Optimus lucra 17 milhões
Sonaecom diminui prejuízos para 14 milhões
A Sonaecom, empresa de telecomunicações do grupo Sonae registou resultados líquidos negativos de 14 milhões de euros, uma melhoria de 72% face a prejuízos de 49 milhões de euros em igual período de 2002. A Optimus lucrou 17 milhões.
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Isabel Aveiro
ia@mediafin.pt
A Sonaecom, empresa de telecomunicações do grupo Sonae que controla a Optimus e a Novis, registou resultados líquidos negativos de 14 milhões de euros, uma melhoria de 72% face a prejuízos de 49 milhões de euros em igual período de 2002. A Optimus lucrou 17 milhões.
A empresa, que controla a Optimus, Novis, Clix e o jornal «Público», que hoje apresentou os seus resultados, atingiu o «break even» do «free cash flow» no período em análise. Um ano antes o FCF era negativo em 78 milhões de euros.
De acordo com o comunicado da empresa «no terceiro trimestre de 2003, a Sonaecom registou um «free cash flow» (FCF) consolidado de nove milhões de euros» acrescentando que obteve ainda «FCF ‘break even’ para o acumulado do ano a Setembro».
Entre Janeiro e Setembro de 2003 o volume de negócios consolidado cresceu 5%, para 617 milhões de euros, tendo o EBITDA avançado para 109 milhões de euros, mais 97% que em igual período de 2002.
A administração da Sonaecom avançou igualmente que, no final de Setembro, a dívida líquida consolidada era de 368 milhões de euros, menos 21% que em igual período de 2002.
Optimus lucra 17 milhões
A operadora de telecomunicações moveis Optimus registou lucros no valor de 17 milhões de euros, contra prejuízos de 10,5 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2003.
No período em questão o EBITDA da operadora foi de 112,6 milhões de euros, um aumento de 37%. As vendas atingiram os 469 milhões de euros, mais 2%. O FCF aumentou 180%, para 22,2 milhões de euros.
A empresa aumentou a sua base em 57 mil novos clientes, fixando-se o número global agora em 2,25 milhões de clientes.
A Novis, operadora de telecomunicações fixas do grupo registou um prejuízo de 23,9 milhões de euros, menos 51% que há um ano, sendo o EBITDA negativo em 6,6 milhões de euros, melhorando em 73%.
As vendas da operadora fixa ascenderam a 113 milhões de euros, menos 2% que um ano antes, mas a administração da Sonaecom defende que o volume de negócios em 2003 «não é comparável com 2002 dados que em 2002 inclui a venda de equipamentos, que em 2003 já se encontram incorporada nas contas do BizDirect». O FCF gerado foi negativo em 11,9 milhões de euros, desagravado em 75%.
O fornecedor de Internet Clix registou prejuízos de 2,3 milhões de euros (melhores e, 40%), um EBITDA negativo de 1,4 milhões de euros (recuperando em 73%), tendo as vendas ascendido a 25,7 milhões de euros, menos 2% que um ano antes. O FCF gerado foi negativo em 1,6 milhões de euros, melhore em 60%.
O jornal «Público» registou prejuízos de 600 mil euros, recuperando em 28% os resultados negativos de 800 mil euros realizados um ano antes, crescendo o EBITDA 228%, para 100 mil euros.
As receitas da empresa que detém o matutino aumentaram 36%, para 38 milhões de euros, sendo o FCF de 1,6 milhões de euros, mais 130%.
As acções da Sonaecom [Cot] encerraram a 2,11 euros, inalteradas