Alívio do IRS é maior para 17% das famílias

[djovarius]

Boa noite,

Havia uma grande expectativa em torno da decisão do Copom do Banco Central do Brasil, que decidiu anunciar a decisão apenas ao fim dos negócios nas Bolsas, com o objectivo de não criar instabilidade nos negócios do pregão diário, situação que deverá manter-se no futuro.

Assim, o BCB baixou novamente, por unanimidade do Copom, a Selic - taxa de referência do Banco Central, de 22% para 20% ao ano, conforme apontavam alguns analistas, perante a continuada queda da inflação (IPC) que poderá fechar o ano em menos de 10% segundo previsões mais ou menos consensuais.

Antecipando este movimento de queda, o Governo Lula está a lançar pacotes legislativos com o objectivo de abrir linhas de crédito para as classes de menor renda. Vão começar linhas de refinanciamento para quem deve prestações da casa própria, para aquisição de electrodomésticos (de linha branca para as classes mais desfavorecidas) e ainda crédito pessoal, a juros mais baixos do que os praticados pelo mercado, para assalariados da iniciativa privada cujo rendimento é considerado também baixo. Neste caso, as prestações serão descontadas directamente do salário a auferir mensalmente.

Esta explosão de pacotes de crédito está a assustar vários analistas. Esta "fome que dá em fartura" pode levar a uma explosão do crédito e de consumo de bens não-duráveis, que pode comprometer as metas de inflação e interromper o ciclo virtuoso das quedas da taxa de juros. Poderá salvar o Natal, afirmam os analistas, salvar também o PIB por via do consumo, mas como se sabe, as dívidas de hoje comprometem o consumo e a poupança de amanhã, especialmente porque o rendimento do trabalhador continuará bastante deprimido.
Vai ser, pois, um final de ano no Brasil, com bastante expectativa.

Um abraço
djovarius