Expresso: "Paulo Fernandes acredita nos media"
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Expresso: "Paulo Fernandes acredita nos media"
"Paulo Fernandes acredita nos media"
"NA LISTA de negócios a concretizar, Paulo Fernandes dá prioridade à conquista da Cabovisão. Em segundo lugar, aparece o sector dos media e os potenciais cenários de consolidação. A indústria surge na terceira posição do «ranking» de interesses do empresário.
A privatização da Portucel continua a merecer as atenções da Cofina, mas tudo está em aberto e dependente dos contornos da operação (ver texto acima). Assim, de potencial vencedor - escolhido pelo júri que avaliou os dois concorrentes, Cofina/Lecta e M-Real - do concurso público para a privatização de 25% da empresa de pasta e papel, a Cofina transformou-se, para já, num espectador atento. Paulo Fernandes confirmou ao EXPRESSO que não existe qualquer acordo para que a Cofina volte a concorrer à Portucel com a Lecta.
Enquanto aguarda a definição e a divulgação da nova tentativa de privatizar a Portucel, a Cofina pediu formalmente à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) toda a documentação referente à investigação realizada pela entidade reguladora sobre a compra e venda de acções efectuadas por sociedades próximas da Sonae e que permitiram ao grupo liderado por Belmiro de Azevedo «chumbar» a privatização que transformaria Paulo Fernandes no sócio estratégico do Estado na Portucel. Um sinal de que o empresário não ficou satisfeito com os resultados nulos alcançados pela CMVM no caso.
Sobre isso, o presidente da entidade de supervisão, Teixeira dos Santos, disse ao EXPRESSO que «a CMVM fez tudo o que tinha a fazer e, pela investigação, não encontrou quaisquer elementos que permitissem questionar a transparência da participação. Não há qualquer razão para que se esteja a apontar o dedo à CMVM».
O tema Portucel não é um assunto grato a Paulo Fernandes. Questionado sobre a polémica venda das acções controladas pela Cofina na Portucel em vésperas da última Assembleia Geral da empresa, onde foi vetada a privatização, Paulo Fernandes afirma apenas que «a operação não gerou mais-valias», escusando-se, contudo, a explicar os detalhes da alienação.
O empresário recusa as acusações de que a venda das acções na Portucel antes da assembleia representasse qualquer falta de solidariedade da Cofina para com o Estado ou com a administração da Portucel. «A presença desta participação não evitava o resultado final», afirmou ao EXPRESSO. No sector, a Celulose do Caima é capaz de dar melhores notícias ao empresário. Rejeita as críticas dirigidas à empresa «sempre rentável», e anuncia um novo aumento de capacidade da fábrica, que fechará este ano com uma produção de 105 mil toneladas.
Mas se a Portucel não dá garantias a Paulo Fernandes, o mesmo não se pode falar de outra aposta da Cofina. A «menina dos olhos» do empresário, actualmente, é o sector dos media. No imediato, a preocupação de Paulo Fernandes vai para a resolução do complexo dossiê da Cabovisão, onde o grupo já investiu um montante não determinado e que «talvez seja o mais difícil» da sua carreira, por envolver vários interessados, dispersos por vários países. Mas o que interessa a Paulo Fernandes é o potencial de crescimento da Cabovisão, que, com 200 mil clientes, pode, segundo o empresário, crescer mais 500 mil e realizar acordos com os operadores de televisão.
Nos media, tudo está em aberto, mas Paulo Fernandes defende que a Cofina é o grupo com maior nível de sinergias possíveis de serem desenvolvidas com a Portugal Telecom. O empresário sabe que não é o único a aguardar pela consolidação do sector, mas defende que, seja qual for o formato final, a Cofina terá sempre um importante papel a desempenhar no futuro. Afirma que a compra da participação na Lusomundo Media «não foi hostil», tratando-se apenas de uma «boa oportunidade que a Cofina soube aproveitar», e diz ainda que, «a partir de agora, há que contar com a vontade da Cofina».
Confrontado com a sua fama de «raider» do mercado de capitais, Paulo Fernandes reconhece que é com grande prazer que desempenha a sua actividade. Discorda é das comparações da sua forma de actuar com os métodos de gestão de Belmiro de Azevedo. «As filosofias dos grupos são completamente distintas. A Sonae cresce alavancada em dívida e a Cofina defende a libertação de resultados e fluxos financeiros», explica.
C.M./N.S./P.L."
(in www.expresso.pt)
"NA LISTA de negócios a concretizar, Paulo Fernandes dá prioridade à conquista da Cabovisão. Em segundo lugar, aparece o sector dos media e os potenciais cenários de consolidação. A indústria surge na terceira posição do «ranking» de interesses do empresário.
A privatização da Portucel continua a merecer as atenções da Cofina, mas tudo está em aberto e dependente dos contornos da operação (ver texto acima). Assim, de potencial vencedor - escolhido pelo júri que avaliou os dois concorrentes, Cofina/Lecta e M-Real - do concurso público para a privatização de 25% da empresa de pasta e papel, a Cofina transformou-se, para já, num espectador atento. Paulo Fernandes confirmou ao EXPRESSO que não existe qualquer acordo para que a Cofina volte a concorrer à Portucel com a Lecta.
Enquanto aguarda a definição e a divulgação da nova tentativa de privatizar a Portucel, a Cofina pediu formalmente à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) toda a documentação referente à investigação realizada pela entidade reguladora sobre a compra e venda de acções efectuadas por sociedades próximas da Sonae e que permitiram ao grupo liderado por Belmiro de Azevedo «chumbar» a privatização que transformaria Paulo Fernandes no sócio estratégico do Estado na Portucel. Um sinal de que o empresário não ficou satisfeito com os resultados nulos alcançados pela CMVM no caso.
Sobre isso, o presidente da entidade de supervisão, Teixeira dos Santos, disse ao EXPRESSO que «a CMVM fez tudo o que tinha a fazer e, pela investigação, não encontrou quaisquer elementos que permitissem questionar a transparência da participação. Não há qualquer razão para que se esteja a apontar o dedo à CMVM».
O tema Portucel não é um assunto grato a Paulo Fernandes. Questionado sobre a polémica venda das acções controladas pela Cofina na Portucel em vésperas da última Assembleia Geral da empresa, onde foi vetada a privatização, Paulo Fernandes afirma apenas que «a operação não gerou mais-valias», escusando-se, contudo, a explicar os detalhes da alienação.
O empresário recusa as acusações de que a venda das acções na Portucel antes da assembleia representasse qualquer falta de solidariedade da Cofina para com o Estado ou com a administração da Portucel. «A presença desta participação não evitava o resultado final», afirmou ao EXPRESSO. No sector, a Celulose do Caima é capaz de dar melhores notícias ao empresário. Rejeita as críticas dirigidas à empresa «sempre rentável», e anuncia um novo aumento de capacidade da fábrica, que fechará este ano com uma produção de 105 mil toneladas.
Mas se a Portucel não dá garantias a Paulo Fernandes, o mesmo não se pode falar de outra aposta da Cofina. A «menina dos olhos» do empresário, actualmente, é o sector dos media. No imediato, a preocupação de Paulo Fernandes vai para a resolução do complexo dossiê da Cabovisão, onde o grupo já investiu um montante não determinado e que «talvez seja o mais difícil» da sua carreira, por envolver vários interessados, dispersos por vários países. Mas o que interessa a Paulo Fernandes é o potencial de crescimento da Cabovisão, que, com 200 mil clientes, pode, segundo o empresário, crescer mais 500 mil e realizar acordos com os operadores de televisão.
Nos media, tudo está em aberto, mas Paulo Fernandes defende que a Cofina é o grupo com maior nível de sinergias possíveis de serem desenvolvidas com a Portugal Telecom. O empresário sabe que não é o único a aguardar pela consolidação do sector, mas defende que, seja qual for o formato final, a Cofina terá sempre um importante papel a desempenhar no futuro. Afirma que a compra da participação na Lusomundo Media «não foi hostil», tratando-se apenas de uma «boa oportunidade que a Cofina soube aproveitar», e diz ainda que, «a partir de agora, há que contar com a vontade da Cofina».
Confrontado com a sua fama de «raider» do mercado de capitais, Paulo Fernandes reconhece que é com grande prazer que desempenha a sua actividade. Discorda é das comparações da sua forma de actuar com os métodos de gestão de Belmiro de Azevedo. «As filosofias dos grupos são completamente distintas. A Sonae cresce alavancada em dívida e a Cofina defende a libertação de resultados e fluxos financeiros», explica.
C.M./N.S./P.L."
(in www.expresso.pt)
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