"TAP não sobrevive se se mantiver pública", garante Pinto Luz

[Info.]

Ming.. pelo que consta os 'trabalhadores' não têm nada que se assemelhe a 1M de papéis:
"Os colaboradores do grupo de Paes do Amaral compraram na OPV 9.130 acções, com um desconto de 3%, ou seja, por 4,22 euros. Estas acções ficarão indisponíveis para negociação durante um período de três meses."
in negocios.pt

Já agora... dia 5 de Abril vão aparecer mais 26.5M de papéis (+/-) do aumento de capital que houve também

Cump.

[Visitante]

Como se explica uma entrada assim em bolsa?
Pelo fecho deve-se presumir continuação da queda, estou certo ou errado?

[Thomas Hobbes]

in negocios.pt

O Banif Banco de Investimento avalia a Media Capital em 449 milhões de euros, segundo um «research» a que o Canal de Negócios teve acesso, que prevê lucros para a empresa liderada por Paes do Amaral já este ano

O estudo do Banif foi feito antes da IPO para distribuir aos investidores institucionais, por isso ainda não é atribuído nenhum preço alvo às acções do grupo de Paes do Amaral. O preço de referência da OPV foi fixado em 4,35 euros. As acções iniciaram a negociação na Euronext Lisbon, hoje, estando a cair 1,84% para 4,27 euros.

A Media Capital [Cot] deve atingir lucros já este ano, segundo o mesmo «research». As receitas devem crescer 7,8%, em 2004 e face a 2003, para os 215,4 milhões de euros. Os lucros devem atingir os 11,8 milhões de euros, contra 43,5 milhões de euros negativos em 2003.

O EBITDA ou «cash flow» operacional deve subir para 43,4 milhões de euros, face a 36 milhões de euros o ano passado. A margem de EBITDA sobe de 18% para 20,2%.

O Banif justifica o optimismo das previsões apresentadas com a recuperação do sector publicitário observada em 2003. O ano passado as despesas em publicidade terão crescido 2,2% depois de dois anos consecutivos a caírem.

«Além da economia portuguesa estar a começar a recuperar, o sector (publicitário) e a Media Capital estão posicionados para serem os principais beneficiários dos dois eventos internacionais que vão ter lugar em Portugal este ano, nomeadamente, o Euro 2004 e o ‘Rock in Rio’».

Depois de terem iniciado nos 4,35 euros, as acções da Media Capital cotaram num valor mínimo de 4,17 euros

[Visitante]

A tão grande dispersão do capital(75%) poderá ser um factor que contribuirá para a subida da cotação, atendendo a:

1- A acção terá importãncia para o índice(Psi20) e, portanto, os fundos de acções que investem no mercado nacional terão interesse em a ter em carteira.

2- Um tão grande "free-float" torna a acção vulnerável a uma OPA...

[Zen]

Ming: há uma outra hipótese, mas é feia. Será que algum Institucional provocou o sucesso da OPV por compra feita por intermédio de carteira alheia ou fundos por si administrados, assim saindo por uma porta e entrando por outra, e hoje está a fazer uma pequena menos valia na carteira ou no fundo. Esse não perde e só ganha.

[Ming]

Esta descida inicial na MC com tanto volume parece-me muito estranha:

1.
Eu, por mim, acho estranho que quem a foi buscar ao IPO há dois dias a vá agora vender com uma perda de quase 5% (como esteve a acontecer ao princípio da tarde, quando foram feitos os maiores volumes).
Que diabo, para isso não tinham ido ao IPO!

2.
Notem que o volume já torna duvidoso que isto seja um despejar por parte do "público em geral" (que não dispunha à partida de mais do que, digamos uns 4 milhões de acções). Mesmo que TODOS vendessem nestas primeiras horas, isso não geraria estes volumes já superiores a 10 milhões!
E os trabalhadores (que talvez tenham mais cerca de 1 milhão de acções?) ainda não podem vender as deles.

3.
Assim, quem é que pode estar a vender, além dos particulares?!
Só há duas hipóteses:
a)
Institucionais estúpidos (que foram ao IPO e já se arrependeram... ).
b)
Quem reteve acções não colocadas no IPO.

Eu, apesar de ter os institucionais que foram ao IPO em muito fraca conta, acredito mais na segunda hipótese.

Conclusão, baseada na hipótese colocada:
Os "Paes do Amaral e associados" não quiseram reduzir ainda mais a sua posição logo no IPO para não o fazerem apresentar ainda mais aspecto de "abandono geral do barco", mas agora, que podem vender mais às escondidas algumas das acções com que (ainda) ficaram (e ainda as podem vender a um preço totalmente desajustado da realidade da empresa) estão a aproveitar para "sair um pouco mais", pela calada...

E agora gostaria de saber se:
1.
Alguém encontra outras possíveis explicações para este inicio de negociação em queda e com este volume.
2.
Alguém quer tecer comentários sobre o significado desta aparente saída adicional das posições detidas em tão bela empresa, por parte de quem a conhece melhor...