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Caldeirão da Bolsa

Fundos à la carte

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Fundos à la carte

por VirtuaGod » 28/5/2014 21:34

Normalmente o que encontro é o do S&P, versão normal ou do shiller

http://www.multpl.com/

http://www.multpl.com/shiller-pe/
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus

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Re: Fundos à la carte

por BedRocK » 28/5/2014 20:12

RA.Q Escreveu:BedRock e Mouro_Emprestado,

Obrigado pelos vossos esclarecimentos. Quanto eu me referia a um P/E elevado, estava a fazer comparação com a generalidade dos melhores fundos de outros setores. O vosso raciocínio faz muito mais sentido, comparando com o NASDAQ. Já agora, não querendo abusar, em que site poderei ver o histórico do rácio do índice? Procurei na internet e não encontrei.

Obrigado!


Companheiro:
http://investing.money.msn.com/investme ... &ocid=qbeb

Neste link coloquei o referido fundo de saúde do JPMorgan, onde podes ver os preços históricos e para melhor visualização utiliza as diversas possibilidades do gráfico interativo, onde podes introduzir os parâmetros de Análise Técnica que lá estão, onde podes comparar um fundo com outros, com o S&P 500, NASDAQ, assim como outras possibilidades que este site permite.

Como deves saber, no site da Morningstar ao abrir o separador carteira de um fundo, podem-se ver diversos rácios sobre a avaliação do investimento, os quais já expliquei num post que coloquei em meados do passado mês de dezembro no tópico do VG, onde à cabeça desses rácios está o P/E que é o mais importante desses rácios.

Mas sinceramente não sei se existe algum site aonde se podem ver os valores históricos e médios do rácio P/E de um fundo ou de um índice de referência. Assim, aproveito a todo o auditório do Caldeirão, incluindo os moderadores, se conhecem algum site aonde se possam ver esses dados históricos e/ou média do rácio P/E.
Desde já, agradeço uma resposta que pode ser: não conheço. Obrigado.

Abr,
BedRock
 
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Re: Fundos à la carte

por RA.Q » 28/5/2014 17:30

BedRock e Mouro_Emprestado,

Obrigado pelos vossos esclarecimentos. Quanto eu me referia a um P/E elevado, estava a fazer comparação com a generalidade dos melhores fundos de outros setores. O vosso raciocínio faz muito mais sentido, comparando com o NASDAQ. Já agora, não querendo abusar, em que site poderei ver o histórico do rácio do índice? Procurei na internet e não encontrei.

Obrigado!
 
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 28/5/2014 16:54

BedRocK Escreveu:
O Alquimista Escreveu:
Quanto a ser uma pessoa acima da média, e modéstia à parte, creio que será verdade. Mas já o era antes de me inscrever no caldeirão. Agora, o que eu quero mesmo são resultados nesta área e mostrar o modo como são alcançados. Isso, sim, é que me fará distinguir de todos os demais. É nisso que apostei.
Abraço.


Amigo: eu coloquei a negrito a palavra "todos" no teu texto acima citado, só para te dizer que estás a apostar numa parada estratosférica, a qual pode ser alcançada, e se não a alcançares? Aí ficarias mal visto e podiam depois chamarem-te arrogante intlectual, pelo que diz o bom senso e a prudência probabilística que talvez tu queiras alterar a palavra "todos" e a frase para "...distinguir da maioria dos demais.". O que achas? 8-)

Um abraço,
BedRock


Amigo BedRock,

Sim, por ser tão impreciso na identificação do grupo, a frase corre o perigo de abranger quem lá não está. Dou por isso a mão à palmatória e concedo-te razão.
Esclarecendo, então. Não tenho medo de aspirar alto e falhar. Até há pouco tempo aspirava baixo, por isso é que vinha falhando. Se não a alcançar, paciência, sempre terei tentado tudo. Quando me refiro "a todos", são todos aqueles com quem tenho de "lutar pelos euros na conta". Nesse grupo, como é evidente, não se encontra ninguém que se situe fora do meu âmbito de intervenção enquanto especulador. Assim, e por exemplo, sei que um economista/ contabilista / gestor financeiro vai dar-me um lição se me puser a analisar fundamentais, balanços, balancetes, contabilidade, etc.. Agora, aposto o que for preciso que esse mesmo economista / contabilista / gestor financeiro levará uma banhada minha quanto ao modo como ler o price action num gráfico (repito: ler o price action e não o que resulta de um indicador). E nada tem a ver com as ferramentas técnicas que uso. Só não vou mais longe nas minhas intervenções porque o price action não se ensina com letras num post e não tenho qualquer jeito, nem pachorra ou tempo para fazer videos (o meu ganha-pão é outro).

Abraço.
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Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
 
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Re: Fundos à la carte

por BedRocK » 28/5/2014 16:32

Mouro_Emprestado Escreveu:Já agora, uma nota aqui para quem não está tanto a par de contabilidade financeira (que vem à baila quando se começam a fazer análises sobre rácios contabilísticos).

De facto, ainda que o rácio P/E seja bastante usado para comparar níveis históricos de comportamento do mercado bolsista, temos de perceber que o conceito de "lucro" (earnings) não é imutável no tempo. Aliás, não só o conceito de "lucro" varia não só no tempo como também no espaço geográfico.

Nos EUA são aplicados princípios contabilísticos diferentes hoje daqueles que existiam há 30 anos atrás (um exemplo é a contabilização da amortização de eventuais "goodwills" e outro, se não estou em erro, é a contabilização dos impostos diferidos).

Assim, na minha opinião, tem de se ter alguma cautela quando se refere que o mercado bolsista está "aquecido" apenas porque o P/E actual está acima do seu nível histórico.


Mouro: sempre com intervenções a propósito, ao contrário de um certo "amigo de estimação" que eu tenho aqui no tópico, que, normalmente, vem dizer coisas a despropósito, mas também é preciso haver a má volatilidade para apreciarmos melhor a boa volatilidade.

Um abraço,
BedRock
 
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Re: Fundos à la carte

por BedRocK » 28/5/2014 16:27

O Alquimista Escreveu:
Quanto a ser uma pessoa acima da média, e modéstia à parte, creio que será verdade. Mas já o era antes de me inscrever no caldeirão. Agora, o que eu quero mesmo são resultados nesta área e mostrar o modo como são alcançados. Isso, sim, é que me fará distinguir de todos os demais. É nisso que apostei.
Abraço.


Amigo: eu coloquei a negrito a palavra "todos" no teu texto acima citado, só para te dizer que estás a apostar numa parada estratosférica, a qual pode ser alcançada, e se não a alcançares? Aí ficarias mal visto e podiam depois chamarem-te arrogante intlectual, pelo que diz o bom senso e a prudência probabilística que talvez tu queiras alterar a palavra "todos" e a frase para "...distinguir da maioria dos demais.". O que achas? 8-)

Um abraço,
BedRock
 
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Re: Fundos à la carte

por Mouro_Emprestado » 28/5/2014 16:24

Já agora, uma nota aqui para quem não está tanto a par de contabilidade financeira (que vem à baila quando se começam a fazer análises sobre rácios contabilísticos).

De facto, ainda que o rácio P/E seja bastante usado para comparar níveis históricos de comportamento do mercado bolsista, temos de perceber que o conceito de "lucro" (earnings) não é imutável no tempo. Aliás, não só o conceito de "lucro" varia não só no tempo como também no espaço geográfico.

Nos EUA são aplicados princípios contabilísticos diferentes hoje daqueles que existiam há 30 anos atrás (um exemplo é a contabilização da amortização de eventuais "goodwills" e outro, se não estou em erro, é a contabilização dos impostos diferidos).

Assim, na minha opinião, tem de se ter alguma cautela quando se refere que o mercado bolsista está "aquecido" apenas porque o P/E actual está acima do seu nível histórico.
 
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Re: Fundos à la carte

por BedRocK » 28/5/2014 15:59

RA.Q Escreveu:Depois da vossa conversa sobre os fundos que investem no setor Saúde, estive a analisar e surgiu-me a dúvida. Não poderá este setor estar sobrevalorizado?

São vários anos consecutivos com crescimento de dois dígitos, mas o rácio P/E das carteiras está entre os 18 e os 21. Por exemplo o BlackRock Global Funds - World Healthscience E2 está com 20.61 de P/E. Não poderemos estar perante uma bolha? Sou apenas um iniciado e gostaria de saber a opinião dos colegas mais experientes.


Companheiro: Na realidade os rácios P/E (Price/Earnings) do setor saúde ou do setor biotecnologia estão muito altos em relação aos rácios médios históricos, mas temos que olhar para eles de maneira diferente do que olhamos para o rácio P/E atual e médio histórico do índice S&P 500 (índice acionista de referência das 500 maiores empresas de capitalização bolsista dos EUA), sabes porquê? Porque em 1º lugar o S&P 500 é um índice transversal da economia empresarial dos EUA, enquanto os setores da saúde ou da biotecnologia são setores específicos tecnológicos do índice Nasdaq (não podemos comparar o geral com o específico), em 2º lugar é normal que os P/E atuais destes setores estejam relativamente muito altos, por 2 ordens de razões:
uma, no passado histórico destes setores anteriores a 2011, os seus preços subiram pouco ao longo dos anos, logo o seu referencial de média histórica do rácio P/E está mais baixo que de outras categorias de ações onde essa subida média dos preços foi mais acentuada; a 2ª razão, diz respeito ao facto da investigação no ramo da biotecnologia e das ciências farmacêuticas ter dado um salto prático brutal na eficácia do tratamento de doenças cancerosas e de outras enfermidades crónicas, em particular a partir de 2011.

Assim, no que toca à nossa saúde, aumento da qualidade de vida e ao aumento da esperança de vida, é natural que nestas empresas do tipo growth, nós estejamos dispostos a pagar um sobrepreço pelas suas ações com a esperança de uma grande valorização no curto-médio prazo, devido ao expectável aumento das suas vendas e dos seus lucros.
Desse modo, podemos dizer que antes de 2011, no setor da biotecnologia, é uma espécie de era A.C. (Antes de Cristo) e pós 2011 é a era D.C. (Depois de Cristo), sendo que as 2 eras não são comparáveis, devido não ao nascimento de Cristo mas devido ao boom de eficácia da biotecnologia, pelo que comparar o atual rácio P/E com a média do grande track record é uma medida com um reduzido nível de significância de probabilidade estatística para prever o trajeto futuro. Ou seja, precisamos que a era D.C. aumente mais para aumentar também essa fiabilidade probabilística.

O meu conselho é que esperes mais um pouco pela continuação da correção em curso desses setores, e depois devias entrar no fundo do JPMorgan do setor saúde que é de longe o melhor fundo deste setor. É um fundo em USD, mas é expectável o USD valorizar-se face ao EUR, pelo que podias ter um lucro adicional pelo factor cambial, e as mais-valias cambiais não pagam qualquer imposto (esta a Autoridade Tributária não sabe ou não quer saber). Eu tenho uma conta em USD, para além da conta em EUR, e no meu banco não pago mais nada por isso, e assim resgates de fundos em USD são para subscrever outros fundos em USD, no caso do câmbio ser desfavorável, pois caso contrário perdia 2 vezes na conversão cambial.

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Re: Fundos à la carte

por NGRO » 28/5/2014 15:49

Felicito-vos pelo excelente tópico que sigo com regularidade.

Estou a construir uma carteira de longo prazo (10 anos), com 50% acções e 50% obrigações, com um objectivo de rentabilidade de 7% líquidos.
Neste momento está assim:


Instrumento ISIN Descrição %
Fundo Acções BIO LU0190162189 Fundo Pictet Biotech________________________12.5%
Fundo Obrigações LU0106235707 Fundo Schroders ISF EURO BOND______________12.5%
Fundo Acções EURO LU0106238040 Schroder ISF Eur Smaller Coms B Acc_________-_12.5%
Fundo Obrigações HY LU0086177085 UBS(Lux)Bond Fund Euro High Yield P (1).p_____12.5%

Restante liquidez

Estou a pensar juntar mais 4 fundos e os seguintes estão na minha watchlist:

BGF Global High Yield Bond Hdg E2 EUR
FF - America Fund E Acc EUR
BGF World Mining Fund A2 EUR
JPM Gl.High Yield Bd.D Acc EUR-H
BGF Global Allocation Fund E EUR H (1)
Templeton Glob.Total Ret.N Acc EUR -H1 (2)

Agradeço os vossos comentários e sugestões.
O meu supermercado é algo limitado já que estou a construir a carteira no DBank.
 
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 28/5/2014 14:58

BedRocK Escreveu:
Acho que já fizeste mal em dizer que és leigo em matérias económicas, porque ninguém é 100% leigo numa ciência que meche com a vida de todos nós, para além de que podes provocar uma sobrearrogância em alguns dos supostos expertes que já em si poderão ser demasiado convencidos, e, assim, erradamente, vão dar-te pouco crédito nas tuas análises económicas e, pondo em dúvida, ou sob análise, afirmações tuas que até podem ser de upgrade. Nós não nos devemos pôr em bicos de pés perante a arrogância intlectual, mas também não devemos entrar curvados perante supostos catedráticos, todos nós temos uma qualquer cátedra da vida, e assim as ideias de qualquer um nunca serão, à partida, despresáveis.

Já fui dar uma vista de olhos sobre o que escreves no Caldeirão e já deu para perceber que és um tipo acima da média.


Caro BedRock,

Quando referi que sou leigo quis dizer que a minha formação não está na área económica. Por isso há certos temas para os quais não estou preparado para argumentar e não tenho o hábito de falar só por falar. Tudo o que sei é fruto de leituras que tenho empreendido, aqui e lá fora, sobre os mais variados temas económicos, mormente os que se prendem com a especulação financeira. Depois ponho-me a pensar e lá poderá sair qualquer coisa de jeito.
Quanto a ser uma pessoa acima da média, e modéstia à parte, creio que será verdade. Mas já o era antes de me inscrever no caldeirão. Agora, o que eu quero mesmo são resultados nesta área e mostrar o modo como são alcançados. Isso, sim, é que me fará distinguir de todos os demais. É nisso que apostei.

Abraço.
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Re: Fundos à la carte

por RA.Q » 28/5/2014 14:53

Depois da vossa conversa sobre os fundos que investem no setor Saúde, estive a analisar e surgiu-me a dúvida. Não poderá este setor estar sobrevalorizado?

São vários anos consecutivos com crescimento de dois dígitos, mas o rácio P/E das carteiras está entre os 18 e os 21. Por exemplo o BlackRock Global Funds - World Healthscience E2 está com 20.61 de P/E. Não poderemos estar perante uma bolha? Sou apenas um iniciado e gostaria de saber a opinião dos colegas mais experientes.
 
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Re: Fundos à la carte

por Artista Romeno » 28/5/2014 14:51

O Alquimista Escreveu:Ponto 1: Absolutamente de acordo. Diria até que o investidor só precisaria de acções, se as souber escolher ou se contratar quem saiba. Não se importam de gastar rios de dinheiro com casas, barcos, férias, embelezamento de amantes e outros quejandos. Mas, quando se trata do seu património, vão buscar aconselhamento à agência bancária mais próxima. E depois queixam-se dos resultados.
Ponto 2: De momento os bancos centrais continuam a diminuir as taxas de referência. Qualquer agitação na rendibilidade do mercado obrigacionista dever-se-á mais a expectativas/reacções a reuniões "para isto e para aquilo" do que a acontecimentos.
Ponto 3: Há não só que considerar a velocidade com que o dinheiro chega à economia real, mas também que a recuperação bolsista iniciou-se muito antes de qualquer QE. Como aliás seria natural. Para quem, como eu, é leigo em matérias económicas apenas se poderá dar ao luxo de fazer asserções com base no senso comum. E o senso comum diz-me que as crises, recessões ou depressões (também) começam a chegar ao seu fim por cansaço próprio. Por outro lado, os investidores podem ter voado de um lado para o outro mas, para já, é um voo muito baixinho (vide o sempre bem informado Joshua Brown - http://www.thereformedbroker.com/2014/0 ... um=twitter).
Ponto 4: Um possível remédio: TIPS - Treasury Inflation Protected Securities.
É o que me apraz referir.


Dizer que para um leigo não está mal.... mt pelo contrario diz ai coisas que são validas 1- investindo no longo prazo de facto um investidor só necessitaria de acções pelo menos para ter um retorno substancialmente acima de fixed income ou dps... no entanto a diversificação deve ser feita e olhando às correlações entre as classes de ativos
ponto 3 a ciencia economica evoluiu e por muito que se critique... O QE nos EUA simplesmente aumentou o dinheiro em circulação quando a velocidade caiu... num contexto de uma economia que sofreu um choque muito profundo... Por muito populismo que se diga o não deixar falir mais além do LB teve uma motivação obvia não deixar CAIR BANCOS SISTÉMICOS para não implodir com a economia americana e mundial..... há 100 anos atras isto mt provavelmente não teria sido feito... hoje em dia o ser humano está melhor Equipado nestas ocasiões a meu ver para as enfrentar.... E o bluff do Draghi também não foi ocasional...
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: Fundos à la carte

por BedRocK » 28/5/2014 14:38

O Alquimista Escreveu:Ponto 1: Absolutamente de acordo. Diria até que o investidor só precisaria de acções, se as souber escolher ou se contratar quem saiba. Não se importam de gastar rios de dinheiro com casas, barcos, férias, embelezamento de amantes e outros quejandos. Mas, quando se trata do seu património, vão buscar aconselhamento à agência bancária mais próxima. E depois queixam-se dos resultados.
Ponto 2: De momento os bancos centrais continuam a diminuir as taxas de referência. Qualquer agitação na rendibilidade do mercado obrigacionista dever-se-á mais a expectativas/reacções a reuniões "para isto e para aquilo" do que a acontecimentos.
Ponto 3: Há não só que considerar a velocidade com que o dinheiro chega à economia real, mas também que a recuperação bolsista iniciou-se muito antes de qualquer QE. Como aliás seria natural. Para quem, como eu, é leigo em matérias económicas apenas se poderá dar ao luxo de fazer asserções com base no senso comum. E o senso comum diz-me que as crises, recessões ou depressões (também) começam a chegar ao seu fim por cansaço próprio. Por outro lado, os investidores podem ter voado de um lado para o outro mas, para já, é um voo muito baixinho (vide o sempre bem informado Joshua Brown - http://www.thereformedbroker.com/2014/0 ... um=twitter).
Ponto 4: Um possível remédio: TIPS - Treasury Inflation Protected Securities.
É o que me apraz referir.


Companheiro: Não sendo eu o criador do tópico, como é sabido, acho que o meu amigo Rick não me vai levar a mal em desejar-te as boas vindas de ontem ao tópico e uma boa continuação.

Acho que já fizeste mal em dizer que és leigo em matérias económicas, porque ninguém é 100% leigo numa ciência que meche com a vida de todos nós, para além de que podes provocar uma sobrearrogância em alguns dos supostos expertes que já em si poderão ser demasiado convencidos, e, assim, erradamente, vão dar-te pouco crédito nas tuas análises económicas e, pondo em dúvida, ou sob análise, afirmações tuas que até podem ser de upgrade. Nós não nos devemos pôr em bicos de pés perante a arrogância intlectual, mas também não devemos entrar curvados perante supostos catedráticos, todos nós temos uma qualquer cátedra da vida, e assim as ideias de qualquer um nunca serão, à partida, despresáveis.

Já fui dar uma vista de olhos sobre o que escreves no Caldeirão e já deu para perceber que és um tipo acima da média. Não precisas de ter sido aluno de econometria do Prof. Miguel Cadilhe ou teres um MBA no INSEAD ou na Católica, para poderes escrever aqui no Caldeirão, pois o meu filho tem um desses MBA (o pai incentivou-o e pagou) e não percebe quase nada de fundos de investimento, teve que o pai vir à luta para tentar defender os nossos investimentos mobiliários, dado que os imobiliários, por definição, não se moverão muito senão seriam mobiliários.

Quanto às obrigações TIPS fizeste bem em relembra-las, mas eu em princípio no que toca a proteções cambiais ou contra a inflação sou um pouco céptico quanto à sua eficácia final, pois a quase totalidade da proteção cambial de médio-longo prazo não nos traz vantagens nehumas, pelo contrário, só nos traz prejuízo, devido ao sobrecusto dessa proteção cambial.
Amigo, em matéria de proteção, onde eu acredito mais na sua eficácia é na camisinha (se não furar), quanto ao resto...é como os seguros, uns dão-nos vantagens e outros só nos dão prejuízo.

Um abraço,
BedRock
 
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 28/5/2014 13:30

Ponto 1: Absolutamente de acordo. Diria até que o investidor só precisaria de acções, se as souber escolher ou se contratar quem saiba. Não se importam de gastar rios de dinheiro com casas, barcos, férias, embelezamento de amantes e outros quejandos. Mas, quando se trata do seu património, vão buscar aconselhamento à agência bancária mais próxima. E depois queixam-se dos resultados.
Ponto 2: De momento os bancos centrais continuam a diminuir as taxas de referência. Qualquer agitação na rendibilidade do mercado obrigacionista dever-se-á mais a expectativas/reacções a reuniões "para isto e para aquilo" do que a acontecimentos.
Ponto 3: Há não só que considerar a velocidade com que o dinheiro chega à economia real, mas também que a recuperação bolsista iniciou-se muito antes de qualquer QE. Como aliás seria natural. Para quem, como eu, é leigo em matérias económicas apenas se poderá dar ao luxo de fazer asserções com base no senso comum. E o senso comum diz-me que as crises, recessões ou depressões (também) começam a chegar ao seu fim por cansaço próprio. Por outro lado, os investidores podem ter voado de um lado para o outro mas, para já, é um voo muito baixinho (vide o sempre bem informado Joshua Brown - http://www.thereformedbroker.com/2014/0 ... um=twitter).
Ponto 4: Um possível remédio: TIPS - Treasury Inflation Protected Securities.
É o que me apraz referir.
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
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Re: Fundos à la carte

por BedRocK » 28/5/2014 12:24

Boas,

O dilema atual na constituição de um portfolio equilibrado entre os retornos e o respetivo risco ou volatilidade.

1. Nos últimos 75 anos, o mercado de ações teve um retorno médio anual de 10.5%, as obrigações corporativas (empresas) foi de 4.5%, os títulos do tesouro dos EUA (Treasuries a 10 anos) foi de 3.3% e a inflação foi de 3.3% (Jason Kelly 2013). Assim, o investimento nas U.S. Treasuries deu prejuízo, quando deduzida a inflação e as taxas dos impostos, pelo que quem investe a mais de 10 anos precisa de ter ações na sua carteira de ativos.

2. A taxa média de rentabilidade das obrigações diminui com o aumento da taxa de juros de referência dos bancos centrais, porque as taxas das yields nas várias maturidades começam a ser cada vez menos atrativas porque progressivamente se está a reduzir a margem positiva para a taxa de juros, logo os investidores tendem a vender, no mercado secundário, as suas obrigações porque estão a ser reduzidas as suas expetativas de lucro, em particular para os obrigações de maior maturidade, onde aquela margem para a taxa de juros seria mais reduzida e assim este tipo de obrigações são as incorporam mais risco com a subida da taxa de juros.

3. Por outro lado, quando a Fed implementou o QE3, ao comprar obrigações no mercado da dívida e deste modo injetou dólares na economia, tornando assim o dinheiro mais barato para os empréstimos de investimento e consumo, e ao mesmo tempo decide baixar a taxa de juros de referência para valores próximos de zero, isto teve como consequência originar, como o pretendido, uma dinamização da economia e expansão do investimento no setor produtivo das empresas porque passou a haver mais crédito e mais barato para elas, permitindo assim o seu desenvolvimento e o aumento do PIB, arrastando assim positivamente a economia juntamente com o aumento do consumo, porque o crédito para as pessoas se tornou também mais barato e as pessoas ao acreditarem mais no futuro da economia e na defesa dos seus salários também consomem mais.
Assim, neste cenário económico, os investidores tendem a voar da qualidade das obrigações (menos risco) para a expetativa de maiores lucros nas ações, vendendo assim parte ou todas as suas obrigações e aplicar o respetivo capital nas ações, o que traz como consequência o aumento do preço das ações e a diminuição do preço das obrigações.

4. Assim, no cenário indicado no ponto 3 e em particular a partir de 2011, as obrigações deixaram de ser atrativas, assim como no cenário do ponto 2 com o expetável aumento da taxa de juros de referência, também continuam a não ser atrativas em particular para as obrigações de maiores maturidades; e, por outro lado, o rácio P/E das ações americanas e, em menor grau, o das ações da Europa, está muito elevado (ações muito caras), assim como em parte no Japão esse rácio também estar elevado, então o que nos resta para baixar o nível de risco do portfolio? A resposta passa por ir à procura noutros mercados acionistas rácios P/E mais baixos, com ações a preços atraentes ou pechinchas. Estes mercados serão com certeza os grandes perdedores nos últimos anos, aonde devemos apostar, quando o mercado dos EUA e Europa estiveram em forte rally nos anos 2012 e 2013, e esses mercados de aposta são os emergentes, designadamente: Índia, Turquia, Indonésia e em menor grau de aposta o Brasil.
Quanto às obrigações continuam a não ser nada atrativas as de alta qualidade creditícia e com elevada sensibilidade à taxa de juros, sabendo-se que as obrigações HY e as junk bonds movem-se mais ou menos em sintonia com o movimento das ações, pelo que podem-se alocar estes tipos de obrigações para diminuir possivelmente o risco em relação às ações, apesar de elas em si serem as obrigações com maior risco teórico, para além de poderem garantir um retorno de lucros positivo (depois de deduzida a taxa de inflação e os impostos).
Para além disso, devemos alocar uma determinada percentagem (5-10%) em liquidez/monetário para baixar o risco geral da carteira, para numa situação de bear ou downside, possivelmente, poder ser dos poucos ativos com retornos positivos para a carteira, e para constituir uma reserva de cash oportunista de modo a poder garantir futuramente uma alavancagem na 1ª fase de arranque de um mercado qualquer para uma situação de bull ou upside.

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Re: Fundos à la carte

por BedRocK » 27/5/2014 0:54

mpp21 Escreveu:Boas malta,

Com o que fui aprendendo por aqui e lendo em vária literatura constitui, há cerca de um ano, 2 carteiras com fundos de investimento. Ambas têm uma percentagem de acções e obrigações, sendo maior a percentagem de obrigações.

Recentemente tenho pensado na situação actual e lido muita coisa e gostava de saber a vossa opinião para quem tem uma carteira deste género (que julgo que muita gente terá).

Basicamente, como sabem em quase todo o lado se diz que o mercado acionista esta esticadissimo e o bull esta a chegar ao fim. Por outro lado as obrigações podem também não ter escapatória porque também tiveram um bull market nos últimos anos e as taxas de juro de referencia dos bancos centrais estão historicamente baixas. Um cenário de subida destas taxas (que mais tarde ou mais cedo terá de acontecer) não será bom, no geral, para os fundos obrigacionistas. Também as noticias do FED reduzir a compra de obrigações não jogam a favor, mas são uma inevitabilidade, mais tarde ou mais cedo. Ora as obrigações costumam ajudar a diminuir as perdas quando o mercado accionista entra em modo bear, mas desta vez, talvez não estejam aptas a isso. Que vos parece?

Por outro lado, curiosamente, ao se falar tanto nisto, acaba por se diminuir a probabilidade de um crash acontecer. Dado que não há crashs anunciados, se esta todo o mercado à espera disso dificilmente acontece. Pelo menos historicamente acontece sempre quando a maior parte dos investidores não esperava.

Posto isto, perpectivas para carteiras de fundos de investimento com acções e obrigações. Que acham que nos espera?

Um artigo sobre isto (de Janeiro mas reflecte a preocupação que aqui expus):
http://money.cnn.com/2014/01/06/investi ... .moneymag/


Companheiro: O teu raciocínio de dúvida sobre o futuro dos mercados acionistas e obrigacionistas é a mesma dúvida que assalta hoje qualquer investidor racional e com conhecimentos dos dados históricos, e a questão básica da tua dúvida é uma pergunta para 1 milhão de dólares.

O problema é que no passado era possível estabelecer um portfolio mais ou menos equilibrado (balanced), pois haviam claramente ativos correlacionados negativamente, positivamente ou descorrelacionados (coeficiente de correlação = 0) entre si, como as ações, obrigações, commodities, REIT's.

Sabemos que a correlação no passado entre as obrigações e as ações foi evoluindo, ao longo do tempo, desde o ligeiramente positivo até valores da ordem de 0.7, sendo que cada vez mais é difícil a diversificação do risco entre as ações e obrigações, mas até 2011 essa diversificação era possível, e até então uma maior alocação de obrigações em detrimento de ações, isso implicava diminuir o risco/volatilidade da carteira, e a partir de 2012 essa verdade quase absoluta deixou de o ser e aí temos que nos saber adaptar a essa mudança no correlacionamento entre os vários ativos financeiros, e é por isso que os gestores estão a recorrer cada vez mais a instrumentos derivados (futuros, opções, etc), pois os instrumentos ditos normais não estão a ser suficientes para o controlo do risco.

Pois se o preço do ouro foi manipulado por alguns bancos, como é que o ativo ouro pode diversificar o risco da carteira? Não pode, pelo menos para aqueles que não têm inside information dessa manipulação. As restantes commodities e os REIT's também não estão a diversificar como no passado, então cada vez é mais difícil constituir uma carteira equilibrada do tipo todo-o-terreno para enfrentar as diversas situações do mercado (bull, bear ou lateralização). Por isso é que eu cada vez mais sou adepto do investimento contrarian, ou seja, apostar nos mercados grandes perdedores no passado mais ou menos recente (1-3 anos) mas com possibilidades de inverter a tendência média de downside para upside no curto-médio prazo, isto é, comprar ativos que estejam baratos mas com um negócio sólido e exposto ao mercado global, e aqui onde, teoricamente, se correrá menos risco será comprar ações ou fundos com empresas globais do tipo value (Coca Cola, Nestlé, etc).

Há mercados acionistas que nos últimos 2 anos (2012 e 2013) estiveram em bull como os EUA e a Europa, assim como o Japão esteve em bull em 2013, mas que atualmente o Japão está negativo, os EUA está em letargia e a Europa está com melhores retornos mas débeis; enquanto que outros mercados que no ano passado estiveram em profundo bear, estão agora em bull: Indonésia, Índia e Turquia. Estes mercados de alternância de ciclo (bull) e contraciclo (bear) são bons para uma gestão ativa de market timing, e, teóricamente, podem permitir a um investidor, competente e com muita sorte, estar anos seguidos sempre em bull, se souber saír a tempo de um mercado que passa do bull para o bear e entrar num outro mercado que está a passar de bear para bull, isto só é possivel se no mesmo ano houver mercados em ciclo e contraciclo a nível mundial.

Ou seja, teóricamente, seria possivel uma muito rentável "diversificação por alternância" dentro da mesma classe de ativos de ações, assim como há uma mais ampla diversificação na classe das obrigações, em relação ao passado, entre as obrigações de alta qualidade creditícia americanas e as obrigações HY dos emergentes. Quanto a mim, ao contrário do passado, cada vez mais se coloca a necessidade da diversificação dentro das mesmas classes de ativos, bem como a respetiva gestão ativa em detrimento em parte da gestão passiva.

Assim, temos que saber fazer uma diversificação diferente daquela que era feita no passado através exclusivamente dos clássicos coeficientes de correlação entre os vários ativos financeiros, a qual também se deve ter em conta, mas adaptada, à qual devemos acrescentar a diversificação de mercados com expectáveis tendências opostas ou diferentes, e como ninguém quer incluir na sua carteira um mercado que esteja no presente e no próximo ano em bear, então só nos resta fazer uma gestão mais ativa da carteira, a qual, a meu ver, vai ganhar progressivamente terreno à gestão passiva, a qual tem tido melhores retornos no médio-longo prazo em mercados estáveis com grande volume e liquidez como é o caso dos EUA, mas a gestão passiva nos mercados emergentes pode ser um autêntico suicídio.

Assim, mais importante do que andar a discutir a gestão passiva versus activa ou os coeficientes de correlação passados, cada vez mais voláteis e de dificil previsão futura, entre as acções, obrigações, commodities ou REIT’s, é saber escolher os mercados na altura certa e abandoná-los no momento adequado, isto numa perspectiva de market timing, e numa perspectiva média (retornos e risco equilibrados = bom rácio de Sharpe), mais estável e de aposta de longo prazo, deve-se ir para o mercado acionista dos EUA.

O segredo é o pessoal do retalho tentar pensar e agir como os institucionais: saír mais cedo dos máximos do upside, porque a seguir ao pico máximo a 1ª fase de descida do downside costuma ser vertiginosa, e entrar mais cedo nos fundos do downside para a seguir tentar captar a 1ª fase do upside que, normalmente, costuma ser mais lucrativa devido à maior velocidade de ascensão dos retornos. Na prática, é quase impossivel captar toda a tendência de um upside sem levar com as fases adjacentes de downside, e vale mais perder os ganhos da última semana do upside e evitar assim tomar as perdas da 1ª fase inicial vertiginosa do downside, a qual, para o mesmo espaço temporal do upside, é bastante mais destruidora da carteira que os ganhos que se podiam tomar, nesse mesmo prazo, durante essa última fase do upside.

Por fim, chamo a atenção para se ter uma determinada percentagem no portfolio alocada à liquidez/monetário, de modo a minimizar as perdas na situação de bear ou downside, bem como depois poder permitir a alavancagem própria através da injeção de grande parte desse capital na fase inicial do bull ou upside, ou seja, é um instrumento de alavancagem dentro da própria carteira, pois alavancar o portfolio com recurso a crédito bancário fica demasiado dispendioso em Portugal (eu tenho uma alavancagem em curso que representa cerca de 10% do total da carteira) e torna-se arriscado cobrir com os retornos a taxa de juros e o empréstimo que temos que pagar mensalmente ao banco. Se estivessemos nos EUA, tudo isto e restantes factores do investimento (impostos, deduções com reinvestimentos, incentivos, maior leque de escolha, etc) seriam mais fáceis e amigos do investidor, temos pena...mas é o País que temos.

Abr,
BedRock

P.S. mpp21, bom artigo do link. Obrigado pela partilha.
 
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 27/5/2014 0:07

Caro BedRock,

Apesar de ter um feeling num certo sentido, decidi fazer uma consulta por amostragem das páginas deste tópico. A conclusão mantém-se: o destinatário da missiva não escreve, esporádica ou assiduamente, neste tópico (nem no meu). Fá-lo noutros.
Aguardei serenamente que alguém se desse ao luxo de comentar/criticar aquilo a que me referi e esperei pelo momento mais adequado, ainda que a propósito de outra questão. Se calhar o defeito é meu e estarei a ver mal as coisas. Não seria a primeira vez. Apenas não consigo "aceitar calado" que uns revelem trabalho de casa, como este tópico é disso bom exemplo, e outros sejam meras cópias. E a cópia para ser usada tem de ser associada à fonte. Mas como isto é um fórum muito alargado cabe cá tudo e pelos vistos tenho de me adaptar a isso.

Abraço
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Re: Fundos à la carte

por BedRocK » 26/5/2014 23:26

O Alquimista Escreveu:
BedRocK Escreveu:Há pessoas que defendem muito a sua sabedoria (não gostam de expor as suas fraquezas) e por isso, normalmente, escrevem poucos artigos ou análises próprias, sendo mais cómodo reproduzir artigos de terceiros sem quaisquer ou pouquíssimos comentários próprios.


Concordo na íntegra. Apenas acrescentaria mais um caso de comodidade, que mais não será do que o expoente máximo da máxima "keep it simple, stupid": reprodução acéfala de gráficos de terceiros (e sem indicação da fonte; mas para quem anda nisto há algum tempo facilmente se sabe).


Alquimista: Apelo à objetividade de um químico alquimista (dado que não te conheço, nem faço ideia de quem és), sendo óbvio que o destinatário daquele teu bilhete postal está com certeza no Caldeirão, agora pergunto: Esse destinatário escreve esporadicamente, assiduamente ou não escreve neste tópico criado pelo Rick?

Abr,
BedRock
 
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Re: Fundos à la carte

por O Alquimista » 26/5/2014 22:51

BedRocK Escreveu:Há pessoas que defendem muito a sua sabedoria (não gostam de expor as suas fraquezas) e por isso, normalmente, escrevem poucos artigos ou análises próprias, sendo mais cómodo reproduzir artigos de terceiros sem quaisquer ou pouquíssimos comentários próprios.


Concordo na íntegra. Apenas acrescentaria mais um caso de comodidade, que mais não será do que o expoente máximo da máxima "keep it simple, stupid": reprodução acéfala de gráficos de terceiros (e sem indicação da fonte; mas para quem anda nisto há algum tempo facilmente se sabe).
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Re: Fundos à la carte

por mpp21 » 26/5/2014 22:12

Boas malta,

Com o que fui aprendendo por aqui e lendo em vária literatura constitui, há cerca de um ano, 2 carteiras com fundos de investimento. Ambas têm uma percentagem de acções e obrigações, sendo maior a percentagem de obrigações.

Recentemente tenho pensado na situação actual e lido muita coisa e gostava de saber a vossa opinião para quem tem uma carteira deste género (que julgo que muita gente terá).

Basicamente, como sabem em quase todo o lado se diz que o mercado acionista esta esticadissimo e o bull esta a chegar ao fim. Por outro lado as obrigações podem também não ter escapatória porque também tiveram um bull market nos últimos anos e as taxas de juro de referencia dos bancos centrais estão historicamente baixas. Um cenário de subida destas taxas (que mais tarde ou mais cedo terá de acontecer) não será bom, no geral, para os fundos obrigacionistas. Também as noticias do FED reduzir a compra de obrigações não jogam a favor, mas são uma inevitabilidade, mais tarde ou mais cedo. Ora as obrigações costumam ajudar a diminuir as perdas quando o mercado accionista entra em modo bear, mas desta vez, talvez não estejam aptas a isso. Que vos parece?

Por outro lado, curiosamente, ao se falar tanto nisto, acaba por se diminuir a probabilidade de um crash acontecer. Dado que não há crashs anunciados, se esta todo o mercado à espera disso dificilmente acontece. Pelo menos historicamente acontece sempre quando a maior parte dos investidores não esperava.

Posto isto, perpectivas para carteiras de fundos de investimento com acções e obrigações. Que acham que nos espera?

Um artigo sobre isto (de Janeiro mas reflecte a preocupação que aqui expus):
http://money.cnn.com/2014/01/06/investi ... .moneymag/
 
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Re: Fundos à la carte

por BedRocK » 26/5/2014 17:13

chico_laranja Escreveu:Eu acções e sectores de acções ainda percebo

Entrando no mundo das obrigações a coisa é mais nebulosa.

A ideia que tenho é que o AXA será um pouco mais defensivo que o DWS mas olho para os números e o DWS tem um comportamento muito similar ao AXA pelo que a teoria do AXA ser mais defensivo cai por terra.

Acho que vou mesmo para o DWS.


Chico: Quando está em causa o nosso dinheiro, mesmos os supostos grandes sabichões devem ter a humildade suficiente para ouvirem outras opiniões complementares, pelo que nunca tenhas dúvidas em expor as tuas dúvidas. Há pessoas que defendem muito a sua sabedoria (não gostam de expor as suas fraquezas) e por isso, normalmente, escrevem poucos artigos ou análises próprias, sendo mais cómodo reproduzir artigos de terceiros sem quaisquer ou pouquíssimos comentários próprios.

É por isso que eu gosto do VG (mesmo nas "guerras" é um tipo leal), porque ele não se esconde atrás dos artigos de terceiros, fazendo, sempre que pode e discorda, os seus comentários próprios, e, para além disso, quando deteta erros de outros não faz grande alarido disso, sabem porquê? Porque é uma pessoa bem formada e tem consciência que também comete erros, e já os cometeu, e às vezes quando queremos espetar a faca a alguém, como resposta podemos depois levar uma machadada. Todos nós temos brakes cerebrais e dias menos bons, e a arrogância intelectual é o factor nº1 para depois podermos levar a tal machadada.

Um abraço,
BedRock
 
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Re: Fundos à la carte

por chico_laranja » 26/5/2014 13:11

Eu acções e sectores de acções ainda percebo

Entrando no mundo das obrigações a coisa é mais nebulosa.

A ideia que tenho é que o AXA será um pouco mais defensivo que o DWS mas olho para os números e o DWS tem um comportamento muito similar ao AXA pelo que a teoria do AXA ser mais defensivo cai por terra.

Acho que vou mesmo para o DWS.
Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
 
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Re: MUZINICH SHORT DUR HIGH YIELD R HEUR ACC

por Daemoon » 26/5/2014 10:13

BedRocK Escreveu:
Daemoon Escreveu:Então a matricula não pode ser XX-MP-69 ??? não bebas mais vinho BedRock :shame: :shame:

mp69 esse fundo é o fundo que apresenta menor desvio padrão da sua categoria mas em contrapartida é o que apresenta menor retorno, digamos que é um fundo com risco elevado ( High Yield ) mas calmo e consistente devido á sua exposição a High Yield corporativa Americana.


Tu até tens um certo humor com a matrícula, só podias acrescentar que esta tua sugestão de matrícula corresponde ao par de cromossomas XX feminino juntamente com o par de cromossomas masculino XY, que aqui foi substituído pelo MP (Macho Premier), e quando esses 2 pares se juntam, o que acontece? Para começar, na 1ªfase, faz com que os retornos aumentem em 69%, e o melhor é esperar pela fase final de explosão do vulcão, para depois se calcular os retornos finais e a volatilidade do processo, sendo que o desempenho destas duas variáveis depende um pouco do ambiente envolvente e do tipo de mercado que se está a explorar, pois uma coisa é se estar num forte rally de upside, a outra é estar-se na fase de retração do downside, o que não haverá quaisquer problemas se depois vier novamente uma fase de upside, pois o engraçado deste mercado é observar o seu swing e entrar em sintonia com o comprimento de onda do campo electromagnético do outro par de cromossomas.

O segredo e o sucesso do processo deste mercado é saber controlar a má volatilidade do downside e alavancar, com todas as nossas energias/liquidez, o processo na fase de upside e prolongar ao máximo a boa volatilidade, deixando correr os lucros, mas, quando o mercado é um pouco desconhecido, devemos usar sempre proteção cambial.

Companheiro, volta sempre e não te inibas, pois lata não te falta e deverá haver alguém que aprecie as tuas investidas (eu não, temos pena...) e toma um conselho: deixa de beber coca cola e bebe às refeições um copo de um bom vinho tinto, pois não faz mal e até funciona como um bom remédio para todo o sistema circulatório sanguíneo.

Abr,
BedRock


Lamento mas coca-cola é coisa que não bebo, já viu o que aquilo faz ao estomago? vá ao youtube :D :D é bom para desentupir canos

Coloquei XX como poderia ter colocado ** ++ -- bla bla.
 
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Re: Índia

por jokerportuga » 26/5/2014 10:07

jokerportuga Escreveu:Boas DMP
Tenho à cerca de 75 dias uma carteira de "market timing" com 3 dos 4 fundos (só não tenho o JPM Emerging) e juntei a esta carteira para equilibrar um fundo de Obrigações Europa.
Estou com 4,15% rentabilidade.

A % alocação mais reduzida desta carteira vai para o Brasil, porque tenho também outro fundo desta área geografica noutra carteira.

Aconselho prudência na entrada de capital destes fundos, pois a volatilidade de um dia para o outro pode ser grande e passarem em poucos dias de mais valias a menos valias.
Devem perceber bem o risco inerente a este tipo de fundos.

Jokerportuga

Corrigo.
São 4,15% em 45 dias e não 75 dias como mencionei acima.
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Re: Índia

por BedRocK » 26/5/2014 2:40

VirtuaGod Escreveu:
BedRocK Escreveu:Não é altura de subscrever em moeda USD, porque teoricamente é expectável o USD ir valorizando em relação ao EUR devido ao tapering e posterior extinção do QE3 para além de que no


Não é altura de subscrever em USD pk este vai valorizar? Eu diria que é sempre de subscrever na moeda que vai valorizar. :wink:


Tens razão, dado o adiantado da hora e a pressão de querer responder a tudo antes de deitar, e ao não reler o que escrevi, dá nisto. Amanhã eu iria reler, como normalmente faço, e deveria dar conta do erro. Como é que eu escrevo aquele parágrafo se eu nos fundos em USD subscritos há quase 1 ano estou a perder pelo câmbio para a conversão em EUR cerca de 7.5%, exatamente pelo facto de desde essa altura até ao presente o USD ter desvalorizado face ao EUR (a partir de certa altura da noite o melhor é encerrar a loja, senão há uma grande probabilidade de escrever coisas desconexas).
Obrigado pela correção, já editei.
Editado pela última vez por BedRocK em 26/5/2014 15:01, num total de 1 vez.
 
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