Fundos à la carte
Re: Fundos à la carte
pcm1979 Escreveu:R2 Escreveu:pcm1979 Escreveu:Hoje dei ordem de entrada no UBS (LUX) BS BRAZIL (USD) P-ACC , precisamente por achar que é um bom ponto de entrada![]()
Aproveitar um repique e sair logo que possa.
pcm1979,
Tu foste para o Brasil para aproveitar o possivel ressalto positivo a seguir ao afundanço, e aquilo que eu tenho para te dizer é que se o Brasil tiver um ressalto de Y então eu acho que há países, zonas geográficas e setores específicos que devem ter um ressalto de 3-5Y.
Eu esperava mais tempo para ver melhor a politica e alguns dos seus resultados do novo ministro das finanças que veio do Bradesco, para depois se decidir o investimento ou não.
Abraço.
R2, o fundo em que entrei é de obrigações, melhor dizendo, de dívida soberana brasileira. Custa-me entender como funciona um fundo de obrigações, podes dar-me uma pequena explicação? A cotação desce e sobe em que situações? Só vejo explicação para quedas o câmbio BRL/USD e a cotação da dívida estar cada vez mais acima do par, é isso?
pcm1979,
Eu confundi esse fundo de obrigações do Brasil da UBS com o seu fundo de ações do Brasil, porque os seus nomes só diferem numa única letra, pois onde está "BS Brazil" no fundo de obrigações, no fundo de ações é "ES Brazil".
Agora vamos ao que interessa e dar resposta à tua solicitação de explicação (só espero que a tua dificuldade seja real, pois, salvo erro, tu és um forista que já interagiu comigo quando colocaste uma data de fundos quase todos da ES (Espirito Santo) e eu detesto 2 tipos de pessoas: aquelas que se fazem de parvas mas têm conhecimentos acima da média e aquelas que se armam em sobredotadas e afinal são de underperformance).
Conceitos básicos sobre obrigações:
Obrigações são valores mobiliários que representam o direito dos seus detentores a receber do emissor pagamentos em datas predeterminadas. Existem duas partes num contrato obrigacionista: a parte que promete fazer pagamentos, o emissor ou devedor, e a parte que receberá o pagamento, o obrigacionista ou credor.
O emissor emite obrigações em troca de um preço de emissão. O preço de emissão não tem de ser igual ao valor nominal, podendo ser superior, inferior ou igual (ao par). O valor nominal é o montante que o emissor “reembolsa” ou paga na maturidade da obrigação, ou seja, no fim de vida do empréstimo obrigacionista.
O preço de mercado é o valor pelo qual os investidores transacionam entre si, no mercado secundário, a obrigação no período entre a emissão e a maturidade. Tanto o preço de emissão como o preço de mercado se dizem estar ao par quando são iguais ao valor nominal, abaixo do par quando lhe são inferiores ou acima do par quando lhe são superiores.
O juro de uma obrigação corresponde à diferença entre tudo o que o obrigacionista tem a receber do emissor e o preço de emissão.
A taxa de juro é a proporção percentual do juro em relação ao preço por um determinado período de tempo (ex. 1 ano). Por ex., se uma obrigação que paga 106 € daqui a 1 ano for adquirida por 100 €, o juro esperado é de 6 € (106 € - 100 € = 6 €) e a taxa de juro anual é de 6.0% (6 €/100 € = 0.06 => 6.0%). Por sua vez, se a mesma obrigação for adquirida por 97 €, o juro será 9 € e a taxa de juro 9.0%. Se nada for dito em contrário, assume--se que a taxa de juro é a anual.
A taxa de juro associada a uma obrigação designa-se por yield .O juro pode ser composto por elementos diferentes. Um deles é o pagamento do cupão.
O cupão é o pagamento regular que o emissor faz ao obrigacionista de uma quantia igual a uma percentagem predeterminada do valor nominal. Esta percentagem do valor nominal chama--se taxa de cupão.
O contrato obrigacionista define se a taxa de cupão é fixa ou varia de acordo com uma regra predefinida. Define também a periodicidade do pagamento do cupão. Por ex., se uma obrigação de valor nominal de 10.000 € tiver uma taxa de cupão fixa de 6.0% com pagamentos semestrais, a posse dessa obrigação dá ao obrigacionista o direito de receber 600 € por ano.
Na oferta do emitente em mercado primário o preço de subscrição tende a ser 100% ou ao par sem desconto. Porém, se o investidor adquiriu em mercado secundário, após a colocação, este preço poderá ser inferior/superior, o que altera a rentabilidade do investimento numa comparação com o cupão:
- Preço de compra > a 100% => %Ytm (Yield to maturity) < cupão;
- Preço de compra < a 100% => %Ytm > cupão.
Na aquisição de uma obrigação abaixo do par (inferior a 100%), o investidor recebe ao longo da vida da emissão, o cupão, mas na maturidade (no vencimento da obrigação senão ocorrer nenhum evento de crédito) é reembolsado pelos100%.
O diferencial entre o preço de aquisição e o seu reembolso a 100%, dividido pelo nº de anos em que deteve a emissão => aumenta/diminui o valor da %Ytm.
Algumas das relações entre as obrigações e as acções:
Em vários estudos realizados, verificou-se que o risco de ativos de renda fixa, como as obrigações, não cai tão rapidamente como o previsto pela teoria do percurso aleatório. Este declínio lento do desvio padrão dos retornos médios anuais no mercado de obrigações é uma evidência da aversão (não reversão) para a média dos retornos das obrigações. A aversão para a média significa que, uma vez que o retorno de um ativo desvia da sua média de longo prazo, há um aumento da chance de que ele irá desviar ainda mais, ao invés de voltar para os níveis mais normais em volta da média (reversão para a média), como acontece com os ativos accionistas.
À medida que a inflação acelera, o processo vai-se tornando cumulativo, e os titulares de obrigações não têm nenhuma chance de compensar as perdas do seu poder de compra. Os titulares de ações, uma vez que são titulares de ativos reais, raramente sofrem uma perda permanente devido à inflação.
Há boas razões económicas para a correlação entre as obrigações e as ações se tornar mais positiva e não neutra ou negativa, pelo que cada vez menos as obrigações serão eficazes para uma redução adequada do risco do portfolio formado por acções e obrigações. No caso do ouro ser a base padrão do sistema monetário, os tempos económicos maus foram associados com a queda de preços das commodities. Portanto, o valor real das obrigações governamentais subiram e o mercado de ações caiu, como ocorreu durante a Grande Depressão dos anos da década de 1930.
No caso do papel ser a base padrão do sistema monetário, os tempos económicos maus são mais propensos a serem associados com a inflação. Isto ocorre porque, por exemplo, a Fed dos EUA, geralmente, tenta compensar crises económicas com uma politica monetária expansionista, como ocorreu na década de 1970 e nos QEs (Quantitative Easing) mais recentes. Esta expansão monetária discricionária era impossível com uma base padrão do sistema monetário baseada no ouro.
A segunda razão para o aumento da correlação entre as ações e as obrigações é a estratégia que os gestores de carteiras seguem para alocar ativos. Muitos dos modelos de alocação tática, na qual os gestores usam o dinheiro para tentarem minimizar o risco e maximizarem os retornos da carteira, ditam que a percentagem de um portfolio que é alocada a ações é em função do retorno esperado das ações em relação ao das obrigações.
Assim, à medida que as taxas de juro sobem, provocam, por um lado, uma tendência de descida na cotação das obrigações existentes, porque as novas obrigações são emitidas com uma taxa de juro superior e assim as obrigações anteriores veem a sua cotação baixar, e, por outro lado, uma queda no preço das acções, isto porque o preço do dinheiro fica mais caro para o empréstimo e financiamento das empresas, pelo que a perspetiva dos retornos das novas obrigações é cada vez mais atraente, o que motiva os gestores a venderem as ações. Como resultado, no futuro, os preços das ações irão descer e a cotação das novas obrigações têm tendência a subir. Este é um exemplo de como a atitude dos gestores de portfolios, ao tentarem tirar partido da vantagem da correlação histórica entre as ações e as obrigações, provocam uma mudança na correlação futura.
Variação dos preços das obrigações:
Quando um investidor privado compra uma obrigação de uma empresa ou de dívida soberana de um país, fica com direito a receber todo o valor de emissão adquirido mais os juros periódicos do cupão definidos no contrato obrigacionista . Mas se ele achar que a empresa pode vir a ter dificuldades em cumprir com os pagamentos a que tem direito ou no caso mais grave de possível falência dessa empresa, havendo assim um risco acrescido de a mesma não lhe poder pagar tudo, pode decidir vender esse titulo de obrigação a outra pessoa, no mercado secundário, por um valor mais baixo do que aquele que investiu, para não correr o risco de perder parte do dinheiro investido. Isto faz com que fundos que detêm essa obrigação percam valor se os receios em torno da empresa aumentarem, mesmo que esta continue a pagar juros periodicamente.
Assim, com o aumento do risco de não pagamento por parte dessa empresa, o valor da sua obrigação diminuirá de cotação em função do aumento do seu grau de risco.
Se os investidores que detêm obrigações dessa empresa com risco de não pagamento entrarem na sua maioria em pânico e procederem à venda massiva (sell-off) dessas obrigações no mercado secundário, então isto também pode constituir uma excelente oportunidade de compra dessas obrigações extremamente subavaliadas (muito baratas) por parte de outros investidores que as adquiriram, pois pode acontecer que não se confirmem as supostas dificuldades de não pagamento por parte da empresa em causa e aí o preço de cotação da sua obrigação vai disparar e desse modo os novos compradores vão tomar as valorizações brutais da obrigação, porque souberam arriscar mais (não se deixaram possuir pelo pânico do rebanho), para além de poderem receber tudo a que têm direito nos pagamentos definidos no contrato obrigacionista, no caso de deterem essa obrigação até à sua maturidade.
Um abraço.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock
Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti. - BedRock
Big vacuum ideas in a big head gives a low brain density that float on stupid polluted water. - BedRock
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Re: Fundos à la carte
R2 Escreveu:Boas,
A pedido do amigo Rick, aqui vai um post sobre o rácio de informação, o tracking error e outros parâmetros interligados.
Parâmetros relevantes para a análise de uma gestão ativa dos fundos de investimento: coeficiente de determinação R2, tracking error, rácio de informação, alfa e beta.
(não meto o post todo pq é grande)
Obrigado pelas explicações. Já guardei para futuras consultas

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Re: Fundos à la carte
R2 Escreveu:Em resposta à parte da citação que coloquei a azul, questiono: Se o mercado acionista seguisse a teoria da "Hipótese do Mercado Eficiente", qual seria a importância de se estudar os retornos passados para se perspetivarem os futuros retornos esperados de um FI?
Com todo o respeito mas não vou gastar 2 páginas do tópico a tentar convencer-te da importância da História. A minha incapacidade de te fazer acreditar em algo é, documentadamente, nula. És livre de acreditar no que quiseres, e achares a história irrelevante. Acho que estás no teu direito independentemente de eu ter outra opinião. Pessoalmente considero a história como das coisas mais importantes, nos mercados financeiros e na vida.
Contudo e se quiseres por alguma razão estudar o tema da importância da história (ou outra pessoa qualquer),e já que falas em Mercados Eficientes (sem eu perceber porque razão seriam mutuamente exclusivos) recomendo como leitura de Natal:


R2 Escreveu:Em contraponto às frases do correr/caminhar e ensinar/aprender, pergunto: Alguém ensinou previamente um qualquer macho a ter relações sexuais com as fêmeas da sua espécie, bem como quando o movimento oscilatório do processo deve ser lento ou mais acelerado? Será que o Confucius também tem resposta para esta questão?
Às vezes quando te leio questiono-me se estou num fórum de bolsa ou entrei no Twilight Zone...
Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
Re: Fundos à la carte
R2 Escreveu:Boas,
A pedido do amigo Rick, aqui vai um post sobre o rácio de informação, o tracking error e outros parâmetros interligados.
Parâmetros relevantes para a análise de uma gestão ativa dos fundos de investimento: coeficiente de determinação R2, tracking error, rácio de informação, alfa e beta.
Os gestores passivos de index funds que têm a obrigação de replicar o respetivo índice de referência ou benchmark, não têm grandes hipóteses de pensar “out of the box”, e, como tal, tem de tentar seguir e reproduzir o pensamento do mercado.
O gestor ativo deve tentar pensar antes e melhor que os outros, devendo ser capaz de se diferenciar dos outros gestores. Se a sua linha de pensamento estiver errada, o resultado da sua gestão pode ser desastroso.
Ao contrário da teoria da Hipótese do Mercado Eficiente, o mercado apresenta várias deficiências ou imperfeições e um bom gestor ativo deve procurar oportunidades em áreas menos exploradas (under research) capazes de gerar um maior alfa de outperformance.
Um gestor ativo que tenha uma capacidade de ter um valor elevado de tracking error (ver definição abaixo no texto) superior aos seus pares, vai, no universo de índices grandes, ter uma capacidade suplementar de acrescentar valor e alfa.
Um bom gestor ativo deve revelar capacidades extras de ser um bom analista financeiro e deve tentar agir por antecipação aos factos relevantes do mercado e não ter apenas um comportamento reativo.
Coeficiente de determinação R2:
Na análise comparativa usada pela Morningstar, o valor do coeficiente de determinação R2 (R ao quadrado) é a medida de correlação entre um fundo e o seu indice de referência ou benchmark, o qual varia entre 0 e 1 (diferente do coeficiente de correlação, r, que varia de -1 a 1).
Quanto maior for o valor de R2, maior será a correlação entre os dois. A Morningstar calcula o valor de R2 para o período dos últimos 36 meses (3 anos).
O valor de R2 = 1 significa que num gráfico “x”,”y” (fundo,benchmark) os dados dos resultados (x,y) caem todos em cima da reta de regressão linear, ou seja, significa que todos os movimentos (para cima ou para baixo) do fundo em causa são completamente explicados pelas variações do benchmark.
O valor de R2 = 0 significa que no tal gráfico “x”,”y” não é possível definir nenhuma reta de ajustamento aos resultados (x,y) obtidos, devido à nuvem de resultados totalmente dispersa, ou seja, significa que nenhum dos movimentos do fundo em causa é explicado pelas variações do benchmark.
Por exemplo, o valor de R2 = 0.05 significa que apenas 5% dos movimentos do fundo em causa podem ser explicados pelas variações do benchmark.
Um fundo com um valor de R2 = 0.97, quer dizer que 97% dos movimentos do fundo são explicados pelas variações do seu benchmark ou índice de referência, e, consequentemente, o mesmo é dizer que apenas 3% dos movimentos do fundo é que não seguem o benchmark, e é precisamente apenas estes 3% que constituem a muito pequena margem do gestor em poder gerar um alfa positivo ou outperformance em relação ao índice de referência.
Sendo assim, para mim, é questionável chamar fundos de gestão ativa a fundos com um R2 > 0.95, visto que na prática é mais um index fund (índice de referência ou benchmark), pelo que andam para aí muitos fundos “ativos”por excesso que só vão falsear os resultados da gestão ativa. O caricato é estar-se a pagar uma elevada comissão de gestão a estes tipos de fundos, quando na realidade eles quase que replicam integralmente o índice de referência, e, como tal, deveriam ter umas taxas de fees muito mais baixas.
Rácio de Informação:
O rácio de informação mede a performance dos retornos ajustados ao risco do fundo relativamente à performance dos retornos e risco do seu benchmark ou índice de referência.
O rácio de informação é calculado através da seguinte expressão:
RI = (Rp – Rb) / TE
Em que:
RI- Rácio de Informação;
Rp- Retornos do fundo;
Rb- Retornos do benchmark ou índice de referência do fundo;
TE- Tracking Error (desvio padrão da diferença entre os retornos do fundo e os retornos do índice de referência).
O rácio de informação (RI) mede capacidade do gestor do fundo para gerar retornos em excesso em relação aos retornos do benchmark do fundo, mas também verifica a consistência do gestor em bater o benchmark por um gande nº de meses, alguns meses ou apenas um pouco de cada mês.
Quanto maior é o RI, mais consistente é o gestor e a consistência é uma característica ideal para bater o benchmark numa perspetiva de médio-longo prazo.
Quanto maior é o alfa (outperformance de retornos em relação ao seu benchmark) de um gestor, maior será o seu RI.
Quando o benchmark é o ativo sem risco (risk free), então o Rácio de Informação é equivalente ao rácio de Sharpe (RS). No entanto, nos restantes casos, o ranking dos fundos obtido a partir do Rácio de Informação pode diferir do obtido pelo RS, como é lógico, pois as fórmulas de cáculo são diferentes.
Tal como acontece com o RS também o RI tem as mesmas limitações matemáticas de difícil interpretação quando a rentabilidade em excesso é negativa, uma vez que o rácio será menos negativo no fundo com maior volatilidade, indicando assim, erradamente, um fundo mais eficiente, quando na realidade é ao contrário. Outra limitação matemática, tal como no RS, é quando o denominador do quociente é zero (no caso de não haver diferença entre os retornos do fundo e os retornos do indice de referência, ou seja, com desvio padrão nulo) ou próximo de zero, e então o RI dará matematicamente um valor infinito ou extremamente elevado, longe então da realidade.
Tracking Error:
O Tracking Error (TE) é a divergência entre o comportamento dos preços de uma posição ou de um fundo e o comportamento dos preços de referência.
O TE reporta o desvio padrão da diferença entre os retornos do fundo e os retornos do índice de referência.
O TE pode ser interpretado como o risco residual (não correlacionado com o benchmark), ou seja, como os desvios da rentabilidade do fundo em relação à rentabilidade do benchmark. Assim, o TE corresponde à parte ativa da componente do fundo em contraponto com a restante parte passiva de replicação do respetivo index fund, pelo que a competência de um verdadeiro gestor ativo mede-se pelo seu maior valor de TE associado à geração de maior alfa ou outperformance em relação ao desempenho do respetivo benchmark.
Se TE = 0, isto quer dizer que o fundo tem um comportamento igual ao seu benchmark.
Alfa:
Em finanças assume-se, geralmente, que as taxas de rentabilidade de um determinado ativo têm uma relação linear com as rentabilidades de outro(s) ativo(s) ou com os respetivos benchmarks.
Assim, num gráfico em que no eixo do “Y” (vertical) representamos as rentabilidades de um fundo e no eixo do “X” (horizontal) as rentabilidades do respetivo benchmark, na equação de uma reta de regressão linear simples, o alfa corresponde ao valor da interseção dessa reta com o eixo do “Y” (valor da ordenada na origem) e o declive dessa reta corresponde ao valor do beta (risco/volatilidade), que abaixo vou referir.
Assim, o alfa mede o valor adicional (outperformance) dos retornos obtidos pela gestão ativa do fundo relativamente ao seu benchmark (gestão passiva), sob a mesma quantidade de risco (beta), pelo que o alfa mede o grau de competência dos gestores dos fundos. Em termos relativos, se, por definição, o beta do benchmark é igual a 1, então o alfa deve ser superior a (1- beta). Se o alfa é um valor negativo, isso quer dizer que o risco assumido não compensou o retorno. Se o alfa é positivo, significa que o retorno obtido foi além do risco assumido. Se o alfa é zero, quer dizer que o desempenho do gestor do fundo é igual ao do benchmark.
Beta:
O beta determina o risco ou volatilidade de um investimento e como se relaciona com o valor de referência do benchmark. De repente pode ser parecido com o alfa, mas não, lembre-se que o beta está associado com o risco e o alfa com o retorno com base no risco específico.
Se o beta de um fundo é 1, isso quer dizer que o fundo tem a mesma volatilidade que o respetivo benchmark. Se o beta de um fundo é maior ou menor que 1, significa que a volatilidade é, respetivamente, maior ou menor que o benchmark.
Por exemplo, se um fundo tem um beta de 1.5, isto significa que o mesmo é esperado aumentar 1.5 vezes mais do que a volatilidade do índice de referência. Neste caso, se o benchmark aumentar a volatilidade em 10%, então o fundo iria aumentar a volatilidade em 15%. Ao contrário, se o índice diminuir a volatilidade em 10%, então o fundo iria diminuir a volatilidade em 15%.
Abraço.
Um elogio público ao R2 por esta explicação. Muito obrigado. E continuação de bom trabalho!
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Re: Fundos à la carte
VirtuaGod Escreveu:casdio Escreveu:De facto tens razão. Uma pessoa olha para o passado a penar que o futuro vai ser igual quando raramente é
“History doesn't repeat itself, but it does rhyme.” Mark Twain
"If one wants to run, they must learn how to walk. If one wants to teach, they must learn. If one wants to define the future, they must study the past." Confucius
Em resposta à parte da citação que coloquei a azul, questiono: Se o mercado acionista seguisse a teoria da "Hipótese do Mercado Eficiente", qual seria a importância de se estudar os retornos passados para se perspetivarem os futuros retornos esperados de um FI?
Em contraponto às frases do correr/caminhar e ensinar/aprender, pergunto: Alguém ensinou previamente um qualquer macho a ter relações sexuais com as fêmeas da sua espécie, bem como quando o movimento oscilatório do processo deve ser lento ou mais acelerado? Será que o Confucius também tem resposta para esta questão?
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock
Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
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Re: Fundos à la carte
Rick Lusitano (New) Escreveu:R2 Escreveu:Boas,
Isto foi possível à custa, em grande parte, da valorização do fundo da biotecnologia de 3.51% (real, em USD, sem valorização cambial) nesse dia (no dia anterior foi de 3.91%), o qual tem um peso atualmente de 57.13% no portfolio (no dia anterior era de 56.97%).
Já não tinhas postado essa info?![]()
Não interessa, se repetistes, fiquei foi surpreendido com fundos supostamente mais calmos, com valorizações superiores a 4%, num só dia.
Nas quedas pré-Fed deste mês, 4 "irmãos" AXA de obrigações, até se portaram de forma porreira. Sei que em 2 meses e pouco, tenho o AXA Euro 10LT com +7,4%. Bem melhor do que muitos fundos de acções.
São duas informações diferentes sobre o meu portfolio com um dia de diferença. Se comparares os dois textos vês que há valores diferentes e comparativos com a informação anterior.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock
Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
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Re: Fundos à la carte
Boas,
A pedido do amigo Rick, aqui vai um post sobre o rácio de informação, o tracking error e outros parâmetros interligados.
Parâmetros relevantes para a análise de uma gestão ativa dos fundos de investimento: coeficiente de determinação R2, tracking error, rácio de informação, alfa e beta.
Os gestores passivos de index funds que têm a obrigação de replicar o respetivo índice de referência ou benchmark, não têm grandes hipóteses de pensar “out of the box”, e, como tal, tem de tentar seguir e reproduzir o pensamento do mercado.
O gestor ativo deve tentar pensar antes e melhor que os outros, devendo ser capaz de se diferenciar dos outros gestores. Se a sua linha de pensamento estiver errada, o resultado da sua gestão pode ser desastroso.
Ao contrário da teoria da Hipótese do Mercado Eficiente, o mercado apresenta várias deficiências ou imperfeições e um bom gestor ativo deve procurar oportunidades em áreas menos exploradas (under research) capazes de gerar um maior alfa de outperformance.
Um gestor ativo que tenha uma capacidade de ter um valor elevado de tracking error (ver definição abaixo no texto) superior aos seus pares, vai, no universo de índices grandes, ter uma capacidade suplementar de acrescentar valor e alfa.
Um bom gestor ativo deve revelar capacidades extras de ser um bom analista financeiro e deve tentar agir por antecipação aos factos relevantes do mercado e não ter apenas um comportamento reativo.
Coeficiente de determinação R2:
Na análise comparativa usada pela Morningstar, o valor do coeficiente de determinação R2 (R ao quadrado) é a medida de correlação entre um fundo e o seu indice de referência ou benchmark, o qual varia entre 0 e 1 (diferente do coeficiente de correlação, r, que varia de -1 a 1).
Quanto maior for o valor de R2, maior será a correlação entre os dois. A Morningstar calcula o valor de R2 para o período dos últimos 36 meses (3 anos).
O valor de R2 = 1 significa que num gráfico “x”,”y” (fundo,benchmark) os dados dos resultados (x,y) caem todos em cima da reta de regressão linear, ou seja, significa que todos os movimentos (para cima ou para baixo) do fundo em causa são completamente explicados pelas variações do benchmark.
O valor de R2 = 0 significa que no tal gráfico “x”,”y” não é possível definir nenhuma reta de ajustamento aos resultados (x,y) obtidos, devido à nuvem de resultados totalmente dispersa, ou seja, significa que nenhum dos movimentos do fundo em causa é explicado pelas variações do benchmark.
Por exemplo, o valor de R2 = 0.05 significa que apenas 5% dos movimentos do fundo em causa podem ser explicados pelas variações do benchmark.
Um fundo com um valor de R2 = 0.97, quer dizer que 97% dos movimentos do fundo são explicados pelas variações do seu benchmark ou índice de referência, e, consequentemente, o mesmo é dizer que apenas 3% dos movimentos do fundo é que não seguem o benchmark, e é precisamente apenas estes 3% que constituem a muito pequena margem do gestor em poder gerar um alfa positivo ou outperformance em relação ao índice de referência.
Sendo assim, para mim, é questionável chamar fundos de gestão ativa a fundos com um R2 > 0.95, visto que na prática é mais um index fund (índice de referência ou benchmark), pelo que andam para aí muitos fundos “ativos”por excesso que só vão falsear os resultados da gestão ativa. O caricato é estar-se a pagar uma elevada comissão de gestão a estes tipos de fundos, quando na realidade eles quase que replicam integralmente o índice de referência, e, como tal, deveriam ter umas taxas de fees muito mais baixas.
Rácio de Informação:
O rácio de informação mede a performance dos retornos ajustados ao risco do fundo relativamente à performance dos retornos e risco do seu benchmark ou índice de referência.
O rácio de informação é calculado através da seguinte expressão:
RI = (Rp – Rb) / TE
Em que:
RI- Rácio de Informação;
Rp- Retornos do fundo;
Rb- Retornos do benchmark ou índice de referência do fundo;
TE- Tracking Error (desvio padrão da diferença entre os retornos do fundo e os retornos do índice de referência).
O rácio de informação (RI) mede capacidade do gestor do fundo para gerar retornos em excesso em relação aos retornos do benchmark do fundo, mas também verifica a consistência do gestor em bater o benchmark por um gande nº de meses, alguns meses ou apenas um pouco de cada mês.
Quanto maior é o RI, mais consistente é o gestor e a consistência é uma característica ideal para bater o benchmark numa perspetiva de médio-longo prazo.
Quanto maior é o alfa (outperformance de retornos em relação ao seu benchmark) de um gestor, maior será o seu RI.
Quando o benchmark é o ativo sem risco (risk free), então o Rácio de Informação é equivalente ao rácio de Sharpe (RS). No entanto, nos restantes casos, o ranking dos fundos obtido a partir do Rácio de Informação pode diferir do obtido pelo RS, como é lógico, pois as fórmulas de cáculo são diferentes.
Tal como acontece com o RS também o RI tem as mesmas limitações matemáticas de difícil interpretação quando a rentabilidade em excesso é negativa, uma vez que o rácio será menos negativo no fundo com maior volatilidade, indicando assim, erradamente, um fundo mais eficiente, quando na realidade é ao contrário. Outra limitação matemática, tal como no RS, é quando o denominador do quociente é zero (no caso de não haver diferença entre os retornos do fundo e os retornos do indice de referência, ou seja, com desvio padrão nulo) ou próximo de zero, e então o RI dará matematicamente um valor infinito ou extremamente elevado, longe então da realidade.
Tracking Error:
O Tracking Error (TE) é a divergência entre o comportamento dos preços de uma posição ou de um fundo e o comportamento dos preços de referência.
O TE reporta o desvio padrão da diferença entre os retornos do fundo e os retornos do índice de referência.
O TE pode ser interpretado como o risco residual (não correlacionado com o benchmark), ou seja, como os desvios da rentabilidade do fundo em relação à rentabilidade do benchmark. Assim, o TE corresponde à parte ativa da componente do fundo em contraponto com a restante parte passiva de replicação do respetivo index fund, pelo que a competência de um verdadeiro gestor ativo mede-se pelo seu maior valor de TE associado à geração de maior alfa ou outperformance em relação ao desempenho do respetivo benchmark.
Se TE = 0, isto quer dizer que o fundo tem um comportamento igual ao seu benchmark.
Alfa:
Em finanças assume-se, geralmente, que as taxas de rentabilidade de um determinado ativo têm uma relação linear com as rentabilidades de outro(s) ativo(s) ou com os respetivos benchmarks.
Assim, num gráfico em que no eixo do “Y” (vertical) representamos as rentabilidades de um fundo e no eixo do “X” (horizontal) as rentabilidades do respetivo benchmark, na equação de uma reta de regressão linear simples, o alfa corresponde ao valor da interseção dessa reta com o eixo do “Y” (valor da ordenada na origem) e o declive dessa reta corresponde ao valor do beta (risco/volatilidade), que abaixo vou referir.
Assim, o alfa mede o valor adicional (outperformance) dos retornos obtidos pela gestão ativa do fundo relativamente ao seu benchmark (gestão passiva), sob a mesma quantidade de risco (beta), pelo que o alfa mede o grau de competência dos gestores dos fundos. Em termos relativos, se, por definição, o beta do benchmark é igual a 1, então o alfa deve ser superior a (1- beta). Se o alfa é um valor negativo, isso quer dizer que o risco assumido não compensou o retorno. Se o alfa é positivo, significa que o retorno obtido foi além do risco assumido. Se o alfa é zero, quer dizer que o desempenho do gestor do fundo é igual ao do benchmark.
Beta:
O beta determina o risco ou volatilidade de um investimento e como se relaciona com o valor de referência do benchmark. De repente pode ser parecido com o alfa, mas não, lembre-se que o beta está associado com o risco e o alfa com o retorno com base no risco específico.
Se o beta de um fundo é 1, isso quer dizer que o fundo tem a mesma volatilidade que o respetivo benchmark. Se o beta de um fundo é maior ou menor que 1, significa que a volatilidade é, respetivamente, maior ou menor que o benchmark.
Por exemplo, se um fundo tem um beta de 1.5, isto significa que o mesmo é esperado aumentar 1.5 vezes mais do que a volatilidade do índice de referência. Neste caso, se o benchmark aumentar a volatilidade em 10%, então o fundo iria aumentar a volatilidade em 15%. Ao contrário, se o índice diminuir a volatilidade em 10%, então o fundo iria diminuir a volatilidade em 15%.
Abraço.
A pedido do amigo Rick, aqui vai um post sobre o rácio de informação, o tracking error e outros parâmetros interligados.
Parâmetros relevantes para a análise de uma gestão ativa dos fundos de investimento: coeficiente de determinação R2, tracking error, rácio de informação, alfa e beta.
Os gestores passivos de index funds que têm a obrigação de replicar o respetivo índice de referência ou benchmark, não têm grandes hipóteses de pensar “out of the box”, e, como tal, tem de tentar seguir e reproduzir o pensamento do mercado.
O gestor ativo deve tentar pensar antes e melhor que os outros, devendo ser capaz de se diferenciar dos outros gestores. Se a sua linha de pensamento estiver errada, o resultado da sua gestão pode ser desastroso.
Ao contrário da teoria da Hipótese do Mercado Eficiente, o mercado apresenta várias deficiências ou imperfeições e um bom gestor ativo deve procurar oportunidades em áreas menos exploradas (under research) capazes de gerar um maior alfa de outperformance.
Um gestor ativo que tenha uma capacidade de ter um valor elevado de tracking error (ver definição abaixo no texto) superior aos seus pares, vai, no universo de índices grandes, ter uma capacidade suplementar de acrescentar valor e alfa.
Um bom gestor ativo deve revelar capacidades extras de ser um bom analista financeiro e deve tentar agir por antecipação aos factos relevantes do mercado e não ter apenas um comportamento reativo.
Coeficiente de determinação R2:
Na análise comparativa usada pela Morningstar, o valor do coeficiente de determinação R2 (R ao quadrado) é a medida de correlação entre um fundo e o seu indice de referência ou benchmark, o qual varia entre 0 e 1 (diferente do coeficiente de correlação, r, que varia de -1 a 1).
Quanto maior for o valor de R2, maior será a correlação entre os dois. A Morningstar calcula o valor de R2 para o período dos últimos 36 meses (3 anos).
O valor de R2 = 1 significa que num gráfico “x”,”y” (fundo,benchmark) os dados dos resultados (x,y) caem todos em cima da reta de regressão linear, ou seja, significa que todos os movimentos (para cima ou para baixo) do fundo em causa são completamente explicados pelas variações do benchmark.
O valor de R2 = 0 significa que no tal gráfico “x”,”y” não é possível definir nenhuma reta de ajustamento aos resultados (x,y) obtidos, devido à nuvem de resultados totalmente dispersa, ou seja, significa que nenhum dos movimentos do fundo em causa é explicado pelas variações do benchmark.
Por exemplo, o valor de R2 = 0.05 significa que apenas 5% dos movimentos do fundo em causa podem ser explicados pelas variações do benchmark.
Um fundo com um valor de R2 = 0.97, quer dizer que 97% dos movimentos do fundo são explicados pelas variações do seu benchmark ou índice de referência, e, consequentemente, o mesmo é dizer que apenas 3% dos movimentos do fundo é que não seguem o benchmark, e é precisamente apenas estes 3% que constituem a muito pequena margem do gestor em poder gerar um alfa positivo ou outperformance em relação ao índice de referência.
Sendo assim, para mim, é questionável chamar fundos de gestão ativa a fundos com um R2 > 0.95, visto que na prática é mais um index fund (índice de referência ou benchmark), pelo que andam para aí muitos fundos “ativos”por excesso que só vão falsear os resultados da gestão ativa. O caricato é estar-se a pagar uma elevada comissão de gestão a estes tipos de fundos, quando na realidade eles quase que replicam integralmente o índice de referência, e, como tal, deveriam ter umas taxas de fees muito mais baixas.
Rácio de Informação:
O rácio de informação mede a performance dos retornos ajustados ao risco do fundo relativamente à performance dos retornos e risco do seu benchmark ou índice de referência.
O rácio de informação é calculado através da seguinte expressão:
RI = (Rp – Rb) / TE
Em que:
RI- Rácio de Informação;
Rp- Retornos do fundo;
Rb- Retornos do benchmark ou índice de referência do fundo;
TE- Tracking Error (desvio padrão da diferença entre os retornos do fundo e os retornos do índice de referência).
O rácio de informação (RI) mede capacidade do gestor do fundo para gerar retornos em excesso em relação aos retornos do benchmark do fundo, mas também verifica a consistência do gestor em bater o benchmark por um gande nº de meses, alguns meses ou apenas um pouco de cada mês.
Quanto maior é o RI, mais consistente é o gestor e a consistência é uma característica ideal para bater o benchmark numa perspetiva de médio-longo prazo.
Quanto maior é o alfa (outperformance de retornos em relação ao seu benchmark) de um gestor, maior será o seu RI.
Quando o benchmark é o ativo sem risco (risk free), então o Rácio de Informação é equivalente ao rácio de Sharpe (RS). No entanto, nos restantes casos, o ranking dos fundos obtido a partir do Rácio de Informação pode diferir do obtido pelo RS, como é lógico, pois as fórmulas de cáculo são diferentes.
Tal como acontece com o RS também o RI tem as mesmas limitações matemáticas de difícil interpretação quando a rentabilidade em excesso é negativa, uma vez que o rácio será menos negativo no fundo com maior volatilidade, indicando assim, erradamente, um fundo mais eficiente, quando na realidade é ao contrário. Outra limitação matemática, tal como no RS, é quando o denominador do quociente é zero (no caso de não haver diferença entre os retornos do fundo e os retornos do indice de referência, ou seja, com desvio padrão nulo) ou próximo de zero, e então o RI dará matematicamente um valor infinito ou extremamente elevado, longe então da realidade.
Tracking Error:
O Tracking Error (TE) é a divergência entre o comportamento dos preços de uma posição ou de um fundo e o comportamento dos preços de referência.
O TE reporta o desvio padrão da diferença entre os retornos do fundo e os retornos do índice de referência.
O TE pode ser interpretado como o risco residual (não correlacionado com o benchmark), ou seja, como os desvios da rentabilidade do fundo em relação à rentabilidade do benchmark. Assim, o TE corresponde à parte ativa da componente do fundo em contraponto com a restante parte passiva de replicação do respetivo index fund, pelo que a competência de um verdadeiro gestor ativo mede-se pelo seu maior valor de TE associado à geração de maior alfa ou outperformance em relação ao desempenho do respetivo benchmark.
Se TE = 0, isto quer dizer que o fundo tem um comportamento igual ao seu benchmark.
Alfa:
Em finanças assume-se, geralmente, que as taxas de rentabilidade de um determinado ativo têm uma relação linear com as rentabilidades de outro(s) ativo(s) ou com os respetivos benchmarks.
Assim, num gráfico em que no eixo do “Y” (vertical) representamos as rentabilidades de um fundo e no eixo do “X” (horizontal) as rentabilidades do respetivo benchmark, na equação de uma reta de regressão linear simples, o alfa corresponde ao valor da interseção dessa reta com o eixo do “Y” (valor da ordenada na origem) e o declive dessa reta corresponde ao valor do beta (risco/volatilidade), que abaixo vou referir.
Assim, o alfa mede o valor adicional (outperformance) dos retornos obtidos pela gestão ativa do fundo relativamente ao seu benchmark (gestão passiva), sob a mesma quantidade de risco (beta), pelo que o alfa mede o grau de competência dos gestores dos fundos. Em termos relativos, se, por definição, o beta do benchmark é igual a 1, então o alfa deve ser superior a (1- beta). Se o alfa é um valor negativo, isso quer dizer que o risco assumido não compensou o retorno. Se o alfa é positivo, significa que o retorno obtido foi além do risco assumido. Se o alfa é zero, quer dizer que o desempenho do gestor do fundo é igual ao do benchmark.
Beta:
O beta determina o risco ou volatilidade de um investimento e como se relaciona com o valor de referência do benchmark. De repente pode ser parecido com o alfa, mas não, lembre-se que o beta está associado com o risco e o alfa com o retorno com base no risco específico.
Se o beta de um fundo é 1, isso quer dizer que o fundo tem a mesma volatilidade que o respetivo benchmark. Se o beta de um fundo é maior ou menor que 1, significa que a volatilidade é, respetivamente, maior ou menor que o benchmark.
Por exemplo, se um fundo tem um beta de 1.5, isto significa que o mesmo é esperado aumentar 1.5 vezes mais do que a volatilidade do índice de referência. Neste caso, se o benchmark aumentar a volatilidade em 10%, então o fundo iria aumentar a volatilidade em 15%. Ao contrário, se o índice diminuir a volatilidade em 10%, então o fundo iria diminuir a volatilidade em 15%.
Abraço.
Editado pela última vez por R2 em 20/12/2014 7:00, num total de 4 vezes.
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock
Em vez de seguires o mercado, faz com que ele te siga a ti. - BedRock
Toma o ganho antes que a perda tome conta de ti. - BedRock
Big vacuum ideas in a big head gives a low brain density that float on stupid polluted water. - BedRock
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Re: Fundos à la carte
Ora Bolas.
Lusa/Jornal de Negócios - FIFA proíbe fundos de investimento a partir de 1 de Maio de 2015 (19 Dezembro 2014, 18:04)
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/fifa_proibe_fundos_de_investimento_a_partir_de_1_de_maio_de_2015.html

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Fundos à la carte - UCITS (SICAV, OEIC, Unit Trusts, FCP), Investment Trusts & US mutual funds
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Re: Fundos à la carte
R2 Escreveu:Boas,
Isto foi possível à custa, em grande parte, da valorização do fundo da biotecnologia de 3.51% (real, em USD, sem valorização cambial) nesse dia (no dia anterior foi de 3.91%), o qual tem um peso atualmente de 57.13% no portfolio (no dia anterior era de 56.97%).
Já não tinhas postado essa info?

Não interessa, se repetistes, fiquei foi surpreendido com fundos supostamente mais calmos, com valorizações superiores a 4%, num só dia.
Nas quedas pré-Fed deste mês, 4 "irmãos" AXA de obrigações, até se portaram de forma porreira. Sei que em 2 meses e pouco, tenho o AXA Euro 10LT com +7,4%. Bem melhor do que muitos fundos de acções.

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Re: Fundos à la carte
(engano)
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock
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Re: Fundos à la carte
Boas,
Entre as datas de referência de 17 e 18 de Dezembro, o meu portfolio valorizou 4.60% (no dia anterior subiu 3.78%), enquanto que o rácio EUR/USD desvalorizou -1.31% (no dia anterior caiu -0.78%), ou seja, o euro desvalorizou 1.31% face ao USD, logo isto fez valorizar o portfolio que está atualmente com 99.29% em moeda USD. Mas mesmo que se tire esta valorização cambial de 1.31% àquela valorização do portfolio, este fica com uma valorização superior a 3.2% (no dia anterior foi de 3.0%) num só dia, constituindo um novo record diário de valorização do meu portfolio desde 2008, batendo o anterior record do dia anterior.
Isto foi possível à custa, em grande parte, da valorização do fundo da biotecnologia de 3.51% (real, em USD, sem valorização cambial) nesse dia (no dia anterior foi de 3.91%), o qual tem um peso atualmente de 57.13% no portfolio (no dia anterior era de 56.97%).
O meu portfolio voltou a ter o valor que tinha no passado dia 24 de Novembro, pelo que é como se não estivesse a capitalizar durante os 24 dias que medeiam entre o 24 de Novembro e o dia 18 de Dezembro, o que não está mau depois de ter passado pela forte correção recente. Isto vem relevar a ideia de que pode ser contraproducente resgatar FI numa correção, porque ele rapidamente pode recuperar e nós podemos deixar mais de ganhar do que aquilo que deixamos de perder, só que o problema é que nós nunca sabemos qual é a amplitude de afundanço e a extensão temporal de uma correção, e por isso é que, por vezes, no mercado acionista é preciso ter “big balls” ou um “big clitoris”.
A força da biotecnologia está aí em números. Consegue ter subidas diárias da ordem dos 4% reais (sem valorização cambial) e não me lembra de ter tido desvalorizações diárias superiores em várias décimas a 3%, portanto muito aquém de desvalorizações diárias nos emergentes, fora do cenário das grandes quedas motivadas pelo afundanço do petróleo, em que me lembram quedas diárias da ordem de 8% na Turquia em 2013 (várias vezes) e de quedas de 5-9% este ano no Brasil.
Ou seja, no que toca a acelerar, a biotecnologia acelera como o porche dos emergentes; mas quando toca a travar, a biotecnologia continua a saber travar como um porche, enquanto que os emergentes já travam como um grande camião com uma carga de 40 toneladas numa grande descida e sem recorrer às redutoras da caixa de velocidades … fujam da frente que os discos dos travões vão ficar em brasa e aí só se safa se a seguir encontrar uma escapatória para uma extensa caixa de areia numa rampa ascendente. Ora acontece que, ao contrário do que acontece nos perfis das auto-estradas com grandes pendentes, no mercado acionista dos emergentes não há essas rampas escapatórias de segurança, a menos que tenham uma relativa elevada percentagem de ativos derivados, opções, futuros, shorts, …
Abraço
Entre as datas de referência de 17 e 18 de Dezembro, o meu portfolio valorizou 4.60% (no dia anterior subiu 3.78%), enquanto que o rácio EUR/USD desvalorizou -1.31% (no dia anterior caiu -0.78%), ou seja, o euro desvalorizou 1.31% face ao USD, logo isto fez valorizar o portfolio que está atualmente com 99.29% em moeda USD. Mas mesmo que se tire esta valorização cambial de 1.31% àquela valorização do portfolio, este fica com uma valorização superior a 3.2% (no dia anterior foi de 3.0%) num só dia, constituindo um novo record diário de valorização do meu portfolio desde 2008, batendo o anterior record do dia anterior.
Isto foi possível à custa, em grande parte, da valorização do fundo da biotecnologia de 3.51% (real, em USD, sem valorização cambial) nesse dia (no dia anterior foi de 3.91%), o qual tem um peso atualmente de 57.13% no portfolio (no dia anterior era de 56.97%).
O meu portfolio voltou a ter o valor que tinha no passado dia 24 de Novembro, pelo que é como se não estivesse a capitalizar durante os 24 dias que medeiam entre o 24 de Novembro e o dia 18 de Dezembro, o que não está mau depois de ter passado pela forte correção recente. Isto vem relevar a ideia de que pode ser contraproducente resgatar FI numa correção, porque ele rapidamente pode recuperar e nós podemos deixar mais de ganhar do que aquilo que deixamos de perder, só que o problema é que nós nunca sabemos qual é a amplitude de afundanço e a extensão temporal de uma correção, e por isso é que, por vezes, no mercado acionista é preciso ter “big balls” ou um “big clitoris”.
A força da biotecnologia está aí em números. Consegue ter subidas diárias da ordem dos 4% reais (sem valorização cambial) e não me lembra de ter tido desvalorizações diárias superiores em várias décimas a 3%, portanto muito aquém de desvalorizações diárias nos emergentes, fora do cenário das grandes quedas motivadas pelo afundanço do petróleo, em que me lembram quedas diárias da ordem de 8% na Turquia em 2013 (várias vezes) e de quedas de 5-9% este ano no Brasil.
Ou seja, no que toca a acelerar, a biotecnologia acelera como o porche dos emergentes; mas quando toca a travar, a biotecnologia continua a saber travar como um porche, enquanto que os emergentes já travam como um grande camião com uma carga de 40 toneladas numa grande descida e sem recorrer às redutoras da caixa de velocidades … fujam da frente que os discos dos travões vão ficar em brasa e aí só se safa se a seguir encontrar uma escapatória para uma extensa caixa de areia numa rampa ascendente. Ora acontece que, ao contrário do que acontece nos perfis das auto-estradas com grandes pendentes, no mercado acionista dos emergentes não há essas rampas escapatórias de segurança, a menos que tenham uma relativa elevada percentagem de ativos derivados, opções, futuros, shorts, …
Abraço
O projetista do corpo humano feminino esteve muito mal quando concebeu as descargas dos efluentes gasosos e dos resíduos sólidos mesmo encostado ao "parque de diversões", pior ainda, foi ter colocado a descarga dos efluentes líquidos mesmo no interior do "parque de diversões". Conclusão: mesmo um arquitecto sábio e divino pode cometer erros básicos na conceção de um projeto. Ou seja, o projetista devia ter ouvido, préviamente, os destinatários do seu projeto e os utilizadores do "parque de diversões." - BedRock
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Re: Fundos à la carte
chico_laranja Escreveu:Alquimista
Quem entrou a semana passada já está fora pois queimou tudo o que eram stops pois até 4ª feira foi sempre a derreter para o lado dos longos
Chico, pensei usar o verbo "comprar" precedido de um outro verbo, no caso "saber". Teria ficado "saber comprar". Não o fiz porque entendi estar implícito na minha afirmação.
Diz o Buffett: The dumbest reason in the world to buy a stock is because it´s going up. Por alguma razão procuro comprar quando os outros, que estão do lado da maioria, se sentem desconfortáveis. Uns compram, os outros sabem comprar. Mais do que palavras, são precisos actos e exemplos. Eu já dei um.
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
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Re: Fundos à la carte
Alquimista
Quem entrou a semana passada já está fora pois queimou tudo o que eram stops pois até 4ª feira foi sempre a derreter para o lado dos longos
Quem entrou a semana passada já está fora pois queimou tudo o que eram stops pois até 4ª feira foi sempre a derreter para o lado dos longos

Ao fim de semana o tempo é para o mercado dos afectos para com a cara metade e com os filhos .
Uma vez que o meu tempo disponível para o acompanhar o fórum é mínimo, se precisarem de algo da minha parte mandem PM que tento passar por cá.
Um abraço e bons investimentos.
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Re: Fundos à la carte
VirtuaGod Escreveu:chico_laranja Escreveu:E o que nos diz a história destes dias da bruxas em quadratura nos últimos 3-5 anos.
Históricamente esta semana é The… Most… Wonderful… Weeeeek… Of…The… Yeeeaaaarrrr!!!![]()
![]()
A ideia é comprar na semana anterior (por ex.) para poder ver a carteira crescer nesta semana. Quem gosta de executar trading/investing baseado naquele tipo de informação, e também na sazonalidade, é Larry Williams. Contudo, como já várias vezes "queimou as mãos" (tradução literal) quando usou a sazonalidade, aconselha o uso de stops. O segredo disto tudo é mesmo só um: comprar.
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Re: Fundos à la carte
chico_laranja Escreveu:E o que nos diz a história destes dias da bruxas em quadratura nos últimos 3-5 anos.
Históricamente esta semana é The… Most… Wonderful… Weeeeek… Of…The… Yeeeaaaarrrr!!!



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"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
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Re: Fundos à la carte
E o que nos diz a história destes dias da bruxas em quadratura nos últimos 3-5 anos?
Com sorte são dias normais apenas com volume anormal e acaba por ser uma quadratura do circulo em que qualquer ângulo serve
Este volume anómalo pode desestabilizar as AT baseadas em volume caso alguém se esqueça do fenómeno
Com sorte são dias normais apenas com volume anormal e acaba por ser uma quadratura do circulo em que qualquer ângulo serve

Este volume anómalo pode desestabilizar as AT baseadas em volume caso alguém se esqueça do fenómeno

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O Dia da Hora das 4 Bruxas
Cultura financeira:
Fonte: Jornal de Negócios - Wall Street sem direcção definida em dia de "bruxaria quádrupla" (19 Dezembro 2014, 14:49)
http://www.negocios.pt/mercados/detalhe/wall_street_sem_direccao_definida_em_dia_de_bruxaria_quadrupla.html
Jornal de Negócios Escreveu:A negociação em bolsa pode ser bastante volátil na sessão desta sexta-feira, devido a ser dia da chamada "bruxaria quádrupla" (quadruple witching), altura em que se dá o vencimento simultâneo de quatro contratos: futuros e opções sobre índices e acções, tanto nos EUA como na Europa. O nome do dia faz referência aos quatro vencimentos e às bruxas.
E porquê a referência às bruxas? Os mercados têm o termo ‘witching hour’, que é a última hora de negociação da sessão bolsista. Diz a lenda que a hora da bruxa é um curto período em que quem pratica bruxaria fica especialmente mais activo e poderoso. Uma vez que o vencimento destes quatro tipos de contratos exerce grande influência no desempenho do mercado, o termo é tido como adequado para a situação. O ‘quadruple witching’ ocorre quatro vezes por ano, nas terceiras sextas-feiras dos meses de Março, Junho, Setembro e Dezembro.
Fonte: Jornal de Negócios - Wall Street sem direcção definida em dia de "bruxaria quádrupla" (19 Dezembro 2014, 14:49)
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Re: Fundos à la carte
apandres/Unience - A menos de dos semanas para el 2015, ¿Qué categorías han sido las estrellas (y las estrelladas) de 2014? (10:12 on December 19 2014)
https://www.unience.com/blogs-economia-finanzas/asset-allocation/a_menos_de_dos_semanas_para_el_2015_que_categorias_han_sido_las_estrellas_y_las_estrelladas_de_2014
https://www.unience.com/blogs-economia-finanzas/asset-allocation/a_menos_de_dos_semanas_para_el_2015_que_categorias_han_sido_las_estrellas_y_las_estrelladas_de_2014
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Re: Fundos à la carte
VirtuaGod Escreveu:casdio Escreveu:De facto tens razão. Uma pessoa olha para o passado a penar que o futuro vai ser igual quando raramente é
“History doesn't repeat itself, but it does rhyme.” Mark Twain
"If one wants to run, they must learn how to walk. If one wants to teach, they must learn. If one wants to define the future, they must study the past." Confucius
VG, estás muito Zen.


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Re: Fundos à la carte
casdio Escreveu:De facto tens razão. Uma pessoa olha para o passado a penar que o futuro vai ser igual quando raramente é
“History doesn't repeat itself, but it does rhyme.” Mark Twain
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Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
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Re: Fundos à la carte
R2 Escreveu:casdio Escreveu:Pelo que tenho lido, o mercado Russo já teve quedas parecidas com estas em 1992. Está correto isto?
Se sim, podem mostrar fundos que invistam na Russia que existam desde essa altura? Ou então gráficos de fundos dessa altura, mesmo que já tenham acabado (os fundos).
casdio,
Tu achas que há alguma ligação entre a economia da Rússia atual e a Rússia de 1992, um ano a seguir ao desmembramento da URSS? É claro que não.
Preocupem-se mais com o Outlook do que com o track record "pré-histórico". Lisboa e o Vale do Tejo são atravessados por uma grande falha geológica, ou seja, é uma zona territorial com uma relativa elevada probabilidade sísmica, então só porque em 1755 houve um grande terramoto em Lisboa, tu achas que esse track record sísmico é suficiente para nós deixarmos de viver nesta região? É claro que não.
Abraço.
De facto tens razão. Uma pessoa olha para o passado a penar que o futuro vai ser igual quando raramente é

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Re: Fundos à la carte
R2 Escreveu:pcm1979 Escreveu:Hoje dei ordem de entrada no UBS (LUX) BS BRAZIL (USD) P-ACC , precisamente por achar que é um bom ponto de entrada![]()
Aproveitar um repique e sair logo que possa.
pcm1979,
Tu foste para o Brasil para aproveitar o possivel ressalto positivo a seguir ao afundanço, e aquilo que eu tenho para te dizer é que se o Brasil tiver um ressalto de Y então eu acho que há países, zonas geográficas e setores específicos que devem ter um ressalto de 3-5Y.
Eu esperava mais tempo para ver melhor a politica e alguns dos seus resultados do novo ministro das finanças que veio do Bradesco, para depois se decidir o investimento ou não.
Abraço.
R2, o fundo em que entrei é de obrigações, melhor dizendo, de dívida soberana brasileira. Custa-me entender como funciona um fundo de obrigações, podes dar-me uma pequena explicação? A cotação desce e sobe em que situações? Só vejo explicação para quedas o câmbio BRL/USD e a cotação da dívida estar cada vez mais acima do par, é isso?
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Re: Fundos à la carte
zeef Escreveu:O best nao comercializa fundos da Polar? ou só por papel?
Apesar de pouco historico, olhem para a performance do mesmo:
http://www.morningstar.co.uk/uk/funds/s ... F00000QNS3
zeef
Não uses a Morningstar UK, ela converte tudo para GBP, distorcendo a performance dos fundos. Usa sempre as Morningstar de países da Zona Euro, por exemplo, a Morningstar ES; IT; FR, DE.
Esse fundo só pede de investimento inicial, 10.000.000 USD. Se tiveres, posso ser teu conselheiro pessoal.

A versão de retalho possivelmente será esta, e em EUR, IE00B3VXGD32, pois é a classe com maiores comissões.
Pelo que analisei, a estrutura legal desse fundo, um OEIC domiciliado na Irlanda, permite ser comercializado em vários países, já o é por exemplo em Espanha. Se tens interesse nele, ou em outros que oficialmente o Best não tem, é só enviares 1 email ao teu PFA. Se tiveres sorte de apanhares 1 PFA proactivo, as tuas hipóteses aumentam. O meu PFA, já me conhece, e procura sempre realizar os meus pedidos de fundos que nem sequer o Best, conhece. Só depende da Direcção de Investimento ser receptiva ou não.

Pelo o que sei, oficialmente, o Best não comercializa fundos da Polar Capital LLP.
Os fundos que vocês analisarem no Inversis Banco ou no seu ficheiro Excel, se o Best não comercializar oficialmente, só têm uma opção, é tentar obter, se não tentarem, não saberão. E a conseguirem os fundos, é natural o preenchimento de impresso para o subscreverem.
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Re: Fundos à la carte
O best nao comercializa fundos da Polar? ou só por papel?
Apesar de pouco historico, olhem para a performance do mesmo:
http://www.morningstar.co.uk/uk/funds/s ... F00000QNS3
zeef
Apesar de pouco historico, olhem para a performance do mesmo:
http://www.morningstar.co.uk/uk/funds/s ... F00000QNS3
zeef
Re: Fundos à la carte
chico_laranja Escreveu:zeefOs meus fundos de açoes, levaram alguma porrada, nomeadamente o UBS (Lux) Eq S - Europn Opport Unconstr (EUR) P-a (LU0723564463), que está com -6.
Sendo o desvio padrão do fundo 10.64 %, tenho um stop loss mental de -10.
Apenas uma nota.
Aguenta firme e hirto pois apenas tiveste o que já todos tivemos e eu sou especialista: maus momentos de entrada
Obrigado pelas dicas chico,
Aguentando =)