Roubos no retalho alemão batem recordes. Perdas rondam os cinco mil milhões

[djovarius]

Certo, mas isso são as taxas de desconto dos Bancos Centrais, que determinam igualmente as taxas de cedência de liquidez aos Bancos comerciais (geralmente a cedência está em 50 pontos base acima da referência), enquanto eu referia-me ao yield da dívida pública, que influencia a verdadeira taxa de mercado.
Por exemplo, a Euribor está a aumentar por causa do aumento do yield das Bunds de curto prazo e papéis equivalentes, o que é mau para quem quer crédito à habitação ou ao consumo e também para as empresas.
Se o mercado decidir vender esses papéis a todo o vapor, o yield subirá fortemente. Isso deve-se a expectativas de crescimento e por vezes de inflação que nem sempre acabam por se materializar !!

O mercado tem estas coisas. Ainda não há nada que leve a acreditar em crescimento da zona euro com tamanha força que leve a um expressivo aumento de taxas. Porque com crescimento de zero a 2%... é quase uma mão cheia de nada...


Um abraço para Aveiro

dj

[****]

O problema nos EUA é que a taxa não pode subir! O refi de hipotecas não pode parar (parece que está) porque, como diz o puplava, isto é um liquidity driven market. Ou seja, quando a impressora começar a falhar o mercado cai. Nesse ponto estou com o Cramer (o tipo está de férias ou quê?), uma subida da yield da OT10US aos 5% é um forte sinal bearish. Espero por ele com ansiedade.

Um abraço

[Ovos Moles]

Faz sentido a argumentação.Mas não nos podemos esquecer que as taxas repo tanto do FED(1%) como do ECB(2%), ainda que nem tanto,permanecem sem alteração "estáveis", e a níveis - penso eu - exageradamente baixos, só compreensíveis face à conjuntura muito especial que vivemos no passado recente.Muito embora permaneçam inalteradas as taxas repo de ambos os bancos centrais - deixemos para já de lado o BOE - a inclinação das respectivas curvas de rendimento é evidente, e daí a chamada de atenção para o BUND. Isto é, o mercado antecipa desde já uma subida das referidas taxas de referência face a indicadores que indiciam uma recuperação da economia a nível global e não para precaver eventuais tensões inflacionistas e muito menos o sobreaquecimento das respectivas economias. Neste momento, é do regresso à "normalidade" que estamos a falar, isto é, duma subida de taxas "virtuosa" com todas as contradições que esta afirmação pode conter.
Um abraço tuga especial para o Djovarius
Ovos Moles

[djovarius]

Eu não concordo com a maneira rude como este visitante respondeu, é sempre lamentável ler argumentos, ao estilo de "bocas", mas a questão levantada é pertinente, de facto.

Não é nada interessante que as taxas de juro implícitas da renda fixa subam num quadro de inflação baixa. Isso pode ser relativamente bom para as acções num prazo curto, mas o efeito na Economia é prejudicial, o que torna as coisas menos boas para o médio prazo.
O capital, num momento inicial aproveita o bom momento dos activos mais especulativos, mas depois sente-se atraído pela renda fixa, sobretudo porque esta tende a render mais...
Lembrem-se que os Bulls accionistas sempre seguem o caminho dos juros em queda ou estáveis... e vice-versa. Recordemo-nos de como o FED assustou os mercados com as subidas disparatadas de juros, quer em 1994, quer em 2000 !!

Um abraço

djovarius

[Ovos Moles]

O Bund tá a cair quase uma figura a cotar nos niveis de Nov2002 111.61, sinal muito bull para o Dax, vamos ver se confirma com um movimento acima dos 3.759