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MensagemEnviado: 11/8/2003 11:21
por zé povinho
e como ficam os auditores?

seria de esperar uma explicação da parte deles, não?

MensagemEnviado: 11/8/2003 11:05
por TRSM
CMVM avança com processo contra a Brisa



Segunda, 11 Ago 2003 08:36

A Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deverá avançar com o processo de contra-ordenação à Brisa, no âmbito de provisões realizadas pela concessionária nas contas de 2002, que fica agora sujeita a uma coima de 25 mil a 2,5 milhões de euros, noticiou hoje o Jornal de Negócios.



por Canal de Negócios

MensagemEnviado: 8/8/2003 22:36
por K@t0
Eng. Financeira, até queima o papel com este calor não é só as árvores a arder!!!!!

MensagemEnviado: 8/8/2003 22:20
por zé povinho
há quem chame a isto contabilidade criativa

MensagemEnviado: 8/8/2003 18:49
por Visitante
Afinal isto continua na mesma, alguém acredita nestas contabilidades?
Andam a aprender com os americanos, jogam cá para fora os resultados aldrabados, isto não é burla?

Lucros de 2002 da Brisa cairiam 25 milhões com alteração de

MensagemEnviado: 8/8/2003 18:18
por TRSM
Lucros de 2002 da Brisa cairiam 25 milhões com alteração de provisão na EDP (act)



Sexta, 8 Ago 2003 17:30

(actualiza com conteúdo do artigo que levou a CMVM a notificar a Brisa, mais informação)

A Brisa, depois de notificada pela CMVM, anunciou hoje que, em 2002, os lucros teriam sido 25 milhões de euros inferiores aos reportados, caso tivesse provisionado a sua posição na EDP com a última cotação da eléctrica o ano passado, em vez de ter utilizado a média ponderada de 2002.

Num comunicado a concessionária de auto-estradas diz que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, nos termos do nº4 do artigo 245º do Código dos Valores Mobiliários, notificou a empresa para esta proceder a uma informação complementar acerca dos resultados de 2002.

O referido nº do CVM diz que «se o relatório e contas anuais não derem uma imagem exacta do património, da situação financeira e dos resultados da sociedade, pode a CMVM ordenar a publicação de informações complementares».

Em causa está a maneira como a Brisa optou por constituir uma provisão para a participação de 2%, ou 60 002 297 acções, que detém no capital da Electricidade de Portugal (EDP).

Em Agosto de 2001 a Brisa comprou 2% da EDP por 182,4 milhões de euros, no âmbito da parceria das duas empresas para a área das telecomunicações.

A Brisa efectuou, em 2002, uma provisão de 61,79 milhões de euros para fazer face à depreciação das acções da EDP em Bolsa, mas utilizou como valor de referência 2,01 euros, resultante de uma média ponderada da cotação da EDP no exercício.

Caso tivesse utilizado a última cotação da EDP em 2002, 1,59 euros, o valor da provisão teria ascendido a 86,99 milhões de euros.

Se tivesse adoptado este procedimento, o activo da Brisa em 2002 teria sido 4,54 mil milhões de euros e não 4,56 mil milhões de euros como o anunciado. O capital próprio teria baixado em igual montante para 1,29 mil milhões de euros.

Já os lucros teriam sido de 187,86 milhões de euros e não de 213,06 milhões de euros, valor que representava uma subida de 1% face a 2001. Utilizando esta provisão, com base na cotação da EDP a 31 de Dezembro de 2002, os lucros da Brisa desceram 12,95%.

Brisa defende método de provisão aplicado
Sobre o método utilizado para provisionar a EDP, a Brisa «entende não contrariar os princípios contabilísticos aplicáveis, mereceu a aprovação pelo auditor independente - Deloitte & Touche - e Auditor Externo - Freire, Loureiro & Associados - da Brisa».

«O valor actual da cotação da EDP é semelhante ao valor utilizado pela Brisa para o cálculo da referida provisão, vindo corroborar a opção metodológica adoptada originalmente pela Brisa», entende a empresa.

As acções da EDP fecharam hoje nos 1,95 euros, valor próximo a que a Brisa provisionou as acções da eléctrica em 2002.

A Brisa diz ainda que «estas variações (face aos diferentes métodos de provisão) não têm natureza financeira, traduzindo-se apenas em movimentos contabilísticos».




por Nuno Carregueiro