bolsa de moçambique

Aposta no crescimento bolsista
O PRESIDENTE da Bolsa de Valores de Moçambique, Jussub Nurmamade, em entrevista à revista “África Hoje”, considera que o sector financeiro moçambicano está a registar um assinalável crescimento ao longo dos anos mais recentes.
Segundo Nurmamade, que falava sobre o impacto do sector financeiro na Bolsa de Valores de Moçambique, afirmou ainda que “esse crescimento é visível quer no alargamento e crescente sofisticação dos produtos oferecidos, quer através da observação dos rácios relevantes na matéria (volume de crédito concedido, volume de depósitos, e outros), quer também, no que mais nos diz respeito, nos níveis de intervenção das instituições financeiras nos mercados de valores, primário e secundário”.
Adiantou que esta intervenção tem-se posicionado no plano da con-sultoria, organização e montagem de operações, por um lado, e também na intervenção daquelas instituições enquanto investidores institucionais, contribuindo assim fortemente para dar outra consistência ao mercado moçambicano. ”O recente fortalecimento da supervisão bancária é um garante de que esse crescimento será prosseguido de forma robusta e em estreita observância dos rácios de liquidez e desempenho financeiro”, disse o presidente da BVM.
Sabe-se que um dos objectivos da Bolsa de Valores de Moçambique, para além de agir no sentido de incentivar a poupança dos nacionais, visa também garantir que os trabalhadores das empresas estatais privatizadas sejam, de facto, detentores das acções a eles pertencentes. Nestes dois domínios, qual tem sido a acção da Bolsa de Valores de Moçambique?
Tentamos ter, na verdade, um papel importante para alcançar ambos os objectivos que referiu; em primeiro lugar, criámos ao abrigo da Lei uma regula-ção operacional e dotámo-nos de um sistema de negociação, e de toda uma estrutura operacional, que de alguma forma privilegia o acesso ao mercado do pequeno investidor, isto é, tentámos criar um ambiente favorável para o chamado mercado de retalho, o mercado do pequeno investidor, do público em geral. É assim que optámos por lotes mínimos de compra ou venda de títulos muito baixos, criámos limites administrativos à oscilação máxima de cotações, e todo um conjunto de outros mecanismos que pretendem assegurar aquele objectivo.
Na privatização da Cervejas de Moçambique, assumimos sem preconceito algum protagonismo que então tivémos no sentido de congregar vontades e criar condições para permitir aos trabalhadores da empresa obterem os meios necessários a, efectivamente, poderem adquirir as acções a que tinham direito; ainda neste domínio, trabalhámos afincadamente com as demais instituições e entidades interve-nientes para criar condições operacionais para uma fácil acessibilidade às acções, e para a sua admissão à cotação, de modo a proporcionar liquidez ao investimento realizado pelos trabalhadores.
O mercado financeiro tem-se desenvolvido muito. Pode-nos comentar os mais recentes desenvolvimentos na banca comercial, cooperativistas, associativistas e parafinanceiros. Qual a visão da Bolsa de Valores de Moçambique face a tais desenvolvimentos?
Os desenvolvimentos recentes fazem parte, naturalmente, do processo de crescimento do sistema financeiro de que há pouco falávamos. Os processos de crescimento orgânico de algumas instituições, os movimentos de fusão e compra e venda de participações, a diversificação para actividades complementares, os processos de interna-cionalização, tudo isto não são mais do que faces visíveis daquele crescimento estrutural e estruturante, que naturalmente nos apraz registar.
Que comentários gostaria de fazer aos últimos acontecimentos, referimo-nos especificamente a fusão do BIM/BCM, à compra do BNP Nedbank pelo ABC, e do Banco Austral pelo ABSA?
Não são mais do que a incidência, também em Moçambi-que, dos actuais movimentos de globali-zação bem como do desenvolvimento regional no quadro da SADC.
Quais os principais desafios que a Bolsa de Valores de Moçambique enfrenta?
Nós estamos em fase de concretização de um plano de desenvolvimento do mercado, em geral, e da Bolsa em particular que assenta em três eixos fundamentais: a formação e educação de todos os intervenientes no mercado, e do próprio público em geral; o alargamento e diversificação dos mercados, produtos e técnicas que actualmente disponi-bilizamos ao mercado; a adesão de um maior número de empresas ao mercado.
Gostaria de proferir alguns comentários adicionais?
Gostaria de salientar que temos tomado medidas que visam ir ao encontro do crescimento e da dinâmica revelada pelo mercado, e que se baseiam na análise cuidada das respectivas características.
Por exemplo, estamos a lançar novos meios tec-nológicos de acesso aos nossos sistemas por parte dos operadores, mais rápidos e mais fiáveis; estamos a lançar um novo sistema de negociação, que funcionará complementarmente ao actual, e que se destina à transacção de “grandes lotes” de obrigações; temos reforçado a nossa colaboração com os operadores e com o Banco de Moçambique, parceiros indispensáveis no funcionamento e na dinamização do mercado. Temos, sinceramente, confiança que estaremos à altura de contribuir e acompanhar a modernização de estruturas e o crescimento económico que o País tem vindo a denotar.
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O PRESIDENTE da Bolsa de Valores de Moçambique, Jussub Nurmamade, em entrevista à revista “África Hoje”, considera que o sector financeiro moçambicano está a registar um assinalável crescimento ao longo dos anos mais recentes.
Segundo Nurmamade, que falava sobre o impacto do sector financeiro na Bolsa de Valores de Moçambique, afirmou ainda que “esse crescimento é visível quer no alargamento e crescente sofisticação dos produtos oferecidos, quer através da observação dos rácios relevantes na matéria (volume de crédito concedido, volume de depósitos, e outros), quer também, no que mais nos diz respeito, nos níveis de intervenção das instituições financeiras nos mercados de valores, primário e secundário”.
Adiantou que esta intervenção tem-se posicionado no plano da con-sultoria, organização e montagem de operações, por um lado, e também na intervenção daquelas instituições enquanto investidores institucionais, contribuindo assim fortemente para dar outra consistência ao mercado moçambicano. ”O recente fortalecimento da supervisão bancária é um garante de que esse crescimento será prosseguido de forma robusta e em estreita observância dos rácios de liquidez e desempenho financeiro”, disse o presidente da BVM.
Sabe-se que um dos objectivos da Bolsa de Valores de Moçambique, para além de agir no sentido de incentivar a poupança dos nacionais, visa também garantir que os trabalhadores das empresas estatais privatizadas sejam, de facto, detentores das acções a eles pertencentes. Nestes dois domínios, qual tem sido a acção da Bolsa de Valores de Moçambique?
Tentamos ter, na verdade, um papel importante para alcançar ambos os objectivos que referiu; em primeiro lugar, criámos ao abrigo da Lei uma regula-ção operacional e dotámo-nos de um sistema de negociação, e de toda uma estrutura operacional, que de alguma forma privilegia o acesso ao mercado do pequeno investidor, isto é, tentámos criar um ambiente favorável para o chamado mercado de retalho, o mercado do pequeno investidor, do público em geral. É assim que optámos por lotes mínimos de compra ou venda de títulos muito baixos, criámos limites administrativos à oscilação máxima de cotações, e todo um conjunto de outros mecanismos que pretendem assegurar aquele objectivo.
Na privatização da Cervejas de Moçambique, assumimos sem preconceito algum protagonismo que então tivémos no sentido de congregar vontades e criar condições para permitir aos trabalhadores da empresa obterem os meios necessários a, efectivamente, poderem adquirir as acções a que tinham direito; ainda neste domínio, trabalhámos afincadamente com as demais instituições e entidades interve-nientes para criar condições operacionais para uma fácil acessibilidade às acções, e para a sua admissão à cotação, de modo a proporcionar liquidez ao investimento realizado pelos trabalhadores.
O mercado financeiro tem-se desenvolvido muito. Pode-nos comentar os mais recentes desenvolvimentos na banca comercial, cooperativistas, associativistas e parafinanceiros. Qual a visão da Bolsa de Valores de Moçambique face a tais desenvolvimentos?
Os desenvolvimentos recentes fazem parte, naturalmente, do processo de crescimento do sistema financeiro de que há pouco falávamos. Os processos de crescimento orgânico de algumas instituições, os movimentos de fusão e compra e venda de participações, a diversificação para actividades complementares, os processos de interna-cionalização, tudo isto não são mais do que faces visíveis daquele crescimento estrutural e estruturante, que naturalmente nos apraz registar.
Que comentários gostaria de fazer aos últimos acontecimentos, referimo-nos especificamente a fusão do BIM/BCM, à compra do BNP Nedbank pelo ABC, e do Banco Austral pelo ABSA?
Não são mais do que a incidência, também em Moçambi-que, dos actuais movimentos de globali-zação bem como do desenvolvimento regional no quadro da SADC.
Quais os principais desafios que a Bolsa de Valores de Moçambique enfrenta?
Nós estamos em fase de concretização de um plano de desenvolvimento do mercado, em geral, e da Bolsa em particular que assenta em três eixos fundamentais: a formação e educação de todos os intervenientes no mercado, e do próprio público em geral; o alargamento e diversificação dos mercados, produtos e técnicas que actualmente disponi-bilizamos ao mercado; a adesão de um maior número de empresas ao mercado.
Gostaria de proferir alguns comentários adicionais?
Gostaria de salientar que temos tomado medidas que visam ir ao encontro do crescimento e da dinâmica revelada pelo mercado, e que se baseiam na análise cuidada das respectivas características.
Por exemplo, estamos a lançar novos meios tec-nológicos de acesso aos nossos sistemas por parte dos operadores, mais rápidos e mais fiáveis; estamos a lançar um novo sistema de negociação, que funcionará complementarmente ao actual, e que se destina à transacção de “grandes lotes” de obrigações; temos reforçado a nossa colaboração com os operadores e com o Banco de Moçambique, parceiros indispensáveis no funcionamento e na dinamização do mercado. Temos, sinceramente, confiança que estaremos à altura de contribuir e acompanhar a modernização de estruturas e o crescimento económico que o País tem vindo a denotar.
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