Pergunta de algibeira
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Os EUA são uma dor de cabeça
Caro Cem,
Os EUA parece que não estão nada preocupados em ter que pagar a dívida externa, relativa a parte dos dois défices, comercial e orçamental. E o problema maior até nem reside nesse défices, que são uma consequência. Parece-me que a causa, que se chama consumismo muito exagerado, a todos os níveis, é… digamos, uma causa perdida!
Os países criam hábitos durante décadas e não perdem esses hábitos facilmente. Em especial se são convidados a continuar a praticá-los, mesmo em condições adversas. Sabem, claro, o que o nosso bem conhecido Alan Greenspan descobriu este ano: os proprietários de casa própria, cada vez em maior número, quer pela baixa da taxa de juros quer pela bolha imobiliária em curso, estão a ser incentivados a procederem com essas casas como se se tratasse de um activo disponível normal. Obtêm, assim, financiamento hipotecário a longo prazo, depois refinanciamento e sempre que as valorizações das casas (!) o permitam, novos complementos de financiamento!!!
A única hipótese de haver uma adequada limpeza das colossais dívidas do Estado Americano seria, seria através de uma contracção do PIB dos EUA, que de algum modo repusesse o equilíbrio mínimo, o que implicaria uma recessão forte e uma tremenda desvalorização real do USD. Naturalmente, não se vislumbra que os dirigentes financeiros dos EUA (sempre depois das próximas eleições presidenciais…), possam provocar nada do género, antes terá que ser, eventualmente, o próprio mercado a fazê-lo.
Mas, pode muito bem acontecer que tenhamos à nossa frente vários anos de avanços e recuos (mais estes do que aqueles). Vendo as coisas a prazo, a União Europeia também terá sempre problemas de crescimento, que será em média sempre inferior ao dos EUA. O cerne da questão está no envelhecimento da sua população, muito maior do que nos EUA, e isso faz toda a diferença.
No meio disto tudo, quem continua a financiar a dívida externa dos EUA? Os suspeitos do costume, que ajudam eles próprios à festa, dando os adequados retoques no mix USD/Treasuries.
Um abraço
Comentador
Os EUA parece que não estão nada preocupados em ter que pagar a dívida externa, relativa a parte dos dois défices, comercial e orçamental. E o problema maior até nem reside nesse défices, que são uma consequência. Parece-me que a causa, que se chama consumismo muito exagerado, a todos os níveis, é… digamos, uma causa perdida!
Os países criam hábitos durante décadas e não perdem esses hábitos facilmente. Em especial se são convidados a continuar a praticá-los, mesmo em condições adversas. Sabem, claro, o que o nosso bem conhecido Alan Greenspan descobriu este ano: os proprietários de casa própria, cada vez em maior número, quer pela baixa da taxa de juros quer pela bolha imobiliária em curso, estão a ser incentivados a procederem com essas casas como se se tratasse de um activo disponível normal. Obtêm, assim, financiamento hipotecário a longo prazo, depois refinanciamento e sempre que as valorizações das casas (!) o permitam, novos complementos de financiamento!!!
A única hipótese de haver uma adequada limpeza das colossais dívidas do Estado Americano seria, seria através de uma contracção do PIB dos EUA, que de algum modo repusesse o equilíbrio mínimo, o que implicaria uma recessão forte e uma tremenda desvalorização real do USD. Naturalmente, não se vislumbra que os dirigentes financeiros dos EUA (sempre depois das próximas eleições presidenciais…), possam provocar nada do género, antes terá que ser, eventualmente, o próprio mercado a fazê-lo.
Mas, pode muito bem acontecer que tenhamos à nossa frente vários anos de avanços e recuos (mais estes do que aqueles). Vendo as coisas a prazo, a União Europeia também terá sempre problemas de crescimento, que será em média sempre inferior ao dos EUA. O cerne da questão está no envelhecimento da sua população, muito maior do que nos EUA, e isso faz toda a diferença.
No meio disto tudo, quem continua a financiar a dívida externa dos EUA? Os suspeitos do costume, que ajudam eles próprios à festa, dando os adequados retoques no mix USD/Treasuries.
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Os EUA são uma dor de cabeça
Caro Cem,
Os EUA parece que não estão nada preocupados em ter que pagar a dívida externa, relativa a parte dos dois défices, comercial e orçamental. E o problema maior até nem reside nesse défices, que são uma consequência. Parece-me que a causa, que se chama consumismo muito exagerado, a todos os níveis, é… digamos, uma causa perdida!
Os países criam hábitos durante décadas e não perdem esses hábitos facilmente. Em especial se são convidados a continuar a praticá-los, mesmo em condições adversas. Sabem, claro, o que o nosso bem conhecido Alan Greenspan descobriu este ano: os proprietários de casa própria, cada vez em maior número, quer pela baixa da taxa de juros quer pela bolha imobiliária em curso, estão a ser incentivados a procederem com essas casas como se se tratasse de um activo disponível normal. Obtêm, assim, financiamento hipotecário a longo prazo, depois refinanciamento e sempre que as valorizações das casas (!) o permitam, novos complementos de financiamento!!!
A única hipótese de haver uma adequada limpeza das colossais dívidas do Estado Americano seria, seria através de uma contracção do PIB dos EUA, que de algum modo repusesse o equilíbrio mínimo, o que implicaria uma recessão forte e uma tremenda desvalorização real do USD. Naturalmente, não se vislumbra que os dirigentes financeiros dos EUA (sempre depois das próximas eleições presidenciais…), possam provocar nada do género, antes terá que ser, eventualmente, o próprio mercado a fazê-lo.
Mas, pode muito bem acontecer que tenhamos à nossa frente vários anos de avanços e recuos (mais estes do que aqueles). Vendo as coisas a prazo, a União Europeia também terá sempre problemas de crescimento, que será em média sempre inferior ao dos EUA. O cerne da questão está no envelhecimento da sua população, muito maior do que nos EUA, e isso faz toda a diferença.
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Os EUA parece que não estão nada preocupados em ter que pagar a dívida externa, relativa a parte dos dois défices, comercial e orçamental. E o problema maior até nem reside nesse défices, que são uma consequência. Parece-me que a causa, que se chama consumismo muito exagerado, a todos os níveis, é… digamos, uma causa perdida!
Os países criam hábitos durante décadas e não perdem esses hábitos facilmente. Em especial se são convidados a continuar a praticá-los, mesmo em condições adversas. Sabem, claro, o que o nosso bem conhecido Alan Greenspan descobriu este ano: os proprietários de casa própria, cada vez em maior número, quer pela baixa da taxa de juros quer pela bolha imobiliária em curso, estão a ser incentivados a procederem com essas casas como se se tratasse de um activo disponível normal. Obtêm, assim, financiamento hipotecário a longo prazo, depois refinanciamento e sempre que as valorizações das casas (!) o permitam, novos complementos de financiamento!!!
A única hipótese de haver uma adequada limpeza das colossais dívidas do Estado Americano seria, seria através de uma contracção do PIB dos EUA, que de algum modo repusesse o equilíbrio mínimo, o que implicaria uma recessão forte e uma tremenda desvalorização real do USD. Naturalmente, não se vislumbra que os dirigentes financeiros dos EUA (sempre depois das próximas eleições presidenciais…), possam provocar nada do género, antes terá que ser, eventualmente, o próprio mercado a fazê-lo.
Mas, pode muito bem acontecer que tenhamos à nossa frente vários anos de avanços e recuos (mais estes do que aqueles). Vendo as coisas a prazo, a União Europeia também terá sempre problemas de crescimento, que será em média sempre inferior ao dos EUA. O cerne da questão está no envelhecimento da sua população, muito maior do que nos EUA, e isso faz toda a diferença.
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Muito obrigado a todos os intervenientes
Creio que esta troca de impressões muito enriquecedora foi uma excelente contribuição para a compreensão de um fenómeno que nos deixa a todos com um amargo de boca em relação ao que nos pode reservar o futuro
.
Um abraço amigo a todos,
Cem

Um abraço amigo a todos,
Cem
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Os EUA são uma dor de cabeça
Caro Cem,
Os EUA parece que não estão nada preocupados em ter que pagar a dívida externa, relativa a parte dos dois défices, comercial e orçamental. E o problema maior até nem reside nesse défices, que são uma consequência. Parece-me que a causa, que se chama consumismo muito exagerado, a todos os níveis, é… digamos, uma causa perdida!
Os países criam hábitos durante décadas e não perdem esses hábitos facilmente. Em especial se são convidados a continuar a praticá-los, mesmo em condições adversas. Sabem, claro, o que o nosso bem conhecido Alan Greenspan descobriu este ano: os proprietários de casa própria, cada vez em maior número, quer pela baixa da taxa de juros quer pela bolha imobiliária em curso, estão a ser incentivados a procederem com essas casas como se se tratasse de um activo disponível normal. Obtêm, assim, financiamento hipotecário a longo prazo, depois refinanciamento e sempre que as valorizações das casas (!) o permitam, novos complementos de financiamento!!!
A única hipótese de haver uma adequada limpeza das colossais dívidas do Estado Americano seria, seria através de uma contracção do PIB dos EUA, que de algum modo repusesse o equilíbrio mínimo, o que implicaria uma recessão forte e uma tremenda desvalorização real do USD. Naturalmente, não se vislumbra que os dirigentes financeiros dos EUA (sempre depois das próximas eleições presidenciais…), possam provocar nada do género, antes terá que ser, eventualmente, o próprio mercado a fazê-lo.
Mas, pode muito bem acontecer que tenhamos à nossa frente vários anos de avanços e recuos (mais estes do que aqueles). Vendo as coisas a prazo, a União Europeia também terá sempre problemas de crescimento, que será em média sempre inferior ao dos EUA. O cerne da questão está no envelhecimento da sua população, muito maior do que nos EUA, e isso faz toda a diferença.
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Os EUA parece que não estão nada preocupados em ter que pagar a dívida externa, relativa a parte dos dois défices, comercial e orçamental. E o problema maior até nem reside nesse défices, que são uma consequência. Parece-me que a causa, que se chama consumismo muito exagerado, a todos os níveis, é… digamos, uma causa perdida!
Os países criam hábitos durante décadas e não perdem esses hábitos facilmente. Em especial se são convidados a continuar a praticá-los, mesmo em condições adversas. Sabem, claro, o que o nosso bem conhecido Alan Greenspan descobriu este ano: os proprietários de casa própria, cada vez em maior número, quer pela baixa da taxa de juros quer pela bolha imobiliária em curso, estão a ser incentivados a procederem com essas casas como se se tratasse de um activo disponível normal. Obtêm, assim, financiamento hipotecário a longo prazo, depois refinanciamento e sempre que as valorizações das casas (!) o permitam, novos complementos de financiamento!!!
A única hipótese de haver uma adequada limpeza das colossais dívidas do Estado Americano seria, seria através de uma contracção do PIB dos EUA, que de algum modo repusesse o equilíbrio mínimo, o que implicaria uma recessão forte e uma tremenda desvalorização real do USD. Naturalmente, não se vislumbra que os dirigentes financeiros dos EUA (sempre depois das próximas eleições presidenciais…), possam provocar nada do género, antes terá que ser, eventualmente, o próprio mercado a fazê-lo.
Mas, pode muito bem acontecer que tenhamos à nossa frente vários anos de avanços e recuos (mais estes do que aqueles). Vendo as coisas a prazo, a União Europeia também terá sempre problemas de crescimento, que será em média sempre inferior ao dos EUA. O cerne da questão está no envelhecimento da sua população, muito maior do que nos EUA, e isso faz toda a diferença.
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Os EUA são uma dor de cabeça
Caro Cem,
Os EUA parece que não estão nada preocupados em ter que pagar a dívida externa, relativa a parte dos dois défices, comercial e orçamental. E o problema maior até nem reside nesse défices, que são uma consequência. Parece-me que a causa, que se chama consumismo muito exagerado, a todos os níveis, é… digamos, uma causa perdida!
Os países criam hábitos durante décadas e não perdem esses hábitos facilmente. Em especial se são convidados a continuar a praticá-los, mesmo em condições adversas. Sabem, claro, o que o nosso bem conhecido Alan Greenspan descobriu este ano: os proprietários de casa própria, cada vez em maior número, quer pela baixa da taxa de juros quer pela bolha imobiliária em curso, estão a ser incentivados a procederem com essas casas como se se tratasse de um activo disponível normal. Obtêm, assim, financiamento hipotecário a longo prazo, depois refinanciamento e sempre que as valorizações das casas (!) o permitam, novos complementos de financiamento!!!
A única hipótese de haver uma adequada limpeza das colossais dívidas do Estado Americano seria, seria através de uma contracção do PIB dos EUA, que de algum modo repusesse o equilíbrio mínimo, o que implicaria uma recessão forte e uma tremenda desvalorização real do USD. Naturalmente, não se vislumbra que os dirigentes financeiros dos EUA (sempre depois das próximas eleições presidenciais…), possam provocar nada do género, antes terá que ser, eventualmente, o próprio mercado a fazê-lo.
Mas, pode muito bem acontecer que tenhamos à nossa frente vários anos de avanços e recuos (mais estes do que aqueles). Vendo as coisas a prazo, a União Europeia também terá sempre problemas de crescimento, que será em média sempre inferior ao dos EUA. O cerne da questão está no envelhecimento da sua população, muito maior do que nos EUA, e isso faz toda a diferença.
No meio disto tudo, quem continua a financiar a dívida externa dos EUA? Os suspeitos do costume, que ajudam eles próprios à festa, dando os adequados retoques no mix USD/Treasuries.
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Os EUA parece que não estão nada preocupados em ter que pagar a dívida externa, relativa a parte dos dois défices, comercial e orçamental. E o problema maior até nem reside nesse défices, que são uma consequência. Parece-me que a causa, que se chama consumismo muito exagerado, a todos os níveis, é… digamos, uma causa perdida!
Os países criam hábitos durante décadas e não perdem esses hábitos facilmente. Em especial se são convidados a continuar a praticá-los, mesmo em condições adversas. Sabem, claro, o que o nosso bem conhecido Alan Greenspan descobriu este ano: os proprietários de casa própria, cada vez em maior número, quer pela baixa da taxa de juros quer pela bolha imobiliária em curso, estão a ser incentivados a procederem com essas casas como se se tratasse de um activo disponível normal. Obtêm, assim, financiamento hipotecário a longo prazo, depois refinanciamento e sempre que as valorizações das casas (!) o permitam, novos complementos de financiamento!!!
A única hipótese de haver uma adequada limpeza das colossais dívidas do Estado Americano seria, seria através de uma contracção do PIB dos EUA, que de algum modo repusesse o equilíbrio mínimo, o que implicaria uma recessão forte e uma tremenda desvalorização real do USD. Naturalmente, não se vislumbra que os dirigentes financeiros dos EUA (sempre depois das próximas eleições presidenciais…), possam provocar nada do género, antes terá que ser, eventualmente, o próprio mercado a fazê-lo.
Mas, pode muito bem acontecer que tenhamos à nossa frente vários anos de avanços e recuos (mais estes do que aqueles). Vendo as coisas a prazo, a União Europeia também terá sempre problemas de crescimento, que será em média sempre inferior ao dos EUA. O cerne da questão está no envelhecimento da sua população, muito maior do que nos EUA, e isso faz toda a diferença.
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Comentário
Este texto das alegações do Alen......é a parte nuclear da questão.
"O Iraque ao assumir no tempo do Saddam , a sua adesão ao euro para as suas transacções associadas às vendas de petroleo traçou o seu destino . Outros seguirâo esta linha e a degradação do deficit americano só terminará com a total derrota da politica monetária americana e do seu desejo de lutar contra os moinhos de vento "
Acrescento apenas que não devemos falar em " americanos" mas sim em elites inseridas no povo americano. Outrossim quando nos referimos à europa.
Acho as asserções do alen muito próximas daquilo a que a realidade, a mim próprio, me parece ser.
Parabéns a todos. Não há machado que corte a raiz ao pensamento!!!! como dizia o poeta
cumps
"O Iraque ao assumir no tempo do Saddam , a sua adesão ao euro para as suas transacções associadas às vendas de petroleo traçou o seu destino . Outros seguirâo esta linha e a degradação do deficit americano só terminará com a total derrota da politica monetária americana e do seu desejo de lutar contra os moinhos de vento "
Acrescento apenas que não devemos falar em " americanos" mas sim em elites inseridas no povo americano. Outrossim quando nos referimos à europa.
Acho as asserções do alen muito próximas daquilo a que a realidade, a mim próprio, me parece ser.
Parabéns a todos. Não há machado que corte a raiz ao pensamento!!!! como dizia o poeta
cumps
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
Sun Tzu
Sun Tzu
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Comentário
Este texto das alegações do Alen......é a parte nuclear da questão.
"O Iraque ao assumir no tempo do Saddam , a sua adesão ao euro para as suas transacções associadas às vendas de petroleo traçou o seu destino . Outros seguirâo esta linha e a degradação do deficit americano só terminará com a total derrota da politica monetária americana e do seu desejo de lutar contra os moinhos de vento "
Acrescento apenas que não devemos falar em " americanos" mas sim em elites inseridas no povo americano. Outrossim quando nos referimos à europa.
Acho as asserções do alen muito próximas daquilo a que a realidade, a mim próprio, me parece ser.
Parabéns a todos. Não há machado que corte a raiz ao pensamento!!!! como dizia o poeta
cumps
"O Iraque ao assumir no tempo do Saddam , a sua adesão ao euro para as suas transacções associadas às vendas de petroleo traçou o seu destino . Outros seguirâo esta linha e a degradação do deficit americano só terminará com a total derrota da politica monetária americana e do seu desejo de lutar contra os moinhos de vento "
Acrescento apenas que não devemos falar em " americanos" mas sim em elites inseridas no povo americano. Outrossim quando nos referimos à europa.
Acho as asserções do alen muito próximas daquilo a que a realidade, a mim próprio, me parece ser.
Parabéns a todos. Não há machado que corte a raiz ao pensamento!!!! como dizia o poeta
cumps
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
Sun Tzu
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Não sendo este um tópico que domine e em que goste de «meter a colherada», quería apenas deixar uma nota de parabéns pelo excelente nível da discussão (em vários sentidos) que está aqui a ser mantida...
Bravo!... Parabéns a todos os intervenientes...
Bravo!... Parabéns a todos os intervenientes...
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
euro
Excelente a todos os niveis ! um único pequeno comentário : O euro
Em todo este contexto de luta hegemónica o volume de reservas de alguns bancos centrais dos países produtores de petróleo e dos principais produtores de matérias primas ,tem aumentado assustadoramente
Este facto acaba por delimitar uma luta muito intensa em que ganha quem não se abalança em lutas pela ocupação de espaços económicos . Para a Europa continua a ser importante manter um deficit controlada de tal modo que as excepções sejam o resultado de politicas sociais e estruturais serias
Cada dia que passa no âmbito desta terrível espiral de degradação dos termos de troca , os mais pobres podem encontrar no euro a resposta a sua luta de emancipação , através de uma real libertação das amarras ao financiamento do deficit americano .
O Iraque ao assumir no tempo do Saddam , a sua adesão ao euro para as suas transacções associadas as vendas de petroleo traçou o seu destino . Outros seguiram esta linha e a degradação do deficit americano so se terminara com a total derrota da politica monetária americana e do seu desejo de lutar contra os moinhos de vento
Para os que caminham nas areas de comercio internacional , não deve passar despercebido o desejo de produtores chineses , paquistaneses e ate indianos , de estabelecem contratos a prazo em euros . Forçam o caminhar para este espaço sob a boa influencia de países como a Alemanha e a França e contra a falta de visão dos nosso operadores monetários , cientes de que o espaço Europa , constitui um momento de equilíbrio cambial aceitável
Por muito que nos venha a doer só através da degradação mais acentuada desta situação será possível criar novos espaços de equilíbrio . Pobres guerrilheiros latino americanos que lutavam pela abertura de muitos Vietnames . Não foi necessário . Os americanos e a sua falta de visão para combater as causas do terrorismo ,vão solucionar o problema
AS
Em todo este contexto de luta hegemónica o volume de reservas de alguns bancos centrais dos países produtores de petróleo e dos principais produtores de matérias primas ,tem aumentado assustadoramente
Este facto acaba por delimitar uma luta muito intensa em que ganha quem não se abalança em lutas pela ocupação de espaços económicos . Para a Europa continua a ser importante manter um deficit controlada de tal modo que as excepções sejam o resultado de politicas sociais e estruturais serias
Cada dia que passa no âmbito desta terrível espiral de degradação dos termos de troca , os mais pobres podem encontrar no euro a resposta a sua luta de emancipação , através de uma real libertação das amarras ao financiamento do deficit americano .
O Iraque ao assumir no tempo do Saddam , a sua adesão ao euro para as suas transacções associadas as vendas de petroleo traçou o seu destino . Outros seguiram esta linha e a degradação do deficit americano so se terminara com a total derrota da politica monetária americana e do seu desejo de lutar contra os moinhos de vento
Para os que caminham nas areas de comercio internacional , não deve passar despercebido o desejo de produtores chineses , paquistaneses e ate indianos , de estabelecem contratos a prazo em euros . Forçam o caminhar para este espaço sob a boa influencia de países como a Alemanha e a França e contra a falta de visão dos nosso operadores monetários , cientes de que o espaço Europa , constitui um momento de equilíbrio cambial aceitável
Por muito que nos venha a doer só através da degradação mais acentuada desta situação será possível criar novos espaços de equilíbrio . Pobres guerrilheiros latino americanos que lutavam pela abertura de muitos Vietnames . Não foi necessário . Os americanos e a sua falta de visão para combater as causas do terrorismo ,vão solucionar o problema
AS
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Re: Pergunta de algibeira
Cem Escreveu:F) As iniciativas anunciadas, por diversas fontes, da Fed intervir directamente nos mercados bolsistas, comprando acções para inverter as conclusões anteriores, parecem-me absurdas e irrealistas.
Tenho dúvidas que tal tenha acontecido, mas não excluo a hipótese, quer-me parecer que a difusão desta intervenção se destina mais a injectar um tom de segurança artificial a todos os investidores da Bolsa do que a alguma estratégia que à partida estaria destinada a um fracasso.
Mas vamos supor que sim, que houve uma injecção maciça de compras no mercado accionista. Por muitos biliões que a Reserva Federal possua ou fabrique, não vejo como pode contrariar a lógica e a força devastadora da maioria dos institucionais de um mercado mundial a funcionar a uma escala de triliões!
Resta-lhe a única alternativa credível: um trabalho de prestidigitação altamente complicado com um único objectivo: tentar criar a ilusão de uma economia sólida e com um clima de confiança elevado, para tentar incentivar o investimento na Bolsa...é muito duvidoso que o consiga nas presentes circunstâncias internacionais, onde o trauma da crise é muito recente e persistente!
Cem
O objectivo é mesmo esse, dar a entender que a economia Americana vai "formosa e segura", nem que para isso (para além das empresas) o próprio governo altere os resultados e valores de crescimento do PIB e de outros dados, desta forma iria atrair muito investimento para lá, principalmente nos mercados de capitais, mas será que não passa tudo de um jogo fabricado? Na minha opinião sim, é tudo virtual, assim como foram os resultados de milhares de empresas nos últimos anos e sabemos o que aconteceu quando a verdade veio ao cima, e vai ser exactamente da mesma forma que a economia que o FED quer fabricar, vai acabar muito mal, basta que para isso o Japão tire o "tapete" de triliões de lá, e o último que apague a luz hehehehe, ou será que o ilusionismo pode continuar por muito mais tempo?
Para já as bolsas devem começar a corrigir, até lá para Março, para depois voltarem a subir até ás eleições nos States, depois vai ser uma "herança" muito pesada e a montanha afinal era um vulcão pronto a explodir como o foi em 2000 (embora esse ainda não passa-se de um aviso, no fundo apenas fumo)

Um abraço e cuidado com o rafeiro, vem o tempo frio, e as constipações, e o faro pode se perder

-
Visitante
E no meio disto tudo a Europa poderia ter tido a sua oportunidadede ouro. Teve até a visão correcta em Março de 2000, em Lisboa (mesmo que o rebentar da bolha especulativa, logo a seguir, tenha imposto alguns acertos) mas, passado 1/3 do prazo então estabelecido, a sensação que fica é que nos perdemos nas nossas contradições, na nossa burocracia paralizante, agarrando-nos à ilusão da eternidade do nosso modelo social e... nada!
5 * para vocês os três pela excelência das vossas contibuições!
Um grande abraço
FT
5 * para vocês os três pela excelência das vossas contibuições!
Um grande abraço
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
Boas Cem....
É bom vê-lo de volta por aqui...
Neste momento a política económica dos Estados Unidos é como uma barragem com muitas fendas tapadas com supercola 3... e é assim que o Bush vai tentar mantê-la até as próximas eleições para a presidencia americana...
Sinceramente acho que não vai ser nada fácil. No dia a dia as pessoas não acreditam numa retoma económica sustentada. Apesar disso são os particulares que estão a sustentar a ecoomia americana...
Queres comprar uma carro, muito bem nós financiamos-te a 90%, taxa de juro 0% a 5 anos. Se quiseres pagar a pronto, tens um desconto de 3000USD.
Queres comprar mobilar a casa? Levas a mobilia, começas a pagar daqui a um ano e não pagas juro durante os dois anos do empréstimo...
Queres uma casa? Porque não? Afinal de contas arrendar uma casa fica mais caro do que as prestações que tens de pagar ao banco. E não te esqueças que enquanto o mercado accionista caiu, as casas continuam a valorizar-se a uma média de 5%/ano...
É este o espírito que está a movimentar a economia... as empresas não estão a aproveitar o crédito baixo, mas os particulares estão... e são eles que mantêm a economia a mexer e a crescer...
Mas... e por quanto tempo isto vai continuar? Se as empresas não aproveitarem os juros baixos e não investirem, o emprego vai continuar a subir, o $$ dos particulares vai descer, e daqui a uns tempos, já ninguém vai querer aproveitar os juros baixos... e ai sim... aí é que os Estados Unidos estão metidos numa bronca desgraçada... aí é que a locomotiva pára, o motor se engásga e não há supercola que resista...
Ou seja, a grande questão é como é que se vai conseguir fazer com que as empresas invistam mais... é simples... aumentamos o déficit gastando mais (em particular vamos utilizar empresas americanas) e vamos também diminuir a carga fiscal sobre as empresas...
Mas vamos também pensar no porque das empresas não estarem a aproveitar a queda dos juros?
Na minha opinião, devido ao efeito 11 de Setembro. O medo de um novo ataque terrorista é muito grande, e os prejuízos derivados de um novo ataque seriam incomparavelmente muito superiores (em particular porque revelava a ineficácia das operações no Afganistão e Iraque, no aumento na descrença na segurança criada pelo governo por parte da população e acima de tudo na dificuldade de prever o amanhã). Por isso é que eu penso que a ameaça de um novo ataque terrorista terá de diminuir para regressar a vontade de investir por parte das empresas.
Assim se justifica os 80 Biliões de dólares para o Iraque. Vamos gastar 75% desses biliões em empresas americanas (Haliburton's e Cia), vamos re-instalar a confiança nos americanos e assim retomar a economia...
Entretanto o que é que o FED faz?
dado que o FED está muito (demasiado na minha opinião) ligado à política, não pode seguir outra forma senão seguir as ideias do Bush...
(Greenspan a pensar) Vamos lá então resolver os problemas desta administração Bush...
Vamos descer as taxas de juro ao mínimo histórico, vamos lançar o rumor que estamos a intrevir no mercado (achei deliciosa essa ideia de que não passou de um rumor... apesar de acreditar que é capaz de ter feito umas compritas para dar mais consistência a esse rumor...), vamos baixar o dólar para aumentar as exportações e já está...
mas falta qquer coisa... é verdade... o déficit... quem é que o vai comprar? Japão? Europa? Rússia? Ásia? A China!!! será que a China vai nessa conversa? vamos lá mandar um gajo (Snow) e vamos ver se ele os convence a comprar um biliões. Se não resultar o que é que podemos fazer???
Olha... imprimimos mais dólares e compramo-la nós...
Um abraço
Nunofaustino
É bom vê-lo de volta por aqui...

Neste momento a política económica dos Estados Unidos é como uma barragem com muitas fendas tapadas com supercola 3... e é assim que o Bush vai tentar mantê-la até as próximas eleições para a presidencia americana...
Sinceramente acho que não vai ser nada fácil. No dia a dia as pessoas não acreditam numa retoma económica sustentada. Apesar disso são os particulares que estão a sustentar a ecoomia americana...
Queres comprar uma carro, muito bem nós financiamos-te a 90%, taxa de juro 0% a 5 anos. Se quiseres pagar a pronto, tens um desconto de 3000USD.
Queres comprar mobilar a casa? Levas a mobilia, começas a pagar daqui a um ano e não pagas juro durante os dois anos do empréstimo...
Queres uma casa? Porque não? Afinal de contas arrendar uma casa fica mais caro do que as prestações que tens de pagar ao banco. E não te esqueças que enquanto o mercado accionista caiu, as casas continuam a valorizar-se a uma média de 5%/ano...
É este o espírito que está a movimentar a economia... as empresas não estão a aproveitar o crédito baixo, mas os particulares estão... e são eles que mantêm a economia a mexer e a crescer...
Mas... e por quanto tempo isto vai continuar? Se as empresas não aproveitarem os juros baixos e não investirem, o emprego vai continuar a subir, o $$ dos particulares vai descer, e daqui a uns tempos, já ninguém vai querer aproveitar os juros baixos... e ai sim... aí é que os Estados Unidos estão metidos numa bronca desgraçada... aí é que a locomotiva pára, o motor se engásga e não há supercola que resista...
Ou seja, a grande questão é como é que se vai conseguir fazer com que as empresas invistam mais... é simples... aumentamos o déficit gastando mais (em particular vamos utilizar empresas americanas) e vamos também diminuir a carga fiscal sobre as empresas...
Mas vamos também pensar no porque das empresas não estarem a aproveitar a queda dos juros?
Na minha opinião, devido ao efeito 11 de Setembro. O medo de um novo ataque terrorista é muito grande, e os prejuízos derivados de um novo ataque seriam incomparavelmente muito superiores (em particular porque revelava a ineficácia das operações no Afganistão e Iraque, no aumento na descrença na segurança criada pelo governo por parte da população e acima de tudo na dificuldade de prever o amanhã). Por isso é que eu penso que a ameaça de um novo ataque terrorista terá de diminuir para regressar a vontade de investir por parte das empresas.
Assim se justifica os 80 Biliões de dólares para o Iraque. Vamos gastar 75% desses biliões em empresas americanas (Haliburton's e Cia), vamos re-instalar a confiança nos americanos e assim retomar a economia...
Entretanto o que é que o FED faz?
dado que o FED está muito (demasiado na minha opinião) ligado à política, não pode seguir outra forma senão seguir as ideias do Bush...
(Greenspan a pensar) Vamos lá então resolver os problemas desta administração Bush...
Vamos descer as taxas de juro ao mínimo histórico, vamos lançar o rumor que estamos a intrevir no mercado (achei deliciosa essa ideia de que não passou de um rumor... apesar de acreditar que é capaz de ter feito umas compritas para dar mais consistência a esse rumor...), vamos baixar o dólar para aumentar as exportações e já está...
mas falta qquer coisa... é verdade... o déficit... quem é que o vai comprar? Japão? Europa? Rússia? Ásia? A China!!! será que a China vai nessa conversa? vamos lá mandar um gajo (Snow) e vamos ver se ele os convence a comprar um biliões. Se não resultar o que é que podemos fazer???
Olha... imprimimos mais dólares e compramo-la nós...

Um abraço
Nunofaustino
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
Cem, passe o pleonasmo, este é um tópico nota 100 !!
Uma boa leitura para fim de semana, para todos os que passam poraqui pelo Caldeirão !! Mas vamos lá !!
A questão da dívida pública americana é antiga, adormecida apenas nos anos de Clinton, em parte graças aos tributos sobre mais-valias (ganhos de capital). A resposta para muitas destas questões está na história - anos 30, Grande Depressão. Na altura, a ainda jovem Reserva Federal, perante a deflação e o "meltdown" dos activos, conseguia o fenómeno de inflacionar a Economia, através de brutal criação de liquidez. Uma operação bem sucedida, especialmente em 1937, após vários fracassos. Curiosamente, logo a seguir, o padrão Ouro é abandonado para operações internas (e em 1971 também para as externas). A grande monetização começava. Mas a crise levou muitos anos, mesmo pós II Guerra Mundial. Ainda assim, a América recomeçou a crescer. Era onde se trabalhava, produzia, inovava. O mundo comprava a tecnologia Americana. O crescimento era suave, mas sustentado. No fim dos anos sessenta, com a "Great Society", o Governo começou a aumentar os níveis de endividamento. Veio depois o choque do petróleo e a monetização da inflação do crude. Estagnaflação era a nova palavra. Mas os Americanos começavam a ficar contagiados pelo consumismo. De repente, défices comerciais, défices da balança de pagamentos. O petróleo caro ainda ajudou mais.
Nos anos oitenta, a América desmoralizada elegeu Reagan e a política de expansionismo económico - Reaganomics. Para uns, a origem da desgraça actual. Para outros, um modelo de expansionismo sem precedentes. E o desemprego desceu, o Estado injectou biliões na Economia, crente que as receitas fiscais iriam resolver o défice. Em parte conseguiu, mas o que ficou foi o triplicar da dívida em apenas uma década. Ainda assim, a agenda escondida de Reagan foi ganha - vencer depressa a Guerra Fria !!
Mas instalou-se um vício na sociedade americana !! Alguém comprará a nossa dívida, os nossos activos. E assim, o relançado Japão foi às compras na América - eles não sabiam o que fazer ao saldo comercial positivo. Os Americanos agradeciam. A inflação baixara entretanto. O FED baixava os juros, por conseguinte. De repente, títulos de dívida e acções voltavam a entrar no vocabulário dos americanos.
Já não era preciso trabalhar mais. Vamos gastar tudo a que temos direito. E a ciranda financeira voltava a aquecer. Desde os anos 60, ninguém tinha alegrias. O crash de 87 foi um espirro, a festa estava só a começar.
Veio Clinton, Hillary e o vestido azul da Monica.
Ah, o doce perfume do poder. Com ou sem ele, seriam anos de Ouro, os que antecederam o 11 de Setembro.
O mundo todo estava na mesma onda. Exportamos para os Estados Unidos e importamos a sua dívida. Quem vier atrás feche a porta. Depois do Japão, Europa, tigres asiáticos, América Latina, enfim... China, o grande dragão que segue a América, como quem segue um peixe no aquário.
O mundo estava eufórico, sobretudo de 1995 a 2000.
Que importava a exuberância irracional, os erros do Windows, o que era importante era ir para a praia, para o Bar, depois de passar no Banco e comprar todas as OPV, fazendo a compra em nome da mãe, do irmão, do tio, da avó, e que pena que não para comprar em nome do gato... para vender com 20% de ganho no primeiro dia de mercado...
Não havia limites ao crédito, nem desempregados oficiais. Já não é preciso trabalhar, vem o pessoal da Ucrânia fazer isso... por um momento todos fomos Americanos !!
E agora... fim de festa. É a brutal liquidez a voltar... mas quem vai querer ? Afinal, juro zero não é pagamento zero !! E a América caminha alegremente. Não será o abismo dos ursos, nem o nirvana dos touros... ainda acredito no "pouco mais ou menos"... de qualquer maneira, serão tempos difíceis !!
Não se combate o fogo com mais fogo. Este sistema mudará depois das eleições. Ainda será doloroso. Mas arrisco a dizer que esta, poderá ser uma década perdida. Esta é a normalidade do ciclo económico. Nada poderá ser feito contra ele, em última análise.
Termino respondendo ao Cem: como uma Nação soberana pode dar um calote ao seu credor, sem que seja verdadeiramente um calote clássico tipo "não pagamos" ?
A resposta é só uma - hiperinflação !!!
Parabéns pelo tema e bom fim de semana a todos
djovarius
Uma boa leitura para fim de semana, para todos os que passam poraqui pelo Caldeirão !! Mas vamos lá !!
A questão da dívida pública americana é antiga, adormecida apenas nos anos de Clinton, em parte graças aos tributos sobre mais-valias (ganhos de capital). A resposta para muitas destas questões está na história - anos 30, Grande Depressão. Na altura, a ainda jovem Reserva Federal, perante a deflação e o "meltdown" dos activos, conseguia o fenómeno de inflacionar a Economia, através de brutal criação de liquidez. Uma operação bem sucedida, especialmente em 1937, após vários fracassos. Curiosamente, logo a seguir, o padrão Ouro é abandonado para operações internas (e em 1971 também para as externas). A grande monetização começava. Mas a crise levou muitos anos, mesmo pós II Guerra Mundial. Ainda assim, a América recomeçou a crescer. Era onde se trabalhava, produzia, inovava. O mundo comprava a tecnologia Americana. O crescimento era suave, mas sustentado. No fim dos anos sessenta, com a "Great Society", o Governo começou a aumentar os níveis de endividamento. Veio depois o choque do petróleo e a monetização da inflação do crude. Estagnaflação era a nova palavra. Mas os Americanos começavam a ficar contagiados pelo consumismo. De repente, défices comerciais, défices da balança de pagamentos. O petróleo caro ainda ajudou mais.
Nos anos oitenta, a América desmoralizada elegeu Reagan e a política de expansionismo económico - Reaganomics. Para uns, a origem da desgraça actual. Para outros, um modelo de expansionismo sem precedentes. E o desemprego desceu, o Estado injectou biliões na Economia, crente que as receitas fiscais iriam resolver o défice. Em parte conseguiu, mas o que ficou foi o triplicar da dívida em apenas uma década. Ainda assim, a agenda escondida de Reagan foi ganha - vencer depressa a Guerra Fria !!
Mas instalou-se um vício na sociedade americana !! Alguém comprará a nossa dívida, os nossos activos. E assim, o relançado Japão foi às compras na América - eles não sabiam o que fazer ao saldo comercial positivo. Os Americanos agradeciam. A inflação baixara entretanto. O FED baixava os juros, por conseguinte. De repente, títulos de dívida e acções voltavam a entrar no vocabulário dos americanos.
Já não era preciso trabalhar mais. Vamos gastar tudo a que temos direito. E a ciranda financeira voltava a aquecer. Desde os anos 60, ninguém tinha alegrias. O crash de 87 foi um espirro, a festa estava só a começar.
Veio Clinton, Hillary e o vestido azul da Monica.
Ah, o doce perfume do poder. Com ou sem ele, seriam anos de Ouro, os que antecederam o 11 de Setembro.
O mundo todo estava na mesma onda. Exportamos para os Estados Unidos e importamos a sua dívida. Quem vier atrás feche a porta. Depois do Japão, Europa, tigres asiáticos, América Latina, enfim... China, o grande dragão que segue a América, como quem segue um peixe no aquário.
O mundo estava eufórico, sobretudo de 1995 a 2000.
Que importava a exuberância irracional, os erros do Windows, o que era importante era ir para a praia, para o Bar, depois de passar no Banco e comprar todas as OPV, fazendo a compra em nome da mãe, do irmão, do tio, da avó, e que pena que não para comprar em nome do gato... para vender com 20% de ganho no primeiro dia de mercado...
Não havia limites ao crédito, nem desempregados oficiais. Já não é preciso trabalhar, vem o pessoal da Ucrânia fazer isso... por um momento todos fomos Americanos !!
E agora... fim de festa. É a brutal liquidez a voltar... mas quem vai querer ? Afinal, juro zero não é pagamento zero !! E a América caminha alegremente. Não será o abismo dos ursos, nem o nirvana dos touros... ainda acredito no "pouco mais ou menos"... de qualquer maneira, serão tempos difíceis !!
Não se combate o fogo com mais fogo. Este sistema mudará depois das eleições. Ainda será doloroso. Mas arrisco a dizer que esta, poderá ser uma década perdida. Esta é a normalidade do ciclo económico. Nada poderá ser feito contra ele, em última análise.
Termino respondendo ao Cem: como uma Nação soberana pode dar um calote ao seu credor, sem que seja verdadeiramente um calote clássico tipo "não pagamos" ?
A resposta é só uma - hiperinflação !!!

Parabéns pelo tema e bom fim de semana a todos
djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Pergunta de algibeira
Apesar dos meus parcos conhecimentos em assuntos de macro-economia gostaria de reflectir acerca do impasse em que caiu a economia locomotiva deste planeta e a forma de sair deste ciclo vicioso em que se meteu a economia americana:
A) A Federal Reserve baixou as taxas de juro a níveis nunca vistos.
B) As empresas, em vez de aproveitar a benesse para investir e criar postos de trabalho, apostaram em aumentos de produtividade e emagrecimento dos seus custos fixos através de despedimentos. A Fed é obrigada a ir mais além para incentivar os investimentos. As taxas de juro estão condenadas a descer mais? Consequência imediata: o dólar é pressionado em baixa, tornando a prazo a economia americana mais competitiva através das exportações. A Bolsa seria teoricamente beneficiada mas as outras economias competitivas não ficarão a dormir, a Europa e Japão não podem permitir que as suas exportações fiquem prejudicadas pelo facto das suas divisas se valorizarem, resta-lhes acompanhar a descida das taxas de juro do Euro e Iene para pressionar a respectiva desvalorização. Digamos que a resultante destas reacções em cadeia dos governos centrais se traduzem normalmente num empate...
As taxas de juro atingiram um patamar tão baixo que a sua redução nesta fase é igual ao litro, a reacção dos mercados de capitais é de completa indiferença!
C) A riqueza dos particulares e empresas nos States mede-se em grande parte pela evolução da Bolsa, se os índices sobem o seu património aumenta e sentem-se particularmente com mais apetência para gastar e investir. A Fed sabe disso e para impedir que um determinado clima de confiança esmoreça, sabe também que um aumento de taxas de juro seria neste caso um tiro no pé.
D) As taxas de juro já têm pouca margem de manobra, daqui a pouco tocam no zero, mas as tensões inflacionistas só se farão sentir quando o consumo interno disparar e aí, sim, as empresas tiverem procura suficiente dos seus produtos que as obriguem a contratar mais pessoal! Ora, isso só acontecerá quando os níveis bolsistas atingirem patamares de valorização apreciáveis, situação que ainda não se verificou.
E) Conclusão: enquanto as Bolsas não arrancarem de vez para níveis mais elevados continuaremos a ter taxas de juro baixas, dólar a desvalorizar, metais a apreciar, desemprego sem inversão à vista, investimento estagnado e crise a longo prazo a persistir.
F) As iniciativas anunciadas, por diversas fontes, da Fed intervir directamente nos mercados bolsistas, comprando acções para inverter as conclusões anteriores, parecem-me absurdas e irrealistas.
Tenho dúvidas que tal tenha acontecido, mas não excluo a hipótese, quer-me parecer que a difusão desta intervenção se destina mais a injectar um tom de segurança artificial a todos os investidores da Bolsa do que a alguma estratégia que à partida estaria destinada a um fracasso.
Mas vamos supor que sim, que houve uma injecção maciça de compras no mercado accionista. Por muitos biliões que a Reserva Federal possua ou fabrique, não vejo como pode contrariar a lógica e a força devastadora da maioria dos institucionais de um mercado mundial a funcionar a uma escala de triliões!
Resta-lhe a única alternativa credível: um trabalho de prestidigitação altamente complicado com um único objectivo: tentar criar a ilusão de uma economia sólida e com um clima de confiança elevado, para tentar incentivar o investimento na Bolsa...é muito duvidoso que o consiga nas presentes circunstâncias internacionais, onde o trauma da crise é muito recente e persistente!
G) Penso até que esta desvalorização do dólar é inevitável perante a necessidade vital da Fed ter de emitir mais dólares em quantidades descomunais para por um lado procurar intervir nos mercados em alturas críticas que considere apropriadas, para não esmorecer o clima de confiança, e por outro lado tapar os buracos do Governo Federal.
Não há alternativa possível à opção tomada pela administração Bush para fazer frente à sua política de défices gigantescos gerados perante os gastos impressionantes das campanhas do Afeganistão, do Iraque e à redução de receitas através da abolição da anterior taxa de mais valias. O défice tem de ser pago e coberto, nas presentes circunstâncias, a um preço muito elevado, para desespero da Federal Reserve.
H) De facto o défice é outro pesadelo e poderá ser o coveiro que irá matar à nascença a possibilidade de uma recuperação que parecia estar à vista.
O Governo Federal criou um factor perturbador que com toda a probabilidade arruinou neste ciclo económico todas as esperanças de recuperação económica. Alegando razões de segurança, os contornos duvidosos da justificação política que criou este défice monumental criaram um novo foco de instabilidade que passa pelas consequências da cobertura da dívida.
Se recebo 100 e gasto 120, tenho de ir pedir emprestados 20 para pagar o excedente. Este problema resolve-se tradicionalmente na prática recorrendo a um empréstimo pedido à Banca no caso dos particulares e empresas ou emitindo obrigações no valor de 20 mais juros no caso das empresas e governos que gastaram a mais.
Estamos portanto perante um desequilíbrio orçamental que será resolvido através da emissão de dívida mediante a solução tradicional de obrigações a longo prazo para financiar o diferencial entre os custos que excedem as receitas.
A pergunta que faço é simplesmente esta: se antigamente o Japão tinha uma liquidez impressionante ao comprar a parte de leão da dívida americana nos anos 80 e tendo em conta que nos anos 90 a administração Clinton conseguiu um feito ao estancar os défices crescentes transformando-os em superavits, quem tem neste momento a nível mundial a capacidade real de ir em socorro desta necessidade vital de comprar as obrigações americanas?
Resposta: ninguém a nível de governos centrais!
Consequência: para tentar captar a apetência de investidores particulares e institucionais na urgência da venda das bonds ( obrigações ), as taxas de juro das mesmas terão de ser suficientemente atractivas. Esse prémio de emissão das obrigações incentivará inevitavelmente um abandono generalizado dos investimentos em acções e sua transferência para as treasuries americanas de baixíssimo risco e remuneração mais atractiva!
Conclusão) Lá se vai a estratégia da Fed por água abaixo: um balde de água fria à estratégia de intervenções de injecção de confiança nos mercados accionistas, fuga de investidores para investimentos sem risco e remuneração mais simpática que o habitual, retoma do crescimento adiada porque a transferência dos investimentos de acções para obrigações será inevitável e terão como consequência imediata nova queda nas Bolsas...onde parará então este ciclo infernal sem solução à vista?
Alguém tem resposta a estas perguntas?
Cem
A) A Federal Reserve baixou as taxas de juro a níveis nunca vistos.
B) As empresas, em vez de aproveitar a benesse para investir e criar postos de trabalho, apostaram em aumentos de produtividade e emagrecimento dos seus custos fixos através de despedimentos. A Fed é obrigada a ir mais além para incentivar os investimentos. As taxas de juro estão condenadas a descer mais? Consequência imediata: o dólar é pressionado em baixa, tornando a prazo a economia americana mais competitiva através das exportações. A Bolsa seria teoricamente beneficiada mas as outras economias competitivas não ficarão a dormir, a Europa e Japão não podem permitir que as suas exportações fiquem prejudicadas pelo facto das suas divisas se valorizarem, resta-lhes acompanhar a descida das taxas de juro do Euro e Iene para pressionar a respectiva desvalorização. Digamos que a resultante destas reacções em cadeia dos governos centrais se traduzem normalmente num empate...
As taxas de juro atingiram um patamar tão baixo que a sua redução nesta fase é igual ao litro, a reacção dos mercados de capitais é de completa indiferença!
C) A riqueza dos particulares e empresas nos States mede-se em grande parte pela evolução da Bolsa, se os índices sobem o seu património aumenta e sentem-se particularmente com mais apetência para gastar e investir. A Fed sabe disso e para impedir que um determinado clima de confiança esmoreça, sabe também que um aumento de taxas de juro seria neste caso um tiro no pé.
D) As taxas de juro já têm pouca margem de manobra, daqui a pouco tocam no zero, mas as tensões inflacionistas só se farão sentir quando o consumo interno disparar e aí, sim, as empresas tiverem procura suficiente dos seus produtos que as obriguem a contratar mais pessoal! Ora, isso só acontecerá quando os níveis bolsistas atingirem patamares de valorização apreciáveis, situação que ainda não se verificou.
E) Conclusão: enquanto as Bolsas não arrancarem de vez para níveis mais elevados continuaremos a ter taxas de juro baixas, dólar a desvalorizar, metais a apreciar, desemprego sem inversão à vista, investimento estagnado e crise a longo prazo a persistir.
F) As iniciativas anunciadas, por diversas fontes, da Fed intervir directamente nos mercados bolsistas, comprando acções para inverter as conclusões anteriores, parecem-me absurdas e irrealistas.
Tenho dúvidas que tal tenha acontecido, mas não excluo a hipótese, quer-me parecer que a difusão desta intervenção se destina mais a injectar um tom de segurança artificial a todos os investidores da Bolsa do que a alguma estratégia que à partida estaria destinada a um fracasso.
Mas vamos supor que sim, que houve uma injecção maciça de compras no mercado accionista. Por muitos biliões que a Reserva Federal possua ou fabrique, não vejo como pode contrariar a lógica e a força devastadora da maioria dos institucionais de um mercado mundial a funcionar a uma escala de triliões!
Resta-lhe a única alternativa credível: um trabalho de prestidigitação altamente complicado com um único objectivo: tentar criar a ilusão de uma economia sólida e com um clima de confiança elevado, para tentar incentivar o investimento na Bolsa...é muito duvidoso que o consiga nas presentes circunstâncias internacionais, onde o trauma da crise é muito recente e persistente!
G) Penso até que esta desvalorização do dólar é inevitável perante a necessidade vital da Fed ter de emitir mais dólares em quantidades descomunais para por um lado procurar intervir nos mercados em alturas críticas que considere apropriadas, para não esmorecer o clima de confiança, e por outro lado tapar os buracos do Governo Federal.
Não há alternativa possível à opção tomada pela administração Bush para fazer frente à sua política de défices gigantescos gerados perante os gastos impressionantes das campanhas do Afeganistão, do Iraque e à redução de receitas através da abolição da anterior taxa de mais valias. O défice tem de ser pago e coberto, nas presentes circunstâncias, a um preço muito elevado, para desespero da Federal Reserve.
H) De facto o défice é outro pesadelo e poderá ser o coveiro que irá matar à nascença a possibilidade de uma recuperação que parecia estar à vista.
O Governo Federal criou um factor perturbador que com toda a probabilidade arruinou neste ciclo económico todas as esperanças de recuperação económica. Alegando razões de segurança, os contornos duvidosos da justificação política que criou este défice monumental criaram um novo foco de instabilidade que passa pelas consequências da cobertura da dívida.
Se recebo 100 e gasto 120, tenho de ir pedir emprestados 20 para pagar o excedente. Este problema resolve-se tradicionalmente na prática recorrendo a um empréstimo pedido à Banca no caso dos particulares e empresas ou emitindo obrigações no valor de 20 mais juros no caso das empresas e governos que gastaram a mais.
Estamos portanto perante um desequilíbrio orçamental que será resolvido através da emissão de dívida mediante a solução tradicional de obrigações a longo prazo para financiar o diferencial entre os custos que excedem as receitas.
A pergunta que faço é simplesmente esta: se antigamente o Japão tinha uma liquidez impressionante ao comprar a parte de leão da dívida americana nos anos 80 e tendo em conta que nos anos 90 a administração Clinton conseguiu um feito ao estancar os défices crescentes transformando-os em superavits, quem tem neste momento a nível mundial a capacidade real de ir em socorro desta necessidade vital de comprar as obrigações americanas?
Resposta: ninguém a nível de governos centrais!
Consequência: para tentar captar a apetência de investidores particulares e institucionais na urgência da venda das bonds ( obrigações ), as taxas de juro das mesmas terão de ser suficientemente atractivas. Esse prémio de emissão das obrigações incentivará inevitavelmente um abandono generalizado dos investimentos em acções e sua transferência para as treasuries americanas de baixíssimo risco e remuneração mais atractiva!
Conclusão) Lá se vai a estratégia da Fed por água abaixo: um balde de água fria à estratégia de intervenções de injecção de confiança nos mercados accionistas, fuga de investidores para investimentos sem risco e remuneração mais simpática que o habitual, retoma do crescimento adiada porque a transferência dos investimentos de acções para obrigações será inevitável e terão como consequência imediata nova queda nas Bolsas...onde parará então este ciclo infernal sem solução à vista?
Alguém tem resposta a estas perguntas?
Cem
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