
Estimativa: Lucros do BCP no semestre devem cair 38% (act)
Terça, 22 Jul 2003 12:45
(actualiza peça de ontem com cotação de hoje)
Os lucros do Banco Comercial Português (BCP) nos primeiros seis meses do ano deverão ser de 200,29 milhões de euros, segundo as estimativas de sete analistas contactados pelo Negocios.pt, que alertam para as diferenças em termos de perímetro de consolidação.
Os analistas estimam que os lucros do Banco Comercial Português (BCP) [Cot, Not, P.Target], na primeira metade do ano, ascendam a 200 milhões de euros, um valor 38% aquém dos 320,87 milhões de euros conseguidos no primeiro semestre de 2002.
As projecções dos analistas oscilam num intervalo de 212 milhões de euros a 191,7 milhões de euros. No entanto, os resultados do maior banco privado nacional, que serão desvendados amanhã, já após o fecho do mercado, não são directamente comparáveis.
João Carlos Fidalgo da Lisbon Brokers chama atenção para a mais-valia 85 milhões de euros no primeiro semestre de 2002, através de alienação de «real estate» ou imóveis para os fundos de pensões. Uma outra diferença que dificulta as comparações é que desde 1 de Janeiro, a instituição consolida integralmente os 50% que detém no Millennium.
No segundo trimestre, os lucros do banco polaco caíram para menos de um milhão de euros, aquém dos 7,1 milhões de euros dos primeiros três meses do ano, a reflectir o factor do banco ter deixado de consolidar a posição de 10% na PZU.
Segundo o BPI, a contribuição para os resultados trimestrais do BCP será de menos de 0,5 milhões de euros, ou seja, cerca de 4 milhões de euros no semestre. A casa de investimento avança que dado «o pequeno peso relativo nas contas do BCP, o impacto negativo não será muito significativo», mas alerta para o facto do Millennium ter posto de lado o objectivo de chegar a 2005 com um rácio ROE (rendibilidade dos capitais próprios) de 20%, o que para o BCP já são «más notícias». No período, o BCP também substituiu a contabilização da Eureko pela Seguros & Pensões (S&P).
No segundo trimestre, e recorrendo à média das projecções dos analistas, os lucros do BCP terão ascendido aos 104,7 milhões de euros. Os especialistas estimam que a margem financeira do banco seja de 724,26 milhões de euros, ou seja, uma quebra de cerca de 7%. Um outro analista avança que o crescimento do empréstimos deverá ser de 11%, apesar das operações de securitização, «um dos mais fortes em Portugal devido ao forte crescimento hipotecário nas redes do SottoMayor».
Ignacio López do ING Financial, estima que as provisões para os riscos de crédito devam ascender a 90 milhões de euros, projectando um total de 348 milhões de euros para o ano 2003. Nos primeiros três meses de 2003, a instituição liderada por Jardim Gonçalves fez uma provisão de 70,5 milhões de euros.
Este analista antevê uma subida nos custos com o pessoal de 1% para 220 milhões, e uma manutenção a nível dos custos administrativos.
O BCP apresenta resultados hoje após o fecho do mercado.
As acções do BCP seguiam inalteradas nos 1,43 euros.
Lucros líquidos Margem Financeira
ING 191,70 768,7
Lisbon Brokers 199,4 714,7
WestLB 212,4 726
Fox-Pitt, Kelton 199 732
ES Research 206,90 730,4
Lehman Brothers 195 737
BPI 198 661
Média 200,29 724,26
Por Pedro Carvalho
por Canal de Negócios
Terça, 22 Jul 2003 12:45
(actualiza peça de ontem com cotação de hoje)
Os lucros do Banco Comercial Português (BCP) nos primeiros seis meses do ano deverão ser de 200,29 milhões de euros, segundo as estimativas de sete analistas contactados pelo Negocios.pt, que alertam para as diferenças em termos de perímetro de consolidação.
Os analistas estimam que os lucros do Banco Comercial Português (BCP) [Cot, Not, P.Target], na primeira metade do ano, ascendam a 200 milhões de euros, um valor 38% aquém dos 320,87 milhões de euros conseguidos no primeiro semestre de 2002.
As projecções dos analistas oscilam num intervalo de 212 milhões de euros a 191,7 milhões de euros. No entanto, os resultados do maior banco privado nacional, que serão desvendados amanhã, já após o fecho do mercado, não são directamente comparáveis.
João Carlos Fidalgo da Lisbon Brokers chama atenção para a mais-valia 85 milhões de euros no primeiro semestre de 2002, através de alienação de «real estate» ou imóveis para os fundos de pensões. Uma outra diferença que dificulta as comparações é que desde 1 de Janeiro, a instituição consolida integralmente os 50% que detém no Millennium.
No segundo trimestre, os lucros do banco polaco caíram para menos de um milhão de euros, aquém dos 7,1 milhões de euros dos primeiros três meses do ano, a reflectir o factor do banco ter deixado de consolidar a posição de 10% na PZU.
Segundo o BPI, a contribuição para os resultados trimestrais do BCP será de menos de 0,5 milhões de euros, ou seja, cerca de 4 milhões de euros no semestre. A casa de investimento avança que dado «o pequeno peso relativo nas contas do BCP, o impacto negativo não será muito significativo», mas alerta para o facto do Millennium ter posto de lado o objectivo de chegar a 2005 com um rácio ROE (rendibilidade dos capitais próprios) de 20%, o que para o BCP já são «más notícias». No período, o BCP também substituiu a contabilização da Eureko pela Seguros & Pensões (S&P).
No segundo trimestre, e recorrendo à média das projecções dos analistas, os lucros do BCP terão ascendido aos 104,7 milhões de euros. Os especialistas estimam que a margem financeira do banco seja de 724,26 milhões de euros, ou seja, uma quebra de cerca de 7%. Um outro analista avança que o crescimento do empréstimos deverá ser de 11%, apesar das operações de securitização, «um dos mais fortes em Portugal devido ao forte crescimento hipotecário nas redes do SottoMayor».
Ignacio López do ING Financial, estima que as provisões para os riscos de crédito devam ascender a 90 milhões de euros, projectando um total de 348 milhões de euros para o ano 2003. Nos primeiros três meses de 2003, a instituição liderada por Jardim Gonçalves fez uma provisão de 70,5 milhões de euros.
Este analista antevê uma subida nos custos com o pessoal de 1% para 220 milhões, e uma manutenção a nível dos custos administrativos.
O BCP apresenta resultados hoje após o fecho do mercado.
As acções do BCP seguiam inalteradas nos 1,43 euros.
Lucros líquidos Margem Financeira
ING 191,70 768,7
Lisbon Brokers 199,4 714,7
WestLB 212,4 726
Fox-Pitt, Kelton 199 732
ES Research 206,90 730,4
Lehman Brothers 195 737
BPI 198 661
Média 200,29 724,26
Por Pedro Carvalho
por Canal de Negócios