CALDEIRÃO DE BOLSA

FED diz economia americana continua a crescer de forma lenta



Quarta, 11 Jun 2003 19:52

A Reserva Federal norte-americana considera que o fim da guerra no Iraque beneficiou a economia americana, com a melhoria do sentimento dos consumidores e empresários, mas não o suficiente para evitar que o crescimento continue lento.

No «beige book», que analisa a evolução da economia nos vários Estados norte-americanos, a FED afirma que «nenhuma região reportou uma deterioração na actividade económica», após o último relatório de Abril.

«Os desenvolvimentos após o fim da guerra parecem ter providenciado uma ajuda à confiança dos empresários e consumidores, mas os efeitos não foram dramáticos», refere a FED.

A autoridade liderada por Alan Greenspan devrá, na próxima reunião de 25 de Junho, anunciar uma baixa nas taxas de juro, que estão actualmente no nível mais baixo em 41 anos, em 1,25%.

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, John Snow, afirmou hoje que a economia americana deverá apresentar uma taxa de crescimento de 3,5% no segundo semestre deste ano.

O euro elevou os ganhos de hoje após conhecido este relatório, crescendo agora 0,72% para os 1,1757 dólares.




por Nuno Carregueiro

Livro Bege: Economia luta mas apresenta dados decepcionantes

11-6-2003 19:49



A economia norte-americana tem vindo a lutar desde o final da guerra no Iraque, mas o desempenho da produção e do emprego tem sido decepcionante, afirma a Reserva Federal, no Livro Bege, publicado hoje.
Os comentários desfavoráveis do relatório e as declarações cautelosas do vice-presidente, Roger Ferguson, da instituição que gere a política monetária do país alimentam a expectativa de novo corte das taxas de juro dentro de duas semanas.

O Livro Bege afirma que as condições económicas melhoraram em Abril e Maio, enquanto o consumo e o sector de serviços continuam sem brilho. Os efeitos do final da guerra no Iraque não foram tão decisivos quanto esperado, conclui o relatório.

Ferguson afirmou, por seu turno, que a perspectiva a médio prazo para a economia norte-americana é de considerável incerteza, não se sabendo quando é que a queda dos preços do petróleo e o retorno da confiança nos mercados financeiros deverão desembocar numa recuperação económica sustentada. O responsável adicionou que o risco de inflação é remoto e que o banco central poderá controlá-lo através da manutenção das taxas de juro num nível baixo.

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