BRI - gráfico e resultados

Lucros da Brisa quebram 59% para 63 milhões de euros; em linha com estimado
Sexta, 29 Ago 2003 17:18
A Brisa encerrou o primeiro semestre deste ano com resultados líquidos de 63 milhões de euros, o que traduziu uma quebra de 59% face a idêntico período do exercício transacto, mas em linha com as estimativas dos analistas.
A administração da concessionária de auto-estradas diz que esta quebra se deve «principalmente ao impacto negativo da rubrica de impostos sobre os lucros».
Os analistas consultados pelo Negocios.pt aguardavam lucros entre 55,5 e 68 milhões de euros.
«A partir do final do exercício de 2002, a Brisa já não gera benefícios fiscais por via do investimento em novos lanços de auto-estradas, o que aconteceu até 2002. A partir de 2003, o investimento realizado em novos lanços de auto-estradas deixou de conferir benefício fiscal, levando a que o registo na conta de exploração dos impostos a pagar tenha um impacto contabilístico negativo», acrescentam os responsáveis da Brisa.
As receitas operacionais fixaram-se em 265 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 7%, enquanto o EBITDA ascendeu a 196 milhões de euros, 9% acima do verificado no primeiro semestre de 2002.
O resultado antes de imposto cifrou-se em 95 milhões de euros, correspondendo a uma quebra de 10%. «Tal facto deve-se essencialmente à redução dos proveitos financeiros e ao reforço da provisão relativa à participação na EDP», explica a Brisa.
No primeiro semestre deste ano, por recomendação da CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a Brisa reforçou a provisão correspondente ao diferencial entre o valor a que se encontravam registadas as acções da EDP (2,01 euros por acção) e a sua cotação em bolsa à data de 30 de Junho de 2003 (1,81 euros), com um «impacto negativo de cerca de nove milhões de euros».
Por seu turno, o activo da Brisa atingiu 4.454 milhões de euros, uma subida de 8% em comparação com o primeiro semestre de 2002, enquanto os capitais próprios chegaram a 1.252 milhões de euros, evidenciando um ligeiro crescimento de 2%. A dívida líquida atingiu os 2.213 milhões de euros, o que corresponde a um «gearing» semestral de cerca de 178% e a um aumento da dívida em 435 milhões de euros face ao primeiro semestre do ano passado. O custo médio da dívida total da Brisa é de 3,8%.
«Este aumento da dívida teve por base a operação da A9 - CREL (288 milhões de euros) concretizada no final de 2002 e a tomada de participação no capital da Abertis (segundo semestre de 2002)», esclarece a Brisa. Todavia, a dívida financeira total da empresa decresceu relativamente ao final do exercício de 2002, altura em que ascendia a 2.295 milhões de euros.
Os resultados financeiros consolidados da Brisa cifraram-se em cerca de 50 milhões de euros negativos, em comparação com os 32 milhões de euros negativos registados no final do primeiro semestre de 2002, um agravamento de 53%.
As acções da Brisa desceram desceram 1,01% para os 4,90 euros.
por Nuno Miguel Silva
Reuters: Lucros da Brisa devem oscilar entre 53,1 e 68,4 ME
27-8-2003 18:34
Os lucros da Brisa deverão oscilar entre 53,1 e 68,4 milhões de euros (ME), no primeiro semestre de 2003, face aos 154,7 ME do mesmo período do ano anterior, segundo uma sondagem efectuada pela Reuters a dez analistas.
Esta queda abrupta dos lucros é justificada com a perda de créditos fiscais por investimento em novos troços, pelo que a Brisa passa a contabilizar impostos que até aqui eram diferidos.
As receitas totais deverão variar entre 257,6-269,1 ME e o EBITDA entre 189,7-199,8 ME, face aos 248 ME e 179,5 ME do primeiro semestre de 2002.
As atenções dos analistas deverão concentrar-se no controlo de custos.
A Brisa divulga os resultados do primeiro semestre na sexta-feira, após o fecho do mercado.
BolsaPt.com
Sexta, 29 Ago 2003 17:18
A Brisa encerrou o primeiro semestre deste ano com resultados líquidos de 63 milhões de euros, o que traduziu uma quebra de 59% face a idêntico período do exercício transacto, mas em linha com as estimativas dos analistas.
A administração da concessionária de auto-estradas diz que esta quebra se deve «principalmente ao impacto negativo da rubrica de impostos sobre os lucros».
Os analistas consultados pelo Negocios.pt aguardavam lucros entre 55,5 e 68 milhões de euros.
«A partir do final do exercício de 2002, a Brisa já não gera benefícios fiscais por via do investimento em novos lanços de auto-estradas, o que aconteceu até 2002. A partir de 2003, o investimento realizado em novos lanços de auto-estradas deixou de conferir benefício fiscal, levando a que o registo na conta de exploração dos impostos a pagar tenha um impacto contabilístico negativo», acrescentam os responsáveis da Brisa.
As receitas operacionais fixaram-se em 265 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 7%, enquanto o EBITDA ascendeu a 196 milhões de euros, 9% acima do verificado no primeiro semestre de 2002.
O resultado antes de imposto cifrou-se em 95 milhões de euros, correspondendo a uma quebra de 10%. «Tal facto deve-se essencialmente à redução dos proveitos financeiros e ao reforço da provisão relativa à participação na EDP», explica a Brisa.
No primeiro semestre deste ano, por recomendação da CMVM - Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a Brisa reforçou a provisão correspondente ao diferencial entre o valor a que se encontravam registadas as acções da EDP (2,01 euros por acção) e a sua cotação em bolsa à data de 30 de Junho de 2003 (1,81 euros), com um «impacto negativo de cerca de nove milhões de euros».
Por seu turno, o activo da Brisa atingiu 4.454 milhões de euros, uma subida de 8% em comparação com o primeiro semestre de 2002, enquanto os capitais próprios chegaram a 1.252 milhões de euros, evidenciando um ligeiro crescimento de 2%. A dívida líquida atingiu os 2.213 milhões de euros, o que corresponde a um «gearing» semestral de cerca de 178% e a um aumento da dívida em 435 milhões de euros face ao primeiro semestre do ano passado. O custo médio da dívida total da Brisa é de 3,8%.
«Este aumento da dívida teve por base a operação da A9 - CREL (288 milhões de euros) concretizada no final de 2002 e a tomada de participação no capital da Abertis (segundo semestre de 2002)», esclarece a Brisa. Todavia, a dívida financeira total da empresa decresceu relativamente ao final do exercício de 2002, altura em que ascendia a 2.295 milhões de euros.
Os resultados financeiros consolidados da Brisa cifraram-se em cerca de 50 milhões de euros negativos, em comparação com os 32 milhões de euros negativos registados no final do primeiro semestre de 2002, um agravamento de 53%.
As acções da Brisa desceram desceram 1,01% para os 4,90 euros.
por Nuno Miguel Silva
Reuters: Lucros da Brisa devem oscilar entre 53,1 e 68,4 ME
27-8-2003 18:34
Os lucros da Brisa deverão oscilar entre 53,1 e 68,4 milhões de euros (ME), no primeiro semestre de 2003, face aos 154,7 ME do mesmo período do ano anterior, segundo uma sondagem efectuada pela Reuters a dez analistas.
Esta queda abrupta dos lucros é justificada com a perda de créditos fiscais por investimento em novos troços, pelo que a Brisa passa a contabilizar impostos que até aqui eram diferidos.
As receitas totais deverão variar entre 257,6-269,1 ME e o EBITDA entre 189,7-199,8 ME, face aos 248 ME e 179,5 ME do primeiro semestre de 2002.
As atenções dos analistas deverão concentrar-se no controlo de custos.
A Brisa divulga os resultados do primeiro semestre na sexta-feira, após o fecho do mercado.
BolsaPt.com