
Ministro admite oferta a institucionais na privatização da Portucel (correcção)
O novo caderno de encargos da privatização de 30% da Portucel, que estabelece o preço mínimo para apresentação das propostas, deverá ser publicado nos próximos dias. O documento prevê que seja alienada uma «tranche» de 15% a investidores institucionais, afirmou Carlos Tavares, ministro da Economia.
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Bárbara Leite
bl@mediafin.pt
(corrige para esclarecer que a oferta é reservada a institucionais que depois poderão vender os títulos em seu poder)
O novo caderno de encargos da privatização de 30% da Portucel, que estabelece o preço mínimo para apresentação das propostas, deverá ser publicado nos próximos dias. O documento prevê que seja alienada uma «tranche» de 15% a investidores institucionais, afirmou Carlos Tavares, ministro da Economia.
O novo caderno de encargos encerra diferenças face ao anterior modelo, entre as quais se contam o encaixe da operação por entrada em dinheiro, ao invés da troca de activos.
O encaixe total para a Portucel SGPS, a «holding» estatal que vai alienar vender os 30% na Portucel SA, vai depender dos valores oferecidos pelos candidatos.
O ministro confirmou aos jornalistas, durante a viagem do Presidente da República à Argélia, que o factor preço não será o item mais valorizado, mas antes o projecto estratégico de crescimento internacional da papeleira.
Contudo, se houver duas propostas de mérito equivalente, o factor preço prevalecerá.
Desta forma, o documento inclui um preço mínimo que será inferior aos anteriores 1,55 euros por acção, mas Tavares não se quis antecipar à divulgação conjunta do modelo e que deverá ser realizada em parceria com o Ministério das Finanças.
Outra diferença que este novo modelo contempla é que não haverá espaço para negociações entre o júri e os candidatos. As propostas serão entregues e avaliadas pelo júri que, por sua vez, emitirá um parecer consultivo na escolha do vencedor.
Carlos Tavares admite que possam haver mais interessados nesta nova modalidade.
No primeiro modelo, concorreram a Cofina/Lecta e a finlandesa M-real, ainda que vários outras papeleiras tenham manifestado o seu interesse inicial.
Após a publicação em "Diário da República", do caderno de encargos que já foi objecto de aprovação em Conselho de Ministros, decorrerá um prazo de 30 dias úteis para a apresentação das propostas. Isto implicará que as mesmas devam ser entregues até finais de Janeiro do próximo ano.
Além da venda directa em bloco ao vencedor do concurso, o novo modelo mantém a anterior possibilidade de venda em oferta de uma «tranche» de acções da Portucel, que estava prevista que atingisse os 15%.
Esta fatia estava reservada a investidores institucionais. O decreto-lei que suporta esta operação mantém-se em vigor, no âmbito do novo caderno de encargos, explicou Tavares, durante a visita oficial de Estado à Argélia.
A concretização da oferta estará dependente da estabilidade accionista que resultar da privatização. Isto, porque o Estado manterá 26% do capital, posição igualitária à do novo parceiro e à da Sonae com 25%, caso esta última não ganhe este concurso.
Sonae obrigada a dispersar capital da Portucel em caso de OPA
A Sonae, que foi a principal responsável pelo chumbo do primeiro modelo de privatização da Portucel que previa a venda de 25% da papeleira por aumento de capital no valor de 400 milhões de euros, ainda não se pronunciou sobre o interesse neste concurso.
A sua participação e eventual vitória levaria a que tivesse que lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre o restante capital disperso. A Sonae passaria a deter uma participação de 55%, ultrapassando o limite dos 33,33%, a partir do qual é obrigatória uma OPA.
Como no caderno de encargos prevalece a necessidade da empresa de continuar como sociedade de capital aberto, ou seja, cotada na bolsa, a Sonae teria que dispersar capital da Portucel em caso de OPA.
O consórcio Cofina/Lecta, que apresentou activos no sul da Europa, e a M-real ainda não manifestaram interesse, aguardando a publicação deste caderno de encargos para comentarem.
A Cofina é proprietária do Canal de Negócios e do Jornal de Negócios.
As acções da Portucel cotavam inalteradas nos 1,38 euros, a Sonae seguia também inalterada a cotar nos 0,70 euros e a Cofina nos 2,51 euros, a cair 0,79%.
O novo caderno de encargos da privatização de 30% da Portucel, que estabelece o preço mínimo para apresentação das propostas, deverá ser publicado nos próximos dias. O documento prevê que seja alienada uma «tranche» de 15% a investidores institucionais, afirmou Carlos Tavares, ministro da Economia.
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Bárbara Leite
bl@mediafin.pt
(corrige para esclarecer que a oferta é reservada a institucionais que depois poderão vender os títulos em seu poder)
O novo caderno de encargos da privatização de 30% da Portucel, que estabelece o preço mínimo para apresentação das propostas, deverá ser publicado nos próximos dias. O documento prevê que seja alienada uma «tranche» de 15% a investidores institucionais, afirmou Carlos Tavares, ministro da Economia.
O novo caderno de encargos encerra diferenças face ao anterior modelo, entre as quais se contam o encaixe da operação por entrada em dinheiro, ao invés da troca de activos.
O encaixe total para a Portucel SGPS, a «holding» estatal que vai alienar vender os 30% na Portucel SA, vai depender dos valores oferecidos pelos candidatos.
O ministro confirmou aos jornalistas, durante a viagem do Presidente da República à Argélia, que o factor preço não será o item mais valorizado, mas antes o projecto estratégico de crescimento internacional da papeleira.
Contudo, se houver duas propostas de mérito equivalente, o factor preço prevalecerá.
Desta forma, o documento inclui um preço mínimo que será inferior aos anteriores 1,55 euros por acção, mas Tavares não se quis antecipar à divulgação conjunta do modelo e que deverá ser realizada em parceria com o Ministério das Finanças.
Outra diferença que este novo modelo contempla é que não haverá espaço para negociações entre o júri e os candidatos. As propostas serão entregues e avaliadas pelo júri que, por sua vez, emitirá um parecer consultivo na escolha do vencedor.
Carlos Tavares admite que possam haver mais interessados nesta nova modalidade.
No primeiro modelo, concorreram a Cofina/Lecta e a finlandesa M-real, ainda que vários outras papeleiras tenham manifestado o seu interesse inicial.
Após a publicação em "Diário da República", do caderno de encargos que já foi objecto de aprovação em Conselho de Ministros, decorrerá um prazo de 30 dias úteis para a apresentação das propostas. Isto implicará que as mesmas devam ser entregues até finais de Janeiro do próximo ano.
Além da venda directa em bloco ao vencedor do concurso, o novo modelo mantém a anterior possibilidade de venda em oferta de uma «tranche» de acções da Portucel, que estava prevista que atingisse os 15%.
Esta fatia estava reservada a investidores institucionais. O decreto-lei que suporta esta operação mantém-se em vigor, no âmbito do novo caderno de encargos, explicou Tavares, durante a visita oficial de Estado à Argélia.
A concretização da oferta estará dependente da estabilidade accionista que resultar da privatização. Isto, porque o Estado manterá 26% do capital, posição igualitária à do novo parceiro e à da Sonae com 25%, caso esta última não ganhe este concurso.
Sonae obrigada a dispersar capital da Portucel em caso de OPA
A Sonae, que foi a principal responsável pelo chumbo do primeiro modelo de privatização da Portucel que previa a venda de 25% da papeleira por aumento de capital no valor de 400 milhões de euros, ainda não se pronunciou sobre o interesse neste concurso.
A sua participação e eventual vitória levaria a que tivesse que lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre o restante capital disperso. A Sonae passaria a deter uma participação de 55%, ultrapassando o limite dos 33,33%, a partir do qual é obrigatória uma OPA.
Como no caderno de encargos prevalece a necessidade da empresa de continuar como sociedade de capital aberto, ou seja, cotada na bolsa, a Sonae teria que dispersar capital da Portucel em caso de OPA.
O consórcio Cofina/Lecta, que apresentou activos no sul da Europa, e a M-real ainda não manifestaram interesse, aguardando a publicação deste caderno de encargos para comentarem.
A Cofina é proprietária do Canal de Negócios e do Jornal de Negócios.
As acções da Portucel cotavam inalteradas nos 1,38 euros, a Sonae seguia também inalterada a cotar nos 0,70 euros e a Cofina nos 2,51 euros, a cair 0,79%.