Vem aí a Retoma?
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Vem aí a Retoma?
Relativamente aos “leading indicators” (sem esquecer os “misleading indicators”), temos de estar sempre alerta pois, embora uns tenham mais importância do que outros, são muitas vezes os menos considerados que conseguem dar preciosas indicações sobre a situação económica global.
Penso que esta é a altura certa de abordar o cobre, o qual está nesta altura numa espiral de subida fortíssima que pode confirmar o prelúdio de uma efectiva recuperação da economia mundial. Realmente, o cobre é um dos primeiros elos da cadeia industrial e o aumento do seu consumo é muito relevante.
No entanto, não há uma completa relação de causa-efeito, constitui mais um sinal avançado, não sendo de espantar que a retoma da economia se continue a sentir cada vez mais, enquanto as cotações do cobre podem começar a corrigir. Digamos que o cobre deu o aviso, mesmo que a sua cotação possa de novo ter uma grande volatilidade, sem prejuízo de, no médio prazo, haver campo para mais subidas. Por outro lado, não nos esqueçamos que a cotação do cobre é expressa em USD, e se for convertida em euros o seu preço ainda não atingiu os valores do princípio do ano passado.
Uma próxima correcção poderá assim acontecer porque, numa situação como a actual, tem sempre muita influência nos preços a eventual reabertura de algumas minas anteriormente encerradas ou com actividade reduzida. De igual modo, há uma grande tendência para serem efectuadas compras especulativas, fazendo aumentar a cotação para além do razoável. Isto sem prejuízo de se considerar efectivamente sustentado o aumento de consumo dos principais compradores mundiais (com a China à cabeça).
Aliás, esta minha crónica sobre a ligação do cobre à retoma económica, não pretende analisar as condições de trading deste metal, que é altamente desaconselhável e perigoso para pequenos e médios investidores mais ou menos amadores, como todos nós somos.
Mas reforço a ideia de acompanharem a evolução das cotações do cobre, atendendo à sua característica de auxiliar a análise sobre a evolução da conjuntura económica internacional.
Para uma adequada perspectiva, a seguir indico os dados actuais mais salientes:
a) O máximo atingido esta semana – 90.20 cts/lb, constitui também o máximo dos últimos 3 anos.
b) Nos últimos 6 meses, a cotação do cobre subiu 27%.
c) O preço mínimo dos últimos 10 anos - 60.50 cts/lb, foi estabelecido no início de Novembro de 2001. A partir daí, pode dizer-se que o cobre está em tendência ascendente de médio prazo, acentuada a partir de Outubro de 2002.
Uma nota final sobre a retoma económica global. Parece não haver dúvidas de que ela está já em curso. No entanto, é fundamental acompanhar outros indicadores que traduzam a “qualidade” desta retoma. Com efeito, a carga desta recuperação ainda está grandemente baseada no aumento do consumo por via de obtenção de crédito, sendo a taxa de poupança baixíssima em praticamente todos os países, excepto na Ásia. Um maior equilíbrio neste capítulo será indispensável a médio prazo.
Um abraço
Comentador
Penso que esta é a altura certa de abordar o cobre, o qual está nesta altura numa espiral de subida fortíssima que pode confirmar o prelúdio de uma efectiva recuperação da economia mundial. Realmente, o cobre é um dos primeiros elos da cadeia industrial e o aumento do seu consumo é muito relevante.
No entanto, não há uma completa relação de causa-efeito, constitui mais um sinal avançado, não sendo de espantar que a retoma da economia se continue a sentir cada vez mais, enquanto as cotações do cobre podem começar a corrigir. Digamos que o cobre deu o aviso, mesmo que a sua cotação possa de novo ter uma grande volatilidade, sem prejuízo de, no médio prazo, haver campo para mais subidas. Por outro lado, não nos esqueçamos que a cotação do cobre é expressa em USD, e se for convertida em euros o seu preço ainda não atingiu os valores do princípio do ano passado.
Uma próxima correcção poderá assim acontecer porque, numa situação como a actual, tem sempre muita influência nos preços a eventual reabertura de algumas minas anteriormente encerradas ou com actividade reduzida. De igual modo, há uma grande tendência para serem efectuadas compras especulativas, fazendo aumentar a cotação para além do razoável. Isto sem prejuízo de se considerar efectivamente sustentado o aumento de consumo dos principais compradores mundiais (com a China à cabeça).
Aliás, esta minha crónica sobre a ligação do cobre à retoma económica, não pretende analisar as condições de trading deste metal, que é altamente desaconselhável e perigoso para pequenos e médios investidores mais ou menos amadores, como todos nós somos.
Mas reforço a ideia de acompanharem a evolução das cotações do cobre, atendendo à sua característica de auxiliar a análise sobre a evolução da conjuntura económica internacional.
Para uma adequada perspectiva, a seguir indico os dados actuais mais salientes:
a) O máximo atingido esta semana – 90.20 cts/lb, constitui também o máximo dos últimos 3 anos.
b) Nos últimos 6 meses, a cotação do cobre subiu 27%.
c) O preço mínimo dos últimos 10 anos - 60.50 cts/lb, foi estabelecido no início de Novembro de 2001. A partir daí, pode dizer-se que o cobre está em tendência ascendente de médio prazo, acentuada a partir de Outubro de 2002.
Uma nota final sobre a retoma económica global. Parece não haver dúvidas de que ela está já em curso. No entanto, é fundamental acompanhar outros indicadores que traduzam a “qualidade” desta retoma. Com efeito, a carga desta recuperação ainda está grandemente baseada no aumento do consumo por via de obtenção de crédito, sendo a taxa de poupança baixíssima em praticamente todos os países, excepto na Ásia. Um maior equilíbrio neste capítulo será indispensável a médio prazo.
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