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MensagemEnviado: 12/11/2003 18:09
por PIKAS
Amigos:
Vendo todos os posts podemos tirar algumas conclusões que, de um modo ou outro, são pacificamente aceites:

Assim:

1º - Este processo começou mal, foi mal conduzido, continua mal e parece, neste momento, estar num beco com poucas saídas;

2º - O título poderá estar suportado nos 1,32;

3º - As subidas expressivas do título serão resultado da especulação e manipulação, consoante o interesse de cada um dos grandes envolvidos;

4º - A " festa ainda vai no adro ". Os profits estarão do lado de quem melhor interpretar as jogadas que os grandes certamente irão fazer.

5º - Se o estado se dispuser a ceder mais de 50% a um comprador ( se... ) Monteiro de Barros certamente não estará só na corrida, outros existirão;

6º - A próxima jogada do Engº Belmiro virá aí, quando e como será é que é a incógnita, agora. O Engº Belmiro, agora em 2º lugar, joga para ganhar e normalmente ganha.

Cumprimentos

Portucel

MensagemEnviado: 12/11/2003 15:10
por JAS
Julgo que o Plano B consta de um decreto-lei aprovado e que só poderá ser alterado por outro decreto-lei...
Enquanto isso não acontecer limitemo-nos ao que existe e que prevê a venda de 30% mantendo o Estado outros 26% em carteira.

Parece-me um cenário complicado...
Se alguém comprar agora os tais 30% eles só por si não lhe servirão para muito pois mandará menos que a SON e os seus aliados.
Isto porque os Estatutos limitam os votos a 25% (acho eu mas não tenho a certeza).
Como pela Lei é impossível alterar estatutos, sem uma maioria qualificada de 75%, isso conduz seguramente a um impasse.
(Já nem o Estado atualmente consegue alterar os Estatutos nem ninguém o poderá fazer depois contra um Estado a manter 26%).

Poderá admitir-se que quem comprasse poderia ter uma garantia de que o Estado se manteria ao seu lado e que, portanto, estava assegurado o controle da empresa.
Mas os governos mudam, os ministros mudam, e o Estado de hoje pode não ser o mesmo Estado de amanhã.
Em negócios de milhões ninguém compra com uma incerteza dessas.
Ou aparece uma garantia de que haverá uma opção de compra dos 26% com que o Estado permanece (e essa garantia até pode ser uma promessa de o Estado vender numa OPA) ou não haverá muitos interessados
em comprar no cenário actual...
(Essa promessa como é evidente não teria nada de transparente...)
Sendo assim, com o actual Plano B, só vejo mesmo um possíval comprador. E é a SON.

Havendo um único comprador o preço será baratinho. Especular a pensar num mirabolante preço da privatização parece-me agora um erro.
(Acho que o preço de 1,55 não transita do Plano A para o Plano B e que neste último o preço será o maior que aparecer)

E se a SON comprar barato o que acontece à sua cotação? Para já o mercado está a reagir bem à perspectiva de que ela vai fazer um excelente negócio e a sua cotação sobe.
Mas haverá um momento em que o mercado irá perceber que o grau de endividamento da SON já é enorme e que irá aumentar ainda mais...

Dá-me ideia de que, com estas perspectivas, iremos ter um plano C.
E um pequeno delay na privatização.

JAS

pti

MensagemEnviado: 12/11/2003 14:46
por Guzziman
Acho que o R.Martins, começou muito bem por referir-se à postura perante as notícias.

De facto, essa do, se quiserem vender têm o meu móvel ... só falta dizer, se eu não atender, deixem mensagem!!!

Depois é bem complementada a sequência de posts, e pegando só numas palavrinhas do Ulisses, de facto, acho que para nós, o interessante, estará em saber aproveitar os raids que a acção possa fazer.

A minha ordem de venda de metade já lá está...

Parece que temos um intervalo bem definido entre 1.32 e 1.55.

Ora eu marquei como 1º tecto o 1.44 (valor do anterior raid).

Agora, let`s play!

Guzziman

MensagemEnviado: 12/11/2003 14:38
por Ulisses Pereira
Os 1,32 são agora um suporte, mas os arranques serão fruto das notícias de que a imprensa é alimentada regularmente... com muita perícia.


Frase perfeita para definir a actual situação do papel. :)

Beijos,
Ulisses

PTI

MensagemEnviado: 12/11/2003 14:25
por Razao_Pura
Comentador: orgulhosamente sós .... infelizmente não é? Nem aquilo que é bom sabemos vender. Enfim...


Ulisses, tens razão. Os 1,32 são agora um suporte, mas os arranques serão fruto das notícias de que a imprensa é alimentada regularmente... com muita perícia.

Beijos! :P

MensagemEnviado: 12/11/2003 14:17
por Ulisses Pereira
Bom texto, Razão!

Só discordo no último ponto, pois acho que em termos de AT tem estado muito certinha: Quebrou a resistência dos 1,32, transformou-a em suporte, testou-o várias vezes e depois voltou a arrancar.

Mas nã há dúvida: A especulação vai reinar mas quem souber ler a actuação dos diversos "players" da acção pode sair-se muito bem a negociar Portucel.

Beijinhos,
Ulisses

MensagemEnviado: 12/11/2003 14:17
por Comentador
Gostei da sua intervenção, Razão Pura!

Claro que todo este processo da Portucel, só com muita dificuldade pode ser levado a sério: por um lado, há o Estado (Ministério da Economia) com a falta de jeito tradicional, por outro há o Belmiro de Azevedo, e conseguiu-se que não haja grupos etrangeiros importantes.

Orgulhosamente sós? Parece que sim, agora temos (?!) o Barros...

Cumprimentos

Comentador

PTI e irracionlidade...

MensagemEnviado: 12/11/2003 14:00
por Razao_Pura
Bom dia.
Não resisti.

O negócio da privatização da Portucel parece estar sem soluções à vista.

O Estado Português, nesta legislatura e nas anteriores, decidiu que não seria a SONAE a ficar com a parte de leão da empresa, agora Grupo. Arranjou tantos e tantos subterfúgios para conseguir um desenho de processo de privatização que conseguisse materializar as suas intenções sem cair muito da letra da Lei, que afastou todos os grandes grupos estrangeiros e conseguiu mesmo chumbar a proposta que a SONAE apresentou respeitanto as regras do Estado, mesmo contrafeita.
Conclusão, o Engº BA que entretanto andou a açambarcar acções vai à A.G. e chumba a solução de privatização vencedora do concurso.
E agora?
Ou o Estado envereda pelos meandros do Corporate para conseguir uma solução sinistra, passagens de participação da S.A. para a Holding (ou lá o que é), ou outras soluções...
Ou então começamos tudo outra vez.
O que acham?

Esse senhor qe veio a público dizer que tinha um telefone e que queria 56%, a mim não me diz nada!
Se ele quer os 56%, há pelo menos mais 5 ou 6 entidades que também querem, e algumas podem pagar para ir a jogo.

Se se abrir o jogo, tem que se abrir para todos novamente, não pode ser ser uma solução à medida para servir os interesses, sabe-se lá de quem com a desculpa de que o controlo da empresa tem que ficar no país.

Neste momento para mim, PTI só para especular. Não há análise técnica que lhe valha neste contexto.

Estou fora.

MensagemEnviado: 12/11/2003 13:29
por Ulisses Pereira
Pikas,

Nisto estou de acordo consigo: Posições minoritárias não fazem o estilo do Eng. Belmiro de Azevedo.

Mas também lhe digo que o Eng. Belmiro de Azevedo nunca hesitou em vender quando o preço lhe agrada. Ou seja, se ele sentir que conquistar a Portucel é difícil para ele (penso que é o que está a acontecer neste momento), começará a "jogar as cartas" de forma a tentar conseguir um preço que lhe agrade para sair da empresa.

Belmiro não foge a um bom negócio: Seja ele uma compra ou uma venda. :)

Um abraço,
Ulisses

MensagemEnviado: 12/11/2003 13:23
por PIKAS
Às 11 horas R. Martins escreveu:
" ou é que tudo mudou e eu não percebi. ".
É mesmo isso. Acertou em pleno. Em minha opinião tudo mudou, está agora muito mais baralhado.
Vejamos: O governo meteu-se num grande e confuso imbróglio ao escolher a cofina/lecta para a privatização da empresa, tanto mais que não havia dinheiro envolvido pagando este consórcio com activos sobrevalorizados. Para ajudar a baralhar, a cofina vendeu a pequena posição que detinha no título, mesmo antes da AG, ou seja desacreditando o negócio.
Com o chumbo do processo em AG pelo grupo minoritário afecto ao Engº Belmiro, o governo ficou apenas com 2 únicas saídas: ou vendia esta porção ao Engº Belmiro por um " preço em conta " ( estão a ver, uma mina ... ) ou então atirava com uma extensão do estado, a Caixa Geral de Depósitos por exemplo, para a frente. Em qualquer dos casos estavamos perante uma charada.
Claro que ninguém quer ser sócio do Engº Belmiro com uma posição de apenas 30%. Só têm um destino: ser devorado.
Aqui entra esta nova situação. Este empresário quer a Portucel, mas maioritário. É lógico. Não quer ser devorado.
Impõe-se agora uma pergunta: será que o Engº poderá ficar na empresa com uma posição minoritária? nem pensar, não faz o estilo, onde está é para mandar.
Está lançada a confusão, os investidores agradecem e aceitam-se sugestões para as cenas do próximo capítulo.

MensagemEnviado: 12/11/2003 12:13
por R_Martins
...o tal do milhão voltou a comprar, ao preço que vendeu. Arrecadou e continua a fazer crer que sim...

MensagemEnviado: 12/11/2003 12:09
por R_Martins
Indignação?...
Essa é boa...
Apenas faço observações para perceber se a subida da Sonae tem continuidade ou não?...
Já lá vão os tempos em que me indignava com a Bolsa.
R. Martins

caro martins

MensagemEnviado: 12/11/2003 12:04
por Visitante
tenho-o visto por estas bandas a defender(justificar) muitas vezes a irracionalidade dos mercados .porque a indignaçao neste caso???''

MensagemEnviado: 12/11/2003 12:00
por R_Martins
Não percebi...
Se a Portucel é um grande negócio, aliás tudo o indica por razões de mercado typo, então porque deve a Sonae deixar um negócio que é bom?...
Se ao vender a Portucel a Sonae perderia um grande negócio, ou pelo menos um bom negócio , porque deverá a Sonae subir? Irracionalidade de Bolsa?...

Um tal Barros, com a sua OPA á Portucel e bocas de «sabem o meu número de telefone...» não parece uma postura lógica para um negócio de 500 milhões. Mais: O estado tem apresentado uma filosofia diferente no que concerne á privatização da Portucel.
Ou é que tudo mudou e eu não percebi?...
R. Martins

Quem é que...

MensagemEnviado: 12/11/2003 11:40
por R_Martins
...já ganhou o dia, ao largar um milhão de Sonae.s ao melhor?
Que belos negócios...
R. Martins