CALDEIRÃO DE BOLSA

Sim, já encontrei, em:
http://europa.eu.int/comm/eurostat/newcronos/queen/display.do?screen=detail&language=en&product=THEME2&root=THEME2/strind_copy_572150253763/ecobac_copy_212135226208/eb070_copy_430711800430

vejam este link: www.toptips.com/debtclock.html


cumps

O Japão seguia com 147%

A fonte é o eurostat, que pode ser consultado no site da Europa.

Merlin:
Os últimos números que ví referiam 40 e picos para os USA. Onde é que viste esses 61% em 2002?

Em 2002 o stock de divida publica dos States representava 61% do PIB, que compara com 62,3 % média da EU15.japão seguia com 114%.

É preciso ter cuidado quando se compara niveis de produtividade entre UE e EU, já que a Europa e demasiado heterogénea no que diz respeito ao tecido produtivo.

os 30% de horas a menos de trabalho em relação aos EU é uma análise falaciosa.

Quanto a portugal podemos ter pouco peso internacionalmente, mas o internacional tem muito peso em nós.

Bom a dívida pública dos USA ainda é pequena em percentagem do PIB. (Cerca de metade da Portuguesa, cerca de um terço da Italiana e da Grega.)

Assim, penso que o deficit dos USA só se tornará preocupante se se mantiver o rumo depois das eleições. Espero que o GWB perceba que em 2005 tem de começar a inverter as coisas...

Quanto à fraqueza da economia europeia prejudicar os USA:
Bom, é claro que eles venderiam mais para a Europa se cá as coisas andassem bem.
Mas se queremos manter as conquistas sociais temos de assumir que seremos sempre menos desenvolvidos e teremos sempre crescimentos menores do que os dos USA.
E os "americas", por sua vez, tem de aceitar que a nossa opção é essa, e tem de se virar para mercados alternativos, tipo China, etc..

(Lembram-se da recente defesa pelo Vitor Constâncio de que a produtividade europeia é 30% mais baixa do que a dos USA porque se trabalha 30% menos horas, o que é muito bom pois constitui uma grande conquista social? Pois, se é assim que queremos as coisas temos que aceitar essa realidade...)
Isto em termos europeus.
Em Portugal as coisas são piores, mas a fraqueza da nossa economia tem pouco impacto internacional...

Entretanto o FMI veio dizer uma coisa com a qual eu corroboro bastante:

O duplo défice dos EUA, se não for reduzido, torna-se uma ameaça à Economia global, mais ainda que a questão cambial.

Segundo, o FMI, o racio dívida/PIB dos EUA deverá aumentar 10 a 15 pontos na próxima década, sobretudo se não resolver os problemas do Medicare e Seg. Social. A alternativa poderia ser um aumento da carga fiscal, mas aí as consequências podem ser muito más.
A dívida pública exigível chegará a mais de 40 trilhões nas próximas décadas. Seguramente o PIB não chegará lá, a não ser que provoquem uma hiper inflação para disfarçar o PIB nominal não ajustado e assim consigam fazer uma "macacada" contabilistica...

Será?



Um abraço

djovarius

Mas se esta valorização do euro puser em causa o arranque da economia europeia não achas que isso também se repercuterá no desempenho dos States.
È que nestas coisas não há nada como o equilibrio para que exista crescimento sustentado. O crescimento que os States venham a ter via exportações, devido ao actual enquadramento, está assente numa muleta cambial que mais tarde ou mais cedo se vai repercutir em endividamento.

Penso que é uma enorme ameaça à economia europeia, mas não à economia mundial.

Para os USA até é bom:
Tanto a nível da competitividade e do aumento da produção industrial ( e portanto do crescimento económico) como por tender a limitar a evolução do endividamento familiar, por implicar uma redução da importação de bens (a maioria deles de luxo) europeus...

p.f Gostaria de saber quais os fundamentos para a afirmação abaixo descrita.

....O vencedor do Nobel da Economia em 2001 classifica mesmo a actual cotação da moeda europeia
e a tendência de subida que persiste como a «maior ameaça à economia mundial»....