
Oh, Didi !!
O jantar fez muito bem
Opinar e reflectir é preciso !!!
Mas... conta lá melhor a história de Portugal não aceitar as verdinhas !!!!???
Exportávamos muito para os EUA e para outros lugares e aceitávamos as divisas fortes. Afinal, elas eram necessárias para pagar o petróleo, o trigo, etc...
Agora, nesse tempo Portugal era uma Economia mais fechada, com uma grande interacção metrópole/colónias, o que nos deixava mais protegidos de choques externos.
Mas... ainda assim, um pouco antes do 25 de Abril, numa das suas famosas "Conversas em família", Marcelo Caetano dizia que "as vacas gordas tinham acabado" e que "Governar era muito difícil" e praticamente pediu desculpa à população por um aumento de 5 tostões em não sei o quê. Por incrível que possa parecer, tinha 4 anos e lembro-me ainda deste discurso, daquela voz e daquele estilo "Estado Novo".
Ora, para uma Economia fechada, não-monetarista (lembram-se das notas que diziam escudos-ouro?), por conseguinte, não-inflacionista, aumentar preços era quase uma infâmia. O que vale por dizer que o padrão ouro começava aos poucos a dar lugar a um padrão misto, como se prova pelas emissões feitas nesse tempo de dívida pública, parte da qual era vendida no mercado internacional.
Portanto, Didi, o que dizes é verdade, mas não por inteiro. O Ouro dos cofres deixaria de ter muito significado à medida que se promovia a abertura económica.
Outro mito, este já pós 25 de Abril: "os gajos venderam o Ouro todo do Salazar". Que disparate, meu Deus. O FMI, temendo uma insurreição comunista em Portugal, ajudou Mário Soares através de vários programas, tendo os últimos feito parte de um pacote de ajuste (Bloco Central 83/84) que permitiu equilibrar as contas públicas e entrar na CEE.
O Ouro começou a ser vendido há pouco tempo através de um programa de vendas concertadas de vários Bancos Centrais. Mais valia que o tivessem vendido a 850 dólares a onça em 1980.
Houve ainda um episódio de Ouro depositado na América, num Banco que faliu. Lembram-se?? E porque mais ninguém falou disso? Foi há 10 anos, ou pouco mais...
Quanto ao Marco não ser o Euro, bom, para a maioria do mercado, para as mãos fortes, é como se fosse. O resto são cantigas...
Bom, chega de histórias por agora !!
dj
O jantar fez muito bem


Opinar e reflectir é preciso !!!
Mas... conta lá melhor a história de Portugal não aceitar as verdinhas !!!!???
Exportávamos muito para os EUA e para outros lugares e aceitávamos as divisas fortes. Afinal, elas eram necessárias para pagar o petróleo, o trigo, etc...
Agora, nesse tempo Portugal era uma Economia mais fechada, com uma grande interacção metrópole/colónias, o que nos deixava mais protegidos de choques externos.
Mas... ainda assim, um pouco antes do 25 de Abril, numa das suas famosas "Conversas em família", Marcelo Caetano dizia que "as vacas gordas tinham acabado" e que "Governar era muito difícil" e praticamente pediu desculpa à população por um aumento de 5 tostões em não sei o quê. Por incrível que possa parecer, tinha 4 anos e lembro-me ainda deste discurso, daquela voz e daquele estilo "Estado Novo".
Ora, para uma Economia fechada, não-monetarista (lembram-se das notas que diziam escudos-ouro?), por conseguinte, não-inflacionista, aumentar preços era quase uma infâmia. O que vale por dizer que o padrão ouro começava aos poucos a dar lugar a um padrão misto, como se prova pelas emissões feitas nesse tempo de dívida pública, parte da qual era vendida no mercado internacional.
Portanto, Didi, o que dizes é verdade, mas não por inteiro. O Ouro dos cofres deixaria de ter muito significado à medida que se promovia a abertura económica.
Outro mito, este já pós 25 de Abril: "os gajos venderam o Ouro todo do Salazar". Que disparate, meu Deus. O FMI, temendo uma insurreição comunista em Portugal, ajudou Mário Soares através de vários programas, tendo os últimos feito parte de um pacote de ajuste (Bloco Central 83/84) que permitiu equilibrar as contas públicas e entrar na CEE.
O Ouro começou a ser vendido há pouco tempo através de um programa de vendas concertadas de vários Bancos Centrais. Mais valia que o tivessem vendido a 850 dólares a onça em 1980.
Houve ainda um episódio de Ouro depositado na América, num Banco que faliu. Lembram-se?? E porque mais ninguém falou disso? Foi há 10 anos, ou pouco mais...
Quanto ao Marco não ser o Euro, bom, para a maioria do mercado, para as mãos fortes, é como se fosse. O resto são cantigas...
Bom, chega de histórias por agora !!

dj