TECNOLOGIAS Publicado 2 Outubro 2003
Empresa deve continuar na Bolsa
ParaRede prepara redução de capital e reestruturação da dívida
A empresa liderada por Paulo Ramos está a negociar a reestruturação da sua dívida de curto prazo e prepara-se para propor em Assembleia Geral (AG) no próximo ano, uma redução do capital para «limpar» prejuízos, disseram ao Negocios.pt Paulo Ramos e Pedro Pinto.
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Alexandra Machado
amachado@mediafin.pt
Ana Torres Pereira
atp@mediafin.pt
A empresa liderada por Paulo Ramos está a negociar a reestruturação da sua dívida de curto prazo e prepara-se para propor em Assembleia Geral (AG) no próximo ano, uma redução do capital para «limpar» prejuízos, disseram ao Negocios.pt Paulo Ramos e Pedro Pinto, presidente e administrador financeiro, respectivamente.
Em entrevista que será amanhã publicada na íntegra no Jornal de Negócios, Pedro Pinto avançou que no final do semestre, a dívida de curto prazo, estava fixada em cerca de 14 milhões de euros, quando a de médio e longo prazo está nos 2,1 milhões de euros.
Este responsável explicou que a ParaRede está «em negociação para reestruturar a dívida e adaptá-la ao ‘free cash flow’ da empresa», por isso, pretende transitá-la, na quase totalidade, para médio e longo prazo.
Por outro lado, a ParaRede deverá propor em assembleia geral de accionistas, que aprovará as contas deste ano e que por isso só decorrerá no próximo ano, nova redução do capital social, para «limpar» os resultados transitados negativos e que estão a penalizar os capitais próprios que estão abaixo de metade do valor do capital social.
O que coloca a empresa em incumprimento com o artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais que diz não poder estar perdido metade do capital social.
Quanto à bolsa, Paulo Ramos garante que ainda se justifica a permanência da empresa em bolsa. «Acreditamos muito no mercado de capitais», ainda que admita que «a empresa vale mais do que o mercado diz que vale, mas o tempo vai fazer essa correcção».
Mas «queremos continuar a estar no Euronext», não estando ainda quantificado os custos inerentes à integração da bolsa portuguesa na plataforma pan-europeia. «Estamos bem na bolsa», conclui.
As acções da ParaRede encerraram inalteradas nos 0,21 euros