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TMT: Accionista da Cabovisão recorre à protecção de falência

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TMT: Accionista da Cabovisão recorre à protecção de falência

por TRSM » 28/6/2003 11:24

TMT: Accionista da Cabovisão recorre à protecção de falência contra credores
2003-06-28 02:03:30

A empresa-mãe da Cabovisão, a canadiana Cable Satisfaction International Inc. (CSII, única accionista), anunciou na madrugada deste sábado que pediu ao Supremo Tribunal do Québec a protecção de falência contra credores.

A empresa recorreu a esta solução ao abrigo do definido pela Companies´ Creditors Arrangement Act, sendo que - em comunicado - a CSII explica que este passo visa facilitar a implementação da reestruturação da empresa, avançada há duas semanas.

Enquanto a CSII estiver sobre protecção do tribunal, a Cabovisão vai continuar a funcionar normalmente, uma vez que a empresa esclarece que a companhia de cabo nacional não se encontra abrangida pelos trâmites legislativos da protecção de falência requerida.

Na sequência deste pedido ao Supremo Tribunal, o encontro anual da CSII foi adiado de 30 de Junho para 30 de Novembro, sendo que qualquer alteração à este pedido judicial e os seus efeitos na reestruturação financeira da empresa e da Cabovisão terá de possuir a concordância do sindicato bancário liderado pela Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ).

Na quinta-feira, a CSII havia anunciado a obtenção de mais uma extensão do pagamento da sua linha de crédito - o que ocorreu pela sétime vez - até 8 de Julho, sujeita a algumas condições.

Há duas semanas, a CSII firmou um compromisso com a CDPQ para promover um aumento de capital e a reestruturação da empresa.

Tal como o Diário Digital havia avançado a 29 de Maio, a CSII possuía cinco propostas para a venda da empresa portuguesa.

Uma delas era de um grande grupo nacional (com fortes interesses nos media) e as restantes estrangeiras. O Expresso avançou entretanto que essa empresa é a Cofina, a qual deve manter-se atenta ao negócio.

A CSSI decidiu recorrer a este novo processo com o sindicato bancário (a estar finalizado em Setembro) para salvar a companhia passa por um aumento de capital de 45 milhões de euros (cerca de 71 milhões de dólares canadianos).

Desse valor, a CDPQ (ou qualquer co-investidor designado ou relacionado com esta entidade) terá subscrever um mínimo de 27 milhões de euros.

Os actuais investidores maioritários vão poder comprar até um máximo de 14 milhões de euros em acções da operação do aumento de capital, sendo que outros accionistas e investidores interessados vão poder subscrever até 4 milhões de euros.

A entidade bancária que suporta a operação de injecção de capital comprometeu-se ainda a garantir a cobertura total ou parcial da operação (45 milhões de euros), caso a mesma não seja totalmente atingida nos seus objectivos.

Contactada recentemente pelo Diário Digital, a CSII não quis tecer quaisquer comentários sobre o assunto. Igual atitude teve a Cabovisão, cujos responsáveis nacionais referem que qualquer decisão sobre essa matéria passa única e exclusivamente pela CSII, cujo único activo é justamente o operador nacional.

Fonte: Diário Digital
 
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