OT - Políticas para Portugal
Re: Políticas para Portugal
BearManBull Escreveu: Vives noutro país...
Viajo com alguma frequencia, quando vou para fora fico sempre com a ideia de que afinal Portugal é que é o terceiro mundo.
Como justificar os 10%? Em termos de PIB per capita e indicadores agregados de qualidade de vida, assumindo que somos 8.2B no planeta não me parece assim muito descabido que a soma da população dos países à frente de Portugal remeta apenas para 820 milhões.
O mundo não é só Europa Ocidental e Estados Unidos… Há que lembrar que moram mais pessoas entre a China, Índia e Indonésia que no resto do mundo. Depois tbm tens outros 1.5B na África. E antes de entrar em comparações na Europa ainda tens todo o mundo árabe e a América Latina (que eu também não colocava à frente de Portugal).
Saindo das economias, também tens o clima a nosso favor e isso não tem preço.

BearManBull Escreveu: Quais dinastias? Se o estado controla mais de 40% do PIB?
https://www.statista.com/statistics/372 ... -portugal/
A riqueza líquida das famílias é um conceito diferente de PIB. No exemplo que dei mais razão me dás para o assentar das desigualdades entre quem tem dinheiro no momento e os restantes, se for difícil para a sociedade portuguesa gerar internamente nova riqueza. Quem tem património pode só comprar um etf de acumulação e beneficiar dos retornos de qualquer zona do mundo à sua escolha.

Mas voltando para o tema da despesa pública, de acordo com o INE estamos com 42,3% e a média simples da UE é de 50%. Podia ser pior…
Depois como é que estes 42,3% estão repartidos:
- 40% prestações sociais (dos quais praí 80% ou mais são pensões)
- 26% saúde e educação
- 5,5% defesa, segurança e ordem pública
- 13% serviços gerais das administrações públicas
- 11% assuntos económicos
- 4,5% outros
Desde que reduzam a dívida pública e mantenham a despesa abaixo da média da UE não me interessa o que andam para lá a fazer. Ambas estão okay, escolho não me ter de preocupar muito mais (e isto é eficiente fazer, há que não ser ignorante, analisar as coisas de forma macro e desocupar o cérebro de preocupações).
E pronto, se for para perder mais tempo em algo no qual não somos um outlier e estamos numa trajetória aceitável já teriam de me pagar.

Só peço que não aumentem mais os impostos, uma vez que já os aceitei como são. Quanto aos IRS jovem, se vier ótimo se não paciência. Quanto ao futuro da SS, que metam teto máximo ou mandem vir mais imigrantes.
Editado pela última vez por Youmeu em 30/9/2024 1:32, num total de 1 vez.
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Re: Políticas para Portugal
Youmeu Escreveu:Até aqui tudo normal, nada de novo. O problema é que no passado isto acontecia e a riqueza era repartida por 4 ou 5 descendentes. A partir de agora será dividida por 1 ou 2… Este tema é muito recente e extrema importância, podendo levar à perpetuação da riqueza e respetiva criação de “dinastias”.
Quais dinastias? Se o estado controla mais de 40% do PIB?
https://www.statista.com/statistics/372 ... -portugal/
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal
Youmeu Escreveu:Não obstante, a meu ver Portugal é um ótimo sítio para viver… basta ver um ranking da qualidade de vida e diria que ajustado para a população de cada país estamos aí no percentil 10% dos mais sortudos.
Vives noutro país...
Viajo com alguma frequencia, quando vou para fora fico sempre com a ideia de que afinal Portugal é que é o terceiro mundo.
A única coisa barata em Portugal relativo a praticamente quase todo o resto do mundo é o café. De resto não existe quase nada que seja mais acessível.
O que acontece-se é que muita se priva de sair de casa, de jantar fora, enfim de viver a vida. Vivem para trabalhar enquanto que outros passam o dia nos cafés a CFN copos de vinho ou a passear com o dinheiro roubado.
Tu mesmo o o dizes no teu comentário é tudo muito bonito mas é preciso muito muito dinheiro, que simplesmente não existe para a maioria de quem trabalha.
Destaco que antigamente ligava mais à política e afins (e.g. impostos, segurança social, reformas, portagens). Depois comecei a preocupar-me mais com o que consigo controlar. Concluindo, na prática quer a esquerda quer a direita conseguem coexistir tendo ambas razão no que defendem de acordo com o ponto de vista dos seus eleitores…
Os políticos estão la para defender os interesses deles e fazem muito bem.
Lá está a alegoria da caverna. Pode-se viver sem políticos, basta pensar na industria da aviação que é completamente apolítica e no entanto subministra o sistema de transporte mais seguro.
O que deixei a negrito é aquilo que também tendo a aceitar, mas os acéfalos mentais fazem a vida tao difícil a quem quer triunfar que por vezes ficamos a pensar que realmente só andamos a trabalhar para alimentar porcos.
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Re: Políticas para Portugal
Há algo mais grave que o preço para o comprador é não ter informação completa e detalhada do bem que compra este exemplo,de relatório custa 425 já com iva e é obrigatório .
S ao 71 páginas com toda a informação e as anomalias da residência.
https://storage.googleapis.com/gestiond ... SP7wYP.pdf
S ao 71 páginas com toda a informação e as anomalias da residência.
https://storage.googleapis.com/gestiond ... SP7wYP.pdf
Editado pela última vez por Opcard33 em 29/9/2024 16:01, num total de 2 vezes.
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Re: Políticas para Portugal
BearManBull Escreveu:Youmeu os portugueses vivem numa caverna e nunca viram luz. Mais depressa matam quem lhes mostra o caminho do que preferem ver a luz.
Cada vez pior e mais fechados na cova.
Percebo o que dizes. Mas nem sempre se pode mudar o mundo, há que saber quando aceitar que cada um é como cada qual. No extremo, em terra de cegos quem tem olho é rei.
Escrito o prefácio vou iniciar mais um devaneio (uma vez que continuo de férias e disposição para tal).

Estou neste momento na China e confesso que teve a sua piada ter visto calçada portuguesa e pastéis de nata em Macau. Apesar de sentir que tem o tempo contado, o português continua a ser a língua oficial e está escrito em todo o lado (apesar de ninguém o falar). Para virmos aqui parar, pelo menos em tempos foi preciso termos alguma luz

No fim de contas estivemos pelos 4 cantos do mundo e há que não esquecer isso. Por outro lado, também há quem diga que é possível ver o quão aborrecida a vida de uma pessoa é com base no quão atrás no tempo tem de ir para encontrar glória.
Não obstante, a meu ver Portugal é um ótimo sítio para viver… basta ver um ranking da qualidade de vida e diria que ajustado para a população de cada país estamos aí no percentil 10% dos mais sortudos. Podia ter sido pior… A única coisa que me é realmente inconveniente é o preço das casas em Lisboa e arredores, mas pronto é o que é…
Pelo lado positivo a taxa de desemprego voltou a estar relativamente baixa e para quem seja mais motivado sempre tem a hipótese de emigrar para o Luxemburgo ou Suíça e depois voltar (eles lá não podem fazer o mesmo). O problema é que muitos depois ficam por lá…

Dos que ficam, quem tem a vida complicada é quem seja forçado a arrendar e os pais não consigam ajudar. Depois tbm sinto que existe falta de visão a médio-longo prazo. Muitos dos que conheço, do pouco que poupam acabam por estourar nas férias… vive-se para as experiências uma vez que já se assumiu derrota quanto ao imobiliário. Literalmente a materialização do “you will own nothing and will be happy”.
Mas tbm sejamos realistas… sai caro viver!

Vive-se muito limitado… Será necessário trocar inevitavelmente os 600 de renda por uma prestação ao banco. O tema é que 600 só permitem levantar 100k a 40 anos. Mas o que é que são 100k para as casas atuais??? Os mínimos olímpicos do mercado atual requerem pelo menos de 200k (bom incentivo ao matrimónio

Depois vejamos outro exemplo, de uma pessoa exatamente igual, mas que dos 1250 só tem as despesas “outros” porque vive na casa dos pais… ou seja poupa 1k por mês e assume-se que gasta os subsídios. Se conseguir 8% de retorno ao ano, passados:
- 5 anos tem 73k a produzir 480 mês
- 10 anos tem 182k a produzir 1205 mês
- 20 anos tem 589k a produzir 3894 mês
- 30 anos tem 1490k a produzir 9863 mês
A meu ver cabe aos pais passarem este conhecimento aos filhos, explicarem quais as regras do jogo que lhes será aplicável e quais as consequências futuras das suas escolhas. A escola está feita para sermos bons trabalhadores e não para explicar como beneficiar do sistema e alcançar a liberdade financeira.

No meu caso foi-me dito “tens de saber como é a vida, não te vamos ajudar a pagar uma casa ou quarto em Lisboa depois da faculdade. Se quiseres tens o teu quarto a 30km de distância e podes nele continuar.” Fiz a minha escolha… Se estivesse na mesma situação a 150km de distância de Lisboa muito provavelmente já tinha emigrado para evitar estas rendas.
E pronto, passados 6 anos de trabalho estou 2 anos acima das expectativas que delineei, sendo que podemos sempre fazer melhor ou pior poupando mais/menos ou tendo maior/menor rentabilidade… Basicamente, estes 6 anos já mudaram o meu futuro de forma dramática.
Olhando à minha volta, sinto que existe falta de planeamento e visão nesta geração. Claro que cada um vive a vida como quer, convém é ter agilidade para adaptar-se à realidade que lhe é aplicável tendo em consideração os objetivos que pretende. É um facto que alguns têm de fazer mais sacrifícios que outros para obter os mesmos proveitos, mas isso é o que é. Não vale a pena culpar o estado e muito menos ficarmos presos do passado.
Não obstante, o mínimo que o sistema deve proporcionar é a aquisição de uma casa próprio. O problema é que quem comece do 0 e tente adquirir uma não terá remanescente para outros investimentos. Dados os preços atuais, parece-me razoável assumir que nos próximos 30 anos o imobiliário irá valorizar apenas em linha com o aumento salarial. Será um investimento nada de especial, mas mais vale isso do que arrendar a vida toda. Note-se que o segredo para felicidade são expectativas baixas.
Tendo coberto a maioria da população, parece-me interessante também avaliar a realidade dos mais favorecidos.

- 10% detém 55%.
- próximos 40% detém 37%.
- últimos 50% detém 8%.
Adicionalmente, dentro dos próprios 10% mais ricos existe muita desigualdade. Arrisco-me a dizer que o 1% mais ricos tenha o mesmo que os restantes 9%.
Aqui reparo que quando existem negócios de família pelo menos 1 filho segue o negócio dos pais. Caso sigam uma vida como os demais mortais encaram-na mais na desportiva sabendo que têm as costas quentes. Na prática percebem que o seu trabalho nada mais representa que 200K investidos a 8% ao ano (talvez a preocupação principal deles não sejam promoções mas como as gerações mais velhas aplicam o seu património).
Até aqui tudo normal, nada de novo. O problema é que no passado isto acontecia e a riqueza era repartida por 4 ou 5 descendentes. A partir de agora será dividida por 1 ou 2… Este tema é muito recente e extrema importância, podendo levar à perpetuação da riqueza e respetiva criação de “dinastias”.
Assumindo uma taxa de retorno de 8% o património aplicado é esperado duplicar a cada 9 anos. Uma pessoa com 20 anos que seja filho único e cujos pais tenham 1M em investimentos chegará aos 65 anos contemplando 5 duplicações. Ou seja, de 1M para 32M… mesmo sendo mais conversador, a multiplicação esperada do património em 1 geração (35 anos) é por e simplesmente superior à sua futura repartição.
A meu ver irão haver implicações na forma como o capital é taxado, quer ao nível das heranças como na taxa autónoma de 28%.

Destaco que antigamente ligava mais à política e afins (e.g. impostos, segurança social, reformas, portagens). Depois comecei a preocupar-me mais com o que consigo controlar. Concluindo, na prática quer a esquerda quer a direita conseguem coexistir tendo ambas razão no que defendem de acordo com o ponto de vista dos seus eleitores…
Editado pela última vez por Youmeu em 29/9/2024 16:42, num total de 4 vezes.
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Re: Políticas para Portugal
Os preços estão de tal forma desproporcionados que é literalmente necessário ser-se milionário para ter capital para comprar uma barraca.
Apartamentos de 40m2 a 400 mil euros que nem sequer têm elevador e a precisar de reforma, muitos em prédios com 0 isolamento acústico que se ouvem as descargas dos autoclismos ou os vizinhos a roncar. Barracas portanto.
Apartamentos de 40m2 a 400 mil euros que nem sequer têm elevador e a precisar de reforma, muitos em prédios com 0 isolamento acústico que se ouvem as descargas dos autoclismos ou os vizinhos a roncar. Barracas portanto.
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Re: Políticas para Portugal
Pois é, de fato esse índice faz uma tentativa de ajustar à cidade, mas o salário médio líquido que está a assumir para Lisboa é igual ao nacional, por isso acho que essa parte é capaz de não estar bem.
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Re: Políticas para Portugal
MPCapital Escreveu:O income ratio em Lisboa tens de fazer fine tuning na mesma, porque o que releva mais é o salário médio de Lisboa versus as casas em Lisboa, não o salário médio nacional versus as casas em Lisboa. A disparidade entre salários em Lisboa versus o resto do país é bastante maior do que noutros países europeus, embora também haja exemplos parecidos
Não percebi esta parte. O link que enviei é um rácio dos preços das casas em Lisboa em função do salário em Lisboa.
Isto vê quantos anos de salários são precisos para comprar casa. De 134 cidades da Europa (com rácios entre 5.2 e 19.2) somos a mais cara

Aplicando a mesma lógica ao nível de Portugal, em 40 países da Europa (entre 6.1 e 17.1) aparecemos em 10 com 13.3
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Re: Políticas para Portugal
Alegoria da Caverna
Youmeu os portugueses vivem numa caverna e nunca viram luz. Mais depressa matam quem lhes mostra o caminho do que preferem ver a luz.
Cada vez pior e mais fechados na cova.
Pessoas acorrentadas, sem poderem se mover, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, sem poder ver uns aos outros ou a si próprios. Atrás dos prisioneiros há uma fogueira, separada deles por uma parede baixa, por detrás da qual passam pessoas carregando objetos que representam "homens e outras coisas viventes". As pessoas caminham por detrás da parede de modo que os seus corpos não projetam sombras, mas sim os objetos que carregam. Os prisioneiros não podem ver o que se passa atrás deles e veem apenas as sombras que são projetadas na parede em frente a eles. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros seja libertado e forçado a olhar o fogo e os objetos que faziam as sombras (uma nova realidade, um conhecimento novo). A luz iria ferir os seus olhos e ele não poderia ver bem. Se lhe disserem que o presente era real e que as imagens que anteriormente via não o eram, ele não acreditaria. Na sua confusão, o prisioneiro tentaria voltar para a caverna, para aquilo a que estava acostumado e podia ver.
Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, os seus olhos, agora acostumados à luz, ficariam cegos devido à escuridão, assim como tinham ficado cegos com a luz. Os outros prisioneiros, ao ver isto, concluiriam que sair da caverna tinha causado graves danos ao companheiro e, por isso, não deveriam sair dali nunca. Se o pudessem fazer, matariam quem tentasse tirá-los da caverna.
Youmeu os portugueses vivem numa caverna e nunca viram luz. Mais depressa matam quem lhes mostra o caminho do que preferem ver a luz.
Cada vez pior e mais fechados na cova.
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Re: Políticas para Portugal
Youmeu Escreveu:Já que estou de férias, aqui vais mais um desabafo.
Há 2 sites que acompanho periodicamente. O preço por m2 do idealista e o price to income ratio em Lisboa.
Acho que o preço m2 do asking do Idealista está bastante inflacionado se vires com detalhe rua a rua, e imóvel concreto, versus os preços efetivos de saída.
O income ratio em Lisboa tens de fazer fine tuning na mesma, porque o que releva mais é o salário médio de Lisboa versus as casas em Lisboa, não o salário médio nacional versus as casas em Lisboa. A disparidade entre salários em Lisboa versus o resto do país é bastante maior do que noutros países europeus, embora também haja exemplos parecidos.
No tema da emigração, não te esqueças que essa é que é a verdadeira política de baixos salários do momento, importar pessoas disponíveis a fazer certo tipo de funções por um certo preço que os jovens em Portugal não estão. Na prática é um subsídio para manter os salários baixos com enfoque nas profissões menos remuneradas mas que depois comunica para a economia como um todo. Com menor emigração tinhas escassez de mão de obra e fazias subir salários, claro que depois precisas de alguma emigração na mesma porque o sistema não ajusta na perfeição e ias prejudicar o pib potencial, mas não vale a pena agora complicar.
O IRS, jovem ou não, faz parte da solução. Tal como o IRC e demais impostos. A carga burocrática é depois outra espécie de imposto, resolvendo estes temas tinhas um país com o mesmo tipo de problemas que existem nos países mais ricos. A vida das nações é esta, trocar uns problemas por outros, nós temos é uma coleção mais alargada dos piores problemas que a maioria dos países tipo ocidental conseguiu gerir melhor que nós.
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Re: Políticas para Portugal
O problema de habitação acontece em todos países onde aboliram fronteiras sem sem ter casas ou construí-las ‘
Primeiro era um contos de fadas o homem era admirado pelo seu belo aspeto não
vai estar no poder o tempo que o seu paí esteve .
Em baixo número funciona e é desejável , em grande número é o pior que pode acontecer a um país :
“Guetização em ascensão
“ O legado de Justin Trudeau será ter destruído o consenso Canadense sobre imigração", escreveu recentemente o jornal The Globe and Mail. Faltando menos de um ano para o fim do seu mandato, pressionado tanto por boa parte da população como pelos partidos da oposição e, por vezes, pelo seu próprio lado, o primeiro-ministro concorda, portanto, em reduzir o número de imigrantes que o país acolherá. Seu amigo adolescente, também Ministro da imigração, Marc Miller, admitiu no final da semana à Radio-canada: "francamente, demoramos um pouco para desacelerar a máquina. »
É impossível convidar 1,2 milhão de novas pessoas para o Canadá todos os anos, quando apenas 200.000 casas estão sendo construídas", exclamou recentemente o líder do Partido Conservador, Pierre Poilievre, um populista indicado para ser o próximo primeiro-ministro.
Oprimidos pela procura, os serviços públicos estão sob pressão. Os preços dos imóveis e das rendas dispararam, provocando uma crise imobiliária e um aumento do número de sem-abrigo... Uma crise que afecta tanto os recém-chegados como os canadianos. O Canadá, há muito acessível, tornou-se um destino caro. O desemprego voltou a aumentar. Chegou agora a 6,6%.
Os canadianos, na sua maioria bastante abertos à imigração, não se ressentem dos requerentes de asilo por escolherem o seu país. Por outro lado, culpam os seus dirigentes por não terem medido as consequências das suas políticas, apesar das advertências dos peritos. A maioria destes últimos estima que levaria quase uma década para construir moradias suficientes para abrigar a população atual.
Outro problema são as consequências sociais e as crescentes exigências religiosas num país onde a guetização está a aumentar. De acordo com o National Institute of Statistics Canada, Toronto tem 55% das "minorias visíveis" e Vancouver, 54%. É necessário " aumentar a representação dos professores muçulmanos (nas universidades)", disse, há poucos dias, a Representante Especial para a luta contra a islamofobia, Amira Elghawaby. A saída deste activista nomeado por Justin Trudeau suscitou protestos no Quebeque, mas é um símbolo da política do primeiro-ministro. Se Ottawa assegurou que irá reduzir a imigração, os canadianos estão cépticos, uma vez que Justin Trudeau luta para admitir francamente o seu erro. O Globe and Mail, um jornal moderado de língua inglesa, também encabeçou:"o governo de Trudeau está resolvendo o problema da imigração, o mais lentamente possível".
Primeiro era um contos de fadas o homem era admirado pelo seu belo aspeto não
vai estar no poder o tempo que o seu paí esteve .
Em baixo número funciona e é desejável , em grande número é o pior que pode acontecer a um país :
“Guetização em ascensão
“ O legado de Justin Trudeau será ter destruído o consenso Canadense sobre imigração", escreveu recentemente o jornal The Globe and Mail. Faltando menos de um ano para o fim do seu mandato, pressionado tanto por boa parte da população como pelos partidos da oposição e, por vezes, pelo seu próprio lado, o primeiro-ministro concorda, portanto, em reduzir o número de imigrantes que o país acolherá. Seu amigo adolescente, também Ministro da imigração, Marc Miller, admitiu no final da semana à Radio-canada: "francamente, demoramos um pouco para desacelerar a máquina. »
É impossível convidar 1,2 milhão de novas pessoas para o Canadá todos os anos, quando apenas 200.000 casas estão sendo construídas", exclamou recentemente o líder do Partido Conservador, Pierre Poilievre, um populista indicado para ser o próximo primeiro-ministro.
Oprimidos pela procura, os serviços públicos estão sob pressão. Os preços dos imóveis e das rendas dispararam, provocando uma crise imobiliária e um aumento do número de sem-abrigo... Uma crise que afecta tanto os recém-chegados como os canadianos. O Canadá, há muito acessível, tornou-se um destino caro. O desemprego voltou a aumentar. Chegou agora a 6,6%.
Os canadianos, na sua maioria bastante abertos à imigração, não se ressentem dos requerentes de asilo por escolherem o seu país. Por outro lado, culpam os seus dirigentes por não terem medido as consequências das suas políticas, apesar das advertências dos peritos. A maioria destes últimos estima que levaria quase uma década para construir moradias suficientes para abrigar a população atual.
Outro problema são as consequências sociais e as crescentes exigências religiosas num país onde a guetização está a aumentar. De acordo com o National Institute of Statistics Canada, Toronto tem 55% das "minorias visíveis" e Vancouver, 54%. É necessário " aumentar a representação dos professores muçulmanos (nas universidades)", disse, há poucos dias, a Representante Especial para a luta contra a islamofobia, Amira Elghawaby. A saída deste activista nomeado por Justin Trudeau suscitou protestos no Quebeque, mas é um símbolo da política do primeiro-ministro. Se Ottawa assegurou que irá reduzir a imigração, os canadianos estão cépticos, uma vez que Justin Trudeau luta para admitir francamente o seu erro. O Globe and Mail, um jornal moderado de língua inglesa, também encabeçou:"o governo de Trudeau está resolvendo o problema da imigração, o mais lentamente possível".
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Re: Políticas para Portugal
Já que estou de férias, aqui vais mais um desabafo.
Há 2 sites que acompanho periodicamente. O preço por m2 do idealista e o price to income ratio em Lisboa.
Aproveito esta oportunidade (como jovem português) para agradecer a todos os que contribuíram para este feito… temos finalmente a cidade com as casas mais cara da Europa em função do salário médio
Já andávamos a lutar pelo pódio há 2 ou 3 anos, mas finalmente conseguimos! 19,3!!! Coitados da malta de Madrid só com 10,9 e Bruxelas 7,5…
Poupar menos do que 15 anos de salário líquido médio para levar com uma casa de 80m quadrados é claramente para os fracos.
https://www.numbeo.com/quality-of-life/ ... region=150
Confesso que tenho pena da minha geração… Tenho colegas que, forçados a arrendar e com baixos salário, preciso de ser mesmo muito criativo para os imaginar a conseguirem vir a ter acesso ao mercado imobiliário.
O IRS jovem não é a solução uma vez que tbm só ajuda a elite de uma geração. Mas sendo a elite que depois dita as regras, será que ela não se irá vingar com um teto máximo nas reformas???
Quiçá não, porque continuem a vir centenas de milhares de imigrantes (a natalidade é certo que não irá sair da sepa torta). Ou quiçá não, porque todos interiorizemos que a riqueza já não é criada, é apenas passada entre gerações…
Certamente um bom trabalho tbm só nos deixa como reis do proletariado… nada mais.
Uma pessoa com salário bruto de 2k (menos que o salário mínimo em alguns países) leva com uma taxa marginal de irs de 35%.
Se para cada 1€ de aumento vê 0,45€ pós descontos irs+ss, talvez o melhor seja pedir para o empregador guardar esse 1€ e não o chatear… Mas quem vê 100k de renda guarda 72k (elah que aqui é onde compensa estar
)
Como singrar? Tirar um bom curso, estar na casa dos pais até aos 35 e poupar violentamente mais de 80% do salário… sem estas 3 nada feito! Quer dizer ou então nascer bem ou emigrar…
Concluo como costumo dizer… nascer em Portugal é jogar o jogo da vida em dificuldade média. Há mais fácil mas tbm há claramente pior. Mas uma coisa é certa, quanto mais a minha geração tem vindo a trabalhar mais longe está de comprar casa. Quanto aos restantes, parabéns… Do ponto de vista real estão iguais, mas do nominal upa upa.
PS: não falo por mim mas por uma geração
Há 2 sites que acompanho periodicamente. O preço por m2 do idealista e o price to income ratio em Lisboa.
Aproveito esta oportunidade (como jovem português) para agradecer a todos os que contribuíram para este feito… temos finalmente a cidade com as casas mais cara da Europa em função do salário médio


Já andávamos a lutar pelo pódio há 2 ou 3 anos, mas finalmente conseguimos! 19,3!!! Coitados da malta de Madrid só com 10,9 e Bruxelas 7,5…
Poupar menos do que 15 anos de salário líquido médio para levar com uma casa de 80m quadrados é claramente para os fracos.
https://www.numbeo.com/quality-of-life/ ... region=150
Confesso que tenho pena da minha geração… Tenho colegas que, forçados a arrendar e com baixos salário, preciso de ser mesmo muito criativo para os imaginar a conseguirem vir a ter acesso ao mercado imobiliário.
O IRS jovem não é a solução uma vez que tbm só ajuda a elite de uma geração. Mas sendo a elite que depois dita as regras, será que ela não se irá vingar com um teto máximo nas reformas???

Quiçá não, porque continuem a vir centenas de milhares de imigrantes (a natalidade é certo que não irá sair da sepa torta). Ou quiçá não, porque todos interiorizemos que a riqueza já não é criada, é apenas passada entre gerações…
Certamente um bom trabalho tbm só nos deixa como reis do proletariado… nada mais.

Se para cada 1€ de aumento vê 0,45€ pós descontos irs+ss, talvez o melhor seja pedir para o empregador guardar esse 1€ e não o chatear… Mas quem vê 100k de renda guarda 72k (elah que aqui é onde compensa estar

Como singrar? Tirar um bom curso, estar na casa dos pais até aos 35 e poupar violentamente mais de 80% do salário… sem estas 3 nada feito! Quer dizer ou então nascer bem ou emigrar…
Concluo como costumo dizer… nascer em Portugal é jogar o jogo da vida em dificuldade média. Há mais fácil mas tbm há claramente pior. Mas uma coisa é certa, quanto mais a minha geração tem vindo a trabalhar mais longe está de comprar casa. Quanto aos restantes, parabéns… Do ponto de vista real estão iguais, mas do nominal upa upa.

PS: não falo por mim mas por uma geração
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Re: Políticas para Portugal
Limite máximo de subscrição de certificados de aforro duplica para 100 mil euros
A alteração foi aprovada esta quinta-feira em conselho de ministros.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Políticas para Portugal
BearManBull Escreveu:Montenegro diz que UE garante 500 milhões de euros em apoios para as vítimas dos incêndios
A negociata é o que importa.
Encher os bolsos com dinheiro dos contribuintes sem qualquer respeito pela natureza nem pela vida humana.
Nem vale a pena falar do estimulo a quem ateia os fogos.
Queimar/provocar incendios rende dinheiro é a mensagem implicìta.
É sempre o mesmo atraso todos os anos. De certa forma estes apoios são perversos, porque não induzem a mudança de comportamentos, e até permitem a fraude, mas Portugal adora queixumes. Depois de os fogos terem sido apagados, as televisões andaram dias a fio a filmar o que tinha sido queimado, a ouvir as queixas. As pessoas têm toda a razão em sentirem-se abaladas, mas exige-se racionalidade a abordar estas questões. As televisões só promovem as emoções básicas e a histeria colectiva.
Esta questão dos fogos tem a ver com o atraso estrutural de Portugal. Antes do 25 de Abril o interior de Portugal - que basicamente era todo o país fora de Lisboa, Porto e Coimbra - era praticamente medieval. As pessoas amanhavam as suas (pequenas) terras, das quais dependiam para sua subsistência. Depois nós tivemos um tipo de progresso com uma urbanização sem qualidade de vida que deixou as terras abandonadas. Há extensões enormes de terra pelo país que não produzem nada e como consequência são pasto para incêndios. O problema é que os proprietários não sabem o que fazer com as terras e não têm a quem vender. As terras só dão despesa aos seus donos, muitos deles sem aptidão ou conhecimento para as gerir.
Nós não vemos isto na Europa Central e do Norte, ali está tudo aproveitado. A solução passaria por vender a pequena propriedade a grandes empresas que fizessem a gestão dessas terras.
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Re: Políticas para Portugal
"Somos os totós do clima!": Portugal suporta custos astronómicos com energias limpas para depois ficar dependente dos países mais poluidores da Terra"
https://cnnportugal.iol.pt/clima/plano- ... b8290578e8
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Re: Políticas para Portugal
Montenegro diz que UE garante 500 milhões de euros em apoios para as vítimas dos incêndios
A negociata é o que importa.
Encher os bolsos com dinheiro dos contribuintes sem qualquer respeito pela natureza nem pela vida humana.
Nem vale a pena falar do estimulo a quem ateia os fogos.
Queimar/provocar incendios rende dinheiro é a mensagem implicìta.
A negociata é o que importa.
Encher os bolsos com dinheiro dos contribuintes sem qualquer respeito pela natureza nem pela vida humana.
Nem vale a pena falar do estimulo a quem ateia os fogos.
Queimar/provocar incendios rende dinheiro é a mensagem implicìta.

“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
― Leon C. Megginson
Re: Políticas para Portugal
previsor Escreveu:Tu és demasiado radical e não tenho paciência para responder. As conversas acabam por não chegar a nenhum lado pois tens opiniões muito extremadas.
Extremadas?
Extorquir mais de 50% dos rendimentos é natural ser anti entidades de dromedarios é ser radical.
Quando tiveres a casa a arder chama la os ministros... ou quando faltar a agua ou luz em casa. Ou quando tenhas uma urgencia hospitalar.
A sociedade é feita por estas pessoas nao por esses monstros mafiosos que tanto andais para aqui a apregoar.
Tenho pena perderam-se 3 vidas de homens bons com valor, sabe-se lá o que passaram, os monstros e as legioes de fanaticos continuam com as politiquices.
“It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent, but rather the one most adaptable to change.”
― Leon C. Megginson
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Re: Políticas para Portugal
O meu post é sobre os alertas (avisos) em massa enviados via sms antes dos incendios, de que o previsor falou (ver citação).
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Políticas para Portugal
MarcoAntonio Escreveu:Esta questão parece-me pertinente...
Não sei se as autoridades responsáveis já ponderaram bem potenciais efeitos preversos de comunicar em massa que as condições são extremamente favoráveis a fogos florestais (para todos os efeitos, é o que a mensagem está a comunicar). Algumas destas mensagens vão, por certo, parar ao destinatário errado.
Curiosamente, parece não haver grande informação sobre esta questão (quero dizer, especificamente, o potencial efeito deste tipo de alertas, neste formato). E suspeito que é difícil de avaliar (os avisos são enviados em alturas que a priori já se correlacionam com elevado número de fogos florestais, sendo que o número de fogos florestais causados por mão humana também já se correlaciona positivamente com condições (meteorológicas e etc) favoráveis. Sobre isso já existe diversa literatura.
Já agora, a questão das horas a fio de cobertura mediática, levantada por outro participante, é igualmente pertinente.previsor Escreveu:
(...]
Acho que as pessoas viram a mensagem no telemóvel sobre o risco extremo de incêndio nas proximas 72 horas e os avisos na televisão como um incentivo para provocar incêndios. Há quem se aproveite das vulnerabilidades para fazer coisas más. Quando vi o aviso no telelmovel, pensei que isso podia acontecer. Por isso, ontem disse que o aviso deveria ser acompanhado de um numero para denunciar ou algo que provocasse receio nessas pessoas de querer incendiar tudo.
As florestas que têm ardido são as que estão abandonadas e sem limpeza, mas se não houvessem pessoas a pegar fogo não teria acontecido o que aconteceu em poucos dias.
Quem quer fazer o mal sabe que essa é a melhor altura para pegar um fogo, mas sem a Situação de Alerta as autoridades não podem impor as restrições necessárias para reduzir o risco de incêndio, como por exemplo, proibir o acesso a espaços florestais, proibir a utilização de máquinas que possam causar incêndios nos espaços rurais , etc. Além de que politicamente, se o Governo não o tivesse feito, a esta hora já estava quase perante uma moção de censura.
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Re: Políticas para Portugal
BearManBull Escreveu:previsor Escreveu:Portugal vai ter uma pasta financeira pela primeira vez.
Wow que felicidade... podiam meter la um orangotango que a vida iria continuar igual.
Mais contas para pagar e mais um tacho... parabens para quem ocupa esses cargos, conseguem ter o resto do mundo a encher-lhe os bolsos.
É pelo menos uma pasta que não é um cliché relacionado com Portugal, como seria algo a ver com o turismo, o mar, as pescas, África, ou os fundos de coesão. É o "tacho" mais importante para Portugal a seguir à presidência da Comissão Europeia por Durão Barroso, só possível devido ao currículo de Maria Luís Albuquerque. O provincianismo da nossa classe política de esquerda fica evidente nas acusações de "portas giratórias", como se não fosse precisamente por causa da experiência profissional de Maria Luís Albuquerque e dos seus contactos que a burocracia de Bruxelas lhe abriu as portas.
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Re: Políticas para Portugal
PMP69 Escreveu:Será que alguém pode esclarecer o BE, que o Amílcar Cabral foi assasinado em Conakry, por guinienses do PAIGC, por estar a negociar com Portugal (Gen. Spinola).
Já agora, lembrar que depois do 25 de Abril, o PAIGC fuzilou milhares de militares africanos, especialmente dos Comandos Africanos e dos Fuzileiros Especiais, que foram traidos e abandonados por Portugal. Em Argel, Mário Soares e Almeida Santos, nada fizeram pelo futuro dos mais de 30 mil guineenses que pertenciam às FA portuguesas.
https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2024/09/21/25-de-abril-tambem-e-cabral-primeira-marxa-cabral-de-lisboa-enche-avenida-da-liberdade/394574/
Pedro
Um crime quem negocia sabia que iam ser massacrados como foram na Argélia talvez centenas de milhares , em Portugal o silêncio em França tiverem uma homenagem com uma canção: ( também deixo a letra que conta essa história pouco conhecida )
“ Ceux qui ont choisi la France (les harkis)
Chanson de Jean-Pax Méfret”
Além de tudo uma bela ca canção:
https://youtu.be/Pr1-2-2mwic?si=3UaOrdsRiUkwfXxb
“Um canto berbere
Veio perturbar a cidade,
Uma oração
Cantada por três jovens cabilas.
Um canto berbere
Para cumprimentar o ex-soldado,
Filho de uma guerra
Cujas feridas ainda estão lá.
Sem bandeira
Colocado no corpo deste homem,
Apenas uma foto
De seus amigos uniformizados,
Uma imagem antiga
Que ele manteve toda a sua vida
Como uma homenagem
Para aqueles que morreram no esquecimento
É uma história que não contamos todos os dias
Ela faz parte dos grandes silêncios
Que mancham a história da França.
É uma história que não contamos todos os dias
Este canto berbere não é apenas uma canção de amor.
Muitas vezes, à noite,
Ele encontrou em um pesadelo
Sangue, gritos,
As reclamações dos Harkis que terminamos.
Diante do calvário,
Os soldados permaneceram com a arma no pé:
A ordem era clara
Eles não deveriam ser salvos.
É uma história que nem todos contamos
Ela denuncia o grande sofrimento
Daqueles que escolheram a França
É uma história que não contamos todos os dias
Esta canção berbere não é apenas uma canção de amor.
O cessar-fogo de 19 de março de 1962 não fez o sangue cessar.
Nas semanas que se seguiram aos acordos de Evian,
Dezenas de milhares de argelinos
Que confiaram na França
Foram desarmados pelas tropas e entregues aos seus algozes.
Vítimas das piores torturas, arrastadas de douar para douar,
Condenado à morte lenta nos djebels da turbulência.
Dos 200 000 homens envolvidos ao lado
Unidades regulares do exército francês,
Apenas 40.000 deles puderam voltar para a França
Com suas famílias, muitas vezes através de iniciativas pessoais
De oficiais franceses que haviam violado as ordens.
Esses sobreviventes foram estacionados com mulheres e filhos
Em quartels sórdidos,
Acampamentos de arame farpado.
Alguns... alguns ainda estão lá.
E essa história que não contamos todos os dias,
Ela pede reconhecimento
Daqueles que acreditaram na França,
Uma maneira de saudar essa bravura...
Esta canção berbere deve ser apenas uma canção de amor.
Uma canção de amor.
——————————————————*-*——————————————————-
Na língua original:
Ceux qui ont choisi la France
--------------------------------
Un chant berbère
Est venu déranger la ville,
Une prière
Chantée par trois jeunes kabyles.
Un chant berbère
Pour saluer l’ancien soldat,
Fils d’une guerre
Dont les blessures sont toujours là.
Pas de drapeau
Posé sur le corps de cet homme,
Juste une photo
De ses copains en uniforme,
Une vieille image
Qu’il a conservée toute sa vie
Comme un hommage
A ceux qui sont morts dans l’oubli
C’est une histoire qu’on ne raconte pas tous les jours
Elle fait partie des grands silences
Qui entachent l’histoire de France.
C’est une histoire qu’on ne raconte pas tous les jours
Ce chant berbère c’est pas seulement un chant d’amour.
Souvent, la nuit,
Il retrouvait en mauvais rêve
Le sang, les cris,
Les plaintes des Harkis qu’on achève.
Face au calvaire,
Les soldats restaient l’arme au pied :
L’ordre était clair
Il ne fallait pas les sauver.
C’est une histoire qu’on ne raconte pas tous les
Elle dénonce les grandes souffrances
De ceux qui ont choisi la France
C’est une histoire qu’on ne raconte pas tous les jours
Ce chant berbère n’est pas seulement un chant d’amour.
Le cessez-le-feu du 19 mars 1962 n’a pas fait cesser le sang.
Dans les semaines qui ont suivi les accords d’Evian,
des dizaines de milliers d’Algériens
qui avaient fait confiance à la France
furent désarmés par les troupes et livrés à leurs bourreaux.
Victimes des pires tortures, trainés de douar en douar,
condamnés à la mort lente dans les djebels de la tourmente.
Sur les 200 000 hommes engagés aux côtés
des unités régulières de l’armée française,
seulement 40 000 d’entre eux purent rentrer en France
avec leur famille, souvent grâce à des initiatives personnelles
d’officiers français qui avaient enfreint les ordres.
Ces rescapés furent parqués avec femmes et enfants
dans des baraquements sordides,
des camps grillagés de barbelés.
Certains... certains y sont encore.
Et cette histoire qu’on ne raconte pas tous les jours,
Elle demande la reconnaissance
De ceux qui ont cru en la France,
Une façon de saluer cette bravoure...
Ce chant berbère, faut qu’il ne soit qu’un chant d’amour.
Un chant d’amour.
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Re: Políticas para Portugal
Esta questão parece-me pertinente...
Não sei se as autoridades responsáveis já ponderaram bem potenciais efeitos preversos de comunicar em massa que as condições são extremamente favoráveis a fogos florestais (para todos os efeitos, é o que a mensagem está a comunicar). Algumas destas mensagens vão, por certo, parar ao destinatário errado.
Curiosamente, parece não haver grande informação sobre esta questão (quero dizer, especificamente, o potencial efeito deste tipo de alertas, neste formato). E suspeito que é difícil de avaliar (os avisos são enviados em alturas que a priori já se correlacionam com elevado número de fogos florestais, sendo que o número de fogos florestais causados por mão humana também já se correlaciona positivamente com condições (meteorológicas e etc) favoráveis. Sobre isso já existe diversa literatura.
Já agora, a questão das horas a fio de cobertura mediática, levantada por outro participante, é igualmente pertinente.
Não sei se as autoridades responsáveis já ponderaram bem potenciais efeitos preversos de comunicar em massa que as condições são extremamente favoráveis a fogos florestais (para todos os efeitos, é o que a mensagem está a comunicar). Algumas destas mensagens vão, por certo, parar ao destinatário errado.
Curiosamente, parece não haver grande informação sobre esta questão (quero dizer, especificamente, o potencial efeito deste tipo de alertas, neste formato). E suspeito que é difícil de avaliar (os avisos são enviados em alturas que a priori já se correlacionam com elevado número de fogos florestais, sendo que o número de fogos florestais causados por mão humana também já se correlaciona positivamente com condições (meteorológicas e etc) favoráveis. Sobre isso já existe diversa literatura.
Já agora, a questão das horas a fio de cobertura mediática, levantada por outro participante, é igualmente pertinente.
previsor Escreveu:
(...]
Acho que as pessoas viram a mensagem no telemóvel sobre o risco extremo de incêndio nas proximas 72 horas e os avisos na televisão como um incentivo para provocar incêndios. Há quem se aproveite das vulnerabilidades para fazer coisas más. Quando vi o aviso no telelmovel, pensei que isso podia acontecer. Por isso, ontem disse que o aviso deveria ser acompanhado de um numero para denunciar ou algo que provocasse receio nessas pessoas de querer incendiar tudo.
As florestas que têm ardido são as que estão abandonadas e sem limpeza, mas se não houvessem pessoas a pegar fogo não teria acontecido o que aconteceu em poucos dias.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Re: Políticas para Portugal
Será que alguém pode esclarecer o BE, que o Amílcar Cabral foi assasinado em Conakry, por guinienses do PAIGC, por estar a negociar com Portugal (Gen. Spinola).
Já agora, lembrar que depois do 25 de Abril, o PAIGC fuzilou milhares de militares africanos, especialmente dos Comandos Africanos e dos Fuzileiros Especiais, que foram traidos e abandonados por Portugal. Em Argel, Mário Soares e Almeida Santos, nada fizeram pelo futuro dos mais de 30 mil guineenses que pertenciam às FA portuguesas.
https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2024/09/21/25-de-abril-tambem-e-cabral-primeira-marxa-cabral-de-lisboa-enche-avenida-da-liberdade/394574/
Pedro
Já agora, lembrar que depois do 25 de Abril, o PAIGC fuzilou milhares de militares africanos, especialmente dos Comandos Africanos e dos Fuzileiros Especiais, que foram traidos e abandonados por Portugal. Em Argel, Mário Soares e Almeida Santos, nada fizeram pelo futuro dos mais de 30 mil guineenses que pertenciam às FA portuguesas.
https://rr.sapo.pt/noticia/pais/2024/09/21/25-de-abril-tambem-e-cabral-primeira-marxa-cabral-de-lisboa-enche-avenida-da-liberdade/394574/
Pedro
Re: Políticas para Portugal
BearManBull Escreveu:previsor Escreveu: Foi assinado o Tratado de Lisboa. E o Sócrates até disse ao Durão Barroso: "Foi porreiro, pá."
Só que as contas públicas estavam a ser mal geridas, havia benefícios a empresas e bancos em troca de subornos, aumentaram-se salários quando já não havia dinheiro e as coisas complicaram-se.
Vivem noutro planeta só pode.
Esse tratado arruinou a Europa. Tive uma vida boa antes desse movimento nazi. Agora trabalho para pagar contas da nova URES com estrelinhas em vez de martelo e foice. Pelo menos na URSS defendiam os nativos...
Neste momento completamente dependente da vontade de agentes externos. Incapazes de ser autosustentéveis em absolutamente nada.
Portugal nem capacidade tem para pescar, nem para produzir azeite, nem para construir casas, está fragilizado em todos os sectores transportes, industria, agricultura, educaçao, saude anda tudo na penuria, mao de obra inexistente. Está bom para albergar criminosos, traficantes e oligarcas que compraram os vistos e agora tratam os locais como lacaios.
Quantas casas foram construidas para (e pelos) mais de um milhao de imigrantes que entraram no país nos ultimos anos? Levantar uma barraca de 150m2 custa 200 mil euros neste momento, com acabamentos vai para os 400 mil sem contar terreno. Fruta, legumes, carne, peixe melhor comprar importado em plastico porque nacional nem velo.
Maravilhoso mundo novo.
Tu és demasiado radical e não tenho paciência para responder. As conversas acabam por não chegar a nenhum lado pois tens opiniões muito extremadas.
Vou estar um tempo sem escrever sobre política para não ter discussões que não quero ter. A única coisa q poderei fazer é atualizar as sondagens das eleições americanas que estava a ver daqui a um tempo, mas não irei comentar nada sobre política durante uns tempos
No entanto deixo-te a resposta do ChatGPT ao teu comentário
Primeiro disse
Este conteúdo pode violar os nossos termos de utilização ou políticas de utilização.
E depois comentou:
O Tratado de Lisboa, assinado em 13 de dezembro de 2007 e em vigor desde 1 de dezembro de 2009, foi um acordo internacional que reformou as estruturas da União Europeia (UE). O objetivo principal era melhorar a eficácia e a capacidade de decisão da UE após sua ampliação para incluir mais Estados-membros. Ele revisou os Tratados de Maastricht e Roma, que são as bases legais da União Europeia.
Entre as mudanças importantes trazidas pelo tratado estão a criação de um presidente do Conselho Europeu, o fortalecimento do papel do Parlamento Europeu, a introdução de uma cláusula de retirada voluntária (como a que o Reino Unido usou no Brexit) e o aumento do voto por maioria qualificada em vez da unanimidade em várias áreas.
**Benefícios para Portugal:**
A princípio, o Tratado de Lisboa foi visto como positivo para Portugal, pois permitiu que o país continuasse a ter influência dentro da UE, além de promover maior integração econômica, política e jurídica entre os países membros. Portugal, como parte de um bloco forte e unificado, poderia teoricamente acessar mais facilmente mercados maiores, investimentos estrangeiros e fundos de desenvolvimento. A UE também tem proporcionado a Portugal apoio financeiro por meio de fundos estruturais, que foram usados para melhorias em infraestrutura e desenvolvimento regional.
**Críticas e Frustrações:**
O discurso que mencionaste reflete uma insatisfação com o impacto das políticas europeias e da integração, muitas vezes vistas como desvantajosas para Portugal, especialmente em setores como a pesca, agricultura e indústria. Uma crítica comum é que as regras impostas pela UE podem ter limitado a soberania de Portugal em questões de produção agrícola e pesca, além de incentivar uma dependência externa. O aumento dos preços de moradia, o custo de vida elevado e a precariedade de empregos são também questões frequentemente apontadas por críticos das políticas neoliberais que muitos acreditam terem se intensificado com o Tratado de Lisboa.
Esses argumentos ecoam preocupações de que a globalização e a integração europeia beneficiam mais os grandes Estados-membros e grandes corporações, enquanto fragilizam economias menores, como a de Portugal, e exacerbam as dificuldades de certos setores, como a construção de moradias acessíveis e a produção agrícola sustentável.
A visão expressa nas tuas palavras também critica o aumento da imigração, o que, segundo essa perspectiva, contribui para a sobrecarga de recursos e para a elevação dos preços, enquanto favorece interesses estrangeiros. No entanto, outras visões podem apontar que a imigração é uma resposta a uma necessidade de mão de obra e que a modernização dos setores produtivos é uma consequência inevitável das economias globalizadas.
A frase "Vivem noutro planeta" reflete a insatisfação com as elites políticas que, na visão de alguns, parecem desconectadas das dificuldades enfrentadas por muitos cidadãos.
**Conclusão:**
Embora o Tratado de Lisboa tenha sido projetado para melhorar o funcionamento da UE e, por extensão, de seus Estados-membros, como Portugal, ele também trouxe consigo críticas sobre a perda de soberania e as dificuldades econômicas enfrentadas pelos países menores. Estas são questões que continuam a alimentar debates sobre o futuro da UE e o papel de Portugal dentro do bloco.
Depois perguntei qual devia ser a ideologia de quem fez o comentário e ele disse isto :
A pessoa que escreveu o comentário parece ter uma inclinação política **nacionalista** ou **soberanista**, com críticas claras à globalização, à União Europeia e à imigração em massa. Essa visão geralmente está associada a posições políticas **conservadoras** ou **populistas de direita**, que defendem maior proteção da soberania nacional, controle sobre a economia local e críticas ao que consideram ser a burocracia supranacional da UE. O uso de termos como "URES com estrelinhas", comparando a UE com a URSS, sugere uma desconfiança em relação a formas de controle centralizado, algo comum entre movimentos de direita eurocética.
O ChatGPT às vezes engana-se, mas não na maioria das vezes
Re: Políticas para Portugal
previsor Escreveu:Jorge perdeu 120 animais nos incêndios: "Dói, mas tive de escolher salvar os meus filhos"
A população de Castro Daire, uma das regiões mais fustigadas pelo fogo em 2017, voltou a chorar as perdas, num tom de lamento e de revolta, após os incêndios deste ano.
https://amp.sicnoticias.pt/especiais/in ... s-63f35674
Isto é um exemplo, mas aconteceu o mesmo em outros locais. Houve sítios que tiveram incêndios há alguns anos e agora voltaram a ter. Durante anos, não houve incêndios nesses locais porque ainda não havia vegetação suficiente. Se não tomarem medidas de jeito, daqui a alguns anos vai voltar a acontecer,
Medidas de jeito? Fazer papelinhos com rubricas?
Honestamente parece que voltamos á idade média.
Se rezarem 3 pais nossos pode ser que o fogo nao volte.
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― Leon C. Megginson
― Leon C. Megginson
Quem está ligado:
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