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Caldeirão da Bolsa

Políticas para Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 25/10/2016 22:37

Worf Escreveu:
JohnyRobaz Escreveu:Worf, a CGD já deu bastantes milhões de lucros ao Estado (contribuintes). Não basta olhar para os últimos anos para chegar a uma conclusão sobre a sua viabilidade como banco público ou sobre o que ela influencia nos bolsos dos contribuintes. Para mim, e volto a repetir e sublinhar, em condições de mercado livre, ter a CGD com maioria do Estado é a única forma de garantir que os portugueses sejam os donos de pelo menos um banco em Portugal. É uma questão de soberania financeira do país. O que é ser um banco público? Qual é a diferença para um privado? Deve apoiar empresas que não são viáveis? Não concordo com isso. Apoiar empresas viáveis? Isso não é o que os bancos todos fazem? Um banco é um banco, ponto. Pedir a um banco para funcionar de forma diferente só porque o accionista é o Estado para mim é que não faz sentido. Quanto aos salários, estão na média dos banqueiros do país, e se queremos a CGD bem gerida e de volta aos lucros, temos que conseguir ter os melhores a geri-la, e para isso não lhes podemos pagar muito menos do que eles ganhariam noutro sítio qualquer. Agora que deve haver auditorias exigentes e acompanhamento dos resultados, isso concordo em absoluto. O Estado e mesmo os contribuintes devem ser exigentes com a gestão da CGD.


Gestores da Caixa não têm que entregar declaração de rendimentos

http://rr.sapo.pt/noticia/66907/gestore ... endimentos

Robaz, o que achas disto?

Achas que os administradores da cgd não estão sujeitos a escrutínio do povo? Afinal os povo é accionista ou apenas o estado?

É para isto que se quer uma cgd pública?


Bom, acho que seria melhor que se mantivesse o escrutínio. Eu defendo que, querendo-se a CGD bem gerida, se pague bem a quem a gere, mas isso nada tem a ver com escrutínio de incompatibilidades. De qualquer forma, falas no povo mas o povo nunca sabe de nada, mas sim mais duas ou três instituições, pelo que percebo. Mas sem dúvida que não percebo também o porquê disso.

Quanto ao motivo de eu a querer pública, não vale a pena repeti-lo..
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Re: Políticas para Portugal

por rodrigo.santos1 » 25/10/2016 22:17

soberania financeira de um pais.. ahaha há malta que ficou parada no PREC. ahahha que estupidez.

sabemos bem o que isso significa. serve para comprar acções do bcp sem colateral, ou melhor, com as próprias acções como colateral :lol:

ou então para entrar no vale do lobo e perder o dinheiro todo. tristeza.
 
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Re: Políticas para Portugal

por Worf » 25/10/2016 21:36

JohnyRobaz Escreveu:Worf, a CGD já deu bastantes milhões de lucros ao Estado (contribuintes). Não basta olhar para os últimos anos para chegar a uma conclusão sobre a sua viabilidade como banco público ou sobre o que ela influencia nos bolsos dos contribuintes. Para mim, e volto a repetir e sublinhar, em condições de mercado livre, ter a CGD com maioria do Estado é a única forma de garantir que os portugueses sejam os donos de pelo menos um banco em Portugal. É uma questão de soberania financeira do país. O que é ser um banco público? Qual é a diferença para um privado? Deve apoiar empresas que não são viáveis? Não concordo com isso. Apoiar empresas viáveis? Isso não é o que os bancos todos fazem? Um banco é um banco, ponto. Pedir a um banco para funcionar de forma diferente só porque o accionista é o Estado para mim é que não faz sentido. Quanto aos salários, estão na média dos banqueiros do país, e se queremos a CGD bem gerida e de volta aos lucros, temos que conseguir ter os melhores a geri-la, e para isso não lhes podemos pagar muito menos do que eles ganhariam noutro sítio qualquer. Agora que deve haver auditorias exigentes e acompanhamento dos resultados, isso concordo em absoluto. O Estado e mesmo os contribuintes devem ser exigentes com a gestão da CGD.


Gestores da Caixa não têm que entregar declaração de rendimentos

http://rr.sapo.pt/noticia/66907/gestore ... endimentos

Robaz, o que achas disto?

Achas que os administradores da cgd não estão sujeitos a escrutínio do povo? Afinal os povo é accionista ou apenas o estado?

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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 25/10/2016 15:06

Bom, a CGD e RTP não despertaram comentários da malta para além do Joaquim e Worf.

Vamos ver quanto às pensões mínimas:

http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/fer ... 61047.html

Texto interessante sobre as pensões mínimas e a discussão actual sobre as mesmas, para quem tiver paciência para ler. Mostra como Vieira da Silva está a fazer bem o seu trabalho (na minha óptica) e como muita gente não percebe do que se está a falar, e mostra como por vezes a esquerda portuguesa mais radical é simplesmente irracional, criticando tudo e o seu contrário.
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Re: Políticas para Portugal

por rodrigo.santos1 » 22/10/2016 21:21

"ser dono de um banco" = ou seja os contribuintes pagam à força, para dar boa vida aos funcionários da cgd e às empresas especiais como no vale do lobo para ganharem dinheiro à fartazana.

"soberania financeira" ??? wtf???? :lol: :lol: :lol:

malta dos 3500 euros não facilita.
 
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 22/10/2016 21:00

Worf, a CGD já deu bastantes milhões de lucros ao Estado (contribuintes). Não basta olhar para os últimos anos para chegar a uma conclusão sobre a sua viabilidade como banco público ou sobre o que ela influencia nos bolsos dos contribuintes. Para mim, e volto a repetir e sublinhar, em condições de mercado livre, ter a CGD com maioria do Estado é a única forma de garantir que os portugueses sejam os donos de pelo menos um banco em Portugal. É uma questão de soberania financeira do país. O que é ser um banco público? Qual é a diferença para um privado? Deve apoiar empresas que não são viáveis? Não concordo com isso. Apoiar empresas viáveis? Isso não é o que os bancos todos fazem? Um banco é um banco, ponto. Pedir a um banco para funcionar de forma diferente só porque o accionista é o Estado para mim é que não faz sentido. Quanto aos salários, estão na média dos banqueiros do país, e se queremos a CGD bem gerida e de volta aos lucros, temos que conseguir ter os melhores a geri-la, e para isso não lhes podemos pagar muito menos do que eles ganhariam noutro sítio qualquer. Agora que deve haver auditorias exigentes e acompanhamento dos resultados, isso concordo em absoluto. O Estado e mesmo os contribuintes devem ser exigentes com a gestão da CGD.
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Re: Políticas para Portugal

por Worf » 21/10/2016 22:07

JohnyRobaz Escreveu:
Worf Escreveu:
JohnyRobaz Escreveu:
Eu sou pessoalmente a favor da CGD como um banco público, a funcionar como um privado (...)


Podes esclarecer melhor, um banco público a funcionar como privado? :shock:

Ou é público e funciona como público ou então não faz sentido ser público.


Se leres tudo o que escrevo, percebes porque faz sentido para mim.
Era porreiro uns argumentos melhores que esse do "não faz sentido".

JohnyRobaz Escreveu:Quanto à RTP, apenas sou a favor que seja pública porque, infelizmente, do que vejo nos outros canais abertos (TVI e SIC, mas mais a TVI) os conteúdos não me parecem do interesse público. Acho que a TV ainda representa um papel relevante na educação e informação dos cidadãos. Será que a RTP o faz correctamente? Acho que pelo menos faz melhor que a concorrência privada, quando transmite debates sobre assuntos da sociedade ou concursos de cultura geral em vez de telenovelas ou reality shows em horário nobre. No entanto penso que poderia ser lançado um referendo sobre o assunto, mas devidamente informado sobre o real custo para o contribuinte.


Os outros canais (TVI+SIC+etc.) vão de encontro às expectativas dos clientes, lutam pelas audiências.

Se queremos apenas um canal informativo, então uma RTP2 chega perfeitamente e consome menos recursos ao estado


Quando dizes apenas RTP2, é apenas um canal, certo? Com o conteúdo da RTP1 ou da RTP2? É que eu estou a falar concretamente da RTP1. A RTP2 é o complemento cultural da RTP1. Então és a favor de um canal público, se for mais pequeno, reduzido a um canal apenas? Ou nenhum canal público? Consideras que apenas o que a maioria quer ver é relevante colocar na TV?


Eu li tudo. O que não faz sentido é uma cgd pública a funcionar como privada. Não consigo conceber isso.

Conclusão: Queres uma cgd pública a funcionar como se fosse privada nos salários?

Eu respondi-te como respondi pq é um contra senso um banco público têm que funcionar como público e um privado tem que funcionar como privado. Não à volta a dar.
A não ser que quisesses dizer o que escrevi na conclusão.

sabes quanto é que foi a factura que me saiu pelo facto da cgd ser pública? Ora se o estado vai injectar 4 mil milhões de euros a dividir por 10 milhoes de portugueses dá a módica quantia de 400 euros. Já viste. O que é daqueles pobres que não vêm aumentos porque trabalharam uma vida inteira mas não descontaram, o estado têm uma prenda para eles que é uma dívida de 400 euros. Para eles e para todos.

400 €
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Re: Políticas para Portugal

por rodrigo.santos1 » 21/10/2016 21:41

agora o "interesse público" é uma minoria que quer ver um determinado programa pago pelos outros.

não tem nada para dar errado! :lol:
 
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 21/10/2016 21:18

Worf Escreveu:
JohnyRobaz Escreveu:
Eu sou pessoalmente a favor da CGD como um banco público, a funcionar como um privado (...)


Podes esclarecer melhor, um banco público a funcionar como privado? :shock:

Ou é público e funciona como público ou então não faz sentido ser público.


Se leres tudo o que escrevo, percebes porque faz sentido para mim.
Era porreiro uns argumentos melhores que esse do "não faz sentido".

JohnyRobaz Escreveu:Quanto à RTP, apenas sou a favor que seja pública porque, infelizmente, do que vejo nos outros canais abertos (TVI e SIC, mas mais a TVI) os conteúdos não me parecem do interesse público. Acho que a TV ainda representa um papel relevante na educação e informação dos cidadãos. Será que a RTP o faz correctamente? Acho que pelo menos faz melhor que a concorrência privada, quando transmite debates sobre assuntos da sociedade ou concursos de cultura geral em vez de telenovelas ou reality shows em horário nobre. No entanto penso que poderia ser lançado um referendo sobre o assunto, mas devidamente informado sobre o real custo para o contribuinte.


Os outros canais (TVI+SIC+etc.) vão de encontro às expectativas dos clientes, lutam pelas audiências.

Se queremos apenas um canal informativo, então uma RTP2 chega perfeitamente e consome menos recursos ao estado


Quando dizes apenas RTP2, é apenas um canal, certo? Com o conteúdo da RTP1 ou da RTP2? É que eu estou a falar concretamente da RTP1. A RTP2 é o complemento cultural da RTP1. Então és a favor de um canal público, se for mais pequeno, reduzido a um canal apenas? Ou nenhum canal público? Consideras que apenas o que a maioria quer ver é relevante colocar na TV?
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Re: Políticas para Portugal

por Worf » 21/10/2016 18:47

JohnyRobaz Escreveu:
Eu sou pessoalmente a favor da CGD como um banco público, a funcionar como um privado (...)


Podes esclarecer melhor, um banco público a funcionar como privado? :shock:

Ou é público e funciona como público ou então não faz sentido ser público.

JohnyRobaz Escreveu:Quanto à RTP, apenas sou a favor que seja pública porque, infelizmente, do que vejo nos outros canais abertos (TVI e SIC, mas mais a TVI) os conteúdos não me parecem do interesse público. Acho que a TV ainda representa um papel relevante na educação e informação dos cidadãos. Será que a RTP o faz correctamente? Acho que pelo menos faz melhor que a concorrência privada, quando transmite debates sobre assuntos da sociedade ou concursos de cultura geral em vez de telenovelas ou reality shows em horário nobre. No entanto penso que poderia ser lançado um referendo sobre o assunto, mas devidamente informado sobre o real custo para o contribuinte.


Os outros canais (TVI+SIC+etc.) vão de encontro às expectativas dos clientes, lutam pelas audiências.

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Re: Políticas para Portugal

por rodrigo.santos1 » 21/10/2016 18:37

- cgd pública mas a funcionar como privado? isso não existe...se é pública orienta-se por princípios sem racional economico financeiro, por isso é que já levou milhares de milhões de euros em aumentos de capital, porque depois torna-se ineficiente, e como é pública nunca vai à falência. é o braço armado dos políticos (daí o vara e os robalos e o vale do lobo..). Quanto mais longe dos políticos melhor.

- a rtp e "interesse público" é aquela conversa bloquista/comunista/socialista que não faz sentido nenhum: se as pessoas (interesse público) gostam, mudam de canal para rtp. Se não gostam mudam para outro. é só esse o interesse público que interessa. a procura. o que tu dizes é que sabes mais do que as pessoas gostam, do que as pessoas sabem sobre elas. logo preferes decisões arbitrárias e compulsivas sobre que programação televisiva os outros preferem. o problemas das decisões arbitrárias levam inevitavelmente à corrupção e favorecimento de amigos. mesmo para a cgd.
 
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 21/10/2016 17:58

http://leitor.expresso.pt/#library/expr ... --e-pouco-

Questões interessantes, mais em relação ao porquê de a CGD dever ser pública, tal como a RTP. Gostava de ouvir argumentos contra (e a favor, que por aqui duvido que haja muitos.. :mrgreen: ).

Eu sou pessoalmente a favor da CGD como um banco público, a funcionar como um privado (e é por isso que não sou contra o salário do António Domingues, desde que mostre resultados! Podia no entanto ter como salário-base um salário idêntico ao do primeiro-ministro e o restante por objectivos), pois isso é o único garante que temos neste momento de ter um banco com capital português na maioria (aceitaria que se capitalizasse na bolsa desde que o Estado mantivesse a maioria). Acho que é uma questão de garantia de soberania.

Quanto à RTP, apenas sou a favor que seja pública porque, infelizmente, do que vejo nos outros canais abertos (TVI e SIC, mas mais a TVI) os conteúdos não me parecem do interesse público. Acho que a TV ainda representa um papel relevante na educação e informação dos cidadãos. Será que a RTP o faz correctamente? Acho que pelo menos faz melhor que a concorrência privada, quando transmite debates sobre assuntos da sociedade ou concursos de cultura geral em vez de telenovelas ou reality shows em horário nobre. No entanto penso que poderia ser lançado um referendo sobre o assunto, mas devidamente informado sobre o real custo para o contribuinte.
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
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Re: Políticas para Portugal

por bogos » 21/10/2016 13:02

rodrigo.santos1 Escreveu:Toca a cortar........ups........cativar...CATIVARRRR!!! :lol:
Com cativações. E o Governo anterior fez isso algumas vezes.
Não, desculpe mas não é assim. Este Governo veio dizer que não precisava de medidas extraordinárias para cumprir confortavelmente um défice abaixo de 2,5%. E depois veio anunciar medidas extraordinárias. A de regularização de dívidas para fazer encaixe financeiro ao Estado, quando ainda há três anos foi feito um; e veio dizer que cativou de modo permanente quase 500 milhões de euros. Agora repare bem: o que é que é uma cativação permanente? Significa que havia 500 milhões que podiam não ter sido orçamentados, porque não fazem diferença nenhuma aos serviços públicos? Então gostaria de saber quais são! Quais foram as despesas do Estado que o Governo orçamentou em 500 milhões e que eram dispensáveis?

Agora vou dizer-lhe o que nós observamos. Que os hospitais estão sem dinheiro, e mais do que isso, não estão sequer autorizados a gastar nem mais um tostão a não ser com autorização da tutela (nós nem em estado de emergência decretámos semelhante medida!); as escolas têm vindo a fechar porque não têm pessoal (sobretudo assistentes operacionais) para poderem funcionar; a ministra da Justiça teve que vir dizer que a dívida operacional não punha em causa, imagine, a alimentação dos presos! E as dívidas na Saúde estão a crescer a um ritmo estonteante. Isto significa que o Governo está a empurrar com a barriga. Pode dizê-lo durante uns meses, mas isto não significa uma situação sustentável.

Prefiro que o Governo atinja a meta recorrendo a medidas extraordinárias, se for preciso. Porque o preço que todos pagaríamos por não conseguir atingir a meta era muito superior. Mas então vamos acabar com esta fanfarronice de andar a dizer que há uma outra solução, porque não há outra solução nenhuma! O Governo simplesmente está a impor uma poupança forçada aos serviços - e isso significa que, das estradas aos hospitais, até às escolas e prisões que o Estado está sem dinheiro e está a prestar um mau serviço que não é sustentável para futuro.


Pergunta do dia aqui no fórum:

O que é uma cativação permanente?
:lol: :lol:


É a forma polida de em bom tugalês nos dizerem:

- Já fostes....
- Xau Laura
- A ver navios
- Vira que é tudo nosso
- Good bye Maria Ivone

Para quando uma operação destas séria, no corte das gorduras do estado, vulgo, salarios, pensões.....tou na gosma...claro.....imaginem lá essa possibilidade..... seria o fim da sociedade socialista.....

Assim é preferivel sempre assistir a mais uma falência. Venha ela....mas devagar, para ter tempo de salvaguardar o pouco guito que me resta....

Ate acho que vai ja ser...trocado em dolares e tudo la fora...

Cumprimentos...e boas cativações permanentes....
Um dos efeitos do medo é perturbar os sentidos e fazer que as coisas não pareçam o que são.
Miguel Cervantes
No outro lado de cada medo está a liberdade.
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 21/10/2016 9:59

Ocioso Escreveu:
Tendo em conta a Constituição e que temos que reduzir o défice, que medidas tomavas, por exemplo?

Um referendo à Constituição. Aliás, se não estiver equivocado, o Marcelo deu uns "entenderes" em relação a mexidas na Constituição na tomada de posse.


É no quadro desta Constituição – que, como toda a obra humana, não é intocável, mas que exige para reponderação consensos alargados, que unam em vez de dividir – que temos, pela frente, tempos e desafios difíceis a superar.
...

http://www.presidencia.pt/?idc=22&idi=103410


Que tipo de referendo farias? Que mudanças farias na Constituição? Também concordo que pode e talvez deva ser mexida.
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Re: Políticas para Portugal

por rodrigo.santos1 » 21/10/2016 7:56

Toca a cortar........ups........cativar...CATIVARRRR!!! :lol:
Com cativações. E o Governo anterior fez isso algumas vezes.
Não, desculpe mas não é assim. Este Governo veio dizer que não precisava de medidas extraordinárias para cumprir confortavelmente um défice abaixo de 2,5%. E depois veio anunciar medidas extraordinárias. A de regularização de dívidas para fazer encaixe financeiro ao Estado, quando ainda há três anos foi feito um; e veio dizer que cativou de modo permanente quase 500 milhões de euros. Agora repare bem: o que é que é uma cativação permanente? Significa que havia 500 milhões que podiam não ter sido orçamentados, porque não fazem diferença nenhuma aos serviços públicos? Então gostaria de saber quais são! Quais foram as despesas do Estado que o Governo orçamentou em 500 milhões e que eram dispensáveis?

Agora vou dizer-lhe o que nós observamos. Que os hospitais estão sem dinheiro, e mais do que isso, não estão sequer autorizados a gastar nem mais um tostão a não ser com autorização da tutela (nós nem em estado de emergência decretámos semelhante medida!); as escolas têm vindo a fechar porque não têm pessoal (sobretudo assistentes operacionais) para poderem funcionar; a ministra da Justiça teve que vir dizer que a dívida operacional não punha em causa, imagine, a alimentação dos presos! E as dívidas na Saúde estão a crescer a um ritmo estonteante. Isto significa que o Governo está a empurrar com a barriga. Pode dizê-lo durante uns meses, mas isto não significa uma situação sustentável.

Prefiro que o Governo atinja a meta recorrendo a medidas extraordinárias, se for preciso. Porque o preço que todos pagaríamos por não conseguir atingir a meta era muito superior. Mas então vamos acabar com esta fanfarronice de andar a dizer que há uma outra solução, porque não há outra solução nenhuma! O Governo simplesmente está a impor uma poupança forçada aos serviços - e isso significa que, das estradas aos hospitais, até às escolas e prisões que o Estado está sem dinheiro e está a prestar um mau serviço que não é sustentável para futuro.


Pergunta do dia aqui no fórum:

O que é uma cativação permanente?
:lol: :lol:
 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 21/10/2016 2:08

Tendo em conta a Constituição e que temos que reduzir o défice, que medidas tomavas, por exemplo?

Um referendo à Constituição. Aliás, se não estiver equivocado, o Marcelo deu uns "entenderes" em relação a mexidas na Constituição na tomada de posse.


É no quadro desta Constituição – que, como toda a obra humana, não é intocável, mas que exige para reponderação consensos alargados, que unam em vez de dividir – que temos, pela frente, tempos e desafios difíceis a superar.
...

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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 21/10/2016 1:52

Ocioso Escreveu:O desemprego e subemprego jovem, parece-me, são o grande problema. É uma situação grave e poderá vir a ser perigosa. O OE deveria atribuir uma fatia maior as gerações mais novas, sem investimento não há crescimento, não há emprego. Uma resposta europeia seria o ideal, sem ela teremos de repensar a distribuição da despesa do Estado. Portugal necessita de capital, através de dívida estamos limitados, temos de atraí-lo. Os reformados franceses saem de França e vêm para cá. Porquê? Porque foram tomadas medidas para tal…

Quando tens riqueza podes implementar um regime social-democrata e a sociedade beneficiar, quando tens dívida, se o implementas, distribuirás apenas contas para pagar.


Tendo em conta a Constituição e que temos que reduzir o défice, que medidas tomavas, por exemplo?
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 21/10/2016 1:42

O desemprego e subemprego jovem, parece-me, são o grande problema. É uma situação grave e poderá vir a ser perigosa. O OE deveria atribuir uma fatia maior as gerações mais novas, sem investimento não há crescimento, não há emprego. Uma resposta europeia seria o ideal, sem ela teremos de repensar a distribuição da despesa do Estado. Portugal necessita de capital, através de dívida estamos limitados, temos de atraí-lo. Os reformados franceses saem de França e vêm para cá. Porquê? Porque foram tomadas medidas para tal…

Quando tens riqueza podes implementar um regime social-democrata e a sociedade beneficiar, quando tens dívida, se o implementas, distribuirás apenas contas para pagar.
 
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 21/10/2016 0:37

Ocioso Escreveu:Como é que tu testas os factos históricos para saberes que são verdade? História não é Física. Os US financiaram os Talibãs… (não sei se é a "verdadeira" verdade ou umas das "falsas"… :mrgreen: )


História não é fisica, mas nesse exemplo do Marx, por exemplo, a revista existe, onde ele supostamente escreveu. Os escritos dele existem em bibliotecas. Porque não consultar directamente? O que aconteceu deixou alguma marca no mundo pela qual podes descobrir a real verdade. Há sempre um rasto da verdade. Costuma-se dizer que vem sempre ao cimo, como o azeite na água.
Acho que se percebe que essa é verdade de duas formas: recolher informação no local, pesquisas no próprio Afeganistão, em registos que tenham ficado, etc. E por outro lado, pela lógica. Obviamente que os talibãs podem muito bem ter sido financiados para combater a URSS que invadia aqueles territórios na Guerra Fria.

Se é regulada, é a verdadeira "verdade". Como é regulada em todos os países, a "verdadeira" verdade é universal e não existem as "falsas" verdades. Sim?


Estou a perceber onde queres chegar. Não precisa de ser o Estado a regular. Pelo que sei os reguladores, por exemplo da economia, são independentes. Porque não o podem ser? Os tribunais também são, supostamente. Por exemplo, e já aqui falei disso, acho uma vergonha dizerem que Colombo era português nos livros de História. Quem faz os livros não é o Estado. Mas quem os faz devia ser regulado para não dizer mentiras destas.


Não estou irritado, até gosto bastante deste tipo de discussões, mas preferia que fosse para os dois lados e não uma entrevista feita a mim. :mrgreen: As perguntas que me fizeste, sobre o que está mal em Portugal e como resolver, gostava sinceramente de saber as tuas respostas a elas. :wink:
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 21/10/2016 0:29

JohnyRobaz Escreveu:E já agora gostava que respondesses tu próprio a essas perguntas todas.

Estou a irritar-te? :mrgreen:
Jonhy, não te aborreças comigo, eu até simpatizo contigo. ;)
Quais perguntas?
 
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 21/10/2016 0:23

Estamos a conversar ou a desconversar? Regulação de obras históricas e culturais que se baseiem em factos. Que regulem e verifiquem a veracidade desses factos com base em provas. Obviamente nunca atinges a optimização a 100%, também são condenadas pessoas inocentes, mas creio que concordamos que não é essa a maioria significativa. Ou não? Ou também achas que foram os americanos a deitar abaixo as Torres Gémeas?

Como é que tu testas os factos históricos para saberes que são verdade? História não é Física. Os US financiaram os Talibãs… (não sei se é a "verdadeira" verdade ou umas das "falsas"… :mrgreen: )

Por quem é regulada em todos os países do mundo?

Se é regulada, é a verdadeira "verdade". Como é regulada em todos os países, a "verdadeira" verdade é universal e não existem as "falsas" verdades. Sim?
 
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 21/10/2016 0:20

E já agora gostava que respondesses tu próprio a essas perguntas todas.
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
"A ciência e o poder do homem coincidem, uma vez que, sendo a causa ignorada, frustra-se o efeito. Pois a natureza não se vence, senão quando se lhe obedece." Francis Bacon
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 21/10/2016 0:01

Ocioso Escreveu:
Com provas. Os tribunais costumam usar essas coisas, por exemplo. Porque é que uma regulação não poderia usar?

Nos tribunais encontras a "verdade"? Regulação do quê?


Estamos a conversar ou a desconversar? Regulação de obras históricas e culturais que se baseiem em factos. Que regulem e verifiquem a veracidade desses factos com base em provas. Obviamente nunca atinges a optimização a 100%, também são condenadas pessoas inocentes, mas creio que concordamos que não é essa a maioria significativa. Ou não? Ou também achas que foram os americanos a deitar abaixo as Torres Gémeas?

Educação.

Regulada pelo Estado? Para transmitir aos alunos a verdadeira "verdade"?


Por quem é regulada em todos os países do mundo?
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
“Nothing good ever comes of love. What comes of love is always something better” , Roberto Bolaño
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Re: Políticas para Portugal

por Ocioso » 20/10/2016 23:53

Com provas. Os tribunais costumam usar essas coisas, por exemplo. Porque é que uma regulação não poderia usar?

Nos tribunais encontras a "verdade"? Regulação do quê?

Educação.

Regulada pelo Estado? Para transmitir aos alunos a verdadeira "verdade"?
 
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Re: Políticas para Portugal

por JohnyRobaz » 20/10/2016 23:40

Ocioso Escreveu:
Não vejo nisso nenhum lado positivo, pois se algo é dito como verdade, deve ser verdade, não deve ser verdade só porque gostas que seja. Acho isso verdadeiramente perigoso.

Como aferes o que é a "verdade"?


Com provas. Os tribunais costumam usar essas coisas, por exemplo. Porque é que uma regulação não poderia usar?

Para mim assim de repente? Chico-espertismo, provincianismo e baixo nível de literacia.

Que propões para combater esses "problemas"?


Educação.
“E assim como sonho, raciocino se quero, porque isso é apenas uma outra espécie de sonho.”, Fernando Pessoa
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