Altri - Tópico Geral
Numa perspectiva pessoal (que vale o que vale). A pasta vai cair de preço, mas mesmo que a crise seja muito grave não deve cair tanto quanto caiu em 2008.
Mas mesmo que não caia até 500 dólares e o volume da queda se fique pela metade (~650 dolares), já é um preço desconfortável para qualquer empresa de pasta e a altri não é diferente.
Já agora fica um boneco sobre a evolução do preço da pasta-
Mas mesmo que não caia até 500 dólares e o volume da queda se fique pela metade (~650 dolares), já é um preço desconfortável para qualquer empresa de pasta e a altri não é diferente.
Já agora fica um boneco sobre a evolução do preço da pasta-
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Pedro Carriço
Respondendo a um pedido de opinião sobre a altri, de um forista:
Sobre aspectos técnicos tenho dificuldade de falar, porque para volume tão baixos, basta que pequenos lotes de acções sejam compradas ou vendidas para que a cotação mude rapidamente.
Sobre questões fundamentais diria que a perspectiva de preços para a pasta está bastante precária. Se a crise for muito grave, deverá ocorrer uma diminuição da produção industrial em todos os sectores, que passa por redução de encomendas e por actualizações de inventário. Por exemplo, uma fábrica de tissue que tenha um stock de um mês de produto, deve querer reduzir esse stock para poder ter maior liquidez e ter maior blindagem contra uma quebra na procura. O efeito é que haja menor procura de pasta por dois efeitos - efeito procura e efeito correcção de inventário.
Em 2008, e depois das quebras na produção industrial, o preço da pasta caiu em 6 meses de 800 dólares até 500. Mesmo havendo alguma valorização do dólar, deverá ser insuficiente para equilibrar uma quebra desta natureza. Um bom indicador para ver como está a capacidade para manter os preços em alta, é o stock de produto nos produtores. Relembrando o que se passou em 2008 era um valor de dias de stocks em torno de 50 quando o preço começou a cair. Mais stocks, maiores descontos, maior queda de preço.
Os stocks desde há dois meses romperam o ponto de equilíbrio em alta o que sugere que os preços da pasta devam cair. No último relatório do PPPC os dias de stocks estavam em 41 dias. Mas para a pasta de eucalipto o valor é de 50! Ou seja a pressão para a queda é maior.
Actualmente o preço está perto dos 800 dolares. Uma queda de 100 dolares representa uma quebra na facturação de uns 60 milhões de euros por ano ... é dinheiro. Se caisse até 500, a empresa nem sequer seria lucrativa.
Mas nem tudo é mau. Comparativamente ao resto do mundo e contrariamente ao que acontecia em 2008, a altri é das mais rentáveis empresas de pasta do mundo, ou seja, se a pasta caisse muito de preço, outras empresas começariam a diminuir ritmo de produção e suspenderiam projectos de aumento de capacidade. Ou seja haveria a prazo diminuição na oferta de pasta.
Para além disso a oferta líquida global de pasta praticamente não subiu desde 2008 (entre fechos e aberturas) e a procura na China cresce anualmente apesar da crise. Para além disso havia necessidade de liquidez por parte de players Brasileiros em 2008 que pressionava ainda mais os preços para baixo. Nessa altura a Aracruz quase faliu.
Não espero muito boas notícias para os próximos 6/12 meses, mas não há mal que sempre dure, e na bolsa a cotação possivelmente antecipará uma futura melhoria das condições - para já não está ainda em horizonte, mas será mais dependente da pressão de procura Asiática e menos pela crise na Europa.
Por agora, acho que para reduzir custos, a altri deve cortar nas importações de madeira e deve usar mais inventário de madeira próprio. Com isso pode haver margem para cortar os custos das vendas, para além disso e segundo informação que recebi, a madeira comprada à porta da fábrica já caiu ligeiramente de preço - mas não deve cair muito mais porque há necessidade de abastecimento sem que se recorra a importações (muito mais caras)
Sobre aspectos técnicos tenho dificuldade de falar, porque para volume tão baixos, basta que pequenos lotes de acções sejam compradas ou vendidas para que a cotação mude rapidamente.
Sobre questões fundamentais diria que a perspectiva de preços para a pasta está bastante precária. Se a crise for muito grave, deverá ocorrer uma diminuição da produção industrial em todos os sectores, que passa por redução de encomendas e por actualizações de inventário. Por exemplo, uma fábrica de tissue que tenha um stock de um mês de produto, deve querer reduzir esse stock para poder ter maior liquidez e ter maior blindagem contra uma quebra na procura. O efeito é que haja menor procura de pasta por dois efeitos - efeito procura e efeito correcção de inventário.
Em 2008, e depois das quebras na produção industrial, o preço da pasta caiu em 6 meses de 800 dólares até 500. Mesmo havendo alguma valorização do dólar, deverá ser insuficiente para equilibrar uma quebra desta natureza. Um bom indicador para ver como está a capacidade para manter os preços em alta, é o stock de produto nos produtores. Relembrando o que se passou em 2008 era um valor de dias de stocks em torno de 50 quando o preço começou a cair. Mais stocks, maiores descontos, maior queda de preço.
Os stocks desde há dois meses romperam o ponto de equilíbrio em alta o que sugere que os preços da pasta devam cair. No último relatório do PPPC os dias de stocks estavam em 41 dias. Mas para a pasta de eucalipto o valor é de 50! Ou seja a pressão para a queda é maior.
Actualmente o preço está perto dos 800 dolares. Uma queda de 100 dolares representa uma quebra na facturação de uns 60 milhões de euros por ano ... é dinheiro. Se caisse até 500, a empresa nem sequer seria lucrativa.
Mas nem tudo é mau. Comparativamente ao resto do mundo e contrariamente ao que acontecia em 2008, a altri é das mais rentáveis empresas de pasta do mundo, ou seja, se a pasta caisse muito de preço, outras empresas começariam a diminuir ritmo de produção e suspenderiam projectos de aumento de capacidade. Ou seja haveria a prazo diminuição na oferta de pasta.
Para além disso a oferta líquida global de pasta praticamente não subiu desde 2008 (entre fechos e aberturas) e a procura na China cresce anualmente apesar da crise. Para além disso havia necessidade de liquidez por parte de players Brasileiros em 2008 que pressionava ainda mais os preços para baixo. Nessa altura a Aracruz quase faliu.
Não espero muito boas notícias para os próximos 6/12 meses, mas não há mal que sempre dure, e na bolsa a cotação possivelmente antecipará uma futura melhoria das condições - para já não está ainda em horizonte, mas será mais dependente da pressão de procura Asiática e menos pela crise na Europa.
Por agora, acho que para reduzir custos, a altri deve cortar nas importações de madeira e deve usar mais inventário de madeira próprio. Com isso pode haver margem para cortar os custos das vendas, para além disso e segundo informação que recebi, a madeira comprada à porta da fábrica já caiu ligeiramente de preço - mas não deve cair muito mais porque há necessidade de abastecimento sem que se recorra a importações (muito mais caras)
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Pedro Carriço
Depois de um bom dia,verifico que a Altri tinha um muro enorme nos 1.10. Num dia de subidas generalizadas e alguem decidecriar uma autentica barreira. Concerteza que quem o faz, não é de forma ingénua. Alguem que esteja curto e que nada melhor que colocar um entrave. Negociou cerca de 80.000, e colocam-lhe um tampão de 120.000. A intenção é clara -Não permitir que ultrapasse. O mercado encarregar-se-á de esclarecer.
Vou Andando ....
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O 1€ segurou acção e deu uma subida interessante de 10% em 3 dias.
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Bull And Bear Markets
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
O jogo da especulação é o mais fascinante do mundo. Mas não é um jogo para os estúpidos, para os mentalmente preguiçosos, para aqueles com fraco balanço emocional e nem para os que querem ficar ricos rapidamente. Esses vão morrer pobres. Jesse Livermore
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O dia de hoje está a ser péssimo para quase todas as cotadas, devido aos mercados financeiros, mas esta, mesmo sendo uma produtora nacional, vocacionada para a exportação, não escapa a grandes descidas. Sinceramente, acho exagerado.
Vou Andando ....
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BPI: Descida dos preços da pasta negativa para a Altri
Veio esta notícia hoje que é suficiente para provocar a queda da cotação
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=504887
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Altri
Há muito que não se via uma pressão vendedora como hoje. Alguém que necessita de cash e tem umas toneladas para vender. Até quando.... Num dia que o nosso psi até tem bom aspecto, e esta está a ficar um pouco feia.
Será que alguem sabe aquilo que eu não sei?
Será que alguem sabe aquilo que eu não sei?
Vou Andando ....
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Resultados da Altri poderão levar analistas a cortar estimativas
25 Agosto 2011 | 11:40
A quebra da margem operacional é o item que os analistas mais referem pela negativa e o BPI chega mesmo a dizer que deverá haver revisão das estimativas dos resultados para o final do ano.
A Altri viu a sua margem do EBITDA saldar-se nos 24,6% durante o segundo trimestre do ano, o que compara com 35,2% nos mesmos três meses do ano passado.
A cotada de pasta do papel é liderada por Paulo Fernandes (na foto), que também é CEO da Cofina, por sua vez é dona do Jornal de Negócios.
“O desempenho operacional ficou aquém das nossas expectativas e do consenso do mercado”, disse José Rito do BPI Equity Research, numa nota de análise. Pela negativa são ainda destacados os menores volumes vendidos, que a empresa justificou com uma procura “mais suave”.
A deterioração do desempenho operacional veio sobretudo “do aumento dos custos da madeira importada, que poderão ser, em parte, reduzidos a partir do final de 2011”, explica o analista João Mateus do Millennium IB, que cita a empresa.
O resultado líquido da Altri saldou-se em 9,7 milhões de euros no segundo trimestre do ano, mas foi o “menor fardo financeiro e fiscal a levar o resultado líquido a ficar em linha com as nossas estimativas”, refere o BPI.
Custo da dívida foi melhor do que esperado na primeira metade do ano
Ao nível da dívida, o BPI classifica a redução da dívida como “limitada”, mas destaca pela positiva os baixos custos financeiros que, nos primeiros seis meses do ano, se saldaram em 4,4%.
O Millennium IB explica que “na realidade”, a subida dos juros e o efeito da sazonalidade das reservas de pasta de papel no “cash flow” “deve ter compensado a melhoria” dos indicadores financeiros.
O Caixa BI lembra que “as necessidades de financiamento da empresa encontram-se integralmente asseguradas, uma vez que a Altri detém linhas de financiamento não utilizadas” que ascendem a 90 milhões de euros, segundo o analista Carlos Jesus.
É o BPI que conclui que “no geral, a Altri divulgou um fraco conjunto de resultados, o que nos deve levar a reduzir as nossas estimativas em 2011. Esta revisão deve ser alargado ao consenso” do mercado, acrescenta o banco de investimento.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=502967
25 Agosto 2011 | 11:40
A quebra da margem operacional é o item que os analistas mais referem pela negativa e o BPI chega mesmo a dizer que deverá haver revisão das estimativas dos resultados para o final do ano.
A Altri viu a sua margem do EBITDA saldar-se nos 24,6% durante o segundo trimestre do ano, o que compara com 35,2% nos mesmos três meses do ano passado.
A cotada de pasta do papel é liderada por Paulo Fernandes (na foto), que também é CEO da Cofina, por sua vez é dona do Jornal de Negócios.
“O desempenho operacional ficou aquém das nossas expectativas e do consenso do mercado”, disse José Rito do BPI Equity Research, numa nota de análise. Pela negativa são ainda destacados os menores volumes vendidos, que a empresa justificou com uma procura “mais suave”.
A deterioração do desempenho operacional veio sobretudo “do aumento dos custos da madeira importada, que poderão ser, em parte, reduzidos a partir do final de 2011”, explica o analista João Mateus do Millennium IB, que cita a empresa.
O resultado líquido da Altri saldou-se em 9,7 milhões de euros no segundo trimestre do ano, mas foi o “menor fardo financeiro e fiscal a levar o resultado líquido a ficar em linha com as nossas estimativas”, refere o BPI.
Custo da dívida foi melhor do que esperado na primeira metade do ano
Ao nível da dívida, o BPI classifica a redução da dívida como “limitada”, mas destaca pela positiva os baixos custos financeiros que, nos primeiros seis meses do ano, se saldaram em 4,4%.
O Millennium IB explica que “na realidade”, a subida dos juros e o efeito da sazonalidade das reservas de pasta de papel no “cash flow” “deve ter compensado a melhoria” dos indicadores financeiros.
O Caixa BI lembra que “as necessidades de financiamento da empresa encontram-se integralmente asseguradas, uma vez que a Altri detém linhas de financiamento não utilizadas” que ascendem a 90 milhões de euros, segundo o analista Carlos Jesus.
É o BPI que conclui que “no geral, a Altri divulgou um fraco conjunto de resultados, o que nos deve levar a reduzir as nossas estimativas em 2011. Esta revisão deve ser alargado ao consenso” do mercado, acrescenta o banco de investimento.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=502967
"Only one thing conviced me when i was wrong and that is to lose money. And i am only right when i make money" - Jesse Livermore
Depois de resultados meios desapontantes, uma notícia bastante inquietante sobre o futuro preço da pasta:
48 dias de stocks é um número muito alto, quase ao nível do que verificou na época de crise que derrubou o preço da pasta. Em fevereiro de 2009 estava em 53 dias.
Parece-me quase certo que o preço da pasta deverá cair ainda mais.
www.risiinfo.com Escreveu:July global pulp statistics: shipments tumble 11.1%, inventories rise by five days, shipment-to-capacity ratio falls to 82%
BRUSSELS, Aug. 23, 2011 (RISI) - Global producer pulp deliveries fell 11.1% to 3.245 million tonnes in July, down from a revised 3.651 million tonnes the previous month, according to Pulp and Paper Products Council (PPPC) data.
Shipments were 2.49% lower than the year-earlier period, down from 3.328 million tonnes in July 2010.
Bleached softwood kraft (BSK) shipments fell from 1.768 million tonnes in June to 1.724 million tonnes in July, while bleached hardwood kraft (BHK) pulp deliveries fell from 1.764 million tonnes to 1.406 million tonnes last month.
Global producer inventories stood at 39 days of supply in July (32 days for BSK and 48 days for BHK), up from 34 days the previous month and six days more than the figure recorded in July of last year.
48 dias de stocks é um número muito alto, quase ao nível do que verificou na época de crise que derrubou o preço da pasta. Em fevereiro de 2009 estava em 53 dias.
Parece-me quase certo que o preço da pasta deverá cair ainda mais.
Pedro Carriço
No trimestre o ebidta ficou pelos 30,7 milhões - bem abaixo do que esperava.
O volume de produção esteve em bom nível, 220 mil toneladas, mas só se venderam 200 mil, o que acabou a penalizar a receita (125 milhões).
Os custos das vendas continuam muito altos o que em parte se justifica pelo volume de produção 15% acima do trimestre anterior, ainda assim baixaram de 52,9 para 51. Possivelmente se se mantivesse um ritmo de produção abaixo das 200 mil toneladas, os custos poderiam ter caído 6/7 milhões. Ainda assim seriam muito altos.
O endividamento líquido não baixou no trimestre o que não é bom sinal atendendo a que uma boa parte da dívida vai vencer até 2012. Tal é justificado pelo grande volume de inventário constituído e pelo capex em inventário biológico. Pela justificação deles, esse inventário é para consumir no final do ano quando ocorrerá menor volume de corte de madeira.
No essencial os números não foram assim tão deslumbrantes... enfim. A única coisa boa é que a unidade da celbi já parece estar em total maturidade produtiva.
O volume de produção esteve em bom nível, 220 mil toneladas, mas só se venderam 200 mil, o que acabou a penalizar a receita (125 milhões).
Os custos das vendas continuam muito altos o que em parte se justifica pelo volume de produção 15% acima do trimestre anterior, ainda assim baixaram de 52,9 para 51. Possivelmente se se mantivesse um ritmo de produção abaixo das 200 mil toneladas, os custos poderiam ter caído 6/7 milhões. Ainda assim seriam muito altos.
O endividamento líquido não baixou no trimestre o que não é bom sinal atendendo a que uma boa parte da dívida vai vencer até 2012. Tal é justificado pelo grande volume de inventário constituído e pelo capex em inventário biológico. Pela justificação deles, esse inventário é para consumir no final do ano quando ocorrerá menor volume de corte de madeira.
No essencial os números não foram assim tão deslumbrantes... enfim. A única coisa boa é que a unidade da celbi já parece estar em total maturidade produtiva.
Pedro Carriço
pdcarrico Escreveu:Mares Escreveu:
Vens em boa hora.![]()
Abraço,
Mares.
Bem .. isso vai depender da perspectiva. Se o ebidta vier abaixo dos 35 ou muito acima dos 40, era melhor ter ficado calado![]()
Mas agradeço
Abraço!
P.S. - No post anterior tinha escrito entre 135 e 140 no trimestre ... foi obviamente uma gralha, pela qual peço desculpa
Esta notícia poderá ter interesse para comentares.
Lucros da Altri caem 33% no primeiro semestre
O aumento dos preços das matérias-primas justificam parte da queda dos lucros da Altri durante os primeiros seis meses do ano.
O resultado líquido da Altri caiu 33,3% para 17,8 milhões de euros, no primeiro semestre, quando comparado com igual período do ano passado, revelou hoje a empresa em comunicado.
A Altri, liderada por Paulo Fernandes (que também lidera a Cofina – dona de publicações como o Jornal de Negócios), justifica a descida dos lucros com a "subida do custo das matérias-primas, a par do incremento da actividade".
Estes factores contribuíram para a descida de 20,2% do EBITDA para 63,1 milhões de euros. Já a margem de EBITDA recuou 7,6 pontos percentuais para 25,1%.
As receitas da empresa aumentaram 4,1% para 250,7 milhões de euros, o que “representa o melhor primeiro semestre de vendas da história da companhia”, explica a mesma fonte.
Por sua vez, os custos operacionais aumentaram 15,9% para 187,7 milhões de euros, devido aos custos com as matérias-primas.
As acções da Altri fecharam a sessão de hoje a subir 0,54% para 1,312 euros.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=502857
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Mares Escreveu:
Vens em boa hora.![]()
Abraço,
Mares.
Bem .. isso vai depender da perspectiva. Se o ebidta vier abaixo dos 35 ou muito acima dos 40, era melhor ter ficado calado

Mas agradeço

Abraço!
P.S. - No post anterior tinha escrito entre 135 e 140 no trimestre ... foi obviamente uma gralha, pela qual peço desculpa
Pedro Carriço
pdcarrico Escreveu:Mares Escreveu:O gráfico fala por si.
(Pcarrico, tudo bem contigo? Volta para fazeres as tuas sempre excelentes análises)
g.a.
É .. tenho estado mais recatado, mas está tudo bem
Sobre os resultados a divulgar amanhã diria que a receita deve ser influenciada ligeiramente pela queda de cerca de 3% do preço (variação em relação ao 1ºT). O volume de produção deve ser maior porque houve paragens programadas no 1ºTrimestre. No balanço das duas, a facturação no trimestre deve vir ligeiramente superior (talvez entre 126 e 130 milhões - no 1ºT foi 125).
Nos custos, tenho algumas dúvidas mas estou razoavelmente optimista em relação a uma queda destes em relação ao 1º trimestre. Existe um tempo de residência de stocks para consumo, de um pouco menos de um trimestre. Ou seja a maior parte dos stocks de madeira consumidos no 1º trimestre são relativos a compras no 4º trimestre de 2010, sendo que nessa altura terão sido efectuadas muitas importações.
A madeira consumida no 2ºT terá sido comprada no 1ºT e possivelmente terá sido em maioria em madeira nacional (mais barata que a importada). Admito por isso que os custos tenham sido mais baixos e o Ebidta possa estar entre 135-140 milhões.
No médio prazo, há já bastante pressão para uma baixa de preços (que já vão em 100 dólares abaixo dos máximos de ano passado e 60 dos deste ano) que pode ser intensificada se a crise se agravar (menor produção industrial > menor consumo > menor preço da pasta). No longo prazo a expansão da oferta começa a estar ameaçada pela diminuição da rentabilidade dos grandes players da América Latina.
Vens em boa hora.

Abraço,
Mares.
- A ganância dos outros poderá gerar-lhe lucros.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
- A sua ganância poderá levá-lo à ruína.
Ainda sobre os preços, diria que os stocks estão em níveis desconfortáveis para produtores - 42 dias no inventário de produtores - acima de 35 significa maior pressão para queda de preço.
Os stocks em portos europeus estão também bem acima dos mínimos de ano passado.
Para quem está na altri no longo prazo não são bem más notícias, porque havendo stocks e menor lucratividade, podem ser inibidos os projectos de expansão de capacidade no Brasil. Mas no curto prazo, os preços da pasta devem cair.
É crítico o câmbio eur/usd no curto prazo e o eur/brl no longo prazo. Se o real se depreciar muito, então a competitividade da indústria brasileira aumenta e os preços podem cair de forma sustentada. Se o real continuar valorizado, só faz sentido aumentar a capacidade com preços resilientes.
Os stocks em portos europeus estão também bem acima dos mínimos de ano passado.
Para quem está na altri no longo prazo não são bem más notícias, porque havendo stocks e menor lucratividade, podem ser inibidos os projectos de expansão de capacidade no Brasil. Mas no curto prazo, os preços da pasta devem cair.
É crítico o câmbio eur/usd no curto prazo e o eur/brl no longo prazo. Se o real se depreciar muito, então a competitividade da indústria brasileira aumenta e os preços podem cair de forma sustentada. Se o real continuar valorizado, só faz sentido aumentar a capacidade com preços resilientes.
Pedro Carriço
Mares Escreveu:O gráfico fala por si.
(Pcarrico, tudo bem contigo? Volta para fazeres as tuas sempre excelentes análises)
g.a.
É .. tenho estado mais recatado, mas está tudo bem

Sobre os resultados a divulgar amanhã diria que a receita deve ser influenciada ligeiramente pela queda de cerca de 3% do preço (variação em relação ao 1ºT). O volume de produção deve ser maior porque houve paragens programadas no 1ºTrimestre. No balanço das duas, a facturação no trimestre deve vir ligeiramente superior (talvez entre 126 e 130 milhões - no 1ºT foi 125).
Nos custos, tenho algumas dúvidas mas estou razoavelmente optimista em relação a uma queda destes em relação ao 1º trimestre. Existe um tempo de residência de stocks para consumo, de um pouco menos de um trimestre. Ou seja a maior parte dos stocks de madeira consumidos no 1º trimestre são relativos a compras no 4º trimestre de 2010, sendo que nessa altura terão sido efectuadas muitas importações.
A madeira consumida no 2ºT terá sido comprada no 1ºT e possivelmente terá sido em maioria em madeira nacional (mais barata que a importada). Admito por isso que os custos tenham sido mais baixos e o Ebidta possa estar entre 35-40 milhões.
No médio prazo, há já bastante pressão para uma baixa de preços (que já vão em 100 dólares abaixo dos máximos de ano passado e 60 dos deste ano) que pode ser intensificada se a crise se agravar (menor produção industrial > menor consumo > menor preço da pasta). No longo prazo a expansão da oferta começa a estar ameaçada pela diminuição da rentabilidade dos grandes players da América Latina.
Editado pela última vez por pdcarrico em 23/8/2011 13:49, num total de 1 vez.
Pedro Carriço
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