1. cook
É exactamente esse excesso de matemática que me faz confusão quando aplicado à PTC nas condições actuais.
Tu dizes que a figura em questão tem apenas 6% de probabilidades de ser rompida em alta.
É um facto que não é discutível mas a % julgo que se refere ao triangulo e não especificamente à PTC.
Portanto raciocinemos em termos de PTC apenas.
Parece-me evidente que tu, com base nos 94% de probabilidades de acertares, estarias disposto a assumir uma posição curta. Fá-lo-ias com base na AT unicamente.
Agora supõe que eu te dou a informação de que amanhã vou comprar 1M de acções da PTC e que o vou fazer ao melhor.
Vais ligar aos 94% de probabilidade ou ficas logo a pensar que, logo por azar, vai ser um caso que contribuirá para a estatística do lado dos 6%?
Portanto eu digo que nos tempos actuais, com o programa de compra de acções, será muito difícil a PTC entrar em quedas além das normais correcções com pouca amplitude.
Tu dizes que a AT "como em qualquer outro caso pode falhar" e eu acho que, pelo motivo apontado, a probabilidade de falhar quando apontar para quedas se tornou anormalmente maior.
Daqui a uns tempos quando o "facto novo" tiver produzido uma nova base estatistica a AT voltará a servir como dantes...
2. Arnie
mas em termos de "short term trading" se a PT compra ou deixa de comprar acções próprias pouco importa
É exactamente no curto prazo que a compra de acções próprias pode ter influência.
Tomemos, como exemplo, o fecho da PTC no dia 6 a 7,20. Julgo que as opiniões são unanimes em que a AT apontava para uma correcção.
O que eu pergunto é: Se no dia seguinte a PTC entrar em compras o que é que acontece?
(não sei se entrou ou não ou se foi outro investidor qualquer)
Quanto a mim isto introduz um "facto novo" que condicciona a evolução "normal" do título.
(E é um "facto novo" cujo espectro paira agora todos os dias sobre a PTC...)
Para o título se comportar como prevê a AT, e neste caso que exemplifiquei para que se dê a correcção prevista, torna-se necessária uma coisa muito simples: Que a oferta seja ligeiramente superior à procura.
Ora bem, se temos os pratos da balança apenas ligeiramente desiquilibrados, o que acontecerá quando alguém mete 700k do lado da compra?
Eu penso que sobe porque 700k são 15% do volume médio e isso é demasiado importante para não desiquilibrar para o outro lado.
E a seguir entra em acção o efeito bola de neve acentuando o desiquilibrio e a consequente subida.
É nesta base de raciocínio que eu digo que a AT, neste momento, se pode tornar pouco fiável quando apontar para quedas.
3. Marco AntónioMarco Antóno Escreveu:JAS, se eu não me tivesse enganado concluíamos então que o factor "compra de acções próprias" era irrelevante?
Acho que te vais enganar mais vezes porque a compra das acções próprias vai provocar mais situações destas.
Vais-te enganar sobretudo quando a AT te indicar quedas.
4. KoreKore Escreveu:Juntem-se em torno do objectivo que nos é comum a todos: descobrir o rumo da PTC para que nos renda a todos boa fortuna
Acho que é isso que procuramos...
5. Rei da Sardinhase em vez de ser a PT a comprar fosse outro investidor qualquer, a AT comportava-se de maneira diferente? Por um lado podia acontecer,porque um grande investidor talvez comprasse de modo diferente,talvez menos agressivo e mais dissimulado, enquanto a PT até disse que ia comprar, mas provocaria sempre qualquer coisa que se visse na AT
Outros investidores a comprar e a vender haverá sempre numa situação normal. Só que nós não sabemos de que lado se posicionam e é isso que tentamos descobrir com a AT.
Neste caso concreto nós sabemos de que lado se posiciona a PT e sabemos mais. Sabemos que se propõe comprar 10% de acções próprias o que perfaz 125 milhões de acções (o equivalente ao total do volume de 25 sessões da PT).
É muita fruta...
Eu não digo que as compras não se vão ver na AT. Vão-se ver e bem, quer seja por aumento de volume quer seja por aumento de cotação.
O que eu digo é que o factor compra cria um factor de incerteza, quando a AT nos apontar para quedas, porque não sabemos a priori se no dia seguinte vai ser um dia em que a PT compra.
(nas respostas anteriores já expliquei porquê)
6. DjovariusDjovarius Escreveu:O caso da PT tem todo o ar de ser isso mesmo. O anúncio da compra de acções próprias é uma distorção fundamental de médio prazo, que vai condicionar o rumo do papel, mas não altera em lada a perspectiva, boa ou má, dos próximos anos (seja qual for, não acompanho esta empresa). Perante isto, a AT é completamente indiferente.
Com a primeira parte estou totalmente de acordo mas quanto à segunda parte já a porca torce o rabo...
Isso é verdade no médio prazo pois a AT tende a acompanhar o Bull Mode.
Mas o que andamos a discutir é o curto-prazo e, sobretudo, as correcções ao Bull Mode.
Djovarius Escreveu:A AT usa, em qualquer timeframe, padrões verificados para extrapolar a direcção dos próximos movimentos.
O problema que levantei baseia-se exactamente nisso.
Para extrapolares necessitas dos "padrões verificados"... Se houve alteração dos padrões não podes extrapolar.
E cada compra que a PTC fizer, pelo seu volume, altera o padrão(se do outro lado não houver um institucional a vender igual quantidade. E em Bull Mode é natural que não haja...).
O que está em causa é se eu posso acreditar numa indicação da AT que me diz que vai haver uma correcção ao Bull Mode.
Eu acho que só posso acreditar numa indicação dessas (da AT, da AF ou de outra coisa qualquer) se tiver a certeza que no dia seguinte a PTC não vai comprar acções. Porque se for dia de compras não há correcção nenhuma...
O que eu digo é que o factor "compra de acções" será sempre um factor de incerteza que me torna mais arriscado qualquer posição curta.
7. JonhyJonhy Escreveu:Como vos conhece, a quase todos e como é um brincalhão,honesto e de bons sentimentos, lança sempre nas suas opiniões, a sua provocaçãozinha, bem intencionada, certeira, que sempre que atinge o alvo, provoca as reações pretendidas.Espevita as mentes e acelera o debate.
eheheheh...Espero que assim seja e que eles não afinem.
JAS