
"Cotadas admitem ir para o PEX "
"O ARRANQUE do novo mercado PEX deverá acontecer até meio de Agosto. Esta nova plataforma de negociação é constituída por 12 segmentos, dois dos quais para acções e outros dois para obrigações. À partida, serão apenas estes segmentos que estarão a funcionar numa primeira fase.
Nas próximas semanas, os responsáveis do PEX visitarão empresas - cotadas e não cotadas - com o objectivo de lhes explicar o funcionamento deste mercado. Luís Rodrigues, que preside ao PEX, disse ao EXPRESSO que há três empresas cotadas na Euronext que se mostraram interessadas em estar também no PEX, embora se recuse a nomeá-las. A Reditus é uma das empresas que admite claramente vir a fazer parte deste mercado, pois acredita que, para uma empresa que está cotada na Euronext, fazer parte do PEX originará mais liquidez.
A Ibersol considera que se a evolução da Euronext não deixar espaço para pequenas e médias empresas, que têm volumes mínimos, «poderá verificar-se uma migração para o PEX. Sempre fomos de opinião de que deve haver um mercado para empresas mais pequenas, onde se possa criar liquidez. Seria útil que este mercado funcionasse para elas», afirma.
Outras empresas, em declarações ao EXPRESSO, mostraram-se abertas à possibilidade de avançar para o PEX. A Inapa refere que, «dependendo das condições oferecidas, essa será com certeza uma opção a ponderar». Esta empresa refere que «faz sentido o lançamento de um mercado deste tipo em Portugal, já que permite o acesso ao mercado de outros agentes, de outras empresas e de meios alternativos de negociação». A Inapa considera também que o PEX «poderá permitir a realização de determinados negócios a preços mais competitivos, formar mais uma alternativa para a negociação dos títulos e funcionar ainda como um pólo de segmentação adicional, onde o investidor poderá investir em empresas portuguesas».
A ParaRede diz que «existem ainda em Portugal poucas alternativas de financiamento acessíveis às pequenas e médias empresas», não descartando a hipótese de aderir a este mercado, apesar de não equacionar uma adesão no curto prazo. Para a Novabase, «a entrada de um novo mercado, de vocação mais nacional, vem introduzir um factor de concorrência», o que poderá «pressionar os custos de transacção beneficiando alguns agentes». A empresa mostra-se céptica sobre a possibilidade de as empresas já cotadas virem a ser beneficiadas por irem para o PEX.
A questão está também em saber o que pensam os maiores grupos cotados, sabendo-se que há quem esteja contra.
O BCP diz que apoia «todas as iniciativas com vista a reforçar a liquidez e eficiência dos mercados financeiros», mas em relação ao PEX prefere aguardar pelo seu lançamento para, «em concreto, avaliar das suas virtualidades».
P.L. "
(in www.expresso.pt)
"O ARRANQUE do novo mercado PEX deverá acontecer até meio de Agosto. Esta nova plataforma de negociação é constituída por 12 segmentos, dois dos quais para acções e outros dois para obrigações. À partida, serão apenas estes segmentos que estarão a funcionar numa primeira fase.
Nas próximas semanas, os responsáveis do PEX visitarão empresas - cotadas e não cotadas - com o objectivo de lhes explicar o funcionamento deste mercado. Luís Rodrigues, que preside ao PEX, disse ao EXPRESSO que há três empresas cotadas na Euronext que se mostraram interessadas em estar também no PEX, embora se recuse a nomeá-las. A Reditus é uma das empresas que admite claramente vir a fazer parte deste mercado, pois acredita que, para uma empresa que está cotada na Euronext, fazer parte do PEX originará mais liquidez.
A Ibersol considera que se a evolução da Euronext não deixar espaço para pequenas e médias empresas, que têm volumes mínimos, «poderá verificar-se uma migração para o PEX. Sempre fomos de opinião de que deve haver um mercado para empresas mais pequenas, onde se possa criar liquidez. Seria útil que este mercado funcionasse para elas», afirma.
Outras empresas, em declarações ao EXPRESSO, mostraram-se abertas à possibilidade de avançar para o PEX. A Inapa refere que, «dependendo das condições oferecidas, essa será com certeza uma opção a ponderar». Esta empresa refere que «faz sentido o lançamento de um mercado deste tipo em Portugal, já que permite o acesso ao mercado de outros agentes, de outras empresas e de meios alternativos de negociação». A Inapa considera também que o PEX «poderá permitir a realização de determinados negócios a preços mais competitivos, formar mais uma alternativa para a negociação dos títulos e funcionar ainda como um pólo de segmentação adicional, onde o investidor poderá investir em empresas portuguesas».
A ParaRede diz que «existem ainda em Portugal poucas alternativas de financiamento acessíveis às pequenas e médias empresas», não descartando a hipótese de aderir a este mercado, apesar de não equacionar uma adesão no curto prazo. Para a Novabase, «a entrada de um novo mercado, de vocação mais nacional, vem introduzir um factor de concorrência», o que poderá «pressionar os custos de transacção beneficiando alguns agentes». A empresa mostra-se céptica sobre a possibilidade de as empresas já cotadas virem a ser beneficiadas por irem para o PEX.
A questão está também em saber o que pensam os maiores grupos cotados, sabendo-se que há quem esteja contra.
O BCP diz que apoia «todas as iniciativas com vista a reforçar a liquidez e eficiência dos mercados financeiros», mas em relação ao PEX prefere aguardar pelo seu lançamento para, «em concreto, avaliar das suas virtualidades».
P.L. "
(in www.expresso.pt)