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Caldeirão da Bolsa

Offtopic: Leituras de fds

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Re: Offtopic: Leituras de fds

por MozHawk » 11/1/2004 13:54

MozHawk Escreveu:Para terminar, algumas linhas do The world this week:

Libya's ruler, Muammar Qadafi, admitted that his government had been secretly trying to develop weapons of mass destruction, promised to doing so (esta é linda, o homem prometeu!), and said that international inspectors could come and look. Mohamed El-Baradei, the head of UN's nuclear watchdog, toured four secret sites, and said that Libya had still been years away from a nuclear bomb.


Bom, um lapso, onde se lê "promised to doing so" é, na realidade, "promised to stop doing so"...

Um abraço,

MozHawk
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Offtopic: Leituras de fds

por MozHawk » 11/1/2004 13:52

Com o atraso normal de 1 semana mas ainda dentro do prazo de validade, entretive-me a ler algumas coisas interessantes na última The Economist. Algumas notícias interessantes que levantam algumas questões e, consequentemente, reflexões.

Bush
A apenas 10 meses das eleições presidenciais, os sinais que chegam dos EUA são algo preocupantes relativamente às mesmas. Estima-se que apenas 50% dos eleitores vote, a esta distância das mesmas. A frase que caracteriza esta questão é lapidar:

"Even in the United States, only around half the electorate will bother to vote."

Pior do que isso é o mundo correr o risco de ter como líder da única superpotência alguém com o perfil do Bush filho o qual está a dar seguimento ao trabalho iniciado pelo pai mas de uma forma mais célere e catastrófica. E isto, deitando completamente por terra o trabalho efectuado por Clinton ao longo de dois mandatos num ápice.

Mas a frase que mais "gozo" me deu no referido artigo foi a seguinte:

"The supposedly "conservative" president has expanded the federal government and its budget deficit at a speed few French socialists could match."

Mil vezes Howard Dean ao apocalíptico Bush.

O Eixo do Mal
Fazendo uma análise retrospectiva algo rápida de memória, coisas há que continuam a surpreender no quotidiano à medida que vão acontecendo.

Nunca mais me esquecerei das imagens a preto e branco que passavam na TV portuguesa sobre a guerra civil libanesa. Dos bombardeamentos. Das facções. Dos terroristas financiados aqui e acolá, por este e por aquele Estado.

Khomeini é aclamado no Irão passando este Estado a ser o primeiro oficialmente xiita no planeta. Saddam, sunita e apoiado pelo Ocidente, inicia uma longa guerra na região.

Ao longo de muitos anos fomos sendo injectados em toda a parte, com particular destaque para os meios de comunicação social, para o grande perigo que representavam os "tarados" dos xiitas e a desgraça que era o Irão, Estado terrorista e grande perigo à estabilidade regional e, consequentemente, mundial.

Passando um pouco à frente de algumas questões, eis que se está a dar uma reviravolta nos conceitos e nas perspectivas: afinal, no vizinho Iraque libertado, fala-se com uma insistência impressionante no "triângulo sunita" que está a seleccionar os alvos ocidentais e xiitas, sendo estes últimos "bons" aliados dos EUA.

Terramoto de Bam. O mundo acode. Aproveitamento dos EUA e Irão para uma troca de galhardetes diplomáticos.

Líbia de Kadhafi. O diabo em pessoa que mandou abater 2 aviões civis de grande capacidade, um da saudosa Pan Am e outro da não menos saudosa UTA, contrariamente ao Irão que viu um avião civil seu (A300 da Iran Air) ser abatido no Golfo Pérsico pela marinha de guerra dos EUA por "engano" matando todos a bordo, que apanhou com um bombardeamento em "casa" ordenado pelo Reagan com o objectivo de o aniquilar fisicamente, passou agora a ser um tipo bestial.

Entregou os seus agentes, acordou indemnizações fantásticas às famílias das vítimas, aproximou-se do ocidente e iniciou, por iniciativa própria, negociações secretas com os EUA e Reino Unido há 9 meses sobre o seu programa de ADM (WMD), entre outros assuntos.

Num artigo deste número da The Economist até se diz que "bem, o Kadhafi até nem é mau rapaz porque apenas terá mandado matar algumas dezenas de opositores contrariamente ao Saddam que mandou matar dezenas de milhar..." (tradução livre) para depois se avançar mais adiante que "desde que as empresas petrolíferas americanas saíram do país que as concessões foram congeladas e não concedidas aos europeus ou outros".

Para terminar, algumas linhas do The world this week:

Libya's ruler, Muammar Qadafi, admitted that his government had been secretly trying to develop weapons of mass destruction, promised to doing so (esta é linda, o homem prometeu!), and said that international inspectors could come and look. Mohamed El-Baradei, the head of UN's nuclear watchdog, toured four secret sites, and said that Libya had still been years away from a nuclear bomb.

Quem diria?

Um abraço,

MozHawk
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