Goldman Sachs estima descida nos lucros trimestrais da PT pa
Enviado: 7/8/2003 16:32Goldman Sachs estima descida nos lucros trimestrais da PT para 29 milhões
Quinta, 7 Ago 2003 15:41
A Goldman Sachs diz que os lucros da Portugal Telecom no segundo trimestre devem cair para 29 milhões de euros, o que perfaz um lucro semestral de 114 milhões de euros. O ganho com a alienação de imóveis não vai compensar a perda de 200 milhões incorrida com os custos de reestruturação.
Num estudo datado de 4 de Agosto, a Goldman Sachs diz que os lucros da Portugal Telecom (PT) [Cot, Not, P.Target] no segundo trimestre devem ser de 29 milhões de euros, aquém dos 84,8 milhões de euros do primeiro trimestre e abaixo dos 112,3 milhões de euros do período homólogo do ano anterior. A PT vai anunciar os resultados a 17 de Setembro.
O analista Mike Meloan comenta que «os lucros líquidos devem ser afectados negativamente pelos custos de reestruturação de 200 milhões de euros, que esperamos que sejam reconhecidos neste trimestre, uma perda que será parcialmente compensada pelo ganho de 60 milhões de euros que resultaram da alienação de imóveis».
Em termos semestrais, e recorrendo às projecções trimestrais da Goldman Sachs e aos resultados publicados no primeiro trimestre, os lucros devem totalizar os 114 milhões de euros. A Ibersecurities, num estudo publicado ontem, mostra-se mais optimista, estimando que os lucros da PT no primeiro semestre caiam 37% para 127,7 milhões de euros.
As receitas da operadora no segundo trimestre devem ascender a 1,372 milhões de euros e o EBITDA (lucros antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) poderá totalizar os 550 milhões de euros, o que colocaria a margem do EBITDA (rácio do EBITDA sobre as vendas) em 40,1%.
PT sem catalisador para anular desconto face ao sector
A Goldman Sachs manteve a recomendação de «in-line/Neutral» (a acção deverá ter um desempenho em bolsa em linha com as empresas do sector cobertas pelo analista nos próximos 12 meses), não tendo divulgado um preço alvo.
De acordo com o mesmo estudo, a PT está a negociar com um desconto «significativo» face ao sector (em relação aos múltiplos, o desconto será de 6%). A Goldman Sachs diz que face ao valor apurado pelo modelo de DCF («cash flows» descontados), o desconto da PT ascende a 29%, contra a média do sector de 23%.
«No entanto, os investidores deverão ficar à espera de sinais de recuperação nos negócios da empresa para voltarem a entrar no papel», comenta Mike Meloan que conclui dizendo que «não vemos nenhum catalisador, num futuro próximo, que ajude a corrigir a subavaliação do papel».
As acções da PT em 2003 acumulam uma desvalorização de 10,53%, a mais acentuada no rol das operadoras que integram o Dow Jones Europe Stoxx Telecommunicatios, que ao longo do mesmo período ganha 4,73%.
A PT negociava hoje em descida de 0,68% para 5,86 euros.
por Pedro Carvalho
Quinta, 7 Ago 2003 15:41
A Goldman Sachs diz que os lucros da Portugal Telecom no segundo trimestre devem cair para 29 milhões de euros, o que perfaz um lucro semestral de 114 milhões de euros. O ganho com a alienação de imóveis não vai compensar a perda de 200 milhões incorrida com os custos de reestruturação.
Num estudo datado de 4 de Agosto, a Goldman Sachs diz que os lucros da Portugal Telecom (PT) [Cot, Not, P.Target] no segundo trimestre devem ser de 29 milhões de euros, aquém dos 84,8 milhões de euros do primeiro trimestre e abaixo dos 112,3 milhões de euros do período homólogo do ano anterior. A PT vai anunciar os resultados a 17 de Setembro.
O analista Mike Meloan comenta que «os lucros líquidos devem ser afectados negativamente pelos custos de reestruturação de 200 milhões de euros, que esperamos que sejam reconhecidos neste trimestre, uma perda que será parcialmente compensada pelo ganho de 60 milhões de euros que resultaram da alienação de imóveis».
Em termos semestrais, e recorrendo às projecções trimestrais da Goldman Sachs e aos resultados publicados no primeiro trimestre, os lucros devem totalizar os 114 milhões de euros. A Ibersecurities, num estudo publicado ontem, mostra-se mais optimista, estimando que os lucros da PT no primeiro semestre caiam 37% para 127,7 milhões de euros.
As receitas da operadora no segundo trimestre devem ascender a 1,372 milhões de euros e o EBITDA (lucros antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) poderá totalizar os 550 milhões de euros, o que colocaria a margem do EBITDA (rácio do EBITDA sobre as vendas) em 40,1%.
PT sem catalisador para anular desconto face ao sector
A Goldman Sachs manteve a recomendação de «in-line/Neutral» (a acção deverá ter um desempenho em bolsa em linha com as empresas do sector cobertas pelo analista nos próximos 12 meses), não tendo divulgado um preço alvo.
De acordo com o mesmo estudo, a PT está a negociar com um desconto «significativo» face ao sector (em relação aos múltiplos, o desconto será de 6%). A Goldman Sachs diz que face ao valor apurado pelo modelo de DCF («cash flows» descontados), o desconto da PT ascende a 29%, contra a média do sector de 23%.
«No entanto, os investidores deverão ficar à espera de sinais de recuperação nos negócios da empresa para voltarem a entrar no papel», comenta Mike Meloan que conclui dizendo que «não vemos nenhum catalisador, num futuro próximo, que ajude a corrigir a subavaliação do papel».
As acções da PT em 2003 acumulam uma desvalorização de 10,53%, a mais acentuada no rol das operadoras que integram o Dow Jones Europe Stoxx Telecommunicatios, que ao longo do mesmo período ganha 4,73%.
A PT negociava hoje em descida de 0,68% para 5,86 euros.
por Pedro Carvalho