
Maior otimismo do mercado leva bolsas dos EUA a encerrarem em alta
Por: Equipe InfoMoney
04/09/03 - 18h01
InfoMoney
SÃO PAULO - As principais bolsas dos Estados Unidos encerraram a sessão desta quinta-feira em alta, à medida em que os investidores estão mais otimistas com relação à economia dos Estados Unidos devido ao resultado dos últimos indicadores divulgados durante a sessão.
As notícias corporativas também têm animado o mercado. O setor varejista, que vem reportando ganhos maiores que o esperado, também espera um aumento em seu lucro no próximo trimestre deste ano. Os papéis das empresas do setor de tecnologia têm apresentado ratings mais elevados, demonstrando uma maior confiança dos investidores no setor.
Initial Claims surpreende negativamente investidores
O número de norte-americanos que deram entrada em pedidos de auxílio-desemprego, mensurado pelo indicador Initial Claims subiu mais que o esperado na semana terminada em 30 de agosto.
O Departamento de Trabalho registrou um aumento de 15 mil no número de solicitações do benefício na semana encerrada em 30 de agosto, para 413 mil pedidos, o que correspondeu ao maior nível desde a semana encerrada em 12 de julho. O aumento do número de pedidos contrariou a previsão do mercado de que houvesse uma queda de 4 mil pedidos.
O número de pedidos contínuos do auxílio aumentou em 23 mil, para um total de 3,66 milhões na semana encerrada de 23 de agosto. A média da quadrissemana subiu para 401,5 mil pedidos. Como faz tradicionalmente, o departamento revisou sua estimativa de pedidos iniciais feitos na semana até 23 de agosto e o dado foi elevado em 4 mil, para 398 mil.
Produtividade industrial aumenta no 2º trimestre
A produtividade das empresas norte-americanas aumentou no segundo trimestre do ano corrente, possibilitando às indústrias aumentarem sua produção e ao mesmo tempo reduzirem o número de horas trabalhadas.
O indicador de produtividade dos Estados Unidos não só foi revisado para cima, como superou a projeção do mercado. A taxa de crescimento da produtividade foi revisada de 5,7% para 6,8% no segundo trimestre, frente à expectativa de que o dado fosse revisado para 6,3%.
Vale ressaltar que a maior produtividade indica um número menor de empregados produzindo mais. Deste modo, o custo da mão-de-obra para as empresas norte-americanas foi revisado para uma queda de 2,8% no segundo trimestre, de um declínio estimado anteriormente de 2,1%.
ISM Services Index supera expectativas do mercado
O índice de atividade não-industrial, mensurado pelo ISM Services Index manteve-se em 65,1 pontos em agosto, mesmo nível de julho, mas superou as expectativas do mercado, que apontavam para uma queda de 62,4 pontos.
O índice de novas encomendas para as empresas subiu para 67,6 pontos em agosto, de 66,9 pontos obtidos em julho. Já o índice de emprego no setor de serviços subiu para 51 pontos em agosto, de 50,7 pontos em julho, enquanto o índice de preços avançou para 55,7 pontos em agosto, de 50,6 em julho.
Crescem encomendas às empresas dos Estados Unidos
As encomendas às indústrias norte-americanas, mensuradas pelo indicador Factory Orders apresentaram aumento em julho maior que o esperado pelo mercado, pelo terceiro mês consecutivo.
O Departamento do Comércio registrou aumento de 1,6% das encomendas, para um total de US$ 329,39 bilhões em julho, quando o mercado apostava em um aumento de 0,8%. Além da alta do indicador em julho, o desempenho de junho foi revisado também em alta, para uma expansão de 1,9%, acima da estimativa de crescimento de 1,7%.
Setor de varejo apresenta boas previsões
O setor varejista está mais otimista já que as vendas em julho, um mês tradicionalmente de baixas vendas, aumentaram substancialmente com a volta às aulas. Pode-se citar também os lucros trimestrais apresentados pelas empresas do setor no segundo trimestre que superaram as expectativas dos analistas a respeito do setor, já que era esperado um crescimento de apenas 7% nos lucros das empresas, quando este apresentou uma alta de 12% no período.
O segundo semestre do ano também parece promissor ao mercado de varejo norte-americano. Espera-se um crescimento de 2% nas vendas nas lojas abertas há mais de um ano frente ao primeiro semestre do ano. Também é projetado um crescimento nas vendas de 14% no terceiro trimestre do ano frente ao mesmo período de 2002 e uma alta de 16% no lucro das empresas no quarto trimestre frente ao mesmo período de 2002.
Como destaque pode-se citar a maior rede de varejo dos Estados Unidos, a Wal-Mart, que declarou uma alta de 6,9% nas vendas das lojas abertas há mais de um ano em agosto, superando o esperado pelo mercado, que era de uma alta de 4,9%. A maior varejista do mundo também informou que prevê um aumento nas vendas entre 3% e 5% durante setembro deste ano.
A Wal-Mart anunciou ainda que as vendas totais no mês de agosto subiram 13,7% atingindo US$ 19,53 bilhões no mês em questão. Deste modo, os papéis da rede de varejo encerraram em alta de 0,17% na sessão desta quinta-feira.
Procter & Gamble eleva estimativa de lucro
A empresa norte-americana Procter & Gamble elevou suas projeções de lucro para o primeiro trimestre fiscal que terminará em 30 de setembro. A empresa prevê um crescimento entre 19% e 21% sobre o lucro por ação de US$ 1,04 obtido no primeiro trimestre do ano passado. Assim, o lucro esperado pela empresa é de aproximadamente US$ 1,25 por ação para o próximo trimestre.
A empresa ainda afirmou que espera um crescimento de 9% a 10% em suas vendas no período em questão. Com a boa notícia, os papéis da empresa encerraram em alta de 2,96% na sessão desta quinta-feira.
Techs continuam em destaque
As empresas fabricantes de semicondutores foram destaque na sessão desta quinta-feira. A elevação do rating de várias empresas do ramo, como por exemplo a Novellus e a Applied Materials, ambos revisados para buy pelo banco de investimento UBS fizeram com que os papéis do setor encerrassem em alta.
Assim, os papéis da Novellus encerraram em alta de 0,88%, enquanto que os da Applied Materials fecharam em alta de 1,24%.
Principais índices acionários encerram em alta
Deste modo, o índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, fechou em alta de 0,87% a 1.869 pontos, acumulando no ano forte alta de 39,95%.
O Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, encerrou o pregão em leve valorização de 0,20% atingindo 9.588 pontos e subindo 14,94% no ano, enquanto o S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, apresentou alta de 0,17% chegando a 1.028 pontos e acumulando no ano forte alta de 16,84%.
%Var Dia Pontos %Var 30D %Var Ano
Nasdaq C +0,87 1.869 +11,68 +39,95
Dow Jones +0,20 9.588 +6,10 +14,94
S&P 500 +0,17 1.028 +6,47 +16,84
Por: Equipe InfoMoney
04/09/03 - 18h01
InfoMoney
SÃO PAULO - As principais bolsas dos Estados Unidos encerraram a sessão desta quinta-feira em alta, à medida em que os investidores estão mais otimistas com relação à economia dos Estados Unidos devido ao resultado dos últimos indicadores divulgados durante a sessão.
As notícias corporativas também têm animado o mercado. O setor varejista, que vem reportando ganhos maiores que o esperado, também espera um aumento em seu lucro no próximo trimestre deste ano. Os papéis das empresas do setor de tecnologia têm apresentado ratings mais elevados, demonstrando uma maior confiança dos investidores no setor.
Initial Claims surpreende negativamente investidores
O número de norte-americanos que deram entrada em pedidos de auxílio-desemprego, mensurado pelo indicador Initial Claims subiu mais que o esperado na semana terminada em 30 de agosto.
O Departamento de Trabalho registrou um aumento de 15 mil no número de solicitações do benefício na semana encerrada em 30 de agosto, para 413 mil pedidos, o que correspondeu ao maior nível desde a semana encerrada em 12 de julho. O aumento do número de pedidos contrariou a previsão do mercado de que houvesse uma queda de 4 mil pedidos.
O número de pedidos contínuos do auxílio aumentou em 23 mil, para um total de 3,66 milhões na semana encerrada de 23 de agosto. A média da quadrissemana subiu para 401,5 mil pedidos. Como faz tradicionalmente, o departamento revisou sua estimativa de pedidos iniciais feitos na semana até 23 de agosto e o dado foi elevado em 4 mil, para 398 mil.
Produtividade industrial aumenta no 2º trimestre
A produtividade das empresas norte-americanas aumentou no segundo trimestre do ano corrente, possibilitando às indústrias aumentarem sua produção e ao mesmo tempo reduzirem o número de horas trabalhadas.
O indicador de produtividade dos Estados Unidos não só foi revisado para cima, como superou a projeção do mercado. A taxa de crescimento da produtividade foi revisada de 5,7% para 6,8% no segundo trimestre, frente à expectativa de que o dado fosse revisado para 6,3%.
Vale ressaltar que a maior produtividade indica um número menor de empregados produzindo mais. Deste modo, o custo da mão-de-obra para as empresas norte-americanas foi revisado para uma queda de 2,8% no segundo trimestre, de um declínio estimado anteriormente de 2,1%.
ISM Services Index supera expectativas do mercado
O índice de atividade não-industrial, mensurado pelo ISM Services Index manteve-se em 65,1 pontos em agosto, mesmo nível de julho, mas superou as expectativas do mercado, que apontavam para uma queda de 62,4 pontos.
O índice de novas encomendas para as empresas subiu para 67,6 pontos em agosto, de 66,9 pontos obtidos em julho. Já o índice de emprego no setor de serviços subiu para 51 pontos em agosto, de 50,7 pontos em julho, enquanto o índice de preços avançou para 55,7 pontos em agosto, de 50,6 em julho.
Crescem encomendas às empresas dos Estados Unidos
As encomendas às indústrias norte-americanas, mensuradas pelo indicador Factory Orders apresentaram aumento em julho maior que o esperado pelo mercado, pelo terceiro mês consecutivo.
O Departamento do Comércio registrou aumento de 1,6% das encomendas, para um total de US$ 329,39 bilhões em julho, quando o mercado apostava em um aumento de 0,8%. Além da alta do indicador em julho, o desempenho de junho foi revisado também em alta, para uma expansão de 1,9%, acima da estimativa de crescimento de 1,7%.
Setor de varejo apresenta boas previsões
O setor varejista está mais otimista já que as vendas em julho, um mês tradicionalmente de baixas vendas, aumentaram substancialmente com a volta às aulas. Pode-se citar também os lucros trimestrais apresentados pelas empresas do setor no segundo trimestre que superaram as expectativas dos analistas a respeito do setor, já que era esperado um crescimento de apenas 7% nos lucros das empresas, quando este apresentou uma alta de 12% no período.
O segundo semestre do ano também parece promissor ao mercado de varejo norte-americano. Espera-se um crescimento de 2% nas vendas nas lojas abertas há mais de um ano frente ao primeiro semestre do ano. Também é projetado um crescimento nas vendas de 14% no terceiro trimestre do ano frente ao mesmo período de 2002 e uma alta de 16% no lucro das empresas no quarto trimestre frente ao mesmo período de 2002.
Como destaque pode-se citar a maior rede de varejo dos Estados Unidos, a Wal-Mart, que declarou uma alta de 6,9% nas vendas das lojas abertas há mais de um ano em agosto, superando o esperado pelo mercado, que era de uma alta de 4,9%. A maior varejista do mundo também informou que prevê um aumento nas vendas entre 3% e 5% durante setembro deste ano.
A Wal-Mart anunciou ainda que as vendas totais no mês de agosto subiram 13,7% atingindo US$ 19,53 bilhões no mês em questão. Deste modo, os papéis da rede de varejo encerraram em alta de 0,17% na sessão desta quinta-feira.
Procter & Gamble eleva estimativa de lucro
A empresa norte-americana Procter & Gamble elevou suas projeções de lucro para o primeiro trimestre fiscal que terminará em 30 de setembro. A empresa prevê um crescimento entre 19% e 21% sobre o lucro por ação de US$ 1,04 obtido no primeiro trimestre do ano passado. Assim, o lucro esperado pela empresa é de aproximadamente US$ 1,25 por ação para o próximo trimestre.
A empresa ainda afirmou que espera um crescimento de 9% a 10% em suas vendas no período em questão. Com a boa notícia, os papéis da empresa encerraram em alta de 2,96% na sessão desta quinta-feira.
Techs continuam em destaque
As empresas fabricantes de semicondutores foram destaque na sessão desta quinta-feira. A elevação do rating de várias empresas do ramo, como por exemplo a Novellus e a Applied Materials, ambos revisados para buy pelo banco de investimento UBS fizeram com que os papéis do setor encerrassem em alta.
Assim, os papéis da Novellus encerraram em alta de 0,88%, enquanto que os da Applied Materials fecharam em alta de 1,24%.
Principais índices acionários encerram em alta
Deste modo, o índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, fechou em alta de 0,87% a 1.869 pontos, acumulando no ano forte alta de 39,95%.
O Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, encerrou o pregão em leve valorização de 0,20% atingindo 9.588 pontos e subindo 14,94% no ano, enquanto o S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, apresentou alta de 0,17% chegando a 1.028 pontos e acumulando no ano forte alta de 16,84%.
%Var Dia Pontos %Var 30D %Var Ano
Nasdaq C +0,87 1.869 +11,68 +39,95
Dow Jones +0,20 9.588 +6,10 +14,94
S&P 500 +0,17 1.028 +6,47 +16,84