Detetado primeiro caso de conflito de interesses no PRR

[LastBull]

O BCP está interessado em que a cotação suba, os restantes accionistas querem que desça. Vamos ter uma luta até final com a certeza de que o BCP vai fazer um forcing nos dias 21 a 24 se não me engano porque é aí que fica definido o preço da operação.

Quanto à questão de a pressão de venda ser maior agora ou a partir de amanhã (1º dia ex-direitos) julgo que deverá ser agora. Isto porque o país inteiro já sabe que foi o BCP a puxar a cotação e porquê. E já percebeu que a operação é má. Mas há aqui 2 situações distintas:

Os que querem ou têm que ser accionistas BCP a médio/longo prazo e os outros.

Os 1ºs ou acompanham o aumento de capital e não fazem nada, ou escolhem entre as acções e as obrigações. Julgo que terão que escolher as acções (infelizmente para eles) pois têm que manter os votos na assembleia. Apesar de as obrigações serem mais vantajosas porque o juro é melhor e portanto era natural que vendessem acções depois de amanhã para ficarem com os direitos.

Em 2º lugar o investidor não institucional, que não tem qualquer qualquer interesse no BCP. Esse, que não tem nenhuma obrigação de escolher entre acções e obrigações, vai vender antes porque não quer o aumento do capital. Isto porque a operação seria interessante aos preços de há 2 meses atrás, mas agora o rácio de troca é má porque a cotação foi muito puxada para cima. Como tal não lhe interessam nem as acções (que estão demasiado altas) nem as obrigações que são agora um negócio pouco interessante. Vão vender tudo e eventualmente comprar daqui a uns meses com "saldos" de 30 - 40% provavelmente.

Resumindo, creio como o Filipe, que a cotação vai recomeçar a subir amanhã (depois da pequena correcção dos direitos) com um grande forcing no sprint final.


É só uma opinião de alguém que odeia o BCP e a sua forma de tratar os accionistas (já fui um). Confesso que estou mortinho para shortar quando acabar esta palhaçada.

[Bonaparte]

como por exemplo:
- a abertura de novas posições curtas (quando deixa de haver necessidade dos titulares deterem os direitos)
- pressão de venda para que o preço de conversão não seja muito alto
- troca das acções pelas obrigações
+ pressão de compra por parte do grupo BCP para que o preço de conversão seja o mais alto possível

+/- sentimento do mercado

com tudo isto a minha opinião vai no sentido que se faça um equilíbrio por volta dos 2.5

[Filipe]

Bonaparte é verdade que a pressão vendedora deverá ser maior, mas os grandes que trouxeram o BCP desde dos 1,70 e tal, para níveis acima dos 2,70 não devem ficar parados logo na altura em que convém suportar o papél.

Podemos até esperar que nesse período a acção possa vir a atingir novos máximos, ou pelos menos valores acima dos actuais, apesar do péssimo aspecto do gráfico nos últimos dias.

um abraço, filipe

[Bonaparte]

para quem quiser as obrigações é necessário deter as acções (muitas ou poucas depende da carteira) ou então comprar os direitos, para posterior subscrição.
Após o destacamento dos direitos, aí a acção poderá ser pressionada por um acréscimo de venda.

[vasco]

...pois é que ainda sou um bocadito verdeee.

A data limite para o BCP é dia 5/12 certo?
Nesse dia é melhor ter "muitas" ou "poucas" acções para que sejam convertiveis (?).

Podem só dar-me umas luzes desta operação?

Obrigado pela paciência,
Vasco

[Bonaparte]

... o que poderá trazer maior pressão de venda no título para a semana!

[Filipe]

é verdade pata, para variar o úlisses tinha razão.


Bonaparte, se venderes agora tens de comprar direitos depois. Nesse caso, era mais facil vender as acções para a semana e ficar com os direitos.

um abraço, filipe

[Bonaparte]

quais as razões para os investidores não venderem as suas acções e transformá-las em obrigações. eu só vejo vantagens nessa situação

[lr]

Será que a partir do dia 5 o cenário não muda ??

[Pata-Hari]

Não deixo o meu gráfico porque o BCP nunca me inspirou particularmente... vá-se lá saber pq.

No entanto parece confirmar-se a falta de razões para subidas. Bela aposta o short do Ulisses (para não variar).