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Nem pára-quedas nem papagaios

MensagemEnviado: 8/7/2003 14:24
por jarcorreia
Houve mais valias realizadas. Parece haver reentrada a 6.17. Caso se confirme que existe nesta zona forte resistência, podemos continuar optimistas. Deixo-vos esta notícia:
A Portugal Telecom e a Telefónica, no âmbito da «joint-venture» para o mercado móvel brasileiro, poderão fusionar as suas operações numa única empresa, que será cotada em bolsa.

Neste momento, PT e Telefónica detêm 50% cada uma na Brasilcel, uma empresa «holding» que detém as participações de cada companhia nas operadoras móveis brasileiras.

No total, são 13 operadoras, estando agregadas em cinco «sub-holdings» com capital disperso na Bolsa de São Paulo e quatro delas também na Bolsa de Nova Iorque.

Miguel Horta e Costa, presidente da PT, garantiu, num encontro com a imprensa no Brasil, que «o processo está em estudo», salientando não haver «sensibilidades apurada do que irá ser o figurino final».

O presidente executivo da PT [Cot, Not, P.Target] explica, ainda, que durante todo este ano o processo ficará clarificado. Para já, «não há nada definido sobre isso», concluiu.

No entanto, este processo poderá ter alguns entraves devido à regulação brasileira, que impõe diferenças nas várias licenças.

No próximo dia 29 de Julho a PT comemora cinco anos desde que comprou, em leilão, o controlo da Telesp Celular, acabando cinco anos mais tarde por ser a maior – conjuntamente com a Telefónica – operadora do América do Sul.

A «joint-venture» Brasicel tem um total de 17,5 milhões de clientes e cobre todo o território brasileiro com licenças próprias, à excepção de Minas Gerais e de alguns estados do Nordeste.

Miguel Horta e Costa garante que o «objectivo, a prazo, é ter um 'footprint' nacional», mas neste momento «não há oportunidades (de compra) e há outras fórmulas que nos permitem prestar serviço que não seja por aquisições». Nesses estados, a Brasilcel garante o serviço através de acordos de «roaming» com outros operadores.

Impulso aos dados
A Brasilcel adoptou, no passado dia 13 de Abril, a nova marca Vivo para todas as operações móveis das operadoras, estando a lançar uma aposta no aumento dos serviços de dados que representam no Brasil 3% das receitas de serviços, contra um peso de 6% na Europa.

Francisco Padinha, presidente executivo da Vivo, garante que há uma oportunidade grande de crescimento nesta área, estando a lançar agora o serviço de «download» nos terminais móveis e em Setembro deverá acontecer o lançamento do serviço de mensagens multimédia (MMS).

A empresa vai também lançar um serviço de localização de precisão até ao final do ano, um serviço associado à necessidade de reforçar as medidas de segurança.

Com esta estratégia, a Brasilcel pretende duplicar as receitas com dados este ano, face ao conseguido no ano transacto. No Brasil, deverá acontecer pela primeira vez este ano a passagem dos fixos pelos móveis.

Segundo previsões avançadas por Francisco Padinha, os fixos este ano deverão ficar nas 40,2 milhões de linhas, enquanto os móveis atingiráo 40,9 milhões de terminais.

Não tendo avançado com valores para o primeiro semestre, Francisco Padinha garantiu que a actividade das operadoras móveis brasileira esteve em linha com o objectivo de situar a margem EBITDA – ou «cash flow operacional - anual nos 40%.

No segundo semestre já poderá, no entanto, haver impacto da obrigatoriedade de os utilizadores móveis escolherem, através de um código, o operador pelo qual pretendem fazer as suas chamadas de longa distância (interurbana, regionais e internacionais).

Desde o último domingo, os clientes das redes móveis têm de inserir o código de um operador para fazer a ligação. Uma decisão regulatória que os operadores móveis contestaram.

No pior cenário, Francisco Padinha diz que este mecanismo pode ter um impacto de 0,5 pontos percentuais no EBITDA. «É um modelo que não existe em mais lado nenhum do mundo», garante o presidente executivo da Brasilcel.

As acções da PT seguiam nos 6,19 euros, a cair 1,75%.