
Telefonemas aumentam suspeitas de fuga
As suspeitas de que Fátima Felgueiras terá fugido para o Brasil aumentaram com o aparecimento de novos dados, que indicam que a ex-autarca terá sido avisada previamente da sua detenção.
( 09:39 / 06 de Julho 04 )
Na sua edição desta terça-feira, o «Diário de Notícias» faz alusão a dez chamadas telefónicas, realizadas em cerca de 45 minutos, a partir do antigo Tribunal Tributário do Porto para o Tribunal da Relação de Guimarães, no dia 05 de Maio de 2003.
O jornal conclui ainda que foram estes telefonemas que estiveram na origem da fuga de informação que permitiu a Fátima Felgueiras conhecer antecipadamente a decisão judicial.
No mesmo sentido vai a investigação da PJ, que detectou um contacto feito para o marido de Fátima Felgueiras a partir do mesmo telefone do Tribunal Tributário do Porto. Uma chamada, talvez providencial, realizada pouco depois das 12:00 e duas horas antes da ex-autarca iniciar a fuga que a haveria de levar ao Brasil.
De acordo com o DN, a polícia apurou estes dados na reconstituição que fez dos passos e do percurso de Fátima Felgueiras, a caminho de Espanha, no dia 05 de Maio do ano passado.
Com base nos factos apurados, a PJ terá mesmo proposto uma análise detalhada, ou seja, a abertura de um inquérito autónomo a todas as chamadas feitas a partir do Tribunal Tributário do Porto, mas tal nunca veio a ser feito.
Mais tarde, no dia 03 de Junho de 2003, o Conselho Superior de Magistratura veio anunciar que não havia quaisquer indícios que confirmassem uma fuga de informação, ou seja, que Fátima Felgueiras tivesse sido avisada de que ia ser presa.
Magistrado na mira da PJ
Numa outra notícia, também da edição desta terça-feira do DN, é referido o caso de um juiz conselheiro que terá protegido a ex-autarca durante vários anos.
No âmbito do processo do «saco azul» a PJ interceptou várias conversas entre Fátima Felgueiras e o magistrado Joaquim Almeida Lopes. O Ministério Público (MP) avaliou esses registros e de acordo com o DN, considerou que havia indícios de prática do crime de favorecimento pessoal.
Posteriormente o magistrado do MP de Felgueiras remeteu uma certidão para o Procurador-Geral da República dando conta dessas suspeitas. O juiz conselheiro é agora alvo de um processo estando indiciado pelo crime de favorecimento pessoal.
Advogado não confirma nem desmente
Contactado pela TSF, Artur Marque, advogado da autarca, diz que este processo está «cheio de meias verdades» e adiantou que o processo está em segredo de justiça, pelo que não pode confirmar ou desmentir estas informações.
«Não há nenhuma conclusão segura sobre esta matéria», disse o advogado. «As pessoas têm o direito de especularem o que quiserem. Em termos de direito, de justiça, as suspeições não passam disso mesmo», sublinhou Artur Marques.
As suspeitas de que Fátima Felgueiras terá fugido para o Brasil aumentaram com o aparecimento de novos dados, que indicam que a ex-autarca terá sido avisada previamente da sua detenção.
( 09:39 / 06 de Julho 04 )
Na sua edição desta terça-feira, o «Diário de Notícias» faz alusão a dez chamadas telefónicas, realizadas em cerca de 45 minutos, a partir do antigo Tribunal Tributário do Porto para o Tribunal da Relação de Guimarães, no dia 05 de Maio de 2003.
O jornal conclui ainda que foram estes telefonemas que estiveram na origem da fuga de informação que permitiu a Fátima Felgueiras conhecer antecipadamente a decisão judicial.
No mesmo sentido vai a investigação da PJ, que detectou um contacto feito para o marido de Fátima Felgueiras a partir do mesmo telefone do Tribunal Tributário do Porto. Uma chamada, talvez providencial, realizada pouco depois das 12:00 e duas horas antes da ex-autarca iniciar a fuga que a haveria de levar ao Brasil.
De acordo com o DN, a polícia apurou estes dados na reconstituição que fez dos passos e do percurso de Fátima Felgueiras, a caminho de Espanha, no dia 05 de Maio do ano passado.
Com base nos factos apurados, a PJ terá mesmo proposto uma análise detalhada, ou seja, a abertura de um inquérito autónomo a todas as chamadas feitas a partir do Tribunal Tributário do Porto, mas tal nunca veio a ser feito.
Mais tarde, no dia 03 de Junho de 2003, o Conselho Superior de Magistratura veio anunciar que não havia quaisquer indícios que confirmassem uma fuga de informação, ou seja, que Fátima Felgueiras tivesse sido avisada de que ia ser presa.
Magistrado na mira da PJ
Numa outra notícia, também da edição desta terça-feira do DN, é referido o caso de um juiz conselheiro que terá protegido a ex-autarca durante vários anos.
No âmbito do processo do «saco azul» a PJ interceptou várias conversas entre Fátima Felgueiras e o magistrado Joaquim Almeida Lopes. O Ministério Público (MP) avaliou esses registros e de acordo com o DN, considerou que havia indícios de prática do crime de favorecimento pessoal.
Posteriormente o magistrado do MP de Felgueiras remeteu uma certidão para o Procurador-Geral da República dando conta dessas suspeitas. O juiz conselheiro é agora alvo de um processo estando indiciado pelo crime de favorecimento pessoal.
Advogado não confirma nem desmente
Contactado pela TSF, Artur Marque, advogado da autarca, diz que este processo está «cheio de meias verdades» e adiantou que o processo está em segredo de justiça, pelo que não pode confirmar ou desmentir estas informações.
«Não há nenhuma conclusão segura sobre esta matéria», disse o advogado. «As pessoas têm o direito de especularem o que quiserem. Em termos de direito, de justiça, as suspeições não passam disso mesmo», sublinhou Artur Marques.