maior responsabilidade
Trinta anos depois do 25 de Abril e depois de muitas conquistas, falta ainda encontrar o equilíbrio saudável que conjugue a liberdade e a autoridade democráticas, fundamentos de uma sociedade desenvolvida. Passamos de um regime que exerceu a autoridade de forma ora déspota, ora arbitrária, para um quadro que se caracteriza por um desregrado clima de impunidade, tendo por fundo resquícios da inquisição e do corporativismo, visíveis no boato insidioso e delator e na confusão entre legítima solidariedade e intolerável cumplicidade. Esta fragilidade abala a sã convivência democrática, afecta os direitos dos cidadãos, prejudica a solidariedade social, fomenta o laxismo. Acima de tudo, beneficia quase sempre o infractor.
Combate-se este estado de coisas, sem rigor, com mais legislação sempre que há uma crise. Temos assim uma produção diluviana de leis, mas uma ineficaz e tardia regulamentação e um fraquíssimo sistema de fiscalização.
Na economia, o funcionamento do mercado é mentira, a legislação sobre a concorrência existe mas não se aplica. O pão aumentou 35% sem que vislumbremos motivos, os combustíveis encarecem com a liberalização. A cartelização é inevitável, porque fica sempre, como outros vícios, impune.
Nas finanças, isentaram-se os taxistas do Pagamento Especial por Conta. Os outros, mais fracos porque menos perigosos, continuarão a pagar para a crise. É que os sapateiros não podem bloquear os passeios ou emparedar o Ministério das Finanças. Das duas uma, ou a medida faz sentido, e então deve ser aplicada a todos, ou não faz, e nesse caso, só se pode compreender a sua revogação. O que não pode é ser aplicada à medida, ou ficar refém da síndrome da ponte 25 de Abril. Discutem-se novas regras para a comunicação social, como ontem se discutiu a lei da televisão a propósito de outros excessos. Oscila-se entre a tentação de nova legislação e pedidos inúteis de auto-regulação, em vez de reforçar os poderes e os meios da Alta Autoridade que existe, e de fazer aplicar, sem perdões, a lei vigente.
O problema é que, muitas vezes, preferimos a impunidade à autoridade democrática, porque confundimos esta com o autoritarismo, não compreendendo que desta forma, e sem regras, estamos a permitir uma nova forma de ditadura, a do mais forte contra o mais fraco, a lei da selva. Uma sociedade onde a cigarra vive à custa da formiga, onde o predador actua em pleno dia, pode ser darwinista, mas não é certamente, justa. Porque a utopia que todos queremos, ao fim e ao cabo, construir, é uma sociedade mais coesa onde os mais fracos encontrem oportunidades, segurança, protecção. É para isso que deve servir o Estado.
fonte: www.dn.pt
Combate-se este estado de coisas, sem rigor, com mais legislação sempre que há uma crise. Temos assim uma produção diluviana de leis, mas uma ineficaz e tardia regulamentação e um fraquíssimo sistema de fiscalização.
Na economia, o funcionamento do mercado é mentira, a legislação sobre a concorrência existe mas não se aplica. O pão aumentou 35% sem que vislumbremos motivos, os combustíveis encarecem com a liberalização. A cartelização é inevitável, porque fica sempre, como outros vícios, impune.
Nas finanças, isentaram-se os taxistas do Pagamento Especial por Conta. Os outros, mais fracos porque menos perigosos, continuarão a pagar para a crise. É que os sapateiros não podem bloquear os passeios ou emparedar o Ministério das Finanças. Das duas uma, ou a medida faz sentido, e então deve ser aplicada a todos, ou não faz, e nesse caso, só se pode compreender a sua revogação. O que não pode é ser aplicada à medida, ou ficar refém da síndrome da ponte 25 de Abril. Discutem-se novas regras para a comunicação social, como ontem se discutiu a lei da televisão a propósito de outros excessos. Oscila-se entre a tentação de nova legislação e pedidos inúteis de auto-regulação, em vez de reforçar os poderes e os meios da Alta Autoridade que existe, e de fazer aplicar, sem perdões, a lei vigente.
O problema é que, muitas vezes, preferimos a impunidade à autoridade democrática, porque confundimos esta com o autoritarismo, não compreendendo que desta forma, e sem regras, estamos a permitir uma nova forma de ditadura, a do mais forte contra o mais fraco, a lei da selva. Uma sociedade onde a cigarra vive à custa da formiga, onde o predador actua em pleno dia, pode ser darwinista, mas não é certamente, justa. Porque a utopia que todos queremos, ao fim e ao cabo, construir, é uma sociedade mais coesa onde os mais fracos encontrem oportunidades, segurança, protecção. É para isso que deve servir o Estado.
fonte: www.dn.pt
Todo o Homem tem um preço, nem que seja uma lata de atum
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