
AG da Galp pode não ser decisiva para reorganização da energia
A próxima Assembleia-Geral da Galp Energia, marcada para o próximo dia 24 de Outubro, poderá não decidir ainda o figurino final da reorganização empresarial e accionista do sector energético, admitiu o ministro da Economia.
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Ana Suspiro
asuspiro@mediafin.pt
A próxima Assembleia-Geral da Galp Energia, marcada para o próximo dia 24 de Outubro, poderá não decidir ainda o figurino final da reorganização empresarial e accionista do sector energético, admitiu o ministro da Economia.
Carlos Tavares, em declarações aos jornalistas à margem da Comissão Parlamentar de Economia e Finanças, reconheceu que poderá haver alguma evolução nesta reunião, mas tal não é seguro que aconteça. «Pode ser ou não ser», destacou.
O ministro alertou para a amplitude e complexidade do processo de reorganização em curso embora reafirme a intenção de resolver os principais pontos em discussão até ao final deste ano.
O ministro remete para as empresas envolvidas e respectivas assembleias gerais a responsabilidade das negociações sobre a reorganização do sector energético. Carlos Tavares disse contudo que o Estado votará favoravelmente todas as propostas feitas nas Assembleias Gerais desde que promovam a defesa da configuração que o Governo quer implementar no sector da energia.
Em causa está a transferência dos activos de distribuição de gás da Galp para a Electricidade de Portugal (EDP) [Cot], numa sociedade em que a Eni deverá ter uma posição, e ainda o destaque da rede de transporte de gás da Galp Energia e sua cedência à REN.
O ministro, que não quis falar de cenários nem de hipóteses, mas apenas de factos, escusou-se a responder ao deputado comunista Lino de Carvalho sobre quem será o futuro proprietário do terminal de Sines, não obstante considerar a questão importante.
«Isso vai depender das negociações entre as empresas», esclareceu. A solução terá que garantir o acesso de todos os operadores que queiram concorrer no mercado, acrescentou. O ministro disse já ter uma posição sobre a matéria que iria revelar em data e local oportunos.
O deputado Lino de Carvalho sublinhou que um cenário em que terminal de Sines de gás natural liquefeito (GNL) fique na tutela da Eni ou da EDP vai contra a lógica do modelo proposto pelo próprio Estado que se pretende autonomizar e manter independentes dos operadores as infra-estruturas de transporte e abastecimento de energia.
Sobre a «guerra das avaliações» dos activos do gás, Carlos Tavares sublinhou o carácter insólito da questão, lembrando que, pelo menos no que diz respeito à passagem dos activos da Transgás para a REN, são os consultores independentes contratados pelo Estado que vão apontar para um valor uma vez que se trata de uma privatização.
A próxima Assembleia-Geral da Galp Energia, marcada para o próximo dia 24 de Outubro, poderá não decidir ainda o figurino final da reorganização empresarial e accionista do sector energético, admitiu o ministro da Economia.
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Ana Suspiro
asuspiro@mediafin.pt
A próxima Assembleia-Geral da Galp Energia, marcada para o próximo dia 24 de Outubro, poderá não decidir ainda o figurino final da reorganização empresarial e accionista do sector energético, admitiu o ministro da Economia.
Carlos Tavares, em declarações aos jornalistas à margem da Comissão Parlamentar de Economia e Finanças, reconheceu que poderá haver alguma evolução nesta reunião, mas tal não é seguro que aconteça. «Pode ser ou não ser», destacou.
O ministro alertou para a amplitude e complexidade do processo de reorganização em curso embora reafirme a intenção de resolver os principais pontos em discussão até ao final deste ano.
O ministro remete para as empresas envolvidas e respectivas assembleias gerais a responsabilidade das negociações sobre a reorganização do sector energético. Carlos Tavares disse contudo que o Estado votará favoravelmente todas as propostas feitas nas Assembleias Gerais desde que promovam a defesa da configuração que o Governo quer implementar no sector da energia.
Em causa está a transferência dos activos de distribuição de gás da Galp para a Electricidade de Portugal (EDP) [Cot], numa sociedade em que a Eni deverá ter uma posição, e ainda o destaque da rede de transporte de gás da Galp Energia e sua cedência à REN.
O ministro, que não quis falar de cenários nem de hipóteses, mas apenas de factos, escusou-se a responder ao deputado comunista Lino de Carvalho sobre quem será o futuro proprietário do terminal de Sines, não obstante considerar a questão importante.
«Isso vai depender das negociações entre as empresas», esclareceu. A solução terá que garantir o acesso de todos os operadores que queiram concorrer no mercado, acrescentou. O ministro disse já ter uma posição sobre a matéria que iria revelar em data e local oportunos.
O deputado Lino de Carvalho sublinhou que um cenário em que terminal de Sines de gás natural liquefeito (GNL) fique na tutela da Eni ou da EDP vai contra a lógica do modelo proposto pelo próprio Estado que se pretende autonomizar e manter independentes dos operadores as infra-estruturas de transporte e abastecimento de energia.
Sobre a «guerra das avaliações» dos activos do gás, Carlos Tavares sublinhou o carácter insólito da questão, lembrando que, pelo menos no que diz respeito à passagem dos activos da Transgás para a REN, são os consultores independentes contratados pelo Estado que vão apontar para um valor uma vez que se trata de uma privatização.