Ehehe...
O texto contem algumas falácias, embora não possa dizer que está totalmente errado.
No entanto, a falácia é bem evidente na conclusão final para a qual eu já dei, no passado, um exemplo bem esclarecedor: a física newtoniana versus a teoria da relatividade.
É falacioso considerar/optar pela escala aritmetica porque esta é mais fácil de entender da mesma forma que é falacioso considerar que as velocidades se somam aritmeticamente só porque é mais fácil entendê-lo dessa forma, quando sabemos perfeitamente, pela teoria da relatividade, que não se soma aritmeticamente...
A escala linear serve como uma boa aproximação quando o movimento em análise é pouco volátil mas isso em circunstância alguma significa que a escala linear funciona (nesses casos) melhor do que a escala logarítmica, da mesma forma que em caso algum, se somarmos duas velocidades pela teoria da relatividade em caso algum chegaremos a uma velocidade menos correcta do que se as somarmos aritmeticamente!
Tanto mais que, para quem dispoe de um programa tipo Metastock que permite (sem qq dificuldade) colocar o gráfico em escala logarítmica, tal procedimento não envolve qq dificuldade adicional (ao contrário do caso em q temos de calcular velocidades, em física, pois os cálculos são obviamente mais simples pela física newtoniana).
Tem ainda a grande vantagem de podermos fazer zoom-in e zoom-out sem que isso tenha qq implicação na escala.
Por outras palavras, se eu estou a ver o BPI no último mês, o que vejo é virtualmente igual ao que verá por exemplo o Paulo Marques (que usa a escala linear). Eu não tenho qq desvantagem em usar portanto a escala logaritmica e vejo (praticamente) o mesmo que ele...
No entanto, se resolvermos abrir mais a janela e ver o BPI no último ano e meio, por exemplo, a minha escala adaptou-se <b>automaticamente</b> ao movimento enquanto a dele terá distorcido o movimento.
Por outro lado, e pegando no que atrás já se disse sobre ser mais ou menos válido fazê-lo no BPI ou na PTM, tal é válido para o mesmo período de tempo, pois uma escala linear de uma semana na PTM será mais válida do que uma escala linear de 2 anos no BPI...
A validade do gráfico está dependente do movimento que estamos a ver, se usamos escala linear. Se usamos escala logarítmica, esta adapta-se a qq período/movimento e a sua validade é independente deste...
Para finalizar e sobre algo que é referido nesse site, a questão da consistencia das linhas, é outro aspecto que eu já referi aqui neste espaço. Se observarmos gráficos de longo prazo, verificamos que torna-se muito raro conseguir linhas com mais de 2/3 pontos de toque em escala linear e que tal é frequente em escala logarítmica... <b>Basta que o título mantenha a tendência para termos 3, 4, 5, 6 toques...</b>
O que se verifica estatisticamente é que as LT's em escala logaritmica são portanto, indubitavelmente, mais fiáveis.
E num gráfico com pouca volatilidade?
A fiabilidade tende a ser igual nas duas escalas, nunca chegando a ser vantajoso, estatisticamente, considerar a escala linear. No limite... é igual/indiferente.
Portanto, quem recorre a um gráfico em escala linear, recorre a uma escala que em certas ocasiões funciona como uma boa aproximação, em certas ocasiões não...
Quem recorre a uma escala logartimica, recorre a uma escala que não está dependente da ocasião (do movimento, da sua volatilidade ou do seu período). É sempre uma boa aproximação quer seja um gráfico de uma hora (onde tende a ser virtualmente igual a um de escala linear) quer seja um gráfico de 100 anos
