
A segurança social...
Sempre o mesmo martelo, a negação do estatuto que alterou a vida dos povos, a riqueza «invisível» do melhor «negocio» do mundo ocidental...
Em 1984, visitei a Madeira. Foi em Janeiro e para minha agradável impressão, estava «minada» de velhos de cor nórdica. Espontaneamente veio-me á memória, então, os meus velhos. Cidadãos de um pais pobre, de reformas miseráveis, queimados pela rigidez do clima Alentejano, ao contrário dos nórdicos, queimados e colorados por um qualquer sol comprado. Os conhecimentos dos meus velhos, do Mundo, existiam apenas naqueles olhares sobre o infinito, imaginando que o «passeio» das ilhas, era ali detrás de um qualquer «cerro» e que seria parecido talvez, com a serra das «Duas Hermanas», ou talvez como o «Cabeço da Forca», ou talvez ainda como o «Monte da boa Vista». As reformas, a miséria não davam para enriquecer o turismo da Madeira ou das outras tantas Madeiras deste universo. Ficava a fantasia...Aqui, a fantasia dos olhares, era apenas isso, não criava serviços, posto de trabalho, desenvolvimento, era apenas a imaginação de velhos a olhar o infinito e pensar que...
Em 1998/99, a segurança social dos funcionários públicos suíços, deu a maior barracada jamais conhecida no que vai de segurança social. Manipulação de ficheiros, vivos ou mortos todos no mesmo saco, pagamentos por conta. Este situação leva então para os jornais a discussão sobre a segurança social. Era uma fartura... Utópicos, fantasistas, economistas. sociólogos, aparecem todas as teorias e invenções, cada qual a melhor, a «salvar» a segurança nacional suíça. Desde escalas decimais com aumentos do IVA, para manter a segurança social ao nível do suportável, a enriquecer de qualquer forma todos os cidadão de uma só vez, para que com tais recursos não mais precisassem do social vivendo felizes e por muitos séculos sem precisar do suporte da chamada Segurança Social. Outros proponham simplesmente a destruição radical do sistema e inventar, começar tudo de novo. Escreveram de tudo, inventarem, era um ver se te havias á imaginação.
A sorte disto é que entre teóricos e fantasistas, as diferenças ao nível do palpável, estão a muitos séculos luz distante da realidade.
Quantos Rolandes Bergeres existem neste mundo?... Muitos, mesmo muitos!!!
Hoje por absurdo que pareça, tudo o que foi feito de bom em proveito de muitos milhões de pessoas é posto em causa, isto é, com o bem estar de muitos milhões de seres humanos, os ricos enriqueceram todavia mais, as diferenças existem, os privilégios também. Mas muitas mais pessoas vivem sem duvida melhor...
Produtividade, um poço sem fundo...
Produzir para o armazém. A quem serve uma tal filosofia?...Se for desempregado, não vou comprar, mesmo que o queira, os recursos são limitados. Um teso não serve o conceito social de hoje. Depende da segurança social?...
O estado injecta dinheiro no sistema em fases de fraqueza económica. Apenas na opinião dos Bergeres, a porta está do outro lado. Se temos muito, gastamos mais, se temos menos, gastamos em conformidade. Um circulo sem fim...Se o dou ao desempregado não posso dar ao empresário, mas no fundamental a injecção foi ministrada. Justamente se me derem a mim é melhor que o darem ao vizinho.
Como eles, os Bergeres, influenciam a sociedade dos políticos. Melhor, eles são os políticos, os fantasistas, os inventores, os que dizem ser mentira hoje, ao contrario do que defenderam no passado. Habilidades do arco da velha...
«Trata-se da primeira crise após o rebentamento da bolha da nova economia, que levou a uma deflação de activos, que não é comparável à que tivemos em 87 ou em qualquer outro ano depois de 1945. Essa deflação destruiu muitos valores - simbólicos, mas, de qualquer forma, valores - que estimulavam a economia e que deixaram de o fazer.»
Esta dá mesmo para pensar... Que grande mentira!!!
Eu que pensava e da maneira como o Berger o apresenta, o sistema produtivo de ontem contra o de hoje, era igual, puramente por razões de necessidade produtiva e inovação o sistema em si mesmo produz deflação.
Mas se o Berger o considera apenas no sistema produtivo tecnológico moderno, é de pensar mesmo que virá algum outro dizer que, a «deflação de activos» faz parte desde sempre dos sistemas produtivos, incluso da antiguidade e a conveniência do Berger é produzir mais uma conferencia.
«Não me parece que, de momento, estejamos numa situação em que o modelo keynesiano, que significa mais gastos por parte do Governo, traga nenhum crescimento. Simplesmente, porque ninguém investe»
Investir no que? Então e a deflação de activos? E o que estimularia a economia? È que você Senhor Berger quer cortar nas entradas dos consumidores...
Não é verdade. Os Estados se não investem na empresa, investe no desempregado, na chamada segurança social...
Já sei que se a minha opinião e directamente com o autor, este encontraria mil e um argumentos para me contradizer. Mais: ganharia a discussão, até porque o olhar do entrevistador seria de respeito superior no teórico, ao contrario de que o olhar que dedicaria ao «escritor» do Caldeirão.
Sim senhor Berger, quando as «conferencias» deixarem menos dinheiro e se inventar de político, vai-me dizer que tenho direito á reforma aos 40 (para mim com retroactivos) e em caso de eu duvidar vai encontrar formas matemáticas que eu até tenho que acreditar.
Oh, Herr Berger das Leben tut der Meister... Sie sind einfach auf dem falche Seite.
R. Martins
Sempre o mesmo martelo, a negação do estatuto que alterou a vida dos povos, a riqueza «invisível» do melhor «negocio» do mundo ocidental...
Em 1984, visitei a Madeira. Foi em Janeiro e para minha agradável impressão, estava «minada» de velhos de cor nórdica. Espontaneamente veio-me á memória, então, os meus velhos. Cidadãos de um pais pobre, de reformas miseráveis, queimados pela rigidez do clima Alentejano, ao contrário dos nórdicos, queimados e colorados por um qualquer sol comprado. Os conhecimentos dos meus velhos, do Mundo, existiam apenas naqueles olhares sobre o infinito, imaginando que o «passeio» das ilhas, era ali detrás de um qualquer «cerro» e que seria parecido talvez, com a serra das «Duas Hermanas», ou talvez como o «Cabeço da Forca», ou talvez ainda como o «Monte da boa Vista». As reformas, a miséria não davam para enriquecer o turismo da Madeira ou das outras tantas Madeiras deste universo. Ficava a fantasia...Aqui, a fantasia dos olhares, era apenas isso, não criava serviços, posto de trabalho, desenvolvimento, era apenas a imaginação de velhos a olhar o infinito e pensar que...
Em 1998/99, a segurança social dos funcionários públicos suíços, deu a maior barracada jamais conhecida no que vai de segurança social. Manipulação de ficheiros, vivos ou mortos todos no mesmo saco, pagamentos por conta. Este situação leva então para os jornais a discussão sobre a segurança social. Era uma fartura... Utópicos, fantasistas, economistas. sociólogos, aparecem todas as teorias e invenções, cada qual a melhor, a «salvar» a segurança nacional suíça. Desde escalas decimais com aumentos do IVA, para manter a segurança social ao nível do suportável, a enriquecer de qualquer forma todos os cidadão de uma só vez, para que com tais recursos não mais precisassem do social vivendo felizes e por muitos séculos sem precisar do suporte da chamada Segurança Social. Outros proponham simplesmente a destruição radical do sistema e inventar, começar tudo de novo. Escreveram de tudo, inventarem, era um ver se te havias á imaginação.
A sorte disto é que entre teóricos e fantasistas, as diferenças ao nível do palpável, estão a muitos séculos luz distante da realidade.
Quantos Rolandes Bergeres existem neste mundo?... Muitos, mesmo muitos!!!
Hoje por absurdo que pareça, tudo o que foi feito de bom em proveito de muitos milhões de pessoas é posto em causa, isto é, com o bem estar de muitos milhões de seres humanos, os ricos enriqueceram todavia mais, as diferenças existem, os privilégios também. Mas muitas mais pessoas vivem sem duvida melhor...
Produtividade, um poço sem fundo...
Produzir para o armazém. A quem serve uma tal filosofia?...Se for desempregado, não vou comprar, mesmo que o queira, os recursos são limitados. Um teso não serve o conceito social de hoje. Depende da segurança social?...
O estado injecta dinheiro no sistema em fases de fraqueza económica. Apenas na opinião dos Bergeres, a porta está do outro lado. Se temos muito, gastamos mais, se temos menos, gastamos em conformidade. Um circulo sem fim...Se o dou ao desempregado não posso dar ao empresário, mas no fundamental a injecção foi ministrada. Justamente se me derem a mim é melhor que o darem ao vizinho.
Como eles, os Bergeres, influenciam a sociedade dos políticos. Melhor, eles são os políticos, os fantasistas, os inventores, os que dizem ser mentira hoje, ao contrario do que defenderam no passado. Habilidades do arco da velha...
«Trata-se da primeira crise após o rebentamento da bolha da nova economia, que levou a uma deflação de activos, que não é comparável à que tivemos em 87 ou em qualquer outro ano depois de 1945. Essa deflação destruiu muitos valores - simbólicos, mas, de qualquer forma, valores - que estimulavam a economia e que deixaram de o fazer.»
Esta dá mesmo para pensar... Que grande mentira!!!
Eu que pensava e da maneira como o Berger o apresenta, o sistema produtivo de ontem contra o de hoje, era igual, puramente por razões de necessidade produtiva e inovação o sistema em si mesmo produz deflação.
Mas se o Berger o considera apenas no sistema produtivo tecnológico moderno, é de pensar mesmo que virá algum outro dizer que, a «deflação de activos» faz parte desde sempre dos sistemas produtivos, incluso da antiguidade e a conveniência do Berger é produzir mais uma conferencia.
«Não me parece que, de momento, estejamos numa situação em que o modelo keynesiano, que significa mais gastos por parte do Governo, traga nenhum crescimento. Simplesmente, porque ninguém investe»
Investir no que? Então e a deflação de activos? E o que estimularia a economia? È que você Senhor Berger quer cortar nas entradas dos consumidores...
Não é verdade. Os Estados se não investem na empresa, investe no desempregado, na chamada segurança social...
Já sei que se a minha opinião e directamente com o autor, este encontraria mil e um argumentos para me contradizer. Mais: ganharia a discussão, até porque o olhar do entrevistador seria de respeito superior no teórico, ao contrario de que o olhar que dedicaria ao «escritor» do Caldeirão.
Sim senhor Berger, quando as «conferencias» deixarem menos dinheiro e se inventar de político, vai-me dizer que tenho direito á reforma aos 40 (para mim com retroactivos) e em caso de eu duvidar vai encontrar formas matemáticas que eu até tenho que acreditar.
Oh, Herr Berger das Leben tut der Meister... Sie sind einfach auf dem falche Seite.
R. Martins