Especuladores
Soares: «temos que controlar os mercados especulativos»
sábado, 2 de Abril de 2011 | 10:04
O ex-Presidente da República Mário Soares considerou esta sexta-feira que, em termos europeus, "mais tarde ou mais cedo" é preciso "controlar os mercados especulativos", considerando o fenómeno dos mercados "absolutamente escandaloso" e criticando o capitalismo "selvagem" em que vivemos.
No início do ciclo Grandes Debates do Regime, sob o tema "Democracia no séc. XXI: que hierarquia de valores?", Mário Soares considerou justo que lhe perguntassem como é que Portugal vai sair deste "imbróglio".
"A minha resposta é esta: nós temos, mais tarde ou mais cedo, em termos europeus, que controlar os mercados especulativos que só pensam no dinheiro e temos que explicar com a força dos factos que mais importante que o dinheiro são as ideias das pessoas, que são os princípios e são os valores", declarou.
Segundo o ex-presidente da República, é preciso punir "aqueles que usam o capitalismo financeiro para criar uma recessão interna em cada país".
"Foi o que sucedeu na Bélgica, foi o que sucedeu na Irlanda, é o que nós estamos em risco que venha a suceder em Portugal, espero que não", enfatizou.
Para o ex-chefe de Estado e ex-primeiro ministro, "para evitar a recessão, a prioridade das prioridades é reduzir o desemprego".
Soares entende que o capitalismo atual não é aquele que se vivia "no passado, com fundamentos éticos, com princípios e com regras".
"Nós estamos a viver num capitalismo especulativo e selvagem", criticou.
Considerando que "o fenómeno dos mercados é absolutamente escandaloso", o socialista recordou que estes "são conduzidos por poucas pessoas".
"São os principais agentes desses mercados que fazem tremer os políticos e que põem os políticos de joelhos. Ainda por cima têm agências de rating que diariamente nos avaliam mas que são funcionários desses mesmos mercados. Onde é que fica a política nisto?", questionou.
Mário Soares disse ainda não ser daqueles que têm muito medo do Fundo Monetário Internacional (FMI), recordando que enquanto primeiro-ministro teve que recorrer a ele duas vezes e que Portugal resolveu os problemas.
"É que eu, quando era primeiro-ministro, aguentei duas crises em que tive que chamar o Fundo Monetário Internacional", recordou.
Segundo Soares, dessas duas vezes Portugal sobreviveu ao FMI e até resolveu os problemas da altura.
Diário Digital / Lusa
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... 161&page=2
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
Especulação traz risco de nova crise mundial
O fantasma de uma nova crise, tão ou mais grave do que a que assolou o mundo em 2008/09, flutuou ontem em reuniões reservadas em Davos, a partir da avaliação de que a não resolvida hipertrofia do sistema financeiro é um imenso risco.
Para compreender o risco, é preciso dar um passo atrás e entender o cenário que levou à crise, conforme avaliação obtida pela Folha.
Veja especial sobre o Fórum Econômico Mundial
Brasil ganha voz nos eventos de hoje em Davos
Fórum Econômico Mundial foi criado em 1971; entenda
Altos funcionários europeus estão convencidos de que a crise de 2008/09 foi provocada pelo fato de que as autoridades não tinham ideia de como era e como funcionava o novo sistema financeiro, principalmente o que se chamou "setor não bancário", fundamentalmente especulativo e mal regulado ou não regulado.
O que traz o risco para o presente é que os governos continuam sem entender esse setor, ainda hipertrofiado. Daí para explodir de novo é uma questão de sorte ou de bom senso dos próprios banqueiros e investidores.
Timothy Geithner, o secretário norte-americano do Tesouro, põe números na hipertrofia: o setor bancário nos EUA tinha, até a crise, tamanho igual ao do PIB.
Já é um despropósito, mas na Europa a hipertrofia era maior ainda: na Alemanha, o sistema financeiro equivalia a 3,5 vezes a riqueza do país; na Irlanda, a oito vezes.
Outro número sobre o sistema financeiro circulou ontem por Davos: o volume de derivativos de todo tipo, que já era de imponentes US$ 100 trilhões em 2000, saltou para US$ 700 trilhões em 2007, na véspera da crise, e mesmo depois dela recuou pouco, para US$ 600 trilhões.
Dá dez vezes tudo o que o mundo produz de bens e serviços anualmente.
Claro que se trata de riqueza contábil, apostas em diferentes tipos de ativos, de juros a gado, de petróleo à cotação do amendoim.
DUAS VEZES O BRASIL
O mecanismo de alavancagem -- pegar recursos aqui e aplicar ali -- permitiu que, em dez anos, surgisse uma indústria de US$ 3 trilhões, o que dá duas vezes o tamanho da economia brasileira.
É até compreensível, embora não justificável, que os governos e os xerifes dos mercados tenham sido surpreendidos pela explosão de 2008, cujo epicentro foi a quebra justamente de um banco, o Lehman Brothers.
De lá para cá, houve esforço para apresentar nova regulação para o setor financeiro, especialmente para os bancos. Mas os banqueiros, após período de recolhimento porque foram socorridos pelos governos, reagiram.
Ontem, por exemplo, Jamie Dimon, executivo-chefe do JPMorgan Chase, queixou-se de que o refrão que culpa "banqueiros, banqueiros, banqueiros é improdutivo e injusto". Ele acha que não é correto colocar todos os bancos na mesma cesta.
Respondeu Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu: "Todos os bancos do mundo fizeram coisas que não são recomendadas pelos manuais".
Outro banqueiro, Gary Cohn, queixou-se de que mais regulação sobre os bancos poderia levar o investidor a procurar operações de risco, como os "hedge funds".
A afirmação entronca com a avaliação de que o risco de nova crise é latente: até agora, os reguladores trataram de recuperar o controle sobre o setor bancário propriamente dito, mas nem tanto sobre o sistema especulativo. Se esse ficar hipertrofiado, como imagina Cohn, a explosão tenderá a ser maior ainda.
fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/86 ... dial.shtml
O fantasma de uma nova crise, tão ou mais grave do que a que assolou o mundo em 2008/09, flutuou ontem em reuniões reservadas em Davos, a partir da avaliação de que a não resolvida hipertrofia do sistema financeiro é um imenso risco.
Para compreender o risco, é preciso dar um passo atrás e entender o cenário que levou à crise, conforme avaliação obtida pela Folha.
Veja especial sobre o Fórum Econômico Mundial
Brasil ganha voz nos eventos de hoje em Davos
Fórum Econômico Mundial foi criado em 1971; entenda
Altos funcionários europeus estão convencidos de que a crise de 2008/09 foi provocada pelo fato de que as autoridades não tinham ideia de como era e como funcionava o novo sistema financeiro, principalmente o que se chamou "setor não bancário", fundamentalmente especulativo e mal regulado ou não regulado.
O que traz o risco para o presente é que os governos continuam sem entender esse setor, ainda hipertrofiado. Daí para explodir de novo é uma questão de sorte ou de bom senso dos próprios banqueiros e investidores.
Timothy Geithner, o secretário norte-americano do Tesouro, põe números na hipertrofia: o setor bancário nos EUA tinha, até a crise, tamanho igual ao do PIB.
Já é um despropósito, mas na Europa a hipertrofia era maior ainda: na Alemanha, o sistema financeiro equivalia a 3,5 vezes a riqueza do país; na Irlanda, a oito vezes.
Outro número sobre o sistema financeiro circulou ontem por Davos: o volume de derivativos de todo tipo, que já era de imponentes US$ 100 trilhões em 2000, saltou para US$ 700 trilhões em 2007, na véspera da crise, e mesmo depois dela recuou pouco, para US$ 600 trilhões.
Dá dez vezes tudo o que o mundo produz de bens e serviços anualmente.
Claro que se trata de riqueza contábil, apostas em diferentes tipos de ativos, de juros a gado, de petróleo à cotação do amendoim.
DUAS VEZES O BRASIL
O mecanismo de alavancagem -- pegar recursos aqui e aplicar ali -- permitiu que, em dez anos, surgisse uma indústria de US$ 3 trilhões, o que dá duas vezes o tamanho da economia brasileira.
É até compreensível, embora não justificável, que os governos e os xerifes dos mercados tenham sido surpreendidos pela explosão de 2008, cujo epicentro foi a quebra justamente de um banco, o Lehman Brothers.
De lá para cá, houve esforço para apresentar nova regulação para o setor financeiro, especialmente para os bancos. Mas os banqueiros, após período de recolhimento porque foram socorridos pelos governos, reagiram.
Ontem, por exemplo, Jamie Dimon, executivo-chefe do JPMorgan Chase, queixou-se de que o refrão que culpa "banqueiros, banqueiros, banqueiros é improdutivo e injusto". Ele acha que não é correto colocar todos os bancos na mesma cesta.
Respondeu Jean-Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu: "Todos os bancos do mundo fizeram coisas que não são recomendadas pelos manuais".
Outro banqueiro, Gary Cohn, queixou-se de que mais regulação sobre os bancos poderia levar o investidor a procurar operações de risco, como os "hedge funds".
A afirmação entronca com a avaliação de que o risco de nova crise é latente: até agora, os reguladores trataram de recuperar o controle sobre o setor bancário propriamente dito, mas nem tanto sobre o sistema especulativo. Se esse ficar hipertrofiado, como imagina Cohn, a explosão tenderá a ser maior ainda.
fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/86 ... dial.shtml
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
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Re: Especuladores
Elias Escreveu:Este tópico é para juntar notícias e opiniões sobre essa eminência parda, esses seres sem rosto que alegadamente dão cabo disto tudo: os especuladores.
Eu acho que muita gente confunde especulador com manipulador. Especular é uma coisa que fazemos todos.
Já manipuladores é uma coisa diferente. Especular significa expor-se ao risco e com isso ganhar ou perder. Manipular significa ganhar mudando as condições de jogo em proveito próprio.
Pedro Carriço
Já agora, no Bangladesh a fúria dos investidores/especuladores continua:
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A bolsa portuguesa está a dar motivos para que aconteça o mesmo em Portugal...
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A bolsa portuguesa está a dar motivos para que aconteça o mesmo em Portugal...

"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Some argue that the widening spreads between sovereign debt in Germany and that of other European countries has been exacerbated by activity in the market for credit default swaps. This column argues that “naked credit default swaps” are of a different nature to naked short selling and deserve to be treated so. It explores insights from the academic literature, market participants, and securities regulators.
Um texto de Carlos Tavares:
http://www.voxeu.org/index.php?q=node/6005
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
Francisco Lopes: “Governo e Cavaco Silva têm sido a voz dos especuladores contra Portugal”
21.12.2010 - 14:03 Por Lusa
O candidato presidencial Francisco Lopes, apoiado pelo PCP, acusou hoje o Governo e o actual Presidente da República e recandidato, Cavaco Silva, de serem “não a voz do país contra a especulação, mas a voz dos especuladores contra Portugal”.
O candidato presidencial Francisco Lopes, apoiado pelo PCP, acusou hoje o Governo e o actual Presidente da República e recandidato, Cavaco Silva, de serem “não a voz do país contra a especulação, mas a voz dos especuladores contra Portugal”.
Em declarações à agência Lusa à margem de uma visita às novas instalações da câmara municipal do Seixal (CDU), Francisco Lopes comentava as notícias de hoje que dão conta de que a agência de notação financeira Moody’s colocou em revisão o “rating” da dívida de Portugal, com vista a um possível corte de um ou dois níveis.
O candidato comunista afirmou que “as agências de ‘rating’ são a voz dos mercados” e considerou que “o que é necessário é que os órgãos de soberania portuguesa – a começar pelo Presidente da República e pelo Governo – não cedam à chantagem dos especuladores”, o que, acrescentou, “não tem acontecido”.
Francisco Lopes acusou ainda Cavaco Silva de estar “comprometido com os grupos económicos e financeiros e com a especulação financeira”: “Há esse compromisso que atinge profundamente os interesses do povo português e que compromete o desenvolvimento do país, empurrando-o cada vez mais para a recessão económica”, acrescentou.
21.12.2010 - 14:03 Por Lusa
O candidato presidencial Francisco Lopes, apoiado pelo PCP, acusou hoje o Governo e o actual Presidente da República e recandidato, Cavaco Silva, de serem “não a voz do país contra a especulação, mas a voz dos especuladores contra Portugal”.
O candidato presidencial Francisco Lopes, apoiado pelo PCP, acusou hoje o Governo e o actual Presidente da República e recandidato, Cavaco Silva, de serem “não a voz do país contra a especulação, mas a voz dos especuladores contra Portugal”.
Em declarações à agência Lusa à margem de uma visita às novas instalações da câmara municipal do Seixal (CDU), Francisco Lopes comentava as notícias de hoje que dão conta de que a agência de notação financeira Moody’s colocou em revisão o “rating” da dívida de Portugal, com vista a um possível corte de um ou dois níveis.
O candidato comunista afirmou que “as agências de ‘rating’ são a voz dos mercados” e considerou que “o que é necessário é que os órgãos de soberania portuguesa – a começar pelo Presidente da República e pelo Governo – não cedam à chantagem dos especuladores”, o que, acrescentou, “não tem acontecido”.
Francisco Lopes acusou ainda Cavaco Silva de estar “comprometido com os grupos económicos e financeiros e com a especulação financeira”: “Há esse compromisso que atinge profundamente os interesses do povo português e que compromete o desenvolvimento do país, empurrando-o cada vez mais para a recessão económica”, acrescentou.
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A revolta dos especuladores / investidores, como lhe queiram chamar:
http://www.bbc.co.uk/news/world-south-a ... um=twitter
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"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
AutoMech Escreveu:Elias Escreveu:A guerra aos especuladores chegou a Angola:
Se a moda pega a malta do Caldeirão vai toda engavetada.
Ya, a começar pelos administradores, que ainda acabam acusados de "especulocínio" (incitamento à especulação).

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A guerra aos especuladores chegou a Angola:
Multas e prisão para especuladores
13 de Dezembro, 2010
A polícia nacional promete punir os comerciantes que especularem produtos alimentares, durante a quadra festiva, com pena de dois anos de prisão ou multa correspondente.
Segundo Cristiano Francisco, inspector da polícia económica nacional a especulação é um crime punível e por isso «os prevaricadores devem abster-se desta prática, senão passarão as festas na cadeia», alertou o responsável.
Cristiano Francisco apela à população para que denuncie a especulação, a existência de produtos deteriorados em mau estado de conservação ou outras situações que careçam de intervenção da polícia. Para o efeito devem utilizar os seguintes números de telefone: +244 914041033; +244 222336691 ou ainda o site www.policiaeconomica.jv.ao.
O responsável da polícia económica deixa ainda um aviso aos organizadores de festas: devem pedir às direcções provinciais da cultura as respectivas autorizações para a realização de convívios seguros e tranquilos, sob pena de serem punidos de acordo com a lei, caso não cumprirem.
Foram criadas brigadas da Polícia Económica que estão distribuídas pelo país a inspeccionar as várias actividades.
SOL secção Angola
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PMACS Escreveu:... se os alemães e os franceses tivessem dito ‘o euro é a nossa moeda, vocês não nos podem atacar a moeda, senão nós também podemos atacar outras coisas que vocês têm...
Bem... isto dito por um alemão é capaz de causar calafrios a muita gente!

"Es gibt keine verzweifelten Lagen, es gibt nur verzweifelte Menschen" - Heinz Guderian
Trad. "Não existem situações desesperadas, apenas pessoas desesperadas"
Cartago Technical Analysis - Blog
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Elias Escreveu:Mares Escreveu:Elias Escreveu:PMACS Escreveu:“Neste momento há um ataque especulativo, sem princípios éticos nenhuns, contra o euro.
Não confundir com os ataques especulativos feitos de forma ética, que são totalmente aceitáveis
Elias,
o que é um ataque especulativo feito de "forma ética"?
Abraço,
Mares.
lol, Mares, se o M.S. diz que estes ataques são feitos sem princípios éticos, depreende-se que haja ataques éticos, ou não?
Os ataques especulativos éticos, são aqueles em que ele também ganha algum!!

Mares Escreveu:Elias Escreveu:PMACS Escreveu:“Neste momento há um ataque especulativo, sem princípios éticos nenhuns, contra o euro.
Não confundir com os ataques especulativos feitos de forma ética, que são totalmente aceitáveis
Elias,
o que é um ataque especulativo feito de "forma ética"?
Abraço,
Mares.
lol, Mares, se o M.S. diz que estes ataques são feitos sem princípios éticos, depreende-se que haja ataques éticos, ou não?

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O antigo Presidente da República Mário Soares defendeu hoje que há “um ataque especulativo” contra o euro, visando a sua destruição, e responsabiliza os governantes da França e Alemanha por não defenderem a moda única.
“Neste momento há um ataque especulativo, sem princípios éticos nenhuns, contra o euro. Querem destruir o euro, para fazer fortunas imensas, impensáveis”, afirmou Mário Soares.
O antigo Presidente da República e primeiro-ministro sublinhou que “isto não tinha tido importância nenhuma se os alemães e os franceses tivessem dito ‘o euro é a nossa moeda, vocês não nos podem atacar a moeda, senão nós também podemos atacar outras coisas que vocês têm’, se dissessem que não vai ser fácil destruir o euro”´.
Para Mário Soares, que intervinha num debate promovido pela RDP sobre os 25 anos da integração europeia de Portugal, “este foi um erro dos dirigentes europeus e eles vão ter que voltar atrás”.
“Vão ter que voltar atrás para benefício próprio, se não vão sofrer muito, porque se um dos Estados que pertence ao euro sair do euro, isso dava um contágio tal que desarticulava a integração europeia e podia pôr em causa a integração europeia”, argumentou.
Mário Soares está, contudo, “convencido” de que os europeus não querem esta desintegração, que apoiam o euro e o projecto europeu.
“A Europa é vista como um farol, como uma referência, como qualquer coisa que é importante, então, vamos ser nós que nos vamos auto-destruir? Por isso é que eu acho que isso não se vai dar. Vai haver rupturas políticas em cada um dos estados, mas vamos para a frente”, afirmou.
Fonte: http://publico.clix.pt/Pol%C3%ADtica/ma ... ca_1470951
“Neste momento há um ataque especulativo, sem princípios éticos nenhuns, contra o euro. Querem destruir o euro, para fazer fortunas imensas, impensáveis”, afirmou Mário Soares.
O antigo Presidente da República e primeiro-ministro sublinhou que “isto não tinha tido importância nenhuma se os alemães e os franceses tivessem dito ‘o euro é a nossa moeda, vocês não nos podem atacar a moeda, senão nós também podemos atacar outras coisas que vocês têm’, se dissessem que não vai ser fácil destruir o euro”´.
Para Mário Soares, que intervinha num debate promovido pela RDP sobre os 25 anos da integração europeia de Portugal, “este foi um erro dos dirigentes europeus e eles vão ter que voltar atrás”.
“Vão ter que voltar atrás para benefício próprio, se não vão sofrer muito, porque se um dos Estados que pertence ao euro sair do euro, isso dava um contágio tal que desarticulava a integração europeia e podia pôr em causa a integração europeia”, argumentou.
Mário Soares está, contudo, “convencido” de que os europeus não querem esta desintegração, que apoiam o euro e o projecto europeu.
“A Europa é vista como um farol, como uma referência, como qualquer coisa que é importante, então, vamos ser nós que nos vamos auto-destruir? Por isso é que eu acho que isso não se vai dar. Vai haver rupturas políticas em cada um dos estados, mas vamos para a frente”, afirmou.
Fonte: http://publico.clix.pt/Pol%C3%ADtica/ma ... ca_1470951
M&C: You argue in your book that the benefits of hedge funds outweigh the risks. Why is that?
SM: Even though hedge funds get mixed up in financial scandals, there is no evidence that they are systematically more prone to breaking the law than other types of investment vehicles.
You have to ask yourselves, aside from lawbreaking, are they good or are they bad. My argument is that they are less likely to misallocate capital than others because they have better incentives on the upside, because they get a profit share. They have the incentive to really do the research. On the downside, because the managers usually have their own savings on the line, they have a reason not to blow it up and to make moonshots like the proprietary traders at the banks did.
Then in addition to that, they don’t get bailed out with taxpayer money. They are small enough to fail.
O resto aqui:
http://latimesblogs.latimes.com/money_c ... -fund.html
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
Razao_Pura Escreveu:As Câmaras têm dinheiro para fazerem jantares e não têm dinheiro para providendiar refeições nas escolas?
Algo vai mal neste país....
Especuladores são agora o alibi ou o bode expiatório que os políticos (de todas as cores, feitios e filiações partidárias) exorcizam para desviarem a atenção dos verdadeiros culpados pelo estado das contas públicas e do país. E os culpados são eles próprios ou que sentam os rabos no parlamento todas as semanas (não me atrevo a dizer todos os dias devido à elevada taxa de absentismo) para se degladiarem em insultos e provocações e aprovarem leis, decretos leis, portarias outras porcarias que servem os seus interesses em primeiro lugar e os dos que os apoiam e os financiam e os promovem até ao limite da sua ncompetência, em vez de defenderem os interesses do país e de exercerem o mandato para o qual foram eleitos com espírito de serviço público.
Especuladores são eles que andam há 36 anos a brincar com o dinheiro dos portugueses e com a vida dos portugueses e a governarem-se à custa dos portugueses em vez de governarem o país.
Vergonha......
R.P.
xxxxxxxx
Excelente comentário!!!
Pobre recebe R$ 10 e vira consumidor e rico vira especulador
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na tarde desta sexta-feira (10) que o consumo das classes mais pobres sustentou a economia do país durante a crise econômica iniciada em 2008 e que, se um pobre receber R$ 10, ele vira um consumidor, enquanto outro cidadão, se receber R$ 1 milhão, 'vira especulador'.
"O Estado precisa cuidar dos pobres, os ricos não precisam do Estado. Quando você leva R$ 10, R$15 na mão de um pobre, aqueles R$ 10 se transformam num produto de crescimento econômico. Porque a pessoa não vai comprar dólar, a pessoa vai numa bodega comprar um feijãozinho", afirmou.
As declarações foram feitas após elogiar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do país no terceiro trimestre, durante a assinatura da ordem de serviço para o início das obras da Ferrovia da Integração Oeste-Leste, em Ilhéus (BA).
Ontem, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a economia brasileira registrou expansão de 0,5% na comparação com os três meses imediatamente anteriores. 'E se crescer mais 0,5% nesse quarto trimestre, nós poderemos chegar a 8,3%, a 8,4% de crescimento do PIB', disse Lula.
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/mercado/844029-pobre-recebe-r-10-e-vira-consumidor-e-rico-vira-especulador-diz-lula.shtml
"O Estado precisa cuidar dos pobres, os ricos não precisam do Estado. Quando você leva R$ 10, R$15 na mão de um pobre, aqueles R$ 10 se transformam num produto de crescimento econômico. Porque a pessoa não vai comprar dólar, a pessoa vai numa bodega comprar um feijãozinho", afirmou.
As declarações foram feitas após elogiar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) do país no terceiro trimestre, durante a assinatura da ordem de serviço para o início das obras da Ferrovia da Integração Oeste-Leste, em Ilhéus (BA).
Ontem, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que a economia brasileira registrou expansão de 0,5% na comparação com os três meses imediatamente anteriores. 'E se crescer mais 0,5% nesse quarto trimestre, nós poderemos chegar a 8,3%, a 8,4% de crescimento do PIB', disse Lula.
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/mercado/844029-pobre-recebe-r-10-e-vira-consumidor-e-rico-vira-especulador-diz-lula.shtml
Bernanke criticado por financiar milionários e especuladores
06 Dezembro 2010 | 00:01
Carla Pedro - cpedro@negocios.pt
O banco central norte-americano está a ser alvo de fortes críticas desde que, na quarta-feira, divulgou os nomes dos beneficiários dos seus 11 programas de ajuda financeira entre 1 de Dezembro de 2007 e 21 de Julho de 2010.
Ao todo, são mais de 21.000 transacções, pormenorizadas ao longo de milhares de linhas de Excel. E muitos norte-americanos que já começaram a fazer as contas, não gostaram do que viram.
Segundo alguns observadores, este não foi o melhor momento para a Fed divulgar estes dados. Com efeito, a Reserva Federal tinha já muitos dedos apontados devido à decisão, no passado dia 3 de Novembro, de adicionar 600 mil milhões de dólares de estímulos monetários à economia, já que há quem receie que a medida possa alimentar a inflação e bolhas nos preços dos activos. E agora, ao tornar pública a lista de beneficiários das ajudas concedidas com dinheiro dos contribuintes, a autoridade monetária presidida por Ben Bernanke enfrenta uma pressão ainda maior.
O facto de haver milionários e fundos de cobertura de risco, bem como bancos estrangeiros, entre os beneficiários dessas ajudas de emergência, não está a agradar a toda a gente. Há já quem pergunte se a Fed é o banco central do mundo e quem diga que afinal o dinheiro dos contribuintes serviu para ajudar muitos ricos a prosseguirem as suas actividades especulativas.
06 Dezembro 2010 | 00:01
Carla Pedro - cpedro@negocios.pt
O banco central norte-americano está a ser alvo de fortes críticas desde que, na quarta-feira, divulgou os nomes dos beneficiários dos seus 11 programas de ajuda financeira entre 1 de Dezembro de 2007 e 21 de Julho de 2010.
Ao todo, são mais de 21.000 transacções, pormenorizadas ao longo de milhares de linhas de Excel. E muitos norte-americanos que já começaram a fazer as contas, não gostaram do que viram.
Segundo alguns observadores, este não foi o melhor momento para a Fed divulgar estes dados. Com efeito, a Reserva Federal tinha já muitos dedos apontados devido à decisão, no passado dia 3 de Novembro, de adicionar 600 mil milhões de dólares de estímulos monetários à economia, já que há quem receie que a medida possa alimentar a inflação e bolhas nos preços dos activos. E agora, ao tornar pública a lista de beneficiários das ajudas concedidas com dinheiro dos contribuintes, a autoridade monetária presidida por Ben Bernanke enfrenta uma pressão ainda maior.
O facto de haver milionários e fundos de cobertura de risco, bem como bancos estrangeiros, entre os beneficiários dessas ajudas de emergência, não está a agradar a toda a gente. Há já quem pergunte se a Fed é o banco central do mundo e quem diga que afinal o dinheiro dos contribuintes serviu para ajudar muitos ricos a prosseguirem as suas actividades especulativas.
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AutoMech Escreveu:ferreira10 Escreveu:Este tópico não deveria ter o titulo de Especuladores. Deveria alertar para o trabalho meritório dos "Provedores de Liquidez"!![]()
![]()
LOL, tás aqui tás a propor criar o sindicato dos especuladores.
LOL
Eu também tenho as minhas queixas dirigidas aos Especuladores.Mal seria se não fosse reflexivo!

Mas prefiro dizer que alguns investidores são arrastados para essa condição,de modo a que se possam defender.Já que se mantivéssemos o capital durante muito tempo naquele produto financeiro, acabariam por perder dinheiro.Se calhar é o sistema que não está bem; já que não cria as necessárias seguranças, para que o investidor vá para a cama descansado.Também não estou a ver como as poderia criar; afinal, este mundo é montado com base nesse binário; Risco/rentabilidade.Não obstante, mesmo se as conseguisse criar, não me parece que deixaria de haver Especuladores.Infelizmente, está na natureza de alguns; picar.. e saltar fora!
“Successful trading is really very simple. Buy a stock at the right time and sell it at
the right time.”«Mel Raiman»
the right time.”«Mel Raiman»
AutoMech Escreveu:LOL, tás aqui tás a propor criar o sindicato dos especuladores.
A criar-se um tal sindicato já tenho aqui umas ideias sobre quem poderia ser o secretário-geral

Especuladores perceberam determinação em defender o euro
Económico com Lusa
03/12/10 18:50
Sócrates afirma que os juros da dívida pública portuguesa estão a baixar porque os especuladores perceberam a determinação das instituições europeias em defender o euro.
José Sócrates falava aos jornalistas em Mar del Plata, onde até sábado participará juntamente com o Presidente da República, Cavaco Silva, na XX Cimeira Ibero Americana.
Esta manhã os juros da dívida portuguesa a dez anos continuavam a cair, um dia depois de o presidente do Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado a continuação da compra de obrigações soberanas.
Pelas 10:h0, os juros estavam a negociar, em média, nos 5,842%, abaixo dos 6,141% de quinta-feira.
Para o primeiro-ministro, "aqueles que especulavam com as dívidas perceberam que as instituições europeias estavam a falar a sério quando afirmaram que iriam defender a estabilidade do euro".
"Julgo que os fenómenos de especulação pararam quando se depararam com a determinação das instituições europeias -- e quando falo das instituições europeias falo de todas e também dos Estados-membros, porque Portugal está empenhado e terá este ano um défice de 7,3%, que é menor em dois pontos percentuais do que o de 2009", acentuou.
De acordo com o primeiro-ministro, Portugal será um dos países que mais consolidará ao nível do défice e para o ano, com o esforço orçamental previsto, o défice será reduzido para 4,6%, colocando o país protegido desta tempestade de instabilidade dos mercados".
"Acho que os investidores perceberam que a Europa estava absolutamente determinada em preservar as condições de estabilidade do euro", frisou.
Sócrates disse ainda que a decisão do BCE de comprar dívida portuguesa "não foi tomada agora", sendo antes "anterior, de Maio".
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