CALDEIRÃO DE BOLSA

BofA nega autenticidade de activos de cerca de 4.000 M€ ao grupo Parmalat

A Parmalat refere que o Bank of America (BofA) não reconheceu a autenticidade de documentos atestando a existência de posições em activos e dinheiro correspondentes a 3,95 mil milhões de euros detidos, à data de Dezembro de 2002, pela Bonlat Financing, uma subsidiária do grupo italiano sediada nas Ilhas Caimão.



Num comunicado divulgado no site do grupo esta sexta-feira, a Parmalat refere que o BofA declinou reconhecer a autenticidade dos documentos utilizados na certificação de contas anuais da subsidiária, segundo uma nota enviada à Grant Thornton, auditora da Bonlat, na qual se nega mesmo a existência de «qualquer conta» tendo como titular a Bonlat.
O grupo italiano, cujas acções na bolsa de Milão voltaram a ser suspensas depois de uma queda superior ao limite de oscilação de 10%, refere que o conselho de administração do grupo reunirá esta tarde, em sessão extraordinária, para analisar a situação.

A Parmalat, líder italiano no sector agro-alimentar, está com grande dificuldade em recuperar credibilidade financeira, e segundo Cláudio Cattaneo, responsável da unidade portuguesa citado na edição de sexta-feira do Jornal de Negocios, o que está a acontecer com a empresa-mãe «parece um pesadelo».

19-12-2003 10:43:16

É verdade. A Andersen Italy foi absorvida pela Deloitte.

Um abraço

O depósito certamente que já existe há mais tempo. Sendo a Deloitte o Auditor, e sendo provável que tenham absorvido a Andersen tb em Itália, torna-se provável que agora estivesse a tentar largar essa batata quente específica.

Já agora, a Andersen revelou-se uma orgnização criminosa mundial, tal o número de casos em que esteve envolvida.

E ninguém foi preso.

O crime compensa.

Pensei que a história tinha exactamente começado quando os auditores se recusaram a assinar as contas por causa exactamente disso, não foi?

Quem é que é o auditor disso?

A falência não devia ser só para a Parmalat, devia ser para o auditor também.

Que raio de confiança é que se pode ter numas contas auditadas, se um depósito de 4Bn USD é dado como certo e não existe?

Que não contem as existências ainda se compreende, agora deixar um depósito fantasma de 4Bn USD passar é surreal.

Auditoria que deixe passar isso não serve para nada.

À falência com os tipos, tb. Ao cadafalso.

Com a aumento de capital ainda a sumolis vai comprar isso por uns euros.

Acções da companhia italiana descem mais de 10%
Bank of América diz que conta de 3,95 mil milhões da Parmalat não existe
A situação financeira da Parmalat está cada vez mais complicada, depois de o Bank of América ter rejeitado a autenticidade de documentos de uma filial da empresa italiana, que garantia a existência de uma conta onde a Parmalat detinha dinheiro e activos no valor de 3,95 mil milhões de euros. As acções da Parmalat desciam 13,44% antes de serem suspensas.

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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt



A situação financeira da Parmalat está cada vez mais complicada, depois de o Bank of América ter rejeitado a autenticidade de documentos de uma filial da empresa italiana, que garantia a existência de uma conta onde a Parmalat detinha dinheiro e activos no valor de 3,95 mil milhões de euros. As acções da Parmalat desciam 13,44% antes de serem suspensas.

A Parmalat emitiu hoje um comunicado onde revela que o Bank of América rejeita os documentos da empresa italiana que garantem que a Bonlat, subsidiária da Parmalat com sede nas Ilhas Caimão, tem 3,95 mil milhões de euros em dinheiro e activos.

O banco americano negou assim que a sua agência de Nova Iorque tenha a conta que é reclamada pela Parmalat. O Bank of América é a instituição financeira que lidera um grupo de investidores que reclama um pagamento em atraso da subsidiária brasileira da Parmalat no valor de 400 milhões de dólares.

A Parmalat tem 6 mil milhões de euros de dívidas e na semana passada evitou uma falência depois de ter pago, com atraso, obrigações no valor de 150 milhões de euros. As agências de notação financeira já cortaram o «rating» da Parmalat para «junk», pois duvidam da capacidade da companhia em cumprir as suas obrigações financeiras, apesar da empresa ter registado nas suas contas disponibilidades financeiras de 4,2 mil milhões de euros

Depois do Bank of América ter rejeitado a existência da referida conta, a administração da Parmalat convocou uma reunião extraordinária para esta tarde e iniciou os procedimentos para verificar a autenticidade dos documentos da sua filial.

As acções da Parmalat registaram uma queda máxima de 13,44% para os 0,85 euros, antes de serem suspensas. Os valores das ordens de compra pendentes oscilam entre os 10 e 40 cêntimos. Este ano as acções da companhia acumulam uma queda de 60%.

in www.negocios.pt