Caldeirão da Bolsa

Altri - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Mares » 4/1/2011 12:59

canguru Escreveu:Mares, quantos toques tem essa LTa a azul?


Tem 2... Por isso coloquei "??"...
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por canguru » 4/1/2011 1:37

Mares, quantos toques tem essa LTa a azul?
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por Mares » 4/1/2011 0:41

solrac1977 Escreveu:boa noite

obrigado "Mares" por o grafico e por a tua analise.
vamos esperar que seja o sentido ascendente o caminho dela....

abraços

solrac


de nada... :wink:

Mares
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por solrac1977 » 4/1/2011 0:21

boa noite

obrigado "Mares" por o grafico e por a tua analise.
vamos esperar que seja o sentido ascendente o caminho dela....

abraços



solrac
 
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por Mares » 3/1/2011 23:11

Altri está procurando o seu caminho...

Um toque na linha azul, com reação positiva poderá confirmar a LTA-2009 e levar a Altri a um movimento ascendente. Esse possível movimento "bull" será confirmado com o romper de uma resistência forte localizada em ~3,63 (neckline do H&S).

Enquanto isso não aconteçer, a Altri poderá seguir o negativismo do PSI-20.

Um rumo para a ação deverá estar definido até final do mês de janeiro...

Abraço,

Mares.
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por solrac1977 » 3/1/2011 21:39

boa noite


parece me muito estranho também....

tem andando nestes valores e nao sai dali...
o que aconteceu hoje, tem acontecido mais vezes .....anda todo o dia no verde e na ultima meia hora...volta ao vermelho...
vamos aguardar....mas tenho grandes esperanças na altri para 2011,principalmente por a possibilidade de apresentares grandes resultados.



abraços


solrac
 
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Que vos pareçe....

por rasteiro » 3/1/2011 20:09

esta menina a estes valores.
As suas pares subiram e ela na ultima meia hora passou de ganhos para perdas.


um abraço
 
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por jgovat » 24/12/2010 11:46

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por pdcarrico » 23/12/2010 2:24

Mares Escreveu:
Pdcarrico,

Passei por aqui para te mandar um abraço e votos de Feliz Natal.

Mares.

muito agradeço e retribuo!!

Feliz Natal e o 2011 que seja o melhor possível!

Abraço,
Pedro Carriço
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por Mares » 22/12/2010 20:34

pdcarrico Escreveu:
Ex-est Escreveu:Certo, mas por uma questão de equidade e respeito pelos accionistas da Altri,e porque a Altri saiu do grupo Cofina, que é a dona do Jornal de Negócios, causa-me alguma surpresa, até porque era habitual qualquer assunto relacionado com a Altri ser notícia neste Jornal.
Abraço
Esteves Martins
(accionista da Altri)

Caro esteves,

Eu entendo o teu ponto de vista ... eu também sou accionista, e gostaria de ter mais notícias, mas o que eu quis dizer é que não creio que haja uma razão escondida na ausência de informações sobre a altri. Acho simplesmente que o critério editorial do jornal de negócios não o faz colocar todas as notícias, simplesmente porque a altri não é tão importante quanto por exemplo o é a PT, só isso.

Abraço


Pdcarrico,

Passei por aqui para te mandar um abraço e votos de Feliz Natal.

Mares.
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por helderjsm » 22/12/2010 20:14

Ex-est Escreveu:Crédit Suisse reforça para mais de 5% na F. Ramada

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... id=459939#

Porque será que esta notícia é publicada de imediato relativamente à F. Ramada e relativamente à ALTRI não foi dado qualquer conhecimento de aumento de participação do mesmo grupo?
Será que a F. Ramada é mais importante que a Altri?
Parece-me que não seja esse o Caso...
?????


Eu por acaso até li primeiro a notícia relativamente ao aumento de participação na Altri...
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por esteves111 » 22/12/2010 19:11

Crédit Suisse reforça para mais de 5% na F. Ramada

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... id=459939#

Porque será que esta notícia é publicada de imediato relativamente à F. Ramada e relativamente à ALTRI não foi dado qualquer conhecimento de aumento de participação do mesmo grupo?
Será que a F. Ramada é mais importante que a Altri?
Parece-me que não seja esse o Caso...
?????
 
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Re: Altri - diário

por esteves111 » 22/12/2010 19:02

vmfst Escreveu:Há 9 sessões que a acção não ultrapassa a linha ma20.

Sendo 73,6% do volume de negócios da empresa realizado a nível internacional, não deveria estar com melhor aspecto?

Agradecia comentários.

Cumprimentos



Caro vmfst
95% da produção da Altri é destinada a exportação.
Sou accionista da Altri e sigo o titulo religiosamente há cerca de 5 anos, realmente acho muito estranho o seu comportamento nos últimos tempos, parece que há um grande interesse em manter a cotação a níveis que me parecem baixos, dados os resultados apresentados nos últimos 3 trimestres e as perspectivas para o futuro.
Levando em consideração que ultimamente têm aparecido novos accionistas institucionais e de referência, com posições acima de 2% e 5%, fico com a ideia de que há uma certa manipulação para que a cotação não suba, pelo menos até os interesses compradores estarem satisfeitos.
Esta é a minha análise pessoal, posso estar enganado.
Abraço
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Altri - diário

por suevo » 22/12/2010 18:14

Há 9 sessões que a acção não ultrapassa a linha ma20.

Sendo 73,6% do volume de negócios da empresa realizado a nível internacional, não deveria estar com melhor aspecto?

Agradecia comentários.

Cumprimentos
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por esteves111 » 22/12/2010 15:58

Ulisses Pereira Escreveu:Esteves Martins, queria apenas recordar que Paulo Fernandes, o líder do grupo Cofina, continua a ser presidente da Altri e um dos seus accionistas de referência.

Um abraço,
Ulisses

Obrigado Ulisses, eu sei, por isso é que causa alguma surpresa.
Abraço
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por pdcarrico » 22/12/2010 15:54

Ex-est Escreveu:Certo, mas por uma questão de equidade e respeito pelos accionistas da Altri,e porque a Altri saiu do grupo Cofina, que é a dona do Jornal de Negócios, causa-me alguma surpresa, até porque era habitual qualquer assunto relacionado com a Altri ser notícia neste Jornal.
Abraço
Esteves Martins
(accionista da Altri)

Caro esteves,

Eu entendo o teu ponto de vista ... eu também sou accionista, e gostaria de ter mais notícias, mas o que eu quis dizer é que não creio que haja uma razão escondida na ausência de informações sobre a altri. Acho simplesmente que o critério editorial do jornal de negócios não o faz colocar todas as notícias, simplesmente porque a altri não é tão importante quanto por exemplo o é a PT, só isso.

Abraço
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por Ulisses Pereira » 22/12/2010 15:49

Esteves Martins, queria apenas recordar que Paulo Fernandes, o líder do grupo Cofina, continua a ser presidente da Altri e um dos seus accionistas de referência.

Um abraço,
Ulisses
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por esteves111 » 22/12/2010 15:43

pdcarrico Escreveu:
Ex-est Escreveu:
Ex-est Escreveu:o Credit Suisse Group AG ("CSG") informa que a participação do CSG na ALTRI SGPS, S.A. AUMENTOU para um nível SUPERIOR a 5% em 10/12/2010, em 1.994.189 acções para um total de 5.223.577* acções representativas de 5,093% do capital social.

http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PQ31188.pdf


Porque que será que o jornal de negócios deixou de publicar notícias relacionadas com as participações qualificadas na Altri??? Será que há algum interesse oculto em que tal aconteça? Ou será que o mundo só gira em torno da PT e da jerónimo Martins???

A altri não é tão importante quanto a PT ou a JM. Só em capitalização bolsista, a PT vale por 20/30 altris. E o mediatismo do Credit Suisse não é bem o mesmo de uma Isabel dos Santos. Se a Santoro decidisse comprar 5% da altri, seria concerteza notícia.

Certo, mas por uma questão de equidade e respeito pelos accionistas da Altri,e porque a Altri saiu do grupo Cofina, que é a dona do Jornal de Negócios, causa-me alguma surpresa, até porque era habitual qualquer assunto relacionado com a Altri ser notícia neste Jornal.
Abraço
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por pdcarrico » 22/12/2010 15:30

Ex-est Escreveu:
Ex-est Escreveu:o Credit Suisse Group AG ("CSG") informa que a participação do CSG na ALTRI SGPS, S.A. AUMENTOU para um nível SUPERIOR a 5% em 10/12/2010, em 1.994.189 acções para um total de 5.223.577* acções representativas de 5,093% do capital social.

http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PQ31188.pdf


Porque que será que o jornal de negócios deixou de publicar notícias relacionadas com as participações qualificadas na Altri??? Será que há algum interesse oculto em que tal aconteça? Ou será que o mundo só gira em torno da PT e da jerónimo Martins???

A altri não é tão importante quanto a PT ou a JM. Só em capitalização bolsista, a PT vale por 20/30 altris. E o mediatismo do Credit Suisse não é bem o mesmo de uma Isabel dos Santos. Se a Santoro decidisse comprar 5% da altri, seria concerteza notícia.
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por esteves111 » 22/12/2010 12:35

Ex-est Escreveu:o Credit Suisse Group AG ("CSG") informa que a participação do CSG na ALTRI SGPS, S.A. AUMENTOU para um nível SUPERIOR a 5% em 10/12/2010, em 1.994.189 acções para um total de 5.223.577* acções representativas de 5,093% do capital social.

http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PQ31188.pdf


Porque que será que o jornal de negócios deixou de publicar notícias relacionadas com as participações qualificadas na Altri??? Será que há algum interesse oculto em que tal aconteça? Ou será que o mundo só gira em torno da PT e da jerónimo Martins???
 
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por pdcarrico » 22/12/2010 12:00

Notícia Escreveu:Suzano acquires Conpacel pulp and paper mill from Fibria for $880 million

SAN FRANCISCO, Dec. 21, 2010 (RISI) - Suzano of Brazil acquired the remaining 50% stake of the Conpacel 1.04 million tonnes/yr pulp and paper mill from joint-venture partner Fibria for $1.5 billion real ($880.5 million), the firms announced late today.

Suzano becomes the full owner of Conpacel - Consórcio Paulista de Papel e Celulose, including 650,000 tonnes/yr of bleached eucalyptus (BEK) pulp and 390,000 tonnes/yr of paper at the Limeira, Brazil, mill in the state of Sao Paulo.

The Conpacel pulp mill, built in 1965, added a paper mill in 1992 that makes printing and writing papers. The mill employs about 3,000 workers.

The deal also includes Conpacel's 76,000 hectares of land and 71,000 hectares of plantation. In addition, Suzano will get installations and other assets of KSR, which includes a paper distribution operation.

Suzano is expected to close on the acquisition of the Conpacel assets by Jan. 31, 2011, after executing definitive agreements and payment, Fibria said in a press release. Closing of the KSR assets is expected by Feb. 28, 2011.


Uma curiosidade neste negócio - a compacel tem uma idade próxima à celbi. A capacidade de pasta é de 650 mil ton a que se juntam 390 mil de papel. Na altri são 900 mas só de pasta. A compacel tem 76,000 ha de plantação, quase integralmente plantados. A altri tem 80,000 tb quase integralmente plantados, embora a propriedade do terreno seja da F.Ramada (a madeira em pé é da altri).

São dois Países com retornos diferentes e com produtividades muito diferentes, mas sempre é um referência na avaliação de um negócio destes.
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por esteves111 » 22/12/2010 11:26

o Credit Suisse Group AG ("CSG") informa que a participação do CSG na ALTRI SGPS, S.A. AUMENTOU para um nível SUPERIOR a 5% em 10/12/2010, em 1.994.189 acções para um total de 5.223.577* acções representativas de 5,093% do capital social.

http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PQ31188.pdf
 
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por pdcarrico » 14/12/2010 14:38

Uma das razões que sempre me levaram a estar relativamente optimista em relação à altri era uma perspectiva do rácio procura global/oferta global pressionado em alta. Em parte porque os grandes projectos de aumento de capacidade estão guardados para a segunda metade da década, e apesar do crescimento estar estacionário na Europa e América do Norte, haveria espaço para aumento significativo de consumo (em particular de tissue) nos emergentes (em particular a China).

As compras de pasta na China têm estado bastante abaixo do que ocorria em 2009, e a minha interpretação é de que poderia haver uma correcção decorrente de um anormal crescimento (40% em 2009) nas compras. Estaria talvez a China provavelmente a consumir stocks do ano passado e dessa forma forçar maiores descontos por parte de produtores de pasta.

Uma forma de se olhar para o mercado é pensar que o consumo crescerá com correlação com o crescimento mundial (arbitrando por exemplo 75% do valor do crescimento). Então se a economia mundial crescer 4%, o crescimento no consumo de pasta pode crescer 3%.

O valor do consumo global anda a rondar os 50 milhões de toneladas/ano (sem contar as unidades integradas). Significa que um crescimento na capacidade instalada abaixo de 1,5 milhões de toneladas a cada ano pode pressionar o preço em alta, e um crescimento da capacidade instalada acima de 1,5 pode pressionar em baixa.

Mas 2010 foi um ano diferente. Em primeiro lugar porque se segue a um ano de crise com queda no consumo e queda na capacidade instalada. Houve recuperação dos níveis de consumo (ainda longe dos de 2008) na Europa e América do Norte permitindo a reabertura de unidades no Canadá de 800 mil toneladas/ano (que ainda assim não são suficientes para suprir nem metade do aumento de mais de 10% de consumo na Europa e América do Norte), em segundo lugar porque houve quebra temporária de produção no Chile.

Na Ásia o aumento da capacidade instalada, inicialmente previsto de 1,3MTon/ano da April em Rizhao na China poderá estar, segundo li numa notícia hoje, a operar um pouco acima dessa capacidade (talvez até 1,6/1,7). Esta era o único aumento de capacidade para 2010 (excluindo reactivações). Para além disso existem duas novas adições de capacidade (que se tornarão efectivos em 2011) que podem pressionar os preços em baixa - as duas são de BHK e as duas são na Ásia (Indonésia) e que podem estar na origem de parte da menor pressão compradora chinesa este ano. Uma unidade que estava fechada desde 2008 (Kertas Nusantara) e que pode produzir 500 mil ton/ano e uma adição de 800mil/1 milhão de toneladas em Riaupulp (Sumatra) pertencente a um complexo que já operava 2,8 Mton/ano e que mantinha uma das unidades parada por excassez de madeira.

Há portanto uma adição líquida de capacidade de talvez uns 1,5-1,7 Mton/ano (já contando aumentos residuais na unidade de Riazhao aberta este ano) reservada para 2011 (que já está toda direccionada para a China). Provavelmente o consumo será estacionário da Europa e Eua, e falta por isso saber se o acréscimo de consumo nos emergentes será maior ou menor que esse aumento.

Na figura abaixo tem os valores crescentes das importações chinesas desde 2006 e a situação mês a mês desde o início de 2009.
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por pdcarrico » 14/12/2010 3:45

Mares Escreveu:
A área de Portugal é de 92 mil Km2, o que dá 9,2 milhões de hectares. Se dividirmos esta área pelos 400 mil pequenos produtores, teríamos 23 hectares :P

Bem, mas temos de excluír a sul do tejo (montados e região seca), a aérea ocupada pelas cidades e pelas regiões agrícolas. Se colocarmos 20% dessa área para a floresta, acabamos em uma área média de 4,6 hectares/produtor.
Com uma politica nacional, de reaproveitar estes recursos, será que não poderá ser competitiva?

Tivemos essa "herança"... É preciso voltar a reflorestar e proteger a floresta. Ter uma política de investimento e criar riqueza nas regiões que foram empobreçidas por politicas erradas.

Segundo dados do IFN (inventário florestal nacional) dos 9,2 milhões, serão 3,4 milhões de ha em floresta em Portugal, 3,0 milhões de agricultura e cerca de 2,0 de matos. Depois há outras áreas com aproveitamento diferente. Dos 3,4 milhões, serão uns 800 mil hectares de eucalipto. Não tenho dados sobre a dimensão média das propriedades, mas tenho noção de que a mediana e a média são bastante menores que os 25 ha de que falavas.

Mares Escreveu:Concordo. Achas que 20% do território corresponde à área propícia para a pratica da silvicultura?

A silvicultura pode ocupar mais do que 20%, mas o eucalipto é que apenas deve ser plantado em zonas mais próximas do litoral centro e norte.

Mares Escreveu:Hoje existem boas infraestruturas rodoviárias. Certamente que o que se produz dentro será mais barato do que vêm por importação.

Isso é concerteza, mas o volume de importados acontece para garantia de abastecimento e até para controlo de preços. mas da mesma forma que há importados, já 20% da madeira Portuguesa acaba exportada. Neste particular, a Portucel tem tido uma política de abordagem aos silvicultores verdadeiramente desastrosa ... Tenho informação de que a altri neste aspecto tenha procurado maiores parcerias com produtores.

Mares Escreveu:Quanto fica o custo de execução do projecto e plantação por hectare? Tem outros custos além destes?

Isso não te consigo dizer. Provavelmente na unimadeiras te possam dar uma ideia. Depois do 1º e 2º cortes terás de fazer a selecção de rebentos. Ao fim do 3º corte, é aconselhável arrancar os cepos e fazer replantação ... mas isso ao fim de 40 anos!

Mares Escreveu:Dificilmente que um silvicultor isolado poderá sobreviver dessa actividade. Possivelmente pelo sistema de cooperativas.

Podes ver esse investimento como um complemento de reforma, ou um investimento que vence quando precisares de mandar um filho para a Universidade.

Quanto ao futuro consumo, deixo-te uma leitura de um report da BCG sobre expectativas de supply/demand de madeira na Europa.

Já tem um ano, mas acho bem actual no que diz respeito à expectativa de consumo de madeira a prazos de 10/15 anos.
Anexos
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por Mares » 14/12/2010 1:35

pdcarrico Escreveu: São 400 mil pequenos produtores florestais em Portugal. É particularmente difícil porque se trata muitas vezes de pequena propriedade e onde a mecanização se torna muito difícil.


A área de Portugal é de 92 mil Km2, o que dá 9,2 milhões de hectares. Se dividirmos esta área pelos 400 mil pequenos produtores, teríamos 23 hectares :P

Bem, mas temos de excluír a sul do tejo (montados e região seca), a aérea ocupada pelas cidades e pelas regiões agrícolas. Se colocarmos 20% dessa área para a floresta, acabamos em uma área média de 4,6 hectares/produtor.
Com uma politica nacional, de reaproveitar estes recursos, será que não poderá ser competitiva?

pdcarrico Escreveu: Mas o facto é que o Silvicultor não pode ir buscar os 900 euros a cada mês. De facto a madeira cresce mas só é realizada em dinheiro no momento do corte, e não dá para pagar contas do dia a dia. É bom ver esse investimento como uma poupança que se realiza a 12/13/ou mais anos.


Tivemos essa "herança"... É preciso voltar a reflorestar e proteger a floresta. Ter uma política de investimento e criar riqueza nas regiões que foram empobreçidas por politicas erradas.

pdcarrico Escreveu:Agora a taxa de crescimento muito depende de que terreno estamos a falar. Em algumas zonas e em certas circunstâncias chega a ser possível tirar 40m3/ha/ano. Em contrapartida, num terreno com baixa pluviosidade, não faz sentido nenhum plantar eucalipto.


Concordo. Achas que 20% do território corresponde à área propícia para a pratica da silvicultura?


pdcarrico Escreveu:Também terás custos de transporte que diminuem muito o valor pago se a madeira ficar muito longe do receptor.


Hoje existem boas infraestruturas rodoviárias. Certamente que o que se produz dentro será mais barato do que vêm por importação.

pdcarrico Escreveu:Eu acho que depende muito da disponibilidade do terreno. A minha impressão é que existe muita propriedade muito fragmentada e aquela que é um pouco maior parece-me ter preço muito alto.... mas se tiveres um terreno de 25 ha disponível, então vale a pena o investimento de plantação. Basicamente terás o custo de execução do projecto, plantação, e depois se quiseres só terás um custo de selecção de rebento, depois do corte. Naturalmente que investindo na propriedade, terás mais retorno.


Quanto fica o custo de execução do projecto e plantação por hectare? Tem outros custos além destes?

pdcarrico Escreveu:Não é bem assim. Uma tonelada de pasta precisa de aproximadamente 2,7-2,8 m3 de madeira. Ou seja de um produto que se vende por 600 e qq coisa euros emprega 130-150 euros de madeira.


Dificilmente que um silvicultor isolado poderá sobreviver dessa actividade. Possivelmente pelo sistema de cooperativas.

pdcarrico Escreveu:Eu acho que haverá falta significativa de materiais lenhosos dentro de alguns anos, mas não tenho certeza de quais as aplicações que serão mais importantes e quais as espécies que serão mais usadas. Considerar o valor dos 50 euros actual e admitir uma valorização ao nível da inflação parece-me suficientemente prudente.


Gás natural é finito mas abundante. Ele chega a casa das pessoas já canalizado. O preço nos mercados está relativamente barato. Será que mesmo assim o material lenhoso continue competitivo?
Bem, mas se houver uma politica de diminuição do defice da balança comercial, então o material lenhoso será uma vantagem competitiva.

Abraço,

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