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Caldeirão da Bolsa

UM PONTO DE VISTA GEOESTRATÉGICO

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por D1as » 15/11/2002 23:43

Permita-me q discorde nalguns pontos:

- nmho ha 3 "zonas" de poder; os US, a Europa e a China. Só para tentar definir estas 3 zonas acho q tinha de escrever imenso e ficava com a sensaçao q nao tinha dito tudo o q penso, portanto vou tentar ser o mais sintetico possivel. Apesar de hj em dia se ver muitas vezes os UK associados aos US ao nivel de politica militar é preciso nao esquecer que os UK fazem parte da UE mas que ainda nao aderiram ao €. A razao pq neste momento se possa ver uma Europa desfazada dos UK tv seja pq a construçao da UE será acente sobre 3 pilares e neste momento só estamos ainda a ver o primeiro a ser desenvolvido na sua plenitude (em q os UK nem neste estao completamente integrados). falo do pilar económico. Os outros dois sao o politico e o militar. Dito isto, faz mais sentido em falar do "polo" US, o "polo" UE (q neste momento ainda está muito longe de estar desenvolvido), e o polo China. pq a China? bom, ha tanto a dizer, mas tv se disser q ha poucos anos atras metade das gruas de todo o mundo estavam a construir shangai e q a China é o pais com maior populaçao, facilmente se associa a ideia q "consumidores=desenvolvimento economico" com tudo o q dai advem (nao esquecendo q o poder militar e politico ja é uma realidade. como exemplo, chamo a atençao para altura do 11 de set. em q lideres europeus foram aos US falar com W Bush e qd chegou a altura da china ser "ouvida no processo", foi W Bush q foi à china. esta atitude, a meu ver, mostra pelo menos, respeito pelo poder Chines).

- "Estes poderes são da mesma natureza social e económica" esta é outra parte q não concordo. Uma das coisas que nos tornou "famosos" na altura da presidencia portuguesa na UE foi precisamente tentar definir um modelo de desenvolvimento economico e investigaçao tecnologica q se pudesse chamar "da UE". isto pq os franceses têm um pendor social muito mais forte na "equaçao do modelo" que os britanicos, portanto, encontrar o meio termo entre as preocupaçoes francesas (e alemas) com as aspiraçoes ingles (q sao semelhantes às americanas) foi exactamente o q nos distinguio conseguindo finalmente definir "O modelo para a UE". Afirmar que o modelo economico americano e europeu sao iguais é q ja nao pode ser feito... já para nao falar da China em que temos "um país, dois sistemas".

mas estamos completamente de acordo que no caso concreto do petroleo, vale tudo e nada acontece por acaso. estamos a falar de um bem "essencial" numa sociedade industrializada: energia!

neste caso concreto dos inspectores.. a meu ver ha outras questoes q nao sao relacionadas com o petroleo, q criam esta vontade de guerra. digamos q no tempo de paz produzem-se armas. tem de haver guerra para as gastar, para q depois em tempo de paz se produzam mais. it's that simples! é uma economia ciclica, a economia da guerra...
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Vender por essa causa?

por ASA Delta » 15/11/2002 22:59

A guerra é benéfica para a recuperação económica.Terá um primeiro efeito mau, mas segue-se logo o bom.Imagine que desatava tudo a vender? A que preço vendia?
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UM PONTO DE VISTA GEOESTRATÉGICO

por jotabil » 15/11/2002 22:21

Daquilo que pude conhecer sobre esta área do conhecimento, desejo (com a vossa santa paciência ), sintetisar o seguinte, deste meu ponto de vista:
- Existem dois poderes no mundo ocidental...Um poder A e um poder B;
- O poder A, sediado na região geográfica de Londres-NYorque- Washington;
- Um poder B, sediado na região do Benelux-Alemanha do Norte-França do Norte;
- Estes poderes são da mesma natureza social e económica e ambos ambicionam o fluxo dos petrodólares que vem do médio oriente e de alguns pontos de África(em espécie como diamantes e mércurio radioactivo..etc);
- A atrição é feita em todas linhas e pontos que possam constituir confronto no atingir dos objectivos referidos ;
- Podemos definir uma Dead Line que o poder A estabeleceu e que o poder B não pode de alguma forma ultrapassar;
- Essa linha parte do aceano Índico- afeganistão-mar Cáspio-tetchénia-mar Negro-Balcãs-região do cauda de África;
- Desde que o poder B ameaçe esta fronteira de interesse, o poder A faz a guerra;
- Isto é uma constante desde a primeira guerra mundial, passando, sucessivamente, pela segunda,pela guerra fria,guerra do Iraque, jusguslávia, bosnia- herzegovina, Kosovo e agora a preparação da submissão do Iraque;
- Os Árabes apenas se constituem como alvos para o materializar da atrição que referi, entre os dois blocos em causa;
- Caracterizou alguém esta estratégia,... como uma acção indirecta....para obviar o confronto directo extremamente mais caro tanto em recursos como politicamente;
Neste ponto nos encontramos. Esta luta é sem quartel e desapiedada. Daí a minha preocupação. A farsa dos inspectores parece-me ténue demais para poder comover qualquer dos contendores referidos.
Presumo a guerra que não é guerra...apenas uma demonstração de força do poder A perante o poder B.
Devemos por isso prevenir as nossas acções em bolsa. Não haverá volta a dar a esta situação. O poder B anda novamente a negociar muito de perto com os iranianos com os iraquianos e com os sauditas......e o poder A vê o fluxo a diminuir e tem de remediar a situação.
Por outro lado o poder B tem acicatado continuamente os animos na palestina apoiando o lado que a pode representar....
O poder A vai dizer quem manda.

Cumprimentos.
 
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