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Caldeirão da Bolsa

A Crise Financeira, o Crash e os Baby Boomers.

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Fogueiro » 29/1/2008 15:26

Não com segurança, Pata.

Para definir uma tendência são precisos, pelo menos, dois topos e dois fundos.

Tivemos a quebra do triplo fundo em 16 de Janeiro.

Só temos, agora, um topo de 1.498 do S&P500 em 26 de Dezembro e um fundo de 1.270 em 23 de Janeiro.

Se aceitarmos a análise gráfica geralmente aceite, é muito cedo para tirar conclusões.
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por Pata-Hari » 29/1/2008 14:51

O que queres dizer com não ter visto nenhum sector interessante para comprar (com aquelas excepções)? não estão baratos que chegue...?
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por Fogueiro » 29/1/2008 14:46

Sim, o topo deste ráli pode estar próximo, entre os valores do S&P500 1.370 e 1.410 e o DJ 12.455 a 12.800 mas, com a reunião do FOMC de 2 dias a começar hoje é melhor aguardar.

Ainda não vi nenhum Sector de jeito para comprar, salvo os Metais Preciosos (AUY e BVN) e talvez Agricultura (MOS, POT, MON).

Os Trusts canadianos de energias recuperaram bem nas 3 últimas sessões.

Também creio que um re-teste as mínimos (ou próximo) da semana passada e uma consolidação permitirão ver com alguma segurança quais as próximas ganhadoras.

Até sabermos o que o FOMC diz, é melhor ficar nas sidelines, apesar dos 3 (eventualmente, hoje, 4 dias de NYLOWs abaixo de 40) -- excepto em casos excepcionais.

Depois de ter acumulado muita liquidez, é preciso ter bastante paciência e resistir às primeiras impressões/tentações.
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por Pata-Hari » 29/1/2008 12:32

Curiosamente os nylows começam a mostrar que a venda está a secar....
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por Turcio Vedras » 26/1/2008 17:57

Sky Escreveu:Mas qual crash?
Está quase tudo em saldos.
Vejam os PER, as cotações históricas, os earnings etc....
Estamos perante uma correcção - os mais receosos tomam mais valias, os menos receosos compram. E recolhem os frutos mais tarde.
Claro que para os investidores de curto prazo (shorts não é?), isto tá mau.
Sentimento: strong buy
Atenção que eu sou investidor a médio longo prazo.
By the way, excelente análise Fogueiro.


Boa tarde!
:| Partilho tb do sentimento "buy" mas não do "strong buy" porque vejo demasiadas mentes cheias de inteligência, conhecimento e lógica a dizerem e a escreverem coisas tão arrepiantes que nem me atreveria a lê-las para além da capa do livro nem que ele estivesse escrito em português. Não quero nem por sombras contribuir para o desânimo de ninguém mas penso que estas pessoas não são nenhuns cretinos que não saibam o que pensam e escrevem. Acho que a melhor postura é "jogar à defesa" com uma parcela moderada das poupanças aplicada em acções defensivas - menos voláteis. Eu estou confiante para os anos mais próximos mas existem razões de sobra que estão diante de todos nós para não nos esquecermos do que pode acontecer em último grau a uma economia global com alguns e preocupantes sinais de fragilidade os quais podem agravar o suficiente para levar a um colapso financeiro.
Para muitos será sómente teoria mas para outros serão teorias muito lógicas e fundamentadas. :|
(anexo link)
http://www.amazon.com:80/exec/obidos/AS ... rketcentra
Cumpts e BFS!
T.V.
Anexos
America's Financial Apocalypse.jpg
America's Financial Apocalypse.jpg (42.84 KiB) Visualizado 8455 vezes
The Second Great Depression.jpg
" Renunciar ao dinheiro na altura certa constitui por vezes o maior investimento"., Terencio
The Second Great Depression.jpg (31.37 KiB) Visualizado 8453 vezes
 
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por iurp » 26/1/2008 17:40

Parabéns Fogueiro e Fundamentalista pelo nível dos assuntos e qualidade de discussão.

Esses assuntos ( extensão do subprime, eleições americanas, possível bolha chinesa e recessão ou abrandamento) são quanto a mim o busilis da questão.

Há espadas apontadas de vários lados e qualquer uma pode dar a grande estocada. A incerteza é muita e altamente perigoso estar dentro do mercado, longo ou curto. Haverá alguma gente a ganhar mais do que nunca, mas também outros a perder mais do que nunca.

Concordo que a preservação do capital é essencial e diria que a preservação da saúde mental também.

Um abraço e continuem a esse nível.
 
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Endividamento paraa fogueiro

por fundamentalista » 26/1/2008 17:10

Caro Fogueiro,

obrigado pelas suas palavras, sendo certo que não as mereço e que a minha opinião é apenas uma entre muitas e muito provavelmente não será a que está correcta....ainda assim é o que posso partilhar para também vir aqui aprender.

Na verdade na minha opinião o fogueiro tem razão: não saber a dimensão do buraco é assustador!!!

No entanto não é a primeira vez que aparece um buraco na alta finança....não se lembra do que aconteceu na década de 80 do século passado quando uma grande parte dos países do 3º mundo declarou que não pagaria mais o serviço da dívida? nessa altura muitos bancos iriam à falência se os bancos centrais não fossem condescendentes...no entanto, os bancos centrais permitiram que estes provisionassem os créditos numa base suave e dessa forma os prejuízos foram diluídos por muitos anos. Na situação presente, poderemos assistir a uma medida eventualmente similar se a dimensão for realmente grande. O FED já deu um forte sinal que está lá para apoiar, apesar da política do BCE. É que ninguém melhor que o FED sabe da verdadeira dimensão do fenómeno.

Eu acredito que o "crow behavior" dos mercados não é favorável neste momento, pois os bancos estão agora a relatar as perdas neste crédito. A diminuição das taxas de juro é positiva para minorar novos incumprimentos das famílias e o facto de haver mais rigor nos novos créditos irá certamente favorecer as correcções necessárias.

Em termos de dinâmica dos mercados não vejo razões para descontar um efeito optimista, até porque as "bolhas asiáticas" parecem estar a rebentar, sendo que as cotações terão de ajustar em torno do crescimento real da economia.

Estou algo curioso para saber como os mercados reagirão em torno das eleições norte-americanas, se bem que a bolsa tende a não ser previsível (veja-se o desastroso efeito Janeiro deste ano!!!).

A curto prazo a tendência de queda dos mercados, ainda que eventualmente mais suave, parece-me inevitável e as preocupações de Bush em aprovar medidas suplementares no Congresso dão bem a noção da situação. A reacção das bolsas asiáticas perante a diminuição da procura externa será também marcante quanto a mim.

Quando os preços estiverem interessantes numa perspectiva de longo prazo, os investidores voltarão para os mercados de forma sustentada, mas nunca antes.

Entretanto resta relembrar que é nos períodos de maior angústia que aparecem os melhores negócios e por isso é bom estar atento e com os olhos bem abertos.

cumprimentos
fundamentalista
 
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por Fogueiro » 26/1/2008 16:27

Caro fundamentalista, obrigado pelo óptimo contributo para este tópico.

Creio que o que mais distingue esta crise das anteriores é ninguém saber ao certo qual a verdadeira dimensão da insanidade das engenharias financeiras delirantes: há quem fale em $500 tn, ou seja quase 10x o PIB mundial!

Espero bem que essa estimativa esteja errada, mas o quem mais incomoda os Mercados (e a mim) é sempre não dispor de números seguros sobre os quais raciocinar.

Mas todos esses “veículos” estruturados (SIVs & Cia) fora dos balanços, sem nenhum subjacente avaliável e fora do controlo das autoridades reguladoras, e as Monolines cujos rankings correm o sério risco de serem revistos para baixo, são um monstro que ainda está meio escondido, apesar da sua dimensão.

É preferível uma realidade má mas fiável, do que a incerteza.

Uma análise competente sobre dados errados é sempre uma análise errada.

Um abraço
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Crise e mercados para fogueiro

por fundamentalista » 26/1/2008 12:02

Caro Fogueiro,


Li com atenção o teu comentário sobre os "baby boomers". Aliás, há cerca de 2 anos, quando vinha de NY para Portugal, comprei no aeroporto um livro designado " the big bear market", onde o autor referia que na lógica dele, o grande bear market apareceria no imobiliário e na economia por volta de 2011/2012, por causa do esgotamento do fenómeno "baby boomers" e devido à baixa taxa de natalidade dos países desenvolvidos.

Aqui vai no entanto a minha modesta opinião (que valerá tanto como triliões de outras!!!):


No entanto eu li o livro (como qualquer outro)com algum cepticismo, uma vez que:

* Esse livro ignora o papel da China e da Índia como potências do século XXI. Esses países têm registado taxas de crescimento médias acima dos 8% ao ano, sendo que a China brevemente deverá ultrapassar a Alemanha e o Japão, tornando-se a 2ª economia mundial. Espera-se que nos próximos 10 anos (segundo relatórios que disponho) mais de 400 milhões de chineses possam vir a migrar das zonas rurais para as zonas urbanas, onde actualmente existirão cerca de 500 milhões de chineses. O Yuan deverá continuar a valorizar-se e os salários reais em algumas zonas chinesas já estão a aumentar substancialmente.
* Esse livro ignora o facto de que apesar dos países desenvolvidos terem falta de renovação, os movimentos globais de migração são uma fonte sempre à mão para resolver esse problema. Nos EUA o fluxo de indianos que vão estudar é enorme e depois muitos ficam por lá. Dessa forma, o problema demográfico não é um verdadeiro problema.

Na verdade, a actual crise deriva do facto das famílias estarem altíssimamente endividadas, devido ao longo ciclo de taxas de juro baixas e à forte especulação imobiliária. Aqui os bancos foram efectivamente culpados pois financiaram famílias que não podiam pagar tal montante de capital (em média). Isso acontece pois não é possível que os preços cresçam sistemativamente 20 ou 25% ao ano, enquanto as remunerações crescem a taxas de 2 ou 3%. Existe um desfasamento entre a economia real e os preços do imobiliário sendo que a correcção, como em qualquer mercado, é inevitável.

A situação é tão mais grave quanto maior for o desfasamento (veja a crise do Japão no início da década de 90, quando a crise no imobiliário/bolsa, arrastou o japão para um longo processo recessivo).

A actual situação nos EUA decorre mais do excesso de endividamente do que de uma excessiva valorização do imobiliário. A taxa de desconto nos EUA esteve em 2002/2003 em 1%, facto que levou alguns bancos a emprestarem capital a quem não teria possibilidade de pagar os empréstimos com taxas a 7%!!!. Esse acréscimo de endividamento gerou esta crise do sub-prime.

Esta perda de riqueza gerará um menor consumo e um efeito depressivo, sendo que mesmo na área imobiliários nos EUA, esta é uma "season" de grandes negócios para os grandes investidores que se estão a banquetear, comprando a preços que há um ano atrás não seria pensável!!!
Em termos imobiliários comerciais/escritórios/indústria, é possível ainda ter um yield nos EUA acima dos 7 ou 8% e em zonas "prime", yields à volta dos 5/5,25% (iguais aqui aos da Europa ou até superiores, uma vez que aqui os investidores são claramente mais racionais (são essencialmente players os investidores institucionais).

A correcção é pois essencialmente localizada e está já em curso há algum tempo, prevendo-se que possa demorar um pouco mais, uma vez que os bancos estão agora extremamente selectivos em termos de política de concessão de crédito.

Relativamente às bolsas, elas reflectem este ajustamento. Não podemos também esquecer que as bolsas registavam já 4 anos de crescimento sustentado, sendo normal que as expectativas que registam sejam "exageradas" face à realidade que o futuro nos devolverá. Nesse cenário, uma correcção de expectativas implicará uma correçcão das cotações, até ao momento em que ocorra o contrário e então as bolsas voltem a subir.

Nos mercados emergentes, onde as bolsas registaram valorizações nos últimos 2 anos superiores a 400% (Índia e China), esta correcção será saudável e permitirá no futuro uma maior sintonia entre a economia real e os mercados financeiros.

Para mim o grande problema da economia mundial contina a ser a ausência de alternativa para o consumo de petróleo, factor que dificulta o processo de desenvolvimento sustentável....

Voltando à bolsa, serão os investidores institucionais (os verdadeiros investidores) que então darão suporte ao mercado....até lá, estaremos certamente fora do mercado, investindo noutros activos que nos possam devolver a rentabilidade que desejamos, tendo em conta o risco que estamos a correr.



cumprimentos
fundamentalista
 
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por Fogueiro » 26/1/2008 4:08

Comentário semanal

Temos agora 2 dias com o NYLOW abaixo de 40.
Um dos dias de fortes subidas foi também o 2º de maior volume de sempre no Nasdaq.
Na 4ª feira o PER do S&P500 chegou a 14, mínimo da última década.

A conjugação destes “internos” do Mercado pode indiciar que o fundo de curto prazo foi feito. O próximo não deve ser antes meados de Fevereiro e explico abaixo porquê.

Por enquanto só estou a reentrar com Metais Preciosos: depois da YAMANA GOLD INC (AUY), foi a COMPAÑIA DE MINAS BUENAVENTURA (BVN).

Já tínhamos o Fed e o PPT.
Agora temos também o Congresso a segurar o Mercado.
Estamos em ano de eleições e, muito mais do que os europeus, os americanos médios (a esmagadora maioria dos eleitores) têm aplicações no mercado de capitais e o seus rendimentos mensais e reformas dependem da saúde dele.


A moral da história passou a ser: nunca shortes o Fed, e muito menos o triunvirato Fed + PPT + Congresso.


A verdade é que o confessionário tem ajudado: tirando as Financeiras e afins, parece que os lucros do S&P500 terão um crescimento de 11-12% no trimestre, e alguns pesos pesados reviram em alta as previsões.

A conjugação de tudo isto produziu um ressalto, onde o shortcovering foi, por vezes, um notório acelerador.

Se continuarem a ser divulgados bons resultados das não-Financeiras, este rali tem pernas para andar porque toda a gente está focada neles, mas quando o confessionário fechar e as boas notícias que de lá chegam já foram, vai toda a gente voltar à Macroeconomia, SIVs, Monolines & Cia, e o tema voltará a ser a recessão.
Isso será lá para meados de Fevereiro e, provavelmente, teremos um re-teste aos mínimos desta semana.
Pelo meio temos a reunião desta semana do FOMC, que deverá adicionar alguma volatilidade à que já existe.

Dito isto, a liquidez é a palavra de ordem: preservar o capital para o investir nas próximas ganhadoras quando vier o novo Bull Market, é prioritário.

Quando será não faço ideia, mas a Fogueiro’s Toolbox avisará, como tem feito no passado.
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por atomez » 19/1/2008 4:04

Fogueiro Escreveu:Mas se não dispusermos, nessa altura, do capital necessário, de nada servirá acertar nas grandes ganhadora do próximo bull market!

Essa é que é essa!

Good night and good luck.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
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por Fogueiro » 19/1/2008 3:59

Comentário semanal

Com todos os Indicadores negativos aumentei substancialmente a liquidez e fiz rotação para sectores menos sensíveis à crise e a uma possível recessão: Utilities, Serviços Oil&Gas e hoje reentrei na MOS…


Parece impossível, mas isto foi escrito há uma semana!

Ao contrário de 2000-2001 em que havia Sectores para rodar, claramente identificados (Financeiro com os célebres REITs, Energia, Imobiliário, Minérios) para onde fugiu o dinheiro que saiu das tecnológicas a tempo, agora, tirando o colchão (ou os BTs), nada parece atrair.

Então que seja o colchão!

E aqui fica a mensagem: quando dispara um stop loss, em vez de pensar nos 15% perdidos, é muito melhor contabilizar mentalmente os 85% salvos.

Um dia virá um novo bull market, não sei quando nem me interessa, porque é inútil tentar adivinhar: a Fogueiro’s Toolbox avisará quando chegar a altura.

E, entretanto, trata-se de descobrir quais serão as acções que ganharão 20%, 30%, 50% – ou muito mais.

Mas se não dispusermos, nessa altura, do capital necessário, de nada servirá acertar nas grandes ganhadoras do próximo bull market!

Neste momento sinto-me bem com mais de 70% no colchão!
...
Editado pela última vez por Fogueiro em 20/1/2008 2:15, num total de 1 vez.
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por Dilson Costa » 12/1/2008 23:31

States Probe Banks' Role in Risky Loans


States Investigating Sale of Securities That Included Riskier-Than-Subprime Loans


Authorities in New York and Connecticut are investigating whether Wall Street banks hid crucial information about high-risk loans bundled into securities that were sold to investors, Connecticut's Attorney General said Saturday.


The investigations, first reported Sunday by The New York Times, center around "no-doc" or "exception" loans, that did not even meet even subprime standards, Attorney General Richard Blumenthal said.

"The loans were made to people who did not have any documents to verify their income or other verification for key requirements normally applied to mortgage borrowers," he said. "Many of the lenders made large amounts of loans, so that the exception swallowed the rule, or became the rule."

The loans were sold by subprime lenders to Wall Street firms that bundled them with other, less risky, loans into securities.

Investigators want to find out whether the banks properly disclosed the high risk of default on those loans when selling those securities to investors in Connecticut and elsewhere, Blumenthal said.

"The investment banks may have used very broad, boilerplate disclaimer language that effectively failed to disclose fully and fairly all the information," he said.

Blumenthal said Connecticut is cooperating with New York and that the investigation may eventually include the Securities and Exchange Commission.

The Times said charges could be filed in the coming weeks.

Jeffrey Lerner, a spokesman for New York Attorney General Andrew Cuomo, declined to comment Saturday.

In November, Cuomo said he issued subpoenas to government-sponsored lenders Fannie Mae and Freddie Mac in his investigation into what he claims are conflicts of interest in the mortgage industry. He said he wanted to know about billions of dollars of home loans they bought from banks, including the largest U.S. savings and loan, Washington Mutual Inc., and how appraisals were handled.

Spokesmen for both lenders said they require accurate appraisals and both agreed to appoint independent examiners as requested. Washington Mutual said it was conducting its own internal investigation into Cuomo's claims and that "the company will vigorously defend itself from all unfounded allegations and lawsuits."

Blumenthal declined to say which firms were under investigation, but said his office had issued over 30 subpoenas.

"These practices involving trillions of dollars in securities sold to ordinary investors go to the core of our financial system's integrity and efficiency," Blumenthal said. "We regard this investigation as a priority."


Fonte: Yahoo finance
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por Fogueiro » 12/1/2008 3:11

Comentário:

O aviso feito 5ª feira, depois do fecho, pela American Express (AXP), de que estava a ter um aumento de incobráveis e uma diminuição nos pagamentos efectuados com seus cartões de crédito, deu logo o tom na abertura.

Depois as quedas terão sido acentuadas pelo espectro dos resultados a sair na próxima semana, que incluem Merrill Lynch & Co. (MER), Citigroup, Inc. (C) e JPMorgan Chase & Co. (JPM).

O Ouro chegou a cotar hoje acima dos $900 por onça.

Quanto aos TBs, as 13 semanas fecharam em 3.01% e os 5 anos nos 3.07%, o que dará margem para um corte de 50pb, não me admirando que metade fosse feito sem esperar pela reunião do FOMC do fim do mês.

Com todos os Indicadores negativos aumentei substancialmente a liquidez e fiz rotação para sectores menos sensíveis à crise e a uma possível recessão: Utilities, Serviços Oil&Gas e hoje reentrei na MOS via Calls devido ao anúncio, pelo Dep da Agricultura americano, de um relatório de sementeiras e colheitas acima do previsto.
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por Fogueiro » 11/1/2008 3:11

Bala Escreveu:
Gostaria de saber a sua opinião quanto ao indicador de 2 segundos o qual, apesar de uma enorme recuperação nas bolsas, atingiu os 600 e tal... :shock:


Caro Bala, significa que aquele rebound não é de fiar. Terá de ser confirmado nos próximos dias.
Quando o fundo estiver feito, as leituras serão inferiores a 40.
Como tenho defendido, acertar em cheio num fundo é impossível e muito perigoso tentar.
É preferível aguardar pela confirmação mesmo perdendo um pouco do uptrend inicial.
Muitas das minhas maiores ganhadoras foram compradas semanas depois de um fundo.
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por Bala » 10/1/2008 3:01

Boas Fogueiro!

Tenho andado a observar a sua toolbox e devo lhe dizer que fiquei bastante "viciado nela" :wink:

Gostaria de saber a sua opinião quanto ao indicador de 2 segundos o qual, apesar de uma enorme recuperação nas bolsas, atingiu os 600 e tal... :shock:

Abraço e bons trades...
O Bala
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por vitorigus » 8/1/2008 9:40

Olá Fogueiro
A NATIONAL GRID é uma nao só recomendada pela Poupança Acçoes como faz parte da sua carteira, mercado Londrino, que nao me agrada muito pelos custos de transação (mas como é tambem diversificar pelas diferentes Bolsas). A que propoes está no mercado americano, com custos de transaçao mais baratos.
Obrigado pela lista ptoposta. Que possamos contar ainda ano com a tua preciosa ajuda.
 
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por Fogueiro » 8/1/2008 3:08

Como prometido, aqui fica o resultado da minha pesquisa em Utilities.

Estas são as 8 empresas em que considero a possibilidade de entrar:

Allegheny Energy, Inc. (AYE) is a diversified utility holding company. They own directly and indirectly various regulated and non-regulated subsidiaries and have aligned its businesses into three principal business segments: regulated utility operations, unregulated generation operations and other unregulated operations.

Baltimore Gas and Electric Company (CEG)
consist primarily of generating, purchasing, and selling electricity and purchasing, transporting, and selling natural gas.

FPL Group, Inc. (FPL)
is a public utility holding company. FPL Group's principal subsidiary, FPL, is engaged in the generation, transmission, distribution and sale of electric energy. FPL Group Capital, a wholly-owned subsidiary of FPL Group, holds the capital stock and provides funding for the operating subsidiaries other than FPL. In addition, FPL Group Capital formed a new subsidiary to sell wholesale fibber-optic network capacity.

Public Service Entertainment Group (PEG)
has been an active participant in the ongoing policy debate on how the energy industry can best contribute to achieving the nation's environmental objectives. PSEG has advocated independently, and through a coalition of companies known as the Clean Energy Group, for the industry to make further reductions in air pollutants traditionally associated with the production of electricity and to begin mandatory carbon dioxide reductions. PSEG has been actively engaged in the climate change policy debate for more than a decade.

NATIONAL GRID -ADR (NGG) is an international energy delivery business, whose principal activities are in the regulated electricity and gas industries. They own and operate the high-voltage electricity transmission network in England and Wales, and Britain's natural gas transportation system. In the US they are one of the top ten electricity companies, with the largest electricity transmission and distribution network in the New England/New York region.

PPL Corporation (PPL) is an energy and utility holding company. PPL controls about 11,500 megawatts of generating capacity in the United States, sells energy in key U.S. markets and delivers electricity to customers in Pennsylvania, the United Kingdom and Latin America.

Maine & Maritimes Corporation (MAM) is a holding company that manages its investments within the utility and facilities infrastructure competitive space, while providing sustainable engineering, facility lifecycle asset management services to internal and external clients within Atlantic Canada and New England. Formed in 2003 as the parent company of Maine Public Service Company, a Maine-based electric transmission and distribution utility, the holding company wholly owns three companies and their subsidiaries.

Veolia Environnement (VE) is the only global company to offer the entire range of environmental services in the water, waste management, energy and transportation sectors. Veolia has been creating global and integrated solutions for public and private sector clients over the world. The quality of its research, the expertise and synergies developed between its teams, its mastery of the public-private partnership model and our commitment to sustainable development have made us a benchmark player in major environmental matters.


Disclaimer: Este comentário é a minha opinião e nunca uma recomendação de compra ou venda. As compras e as vendas são da responsabilidade do Investidor, bem como os lucros ou as perdas resultantes. O Autor pode ter, e provavelmente tem, posições nos títulos referidos. Em caso de dúvida, deverá o Investidor procurar um intermediário financeiro, a SEC, a Euronext, ou a CMVM
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por fiódor » 6/1/2008 23:47

Tem calma Mozhawk, que o 2008 seja bom tb que o homem merece. :mrgreen:

Parabéns pela tua carteira Fogueiro. 1 bom ano de 2008.

1 abraço
Fiódor

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por MozHawk » 6/1/2008 20:29

Isto anda delicado, anda Fogueiro.

Um feliz ano de 2009.

Um abraço,
MozHawk
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por Fogueiro » 5/1/2008 2:35

Comentário semanal

Não se pode dizer que o Ano Novo tenha entrado com o pé direito!
As más notícias do emprego foram o pretexto para o sell-off nas acções e a corrida ao refúgio das obrigações do Tesouro. O Yield dos TBs, que se move em sentido contrário, fechou as 13 semanas em 3,12%, os 5 anos em 3,17% e os 10 anos nos 3,85%.
Com estes valores já assumidos pelo Mercado e com o desemprego a subir para 5%, o FOMC certamente fará novo corte nas taxas, na sua reunião deste mês.

Obviamente todos os Indicadores da Fogueiro’s Toolbox estão bem negativos e espero o primeiro rebound para acumular mais liquidez.
O Indicador de 2” disparou para 480 novos mínimos de 52 semanas no NYSE e, dos principais Índices, apenas o Dow Utilities fechou positivo com +0,7% no dia de hoje.
Isto num dia tão negativo, leva-me a olhar de forma mais atenta para este Sector e vou fazer alguma pesquisa durante o fim-de-semana.
O gráfico semanal pode ser visto abaixo.
Logo que chegue a conclusões, coloco aqui.
Anexos
DJ Utilities - 4.1.08.png
DJ Utilities - 4.1.08.png (14.94 KiB) Visualizado 10493 vezes
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por vitorigus » 1/1/2008 23:24

Fogueiro Escreveu:Comentário semanal:

O assassinato de Benazir Bhutto afectou os mercados mundiais, mas o seu efeito apenas deverá afectar a bolsa Indiana. A mais detida internacionalmente é a Infosys (INFY) que já tem um ranking Zacks #4 (moderate sell).



A última newslleter semanal do bpionline acrescenta qualquer coisa de interessante, a ver. Aqui fica o endereço: http://www.bpionline.pt/Comum/Filesyste ... vegaScroll
 
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por Branc0 » 1/1/2008 23:19

Um belo desejo de ano novo para quem anda nestas coisas :)

Felicidades para 2008 Fogueiro
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por Fogueiro » 1/1/2008 23:07

Que cada um dos 366 dias de 2008 seja, para todos os Forenses e Leitores, dia de Ano Novo!
...
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por Fogueiro » 30/12/2007 17:39

Comentário semanal:

Os Indicadores de Fogueiro’s Toolbox mostram alguma indecisão, talvez resultante do window dressing de fim do ano que implica venda das ovelhas negras (já referi isso a propósito da divergência entre o Indicador de 2” e o de Médio Prazo).
Quanto ao Indicador de Longo Prazo, como fechou esta 6ª feira negativo, vamos ter de esperar, pelo menos mais 2 semanas por uma possível inversão para positivo.

O assassinato de Benazir Bhutto afectou os mercados mundiais, mas o seu efeito apenas deverá afectar a bolsa Indiana. A mais detida internacionalmente é a Infosys (INFY) que já tem um ranking Zacks #4 (moderate sell).

Quanto à crise no Sector Financeiro e a actual preferência dos grandes investidores por empresas classificadas como Growth (PERs altos) em detrimento das Value (PERs baixos) deixo aqui uma boa análise do Louis Navellier:

Due to continuous downgrades by the credit agencies and the escalating write-downs at many financial institutions, the SIV Superfund that Treasury Secretary Paulson proposed last month has officially flamed out. After Citigroup moved $49 billion of its SIV assets back onto its balance sheet, other financial institutions "bit the bullet" and incurred further write-downs. So with Citigroup and other financial institutions moving these controversial SIVs from "off the books" back to their balance sheets, the SIV Superfund is over.
Citigroup’s woes are far from over, however. An analyst at Goldman Sachs has downgraded the company, saying that it could write-off as much as $18.7 billion in the fourth quarter. That’s a staggering amount! If this happens, Citigroup could cut its dividend by 40%.
As a result of the collapse of the SIV resale market, big banks and fund managers are injecting money into their money market and cash funds to try to curb further losses. For instance, Janus has become the latest money manager (after SEI and Legg Mason) to buy back $109 million in securities. This is big news institutionally, but since no retail investors have been harmed by money market funds, we don’t have anything to worry about. Money managers primarily sold SIVs to institutions who were supposed to be sophisticated. Of course, it would be political suicide to default on retail investors, since the class action lawsuits would be relentless.
Citigroup’s downgrade is just the tip of the iceberg on the relentless analyst downgrades that are anticipated in the New Year. This will accelerate the exodus out of interest-rate-sensitive value stocks and the subsequent parade into growth stocks.
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