CALDEIRÃO DE BOLSA

ficoam uns links de comentários:
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Artigo Sobre Bragança Leva Governo a Tirar Publicidade da "Time"

O Governo decidiu ontem suspender a publicidade a Portugal na revista "Time", relativa ao Euro 2004, disse à Lusa uma fonte do gabinete do ministro adjunto do primeiro-ministro, José Luís Arnaut. Esta decisão surge no seguimento de uma reportagem sobre a prostituição brasileira em Bragança, publicada como tema de capa, e que indignou a população local.

http://jornal.publico.pt/2003/10/15/Sociedade/S10.html

Sim senhor !!

Bairro Vermelho em Bragança !! Se eu nunca tivesse estado em Amsterdam, até era capaz de cair nessa !
Se não fosse pelo respeito ao ser humano, já tinha desatado aqui a rir sózinho !
Não deve ser nada diferente do que qualquer cidade de Portugal, ou de qualquer outro país !!
E claro, daqui também, onde mulheres vendem o corpo por uns míseros 10 euros !!
Engraçado é a confusão em torno do português. A mim sempre me perguntaram se tinha bigode ou se era dono de uma Padaria ...

Tenhamos dó, isso sim !!
até mais
dj

www.time.com.

e no rodapé clikar em: time europe

e ninguém arranja o artiguito ou um link???

Sim, realmente foi um artigo completamente ridículo pela importância que atribuem à cidade de Bragança como novo Red Light District da Europa!

Ainda há tempos vi uma reportagem da TVI em que comparava o Norte de Portugal com a Galiza em termos de prostituição e não tinha nada a ver em termos de dimensão.

Em Portugal tratavam-se essencialmente de boites pequenas, em Espanha de verdadeiros hoteis/pensões onde se travavam os conhecimentos no bar do rés do chão e se prolongava a noite nos inúmeros quartos.

Porque não classificaram a Galiza como novo Red Light District da Europa? Sinceramente não sei

Em termos de denegrir a população portuguesa fazendo dela um estereotipo antiquado, também não concordei minimamente se bem que relativamente a populações do interior esse estereotipo ainda se aplique a muitas mais pessoas do que nós imaginamos

Relativamente à prostituição, já devem existir centenas de casas de alterne por todo o país, o que é um bocado denunciante da clientela que de facto existirá para esse tipo de estabelecimentos, muitos desses homens casados e com filhos, atenção! Penso que as liberdades e fantasias sexuais são de facto abolidas em muitos dos casais portugueses, particularmente os mais velhos o que leva esses homens a procurar "alternativas"

E aí dou razão à Times. Contudo, não há essa coisa do macho latino, há se calhar é muita frustração e mentalidades retrógradas...

Assim penso que a reportagem peca muito pelo exagero mas que atingem alguns pontos sensíveis que todos negam mas que são de facto realidade...

Bem, penso que se queres discutir isso em off topic, que faria sentido deixares o artigo original ou link para o mesmo, para que possamos nós próprios fazer a interpretação do que foi dito e que possamos concordar ou discordar da tua interpretação e comentário (antes que venhas lybra fazer o comentário e contra-argumento).

Ontem ao ler na Time o artigo sobre as "Meninas" de Bragança, fiquei absolutamente estarrecido, não pelo assunto em si, mas pela falta de rigor jornalistico da autora, cuja a sua preocupação não está em informar, mas sim em relatar uma história típica de um Pais, que para ela é so Sol, golfe, frango assado, pasteis de nata e o "Very Typical" autêntico ao virar de cada esquina.

O retrato que faz da Sociedade Portuguesa é atroz, já que no nosso Pais, só existe dois tipos de mulheres, a "Mãe de Familia" moralmente limitada por uma educação católica obscura e arcaica, cujo o único prazer que terá na vida será o de parir, e que vive obrigada pelos sagrados laços do matrimónio a cuidar da familia. E do outro lado existe a "Meretriz" ou "Menina" cuja a existência depende da da primeira e cujo o seu papel na sociedade, é o de satisfazer as necessidades e desejos sexuais institivos e animalescos do "Macho Latino" que não consegue satisfazer em casa com a sua legitima mulher de ar desgrenhado e a cheirar a refogado. Sim porque na sociedade portuguesa, tem coisas que um homem não pode fazer num quarto à mãe dos seus filhos, é errado e é pecado.

A autora continua a sua prosa, agora num estilo mais socialmente interventivo, enaltecendo a coragem das mães de família por terem denunciando e condenando publicamente as meninas que estavam a desviar os seus maridos do lar e a deixar nos prostíbulos todo o dinheiro destinado ao sustento da família.

Sim é isso mesmo, para a autora, o Homem Português é um ser básico e primitivo, que de cada vez que é confrontado com uma mulher cheirosa e bonitinha se desliga da cintura para cima e pensa unicamente da cintura para baixo sendo únicamente comandado pelos seus instintos animalescos....

O artigo continua, condenando o tráfico de carne branca, que devido ao fenómeno da globalização se espalha por todo o planeta tendo como alvo preferencial paises atrasados e obscuros como o nosso onde se pode encontrar uma ********** a cada esquina pronta a satisfazer a nossa luxúria. A autora deixa bem claro este tipo de negócio não existe nos paises civilizados, ai só temos profissionais de sexo, cuja actividade está sujeita a tributação de impostos e até os seus trabalhadores têm direito a segurança social e reforma, e que qualquer situação anómala é esporádica e rapidamente corrigida pelas suas forças da ordem.

Fico abismado como é que a Time, que é uma revista que foi uma referência de ao nível de excelência jornalística, publica um artigo que da maneira como está escrito só teria lugar em pasquins sensacionalistas como o "Crime" ou o "24 Horas".

Esta reportagem só vem demonstrar a clivagem a nível de mentalidades e os preconceitos que existe entre o Sul e o Norte de uma Europa que se diz unida. De um lado o Sul, constituido por paises com democracias frágeis e trapalhonas, com sociedades moralmente reprimidas por uma Igreja Católica de carácter duvidoso, por outro o Norte feito de paises ilumindados cujas democracias são um exemplo para todos e as suas sociedades perfeitas pautada por uma moral protestante humanista.

Já agora questiono à organização do Europeu porque não organizar uns jogos em Bragança, porque já que temos a fama porque não também o proveito.

PS: Este texto com as devidas alterações, faz parte de uma carta que eu enviei à redacção da revista Time.