Portugal suicida-se
3 mensagens
|Página 1 de 1
Caro Thomas,
É preciso é calma e serenidade. Portugal, apesar de tudo, é um anão em determinadas matérias comparativamente a outras realidades.
O que se passa em Portugal é uma autêntica vergonha. Para além do caso em si é uma comunicação social mais preocupada em vender "sangue" do que em informar. Noutras realidades não será muito diferente.
O tempo dirá o que foi o caso Casa Pia.
Um abraço,
MozHawk
É preciso é calma e serenidade. Portugal, apesar de tudo, é um anão em determinadas matérias comparativamente a outras realidades.
O que se passa em Portugal é uma autêntica vergonha. Para além do caso em si é uma comunicação social mais preocupada em vender "sangue" do que em informar. Noutras realidades não será muito diferente.
O tempo dirá o que foi o caso Casa Pia.
Um abraço,
MozHawk
Isso é uma questão de Justiça, moral, ordem, etc...
Tem muito pouco a ver com investimento directo estrangeiro. Asseguro-te que os investidores procuram os custos de oportunidade e pouco mais.
Países com problemas muito mais graves do que Portugal (atenção, não estou a dizer que a pedofilia não é grave) sempre captaram IDE, apesar do péssimo ambiente social. Aliás, muitas vezes, países com problemas captam mais investimentos devido à variável custos salariais. O Leste da Europa tem problemas muito maiores e é agora considerado o paraíso dos novos investimentos.
O mesmo na América Latina e na Ásia ou o pessoal esquece-se do famoso turismo sexual dessas regiões?
Isso não afugentou investidores.
O que Portugal precisa é de ter juízo e avançar !!
Abraços
dj
Tem muito pouco a ver com investimento directo estrangeiro. Asseguro-te que os investidores procuram os custos de oportunidade e pouco mais.
Países com problemas muito mais graves do que Portugal (atenção, não estou a dizer que a pedofilia não é grave) sempre captaram IDE, apesar do péssimo ambiente social. Aliás, muitas vezes, países com problemas captam mais investimentos devido à variável custos salariais. O Leste da Europa tem problemas muito maiores e é agora considerado o paraíso dos novos investimentos.
O mesmo na América Latina e na Ásia ou o pessoal esquece-se do famoso turismo sexual dessas regiões?
Isso não afugentou investidores.
O que Portugal precisa é de ter juízo e avançar !!
Abraços
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Portugal suicida-se
Portugal foi destaque na Time como bordel “mais in” da Europa e agora na tv e rádios alemãs como um lugar de demónios sexuais, onde as vítimas são crianças e os suspeitos são todos. Incluindo o Presidente.
Um executivo destacado por uma multinacional em Portugal começou o dia de ontem a atender uma chamada do seu presidente na Alemanha. A pergunta do outro lado do telefone: o que se está a passar aí? A inquietação em nada tinha a ver com a actividade da empresa, mas com a situação do país.
Portugal nunca é notícia em lado algum. Nem sequer aqui ao lado, em Espanha, quanto mais na Alemanha. Sucede que, na quarta-feira à noite, em “prime time”, a televisão alemã deu grande destaque ao caso de pedofilia. Na manhã seguinte, o assunto era amplamente difundido nas rádios.
A imagem essencial que passou foi a do caos. Um país com um sistema de justiça caótico. Instituições desacreditadas. Enfim, um local pouco recomendável e bastante mal frequentado. É assim e de nada serve fingir que reportagens e notícias deste género não têm qualquer tipo de importância. Nem serve de atenuante lembrar os preconceitos que o nosso país sofre onde impera a soberba (como é o caso dos alemães) ou a mais imbecil das ignorâncias (como acontece com os americanos).
O facto é que, no curto espaço de meses, Portugal foi destaque na Time como o bordel mais “in” na Europa e agora, nas televisões e rádios alemãs, como um lugar de demónios sexuais, onde as crianças são vítimas e os suspeitos podem ser todos, incluindo o Presidente da República.
Isto tem, como toda a gente sabe, efeitos devastadores na nossa credibilidade externa. Como se explica a um alemão aquilo que está a acontecer em Portugal? No dia em que o Presidente da República e o primeiro-ministro patrocinam a criação do Alto Conselho de IDE, com várias personalidades internacionais no seu núcleo fundador, como pode este país captar investimento estrangeiro, sabendo que as multinacionais são influenciadas por factos descredibilizantes como os que, também os media internacionais, agora dão conta?
O mal é nosso e não estamos em condições de recriminar quem quer que seja. Nós próprios temos uma enorme dificuldade em entender como a pedofilia na Casa Pia começou por ser uma tragédia, depois passou a espectáculo e ameaça terminar em suicídio colectivo. Como é evidente, uns são mais responsáveis que outros. O doutor Marques Mendes foi ontem ao Parlamento da nação dizer que o Governo quer ver novas reformas na Justiça, em matéria penal e processual.
Ao mesmo tempo, o doutor Souto Moura foi a Belém dizer ao chefe de Estado que essas reformas têm de acontecer em 2004. No meio, desapareceu uma ministra, que sempre que pode empurra o problema para a Segurança Social.
E, quando não pode, não diz nada a não ser “eu acredito na justiça”. O problema é que o cidadão consciente já não acredita em ninguém. Nem nas reformas do doutor Marques Mendes, nem nas boas intenções do doutor Souto Moura, nem no tacticismo da doutora Celeste Cardona. Sim, a senhora ministra tem uma enorme responsabilidade naquela reportagem da TV alemã, porque está mais preocupada com a sua imagem do que com o país. Enquanto se ausentou por doença, prevaleceu a sensatez e toda a gente se conteve.
Agora, o país passa vergonha lá fora e não se orgulha da ministra que se esconde cá dentro.
Fonte: www.negocios.pt
Um executivo destacado por uma multinacional em Portugal começou o dia de ontem a atender uma chamada do seu presidente na Alemanha. A pergunta do outro lado do telefone: o que se está a passar aí? A inquietação em nada tinha a ver com a actividade da empresa, mas com a situação do país.
Portugal nunca é notícia em lado algum. Nem sequer aqui ao lado, em Espanha, quanto mais na Alemanha. Sucede que, na quarta-feira à noite, em “prime time”, a televisão alemã deu grande destaque ao caso de pedofilia. Na manhã seguinte, o assunto era amplamente difundido nas rádios.
A imagem essencial que passou foi a do caos. Um país com um sistema de justiça caótico. Instituições desacreditadas. Enfim, um local pouco recomendável e bastante mal frequentado. É assim e de nada serve fingir que reportagens e notícias deste género não têm qualquer tipo de importância. Nem serve de atenuante lembrar os preconceitos que o nosso país sofre onde impera a soberba (como é o caso dos alemães) ou a mais imbecil das ignorâncias (como acontece com os americanos).
O facto é que, no curto espaço de meses, Portugal foi destaque na Time como o bordel mais “in” na Europa e agora, nas televisões e rádios alemãs, como um lugar de demónios sexuais, onde as crianças são vítimas e os suspeitos podem ser todos, incluindo o Presidente da República.
Isto tem, como toda a gente sabe, efeitos devastadores na nossa credibilidade externa. Como se explica a um alemão aquilo que está a acontecer em Portugal? No dia em que o Presidente da República e o primeiro-ministro patrocinam a criação do Alto Conselho de IDE, com várias personalidades internacionais no seu núcleo fundador, como pode este país captar investimento estrangeiro, sabendo que as multinacionais são influenciadas por factos descredibilizantes como os que, também os media internacionais, agora dão conta?
O mal é nosso e não estamos em condições de recriminar quem quer que seja. Nós próprios temos uma enorme dificuldade em entender como a pedofilia na Casa Pia começou por ser uma tragédia, depois passou a espectáculo e ameaça terminar em suicídio colectivo. Como é evidente, uns são mais responsáveis que outros. O doutor Marques Mendes foi ontem ao Parlamento da nação dizer que o Governo quer ver novas reformas na Justiça, em matéria penal e processual.
Ao mesmo tempo, o doutor Souto Moura foi a Belém dizer ao chefe de Estado que essas reformas têm de acontecer em 2004. No meio, desapareceu uma ministra, que sempre que pode empurra o problema para a Segurança Social.
E, quando não pode, não diz nada a não ser “eu acredito na justiça”. O problema é que o cidadão consciente já não acredita em ninguém. Nem nas reformas do doutor Marques Mendes, nem nas boas intenções do doutor Souto Moura, nem no tacticismo da doutora Celeste Cardona. Sim, a senhora ministra tem uma enorme responsabilidade naquela reportagem da TV alemã, porque está mais preocupada com a sua imagem do que com o país. Enquanto se ausentou por doença, prevaleceu a sensatez e toda a gente se conteve.
Agora, o país passa vergonha lá fora e não se orgulha da ministra que se esconde cá dentro.
Fonte: www.negocios.pt
Todo o Homem tem um preço, nem que seja uma lata de atum
3 mensagens
|Página 1 de 1
Quem está ligado:
Utilizadores a ver este Fórum: Bing [Bot], carlosdsousa, drcentimo, Google [Bot], Shimazaki_2 e 124 visitantes