Pois é Flying Turtle,
Concordo com os sacrifícios! Mas não foi o povo português sempre um sacrificado??? Diz-me uma época na história em que não tenhamos sido sacrificados.
Pleno emprego? O que é isso de pleno emprego??? Precaridade? Recibos verdes? Salários miseráveis que só te permitem sobreviver porque são os pais que compram a carne, o peixe e se calhar ainda te ajudam a pagar a renda da casa?
Claro que há os tais benchmarks. Mas digo-te mais, daqui a uns anitos esses actuais benchmarks ainda vão ser substituídos por nações como República Checa, Hungria, Letónia eu sei lá! E tudo radica, e muito bem, no que João César das Neves, no texto aqui deixado pela Razão Pura, de uma forma [quase] satírica descreve tão bem.
A história repete-se e repetir-se-á. O n/fado é estarmos reféns de dirigentes sem o mínimo de preparação para o serem. E este mal afecta grandes sectores da n/sociedade. Desde os partidos políticos, passando pelo sector público estatal e algumas SA essas "heranças" ainda vão demorar algum tempo a perder a validade. Numa perspectiva muito rápida para não ser muito longo em considerações, gostaria de saber o que faz hoje aquela malta que tem um canudo graças ao período em que tudo era possível e permitido? Até as passagens administrativas. Não admira por isso que se tenha permitido, como já aqui alguém falou hoje, que alunos sem a mínima preparação escolar pudessem entrar em cursos do ensino superior com média negativa! Mas, pergunto, o que faz hoje essa gente? Da revolução? E os seguidistas? Não tens vergonha dos dirigentes que tens? Não te sentes mal ao ir votar e saberes que tens que escolher o mal menor por serem tão maus???
E mais Flying Turtle. Já disse isto uma ou mais vezes e não me canso de o referir. No último ano do curso, já no "longínquo" ano de 1993, em Integração Económica o n/prof. do alto do seu bigode virou-se para nós, entusiastas do rápido progresso nacional desde a adesão à então CEE, e fez-nos a seguinte pergunta:
Quantos anos demorará Portugal a atingir a média do rendimento per capita da CEE se o seu crescimento económico for superior em 1.5% à média da CEE?
Incrédulos ouvimos a resposta: 50 Anos!!!
Para quem é jovem, com o sangue na guelra, na casa dos 20 e poucos anos, uma resposta destas deita por terra muita coisa. Mas mais grave ainda é volvidos quase 10 anos, reputados economistas da praça que agora [alguns deles] pertencem à maioria, publicarem um estudo em que se vem dizer a mesma coisa mas por outras palavras. Resumindo: desperdiçámos 10 anos, um dinheirão impressionante e a pergunta que fica é "E o que ficou?".
Felizmente, este governo tirou da cartola a medida que vai salvar o país com toda a certeza: a API!
Assim o esperamos.
Um abraço,
MozHawk
PS-Quanto às alternativas, essa é sempre a reacção de refúgio!

O que eu pergunto é outra coisa. Quando é que vão começar a ir para a cadeia os causadores da n/"desgraça"!