CALDEIRÃO DE BOLSA

Ontem qdo o Ulisses colocou a visao do Robert Marcin (http://www.caldeiraodebolsa.com/forum/v ... hp?t=10515) sobre o pior caso possivel, eu pensei para comigo "pior, pior, era se isto lateralizasse durante um ou dois anos... isso e que era mau... estar aqui a tentar apanhar fundos e topos numa lateralizacao... isso levava-me o dinheiro e a paciencia ".
Hoje este texto reflecte um pouco os meus receios. Que de facto podemos ter entrado num ciclo de lateralizacao, provavelmente longo, onde a grande maioria vai perder dinheiro (mesmo os que nao costumam) e acima de tudo, muita gente se vai desinteressar e afastar da bolsa. No fundo o que se passou com a PTM o ano passado... quem e que transacionava PTM qdo ela estava a lateralizar o ano passado?
O lado bom e que depois da lateralizacao vira um novo periodo... de quedas ou de subidas nao sei... mas espero que seja tao animado como os ultimos 5 anos...
Resta-nos, tal como o JStockk disse, olhar para os rabiscos americanos e tentar apanhar qquer coisa ai...
Um abraco
Nunofaustino

Já são “Old News” para todos os que intervem no mercado constantemente e de forma racional mas por vezes dá a impressão que todos os dias existem novidades, de facto não existem porque a direcção está traçada à 1 ano, altura em que o fundo se começou a formar, para quem ainda não percebeu, o sell-off já ocorreu entre 2000 e 2002 altura em que o Nasdaq passou de 5000 até aos 1100 uma queda modesta de 80%....

Chegados a este ponto é relativamente fácil concluir que a economia americana tem no seu “trade gap” um problema e no nível de endividamento outro que terá de sofrer um ajustamento a diferença entre as visões mais ou menos catastrofistas está na duração desse ajustamento que será na opinião de alguns abrupto e na opinião de outros prolongado, a correcção do valor do dólar é o única direcção possível para que esse ajustamento se faça da única forma possível ( aumento da competitividade das empresas exportadoras, aumento da atractividade dos activos em dólares, perda de competitividade das produtos estrangeiros).

Ah! obviamente que para isto se poder fazer de forma lenta é necessário que aqueles que possuem “superávits” (leia-se estrangeiros) continuem a emprestar mas isso está garantido pela via dos activos existentes nos EUA e pelos fluxos das multinacionais americanas que garantem facilmente a solvência.

Neste momento é necessário alguma calma, existem cada vez mais traders cada vez com menos experiência que vivem o mercado de forma demasiado emotiva, não pretendo de forma nenhuma assumir uma posição arrogante considero apenas que a emotividade faz com que as pessoas vejam targets violentos ao virar da esquina ou em prazos relativamente curtos quando o mais natural é que agora que o pessoal mais “ maduro “ que de facto controla o “strong money” queimado com esta montanha russa dos últimos anos queira tempo para pensar algo que só se consegue fazer durante a construção de um fundo prolongado com amplitude mais ou menos conhecida.

Felizmente um dos elementos que poderia tornar esta acalmia insustentável acabou tal como previsto de forma rápida e vitoriosa, a Guerra do Iraque , era sem dúvida uma carta fora do baralho que poderia desequilibrar os pratos da balança e tornar insustentável a defesa dos níveis actuais e a consolidação de um grande fundo (canal 800-1000 no S&P)...

O jogo continurá pois neste ritmo apostando nos suportes e resistências e lateralizando até os balanços se começarem a compor e podermos começar a falar em retoma saudável, até lá é fazer como o Ulisses nos seus rabiscos americanos atacar os papeis com aspecto técnico interessante e esperar, no final do ano poderemos voltar a preocupar-nos com estas coisas da macroeconomia e longo prazo até lá vamos à luta no dia a dia...


Abraço a todos
JStockk