Eu não tenho aqui o artigo de David Nichols mas tenho aqui um artigo sobre a virgindade da Madonna, se quiserem.
Naaaaaaaaaaaaaaa tou a brincar.
Aqui fica um artigo do mesmo sector na Europa que também parece interessante:
Biotecnológicas sem atractivos
12-06-2003,
Apesar de os fundamentais do sector na Europa continuarem sólidos no longo prazo, no curto prazo existem poucos catalizadores ou potencial de surpresas positivas que possam sustentar uma melhor performace durante o resto do ano.
Alteramos a visão do sector de Biotecnologia europeia de “Atractivo” para “Em Linha”. Em 2003, o sector em análise está positivo 18,5% em comparação com a evolução negativa de 1,6% do índice MSCI Europe. Apesar de acreditarmos que no longo prazo os fundamentais do sector continuam sólidos, no curto prazo vemos poucos catalisadores ou potencial de surpresas positivas, que possam sustentar uma melhor performance do sector face ao MSCI Europe, durante o resto do ano.
As recentes subidas no sector de Biotecnologia europeia – impulsionado pelo homónimo americano – não nos parecem sustentáveis no curto prazo.
Com poucas possibilidades de notícias positivas até ao final do ano por parte das empresas europeias, e com a esperada recuperação das acções americanas, não é previsível a compra de títulos europeus a estes níveis, sendo que esperamos ver a consolidação dos ganhos obtidos nas acções que tiveram recuperações significativas em relação aos seus mínimos.
Como já foi referido, o ano de 2002 foi um ano terrível para o sector de biotecnologia, com uma série de resultados negativos de testes clínicos a provocar aquilo que nós acreditamos ser uma visão demasiado negativa dos riscos de mercado.
No entanto, os resultados recentes de testes clínicos e as aprovações de medicamentos por parte da FDA (Food and Drugs Administration) levaram os investidores a reavaliar os riscos de mercado.
Mais, o recente bom desempenho do sector nos EUA deveu-se à antecipação do anúncio de resultados de uma série de novos testes por parte de algumas empresas na Convenção da Sociedade Americana de Oncologia (que se realizou entre 31 de Maio e 2 Junho). A Genentech anunciou resultados positivos na Fase III para o seu medicamento para o tratamento do cancro do cólon, e a Avastin foi a principal responsável pelo entusiasmo que se viveu entre os investidores e os media do sector.
Apesar do recente rally no sector americano, os nossos colegas americanos acreditam que esta é provavelmente uma boa altura para consolidar os ganhos obtidos. Em suma, eles acreditam que o potencial de valorização das acções é menor e que as notícias positivas já estão incorporadas.
Os resultados clínicos no sector americano têm sido bons nos últimos meses. No entanto, o sector europeu é menos maduro do que o americano, com muitas companhias públicas a terem os seus produtos ainda numa fase inicial dos testes. Com apenas uma mão cheia de produtos em fase de aprovação, qualquer falhanço poderá aumentar a visão dos riscos do sector.
Apesar de não estarmos demasiado preocupados com os falhanços, dado que é um facto comum no desenvolvimento de medicamentos, estamos preocupados que muito do dinheiro gerado em 2000, no sector de biotecnologia europeu, ainda não foi convertido em novos produtos.
Até haver um fluxo de novos produtos os investidores vão continuar cépticos em relação à capacidade de algumas empresas europeias em criar, de uma forma viável e sustentável, novos produtos.Mais, o mercado premeia notícias positivas sobre testes clínicos, mais do que apresentações iniciais. Apesar de haver alguns produtos interessantes em fase inicial de testes, não são esperados grandes desenvolvimentos até ao final do ano.
A ausência de notícias causa-nos apreensão em relação ao facto de não haver nada que possa servir de motor de valorização para o sector.
Outra das principais preocupações para os investidores europeus é a dúvida em relação ao facto se as empresas de biotecnologia europeias serem capazes de criar e implementar estratégias comercialmente viáveis. Na nossa opinião, a Europa necessita que os líderes de mercado criem confiança em relação ao futuro do sector.
O mercado recompensou aquelas companhias que foram capazes de obter progressos comerciais visíveis. Uma das acções com melhor desempenho no nosso universo de análise é a Actelion.
A Actelion criou um plano comercial sustentado, na medida em que as vendas do seu medicamento para hipertensão pulmonar continuam a crescer rapidamente. Mais, a companhia obteve lucros no primeiro semestre muito acima do esperado, os maiores dentro do sector biotenológico.
Apesar de acreditarmos que a Actelion está a desempenhar o seu papel como líder, o sucesso de um medicamento dificilmente poderá impulsionar todo um sector. Na nossa opinião, Celltech e Serono são duas empresas que necessitam de alcançar sucesso, por forma a galvanizar a confiança nas biotecnologicas europeias.
A Celltech necessita de mostrar que tem capacidade para desenvolver produtos biotecnológicos – falhanços recentes com o CDP571 (doença de Cronh) e PDE4 da Merck (asma), não ajudaram o sentimento dos investidores em relação à empresa. A Celltech vai avançar com pelo menos três novos produtos para testes clínicos este ano. Dados positivos em relação a estes testes, e principalmente em relação à Fase III do CDP870, serão, na nossa opinião, motores de subida das acções em meados de 2004, à medida que os investidores ficarem mais convencidos da capacidade da empresa desenvolver produtos biotecnológicos.
A Serono já provou que tem capacidade para criar e comercializar medicamentos. No entanto, a companhia necessita de fazer progressos significativos no desenvolvimento clínico de medicamentos (quer através programas internos ou de relicenciamento), se quiser alcançar as taxas de crescimento de longo prazo dos EPS de 15/20%, que as suas congéneres americanas Genentech e Amgen correntemente oferecem aos investidores.
Continuamos a acreditar que os fundamentais de longo prazo para o sector de biotecnologia mantêm-se fortes. A principal questão que se depara perante o sector é a falta de novos produtos, no entanto acreditamos que as empresas de biotecnologia europeias vão conseguir responder às necessidades do mercado.
É interessante notar que apesar de algumas companhias públicas estarem a ter dificuldades, existem empresas privadas na Europa, com boas estruturas de capitais accionistas que têm obtido rápidos progressos.
---------------------------------------------------